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ENTRE A EUROPA DOS MERCADORES E A DOS CTDADÂOS^^

3.L3 LA CONFÉDÉRATION PAYSANNE EUROPÉENE (CPE)

3- Controle das indústrias potencialmente poluentes.

3.3. TERCEIRO SETOR; O VOLUNTARIADO.

3.3.2 PLA TAFORM A EU ROPÉIA DAS ONG’S SOCIAIS (PESN)

The Plataform o f European Social NGOs (PESN) foi criada em 1995, e na atualidade

inclui a trinta organizações não governamentais, federações e redes, que trabalham com o intuito de construir uma sociedade inclusiva e promover uma dimensão social da UE. Em total, aglutina a mais de 1700 organizações e de voluntários, de todos os níveis, local, regional, nacional e europeu. De fato, algumas das organizações serão estudadas especificamente, como o Lobby Europeu de Mulheres e a International Lesbian a n d Gay

Asociation, e a European Disability Forum. Abrange a associações de mulheres, idosos,

deficientes, desempregados, emigrantes, pobres, sem moradia, gays e lésbicas, crianças e família.

A plataforma, só atinge aqueles elementos de interesse comum para todas as associações. Provê de informações aos grupos membros sobre as políticas européias. Também, tem desenvolvido alianças com outras organizações como a Confederação de Sindicatos Europeus (CES), na procura de fazer mais fortes os seus pedidos.

O papel das ONGs sociais é muito importante já que contribui à construção de uma U E mais perto dos cidadãos. Quatro elementos fortaleceriam esta função:

1. As ONGs desenrolam um amplo diálogo social, permitindo que a voz dos cidadãos chegue às instâncias políticas:

“European organisations and networks, because o f their representative structures and the diversity o f their members, are essential actors in the construction o f a cohesive Europe which is based on social justice, equity, equal opportunities and solidarity. European NGOs by representing the public interest and organised civil society, ensure that citizens at the grass root can contribute to a citizen's Europe. ”(PESN 1999)

As ONGs sociais acham representar os interesses da sociedade civil organizada. Ao mesmo tempo, procuram ser um elemento de c0nciliaçã0-S0CÍaLe_c0iiv-ergência de opiniões, em definitiva, um elemento de consenso.

2. Desenvolvimento de políticas, e transferência do conhecimento. Analisam as políticas comunitárias do âmbito e desenvolvem propostas para adequá-las às necessidades dos cidadãos.

3. Funcão de assessoramento. comunicacão e desenvolvimento. Tentam desmistificar e explicar o funcionamento da UE e das suas políticas, ao tempo que repartem informações sem formatos mais acessíveis para a população. Ativam igualmente o debate.

4. Monitoramento e avaliação. Provendo à sociedade de estatísticas e inquéritos independentes sobre a ação das políticas sociais, podem conseguir aprimorar estas e encaminhá-las para os âmbitos mais necessários (PESN 1999).

Reivindicações

Para o ano 2000, colocaram-se cinco pontos chave sobre os que a organização ia centrar as suas atividades:

• Diálogo com as instituições européias. • A Carta de Direitos Fundamentais.

• As políticas anti-discriminatórias da União. 99

• Reforço da previdência social e as política em face a pobreza e a favor da inclusão social.

• Financiamento da União destinado às ONGs.

http://www. socialplatform. org/AboutUs. asp?SectionID=6

Avaliação

No que diz respeito aos fundos, estes chegam do orçamento comunitário. A Plataforma quer maior clareza e transparência nesse processo, tanto no político quanto no burocrático. Para isto pede que os orçamentos para os novos projetos e para as ONGs, façam-se mediante acordos entre as próprias ONGs e a Comissão Européia nos quatros últimos meses do ano anterior ao orçamentado. Solicitam uma programação adequada e eficiente nos pagamentos, necessária para facilitar a gerência organizacional eficaz e um a boa atuação das ONGs.

Julgam inevitável modificar o orçamento para as ONGs que agem no campo social, já que a burocracia estaria pondo em perigo a sua ação. Reclamam ante o duplo discurso que apresentam os políticos, de um lado parabenizam-nas, e de outro encurtam o seu financiamento:

“Officials o f the European Institutions make frequent reference to the important role NGOs play in fostering civil dialogue and in the building o f a social Europe close to its citizens. Yet those same institutions are often responsible fo r actions which threaten the very existence o f NGOs by arbitrary reductions in budgets and funding. ”(PESN 1999)

Pede-se um sistema orçamentário a mais longo prazo. Para poder adequar melhor os programas. A falta de vontade política poderia pôr em risco as ações destas ONGs sociais que atingem as populações carentes da Europa.

Sobre a previdência social, se faz uma intensa defesa dela, ante o perigo que supõem algumas declarações dos políticos europeus. Ante o perigo de encurtamento, de privatização e de falta de financiamento, a PESN, lembra que a previdência social é parte indissolúvel da UE, sem a qual não existe possibilidade de sucesso econômico (PESN 2000b).

Respeito à Carta de direitos, a Plataforma pede que o documento vaia mais além do que uma declaração, querem que tenha força legal para obrigar os Estados cumprirem e fazerem cumprir ditos direitos fundamentais:

''The Charter o f Fundamental Rights should be a legally enforceable document. It should contain the message from the leaders o f Europe to all o f us, to respect citizens' and workers'

rights and reassure us that our needs and rights will not be forgotten in the ongoing process o f integration’".

A necessidade da existência da Carta reside na importância de uma legislação que garanta para os cidadãos não só direitos civis, mas também econômicos e sindicais:

Although other national and international human and social rights instruments exist, they are not sufficiently enforceable, to guarantee that all civil, political, economic, social, cultural and trade union rights are respected.

Para a Plataforma o reconhecimento destes direitos suporia uma espécie de pago, pelos esforços que toda a população européia tem feito para chegar a objetivos tais como a moeda única:

“In addition, an enforceable Charter is particularly important now given the forthcoming enlargement o f the European Union. While the accession countries are working hard to meet the stringent criteria set by the EU, it’s now time to give their citizens and workers something in return”. (http://www.socialplatform.org/Document.asp?DocID=310&tod=182018)

Nomeadamente, a Carta deveria cumprir estes sete itens: 1. Força Legal. Deve-se incorporar aos Tratados da UE.

2. Indivisibilidade dos direitos. A Carta deve garantir os direitos civis, políticos, culturais, econômicos, sociais e sindicais.

3. Aplicação. Estes direitos devem ser garantidos para todos os cidadãos europeus e àqueles de países terceiros que morem legalmente na UE.

4. Manutenção dos direitos existentes. A Carta deve garantir os direitos mínimos, sem afetar a outros maiores já existentes.

5. Direitos programáticos. Devem-se criar políticas e programas para ir garantindo aqueles direitos, como o direito à moradia, ao trabalho, às adequadas aposentadorias, que não se podem conceder imediatamente. A Plataforma junto ao CES/ETUC propõe que a UE desenvolva um plano [para conseguir tais objetivos em um prazo de 5 anos].

6. Direitos coletivos. Os trabalhadores devem ter garantidos os direitos de associação sindical, negociação coletiva e greve, além das fronteiras nacionais.

7. O caráter consultivo das ONGs européias deve ser reconhecido.

http://www.socialplatform.org/Document.asp?DocID=310&tod=l 82018 A avaliação da Plataforma junto à CES/ETUC, sobre o texto que será aprovado pela UE não é muito positiva. Reconhece-se porém, a labor da Comissão, mas afirma-se o perigo de desiludir a sociedade civil organizada. Rejeita-se o texto pelas deficiências e as ambigüidades:

1. Deficiências na exclusão de alguns direitos fundamentais, sobretudo, os econômicos. 2. Alguns direitos foram definidos de maneira menos abrangente da existente em outras

declarações nacionais e internacionais (nomeadamente as do Conselho de Europa e a União Européia)

3. Ambigüidades. Alguns direitos são definidos de maneira fraca e ambígua.