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QUADRO 4 A S REFORMAS NO MARCO DA AGENDA

O. x^^não da mesma qualidade dos que sofrem os cidadãos britânicos.

4. Os trabalhadores devem ser protegidos contra qualquer despedimento que constitua reacção do empregador a uma queixa formulada a nível da empresa ou a uma acção Judicial com o fim de fazer respeitar

5.7 POLÍTICAS CONSUMO

No âmbito do consumo encontramo-nos com bastantes normativas e decisões dos órgãos europeus, mesmo a Carta de direitos tenha apenas esta sucinta declaração no artigo 38: ""Defensa dos consumidores. A s políticas da União devem assegurar um elevado nível

de defesa dos consumidores’" (UE 2000b; 16).

Regulação alimentar

Os efeitos políticos e sociais das crises provocadas pelas falta de controle fitosanitário têm com certeza, desenvolvido uma preocupação na matéria. Isto, se acrescentado ao grande avanço cientifico na área dos transgênicos e a clonagem, fiz com que estes temas afastaram a adoção do euro ou do tabaquismo como elementos principais nas normativas sobre o consumo da UE.

O Conselho europeu deseja ter uma legislação alimentar antes do 2002. Os quinze levaram em conta o relatório da Presidência portuguesa sobre os trabalhos acometidos em relação com o Livro Branco da Comissão sobre seguridade em matéria de alimentação.

“La conclusion del Consejo es que la política de seguridad alimentaria deberá aplicarse al conjunto de la cadena alimentaria animal y humana y apoyarse en una Autoridad Alimentaria Europea que complete la acción de vigilancia preventiva de Ias autoridades nacionales. (...) El Consejo ha recogido en sus conclusiones la decision de estudiar, sin tardanza. Ias propuestas de la Comisión destinadas a aplicar el Libro Blanco con vistas a poder contar, de aqui a 2002, con una legislación alimentaria que responda a los critérios

más exigentes de salud pública ” (Gilmartin 2000).

A EDF julga primordial esta última recomendação já que permitiria a introdução de medidas diferenciadas e esp^(g|ícas para cada país, concordando então plenamente com a idéia da União (EDF 2000:5).

Porém, a UE quando estourou o caso da doença “vacas loucas”, não atuo, nem pôde pelo veto britânico, nem quis, segundo os documentos que começam a aparecer. Agora vários anos depois, animais doentes têm sido detectados, além de na Grã Bretanha, em toda a Europa Ocidental exceto na Suiça. Os efeitos nas pessoas podem demorar até seis anos em se mostrarem, com o que os problemas provocados pela passividade dos governos e da União e a preeminência, sobretudo, das questões econômicas, ainda não são conhecidos. A febre aftosa tem se somado mais recentemente ao cúmulo de despropósitos sanitários. O que aconteça nos próximos anos ninguém pode dizê-lo com clareza, mas as conseqüências com certeza serão graves, tanto no âmbito humano quanto no politico. A UE tenta, na atualidade, arrumar uma situação muito grave com o aumento extraordinário dos fundos de coesão com destino para os proprietários de gado.

Controle da Competência

Outro aspecto das políticas sobre o consumo é o chamado controle sobre a competência. O Comissário europeu, Mário Monti, tem tido especial cuidado em impedir a concentração empresarial em setores chave como os da “nova economia” . Assim, cinco grandes fusões foram detidas por Bruxelas durante o 2000;

“Monti ha demostrado tener pocas contemplaciones incluso cuando se trata de investigar a macroempresas con mercados en todo el mundo, de forma que, con las regias de la competencia en la mano, no ha dudado en actuar cuando ha detectado que alguna operación puede tener efectos negativos sobre el espado económico europeo.

Especialmente las concentraciones en el sector de las telecomunicaciones y las ligadas a la nueva economia están bajo la atenta vigilancia de la Comisión Europea, siempre en estrecha colaboración con Washington. Pero la autoridad de la competencia europea no deja de lado el control en otros sectores, también en Europa. El pasado mes de marzo, el comisario Monti vetó la adquisición por parte de Volvo de su rival sueca 5'ca«/a.”(Pozzi 2000b).

Fumo

Sobre o fiamo, em julho de 2000 o Parlamento Europeu enrijeceu as condições para a fabricação e venda de fumo na EU;

• Endurecimento das mensagens informativas que acompanham os pacotes, por exemplo; fumar é um suicídio.

• Redução do nível de nicotina e alcatrão.

• Aumentar o espaço destinado às advertências sanitárias.

Eliminação do termo light.

• As empresas terão que declarar que produtos que não sejam fumo são utilizados, especialmente os aditivos.

• A Eurocámara quer que seja proibido o uso de amoníaco a partir do 31 de dezembro do ano 2003, porque tem se demostrado que gera maior dependência ao consumidor.

Estas medidas aplicar-se-ão, finalizada a tramitação desta norma, em 2004. O parlamento propôs que a normativa se aplicasse também às exportações de fiimo europeu, mas não às importações:

“La Comisión Europea, el Consejo de Ministros y el Parlamento Europeo quieren ofrecer con esta directiva a los ciudadanos europeos la protección suficiente frente a los efectos perjudiciales dei consumo de tabaco y garantizar que en la UE existen los mismos niveles

máximos permitidos para los componentes nocivos dei humo de tabaco. ’’(Pozzi 2000a).

Analise

Falar de política européia no consumo depois de observar as graves deficiências neste caso,- ou em outros como o da dioxina na Coca-cola belga -, torna-se dificil. Mesmo assim, a UE é vanguarda dos países que se opõem ao uso de transgênicos e, paradoxalmente, é a cadeia alimentar mais segura do mundo:

“La bateria legislativa comunitaria es probablemente una de Ias más exhaustivas dei planeta, lo que no ha evitado que por ella se haya colado un fraude tras otro. El último, y cuyas consecuencias econômicas aún son diflciles de calcular, tiene que ver con Ias harinas animales" (Argos 2001).

Muito embora a situação não é admissível, e reforça a idéia da fraca influência dos movimentos de consumidores, e daqueles outros que entre as suas reivindicações colocam a questão da saúde alimentar, e dos direitos dos compradores. Unicamente quando o problema é um fato e os mídia recolhem nas suas manchetes os erros pavorosos das administrações públicas ou do setor privado, os governos decidem-se a tomar decisões tardias e hipócritas, preocupados pelos efeitos políticos de tais crises.

SE bem, observam-se aspectos positivos na regulamentação das diversas áreas do consumo, não pode-se esquecer a limitação e demora de estas normativas.

5.8 CONCLUSÕES

Devemos destacar a imensidade legislativa européia, a sua ação em todos os âmbitos. Deve-se sublinhar, porém, a diferença entre a força legal e prática das diferentes políticas. Algumas são aplicadas maciçamente existindo consenso sobre elas. Assim, a perspectiva de um alargamento ao leste e assumida por todos os governos. A introdução da nova economia como catecismo econômico e social para o nosso recém estreado século, também é assumida com a excepção relativa da França, que realiza uma política diferente. A nova economia, espalha-se por todas as políticas, desde as econômicas ás sociais. No âmbito empresarial, produtivo, do trabalho e da assistência social, os ditados do neoliberalismo, suavizados pela terceira via, têm saído vitoriosos de uma luta sem vítimas, e governo trás govemo tem adotado o evangelho anglo-saxão.

Fora do econômico, existe uma ação limitada, incompleta, apenas opcional, onde as divergências entre os govemos,- chave para que uma política seja aplicada ou não -, têm barrado propostas interessantes dos órgãos comunitários. Estes, sem o apoio do Conselho de Primeiros Ministros, apenas têm capacidade para propor políticas. Assim, meio ambiente, direitos sexuais, consumo e terceiro setor, junto a camponeses e trabalhadores, só recebem declarações vazias ou pequenas vitórias em espaços, que como a UE deixou claro, não atinjam a competitividade da economia européia. As vitórias verdadeiras só chegam depois de brigas e lutas reais quando, como no caso dos motoristas europeus, paralisam-se os países. Mas para não ficar em espúrias decisões corporativas, a coordenação dos trabalhadores deveria ser imensamente maior.

Aquilo que aconteça no futuro dependerá fundamentalmente das pessoas, dos indivíduos unidos coletivamente. Mas, talvez, nem oportunidades tenhamos se não mudamos de pensamento (o grifo é nosso):

“A educação para o espirito empresarial é outro elemento constitutivo de uma cultura empresarial mais dinâmica. E indispensável que o ensino dos conhecimentos gerais em matéria de empresa e espirito empresarial tenha inicio na escola primária e se prolongue pelo ensino secundário ou superior. A política empresarial velará para que os módulos e programas de ensino especificamente relacionados com a empresa e o mundo empresarial sejam uma componente essencial do ensino secundário e superior. Para um cientista ou um engenheiro deveria ser tão natural elaborar um plano empresarial como proceder a uma experiência cientifica ou redigir um artigo teórico. A educação para o espírito empresarial deveria ainda incluir o desenvolvimento de uma cultura de serviços orientada para o cliente” (Comissão Européia 2000:3).