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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE A EFICÁCIA DO PASSE

No documento Curso de Mediunidade (páginas 168-179)

Lendas ou Fatos?

6. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE A EFICÁCIA DO PASSE

Consciência Espírita – CONSCIESP

Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo – CEEPA – Mirassol, SP www.consciesp.org.br

O passe magnético, ou transfusão bioenergética, é uma prática que se tornou comum entre os espíritas.

Bem antes de envolver‐se nas pesquisas fenomênicas que alicerçaram o surgimento do Espiritismo, Allan Kardec fora estudioso e praticante do magnetismo. Logo no início de seus contatos com os domínios espirituais, através da mediunidade da menina Ruth Japhet, o Espírito de Hannemann, luminar da Homeopatia, entre outros, manteve com ele contatos ocasionais, instruindo‐o.

O mestre lionês contava, entre seus colaboradores, com adeptos do magnetismo de várias escolas e muito se discutia sobre suas aplicações.

Atualmente, a questão da transferência bioenergética tem levado a ciência a estudar o assunto e, consequentemente, a realizar descobertas.

Efeitos detectados na prática de imposição de mãos

Interessantes são os experimentos realizados pelo Dr. Bernard Grad, da McGill University, no Canadá, em 1957, ao estudar um curador húngaro chamado Estabany. Grad verificou os efeitos fisiológicos provocados pela imposição das mãos do curador sobre animais e plantas. Em todos esses experimentos ficou comprovada a existência de uma força vital que emana das pessoas – mais de algumas do que de outras – e esta energia parece estar intimamente associada a mecanismos homeostáticos, ou seja, parece agir de forma a otimizar o desempenho do organismo em seu funcionamento. Segundo suas conclusões e de descobertas posteriores, estados emocionais afetam a qualidade dessa energia.

Acelerando o crescimento e a motibilidade em bactérias

Entre inúmeros experimentos realizados com enzimas, hemoglobina, bactérias, fungos, plantas, água, etc., vale a pena citar os do Dr. Robert Miller, engenheiro químico, e os da Dra Elizabeth Rauscher, especialista em medicina nuclear. Ambos trabalharam com os curadores Dr. Alex Tanous e Dra. Olga Worrall.

Esses experimentos comprovaram que a imposição de mãos sobre culturas de bactérias acelerou‐lhes o crescimento e a motibilidade, mesmo na presença de inibidores de crescimento, como a tetraciclina e ocloranfenicol, ou de inibidores de movimento, como o fenol.

Cura a distância

O poder dessa energia benéfica emanada pelo médium curador não é afetado pela distância. Em outro experimento, o Dr. Miller pediu à Dra. Worral que visualizasse, por cinco minutos, o crescimento de uma planta localizada num laboratório a 600 milhas de distância. A planta estava ligada a um aparelho desenvolvido pelo Ministério de Agricultura americano para aferir índices de crescimento de plantas. A taxa de crescimento que apresentava a planta em questão estava estabilizada em 0,00625 polegada por hora. Assim, exatamente às 9 horas da noite, quando a Dra. Worral começou a emitir a energia, o registro do traçado passou a acusar um desvio para cima e até às 8 horas da manhã seguinte a planta apresentou um crescimento 830% maior do que o esperado.

A conclusão dos pesquisadores foi de que esta energia emitida pelo sensitivo pode produzir manifestações visíveis no mundo físico, mesmo quando gerada à distância.

Benefícios do passe espírita

Nesse contexto, todo espírita atuante, não apenas fossilizado na teoria, mas, sobretudo, experimentado na prática, já observou a relevância do passe espírita como poderoso recurso reestruturador do equilíbrio psicofísico, eficiente nos mais variados casos. Já compreendeu e experimentou que nesse procedimento de interatividade magnético‐ mental‐emocional, não somente ocorre a impulsão bioenergética do médium, mas também a de competentes espíritos qualificados e comprometidos com a prática do bem, assumindo, com naturalidade, com o médium, o papel que cabe a todo ser de boa vontade em cooperar na grande obra da Inteligência Suprema.

E nesses preciosos momentos, pequenas maravilhas ocorrem. E delas, bem sabem desfrutar os que foram e continuam sendo beneficiados, tanto na condição de doadores, como na condição de receptores dessas maravilhosas energias físico‐espirituais.

7. UMBRAL

(Por Maísa Intelisano, para a revista Espiritismo e Ciência, da Editora Mythos)

Segundo o NOVO AURÉLIO – O DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA, a palavra umbral foi tomada do espanhol e significa

soleira, limiar, entrada

, ou seja, a faixa mínima de piso que se acha entre as laterais de uma porta, portão ou passagem, e serve de limite entre um cômodo e outro numa construção.

Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o significado dado à palavra na colônia espiritualNosso Lar , onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.

Em seu livro também chamado NOSSO LAR, ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descreveu‐o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial. Vejamos o que diz o enfermeiro:

“Quando os recém‐chegados das zonas inferiores do Umbral se revelam aptos a receber cooperação fraterna, demoram no Ministério do Auxílio; (...)”

E mais adiante, acrescenta:

“(...) A não ser em obediência a esse imperativo, o Governador vai semanalmente ao Ministério da Regeneração, que representa a zona deNosso Lar onde

há maior número de perturbações, dada a sintonia de muitos dos seus abrigados com os irmãos do Umbral. (...)”

Não foi sem razão que André Luiz teve seu interesse despertado para essa região chamada Umbral. Sem entender bem do que se tratava, voltou a insistir com Lísias para saber mais detalhes e, no capítulo seguinte, narra novo diálogo com o enfermeiro, em que este lhe deu maiores detalhes desta região do astral, não sem antes perguntar como ele poderia não conhecer o Umbral se havia ficado lá por tantos anos. Vejamos o que diz Lísias:

“O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri‐los, demorando‐se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos”.

Mais adiante, diz também:

“(...) O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima, a prestações, o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena”.

E em outro parágrafo, Lísias complementa:

“O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra‐se aí tudo o que não tem finalidade para a vida superior. (...) Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias (grifo nosso). (...) Lá vivem, agrupam‐se, os revoltados de toda espécie. (...) Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos, (...) essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações.”

Enfim, desde então, a palavra Umbral, escrita com letra maiúscula, como o fez André Luiz no livro NOSSO LAR, tomou significado especial, principalmente entre os espíritas, designando a região espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espíritos endividados, perturbados e desequilibrados depois da vida.

Com esta conotação, a palavra difundiu‐se muito e transformou‐se num quase sinônimo do Inferno e do Purgatório dos católicos, com localização geográfica, tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, já havia desmitificado em suas obras, mais de 80 anos antes, especialmente em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, nas seguintes perguntas:

1011. Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos dos Espíritos, segundo o seus méritos?

“Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de  perfeição do Espírito.Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade

ou infelicidade(grifo nosso). E como eles estão por toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes segundo o grau de evolução do mundo que habitam”.

1012. De acordo com isso, o Inferno e o Paraíso não existiriam como os homens representam?

“Não são mais do que figuras: os Espíritos felizes e infelizes estão por toda a   parte. Entretanto, como já o dissemos também, osEspíritos da mesma ordem se reúnem  por simpatia(grifo nosso). Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos”.

Como vemos pelas respostas dos Espíritos a Kardec, o Inferno e o Paraíso não passam de estados de espírito, condição moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os Espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E é bom lembrar que Espíritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraíso particulares. O que nos diferencia dos Espíritos desencarnados é apenas o fato de estarmos temporariamente presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opiniões, frustrações, alegrias, defeitos e qualidades.

Na verdade, a figura geográfica e espacial do Inferno dos católicos serviu de molde aos espíritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral. Assim como o Inferno da Igreja Católica foi tomado emprestado e adaptado do Inferno dos povos não cristãos (chamados pagãos), para compor os mitos de Inferno e Paraíso.

Pelo que dizem os Espíritos a Kardec, podemos concluir que cada um de nós traz, em si mesmo, o inferno e o paraíso que merece, de acordo com o que pensa, sente e faz durante sua vida espiritual, incluídos aí também os períodos em que nos encontramos encarnados.

Se não existe Inferno ou Purgatório, por que haveria de existir o Umbral com localização, medidas, coordenadas, etc.?

Tudo o que existe no plano espiritual é criado pela mente dos Espíritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos, nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo que somos intimamente.

Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos tê‐lo novamente quando desencarnados. É aí que nossa mente entra em ação, criando tudo o que desejamos ardentemente. E várias mentes, desejando a mesma coisa juntas, têm muito mais força para criar.

A grande diferença é que, no mundo físico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível, pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões, manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como consciências e, não, como personalidades encarnadas.

No Umbral, tudo o que está fora de nós é consequência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de frequência vibratória a que se

ligam os Espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. É uma região energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar

vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem‐se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.

Alguns autores descrevem o Umbral como uma sequência de anéis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos.

O que acontece é que os Espíritos se reúnem obedecendo apenas e unicamente à sintonia entre si e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.

As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.

É exatamente o que nos diz Lancellin, em seu livro INICIAÇÃO ‐ VIAGEM ASTRAL, pela psicografia de João Nunes Maia:

“As pessoas, como os Espíritos desencarnados, se reúnem por simpatia, por atração daquilo que pensam e sentem, pois se sentem felizes por estarem com os seus iguais, tanto na Terra como no mundo espiritual.”

Esse mesmo mecanismo de sintonia é o que cria regiões especializadas no Umbral,

como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro MEMÓRIAS DE UM SUICIDA. Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam‐se por pura afinidade e formam regiões vibratórias específicas.

Assim também acontece com faixas energéticas ligadas às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc.

Em seu livro DRIBLANDO A DOR, pela psicografia de Irene Pacheco Machado, o espírito Luiz Sérgio, jovem desencarnado em acidente de automóvel na década de 70, conta o trabalho de sua equipe junto a grupos de drogados e traficantes.

Em outro de seus livros, DEIXE‐ME VIVER, pela psicografia da mesma médium, ele fala mais especificamente da situação dos Espíritos abortados e aborteiros, vivendo lado a lado na faixa vibratória de seus atos.

No livroO ABISMO, de R. A. Ranieri, orientado por André Luiz, vamos encontrar uma descrição dramática dos Espíritos que vivem ligados ao subsolo do planeta, em condições terríveis de degradação moral e perispiritual.

O Prof. Wagner Borges, pesquisador de projeção astral e fundador do IPPB – Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, também nos traz diversos relatos e psicografias importantes sobre o assunto. Em seu livro VIAGEM ESPIRITUAL, em duas mensagens orientadas pelo Espírito Rama, ele descreve imagens do Umbral, vistas pelos olhos de um padre desencarnado dedicado a ajudar e resgatar Espíritos que vivem ali.

No livroO CÉU E O INFERNO, de Allan Kardec, encontramos também diversos relatos de Espíritos desencarnados que se apresentam pela psicofonia e descrevem as condições em que se encontram no mundo espiritual. Ali, além do relato de vários espíritos perturbados, vamos também encontrar relatos de Espíritos relativamente felizes, alguns apenas algumas horas após o seu desencarne, demonstrando que céu e inferno são condições espirituais íntimas, alcançadas por merecimento, que acompanham o Espírito onde quer que ele esteja e se mantêm e intensificam pela sintonia com outros Espíritos nas mesmas condições.

Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos Espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. É o que nos mostra, por exemplo, o Espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro TAMBORES DE ANGOLA, e o Espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro ACONTECEU NA CASA ESPÍRITA.

Vemos ali o quanto esses Espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e disciplinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.

É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivemos numa dessas

camadas de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral

particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.

Em seu segundo livro, OS MENSAGEIROS, André Luiz conta a história de vários moradores de Nosso Lar que passaram pelas zonas inferiores. Todos eles saíram da colônia

cheios de esperanças, de amigos, de auxílio e orientação. Eram, portanto, Espíritos relativamente esclarecidos, amparados, iluminados. Muitos deles passaram anos na colônia estudando antes de reencarnar com missões definidas na mediunidade. No entanto, mesmo assim, vários eles se deixaram levar por seu lado ainda imperfeito e falharam novamente. Todos voltaram para Nosso Lar depois de desencarnados, mas não sem antes passar pelo

Umbral, para drenar energias negativas acumuladas numa encarnação de descaso e irresponsabilidade com a própria consciência e a de outros.

Isso é necessário para o bem do próprio Espírito, a fim de que ele possa se livrar de energias espirituais altamente tóxicas que desequilibram e bloqueiam sua mente para energias mais sutis e saudáveis, e também perturbariam os ambientes mais equilibrados, como o de colônias como Nosso Lar, caso fossem levados para lá nesse estado.

É importante notar que não se trata de punição ou banimento, mas de tratamento   justo, necessário e amoroso. Sim, o Umbral é criação de amor e justiça divinos, onde

espíritos desviados e profundamente desequilibrados encontram um meio onde conseguem viver e, ao mesmo tempo, aprender, enquanto se recuperam.

Muitos perguntam se não é pior o Espírito ficar tanto tempo convivendo com tantas energias negativas semelhantes às suas próprias, agravando e intensificando seu próprio desequilíbrio. No entanto, não podemos nos esquecer que, muitas vezes, os Espíritos desencarnam em tal estado de alheamento e perturbação, que não resta outro recurso a não ser deixar que a natureza siga seu curso e faça o trabalho necessário de depuração, colocando‐os com seus semelhantes para que, juntos, filtrem, uns dos outros, as

energias que os envenenam, e para que, observando as atitudes uns dos outros, possam compreender onde erraram e queiram reiniciar o processo de melhoria interior.

Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos projetores conscientes (pessoas encarnadas que fazem projeções astrais conscientes), narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em NOSSO LAR. Todos os encarnados desprendem‐se do corpo físico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo Espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros limitam‐se a passear inconscientes pelo próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.

Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre melhorar‐se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer, e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, trabalhando com Espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros Espíritos, como também informa Wagner Borges, em seu livro VIAGEM ESPIRITUAL II, dizendo:

“O sono dá ao Espírito encarnado a oportunidade do desprendimento temporário do seu envoltório carnal. E nisto reside a sua grande chance de se sentir útil perante a vida, pois, fora do corpo, ele é levado por seus amigos espirituais às pessoas necessitadas, físicas e extrafísicas, onde a sua energia consciencial é de grande ajuda.

“Mediante processos específicos de transmissão de energia, os amparadores extrafísicos usam o projetor como doador de energia para a pessoa enferma (na maioria das vezes já desencarnada e sem se aperceber disso)”.

Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu próprio lar durante o sono e vão para o Umbral por afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no momento em que adormeceram, ou obedecendo a instintos e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e surgem com toda força quando projetados. Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de Espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral, que as vampirizam e manipulam, em alguns casos chegando até a interferir em sua vida física, criando problemas familiares, doenças, perturbações psicológicas, dificuldades profissionais e financeiras, etc.

Esse é o caso da jovem viciada Joana, narrado no livro O TRANSE, também da dupla Ângelo Inácio e Robson Pinheiro. É também o que acontece com Erasmino, no livro TAMBORES DE ANGOLA.

Vemos, assim, que o Umbral, de que falam André Luiz e tantos outros autores encarnados e desencarnados, está mais próximo de nós, encarnados, do que muitos de nós imaginam. E, o que é mais importante, somos nós mesmos que ajudamos a manter esse mundo denso com nossos pensamentos e sentimentos menos elevados. Somos nós que damos aos Espíritos perturbados, que se encontram ligados a essa faixa vibratória, grande parte da matéria‐prima de que se valem para sustentar seu mundo de trevas e sofrimento.

No documento Curso de Mediunidade (páginas 168-179)