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MEDIUNIDADE E VIDA FÍSICA

No documento Curso de Mediunidade (páginas 98-105)

Estudando a Mediunidad

9. MEDIUNIDADE E VIDA FÍSICA

Todo médium é um ser encarnado e, como tal, tem um corpo físico e uma vida material para cuidar, além da espiritual.

O corpo físico é apenas matéria, é um empréstimo, é temporário, mas é uma extensão do Espírito e deve durar o tempo suficiente para o cumprimento da tarefa a que ele se dispôs aqui na Terra, inclusive a mediúnica. Dessa forma, exigirá dele certos cuidados práticos que não podem ser negligenciados, a fim de que não se comprometa o seu plano de encarnação, nem a sua tarefa como médium.

Da mesma forma, a vida material é intrínseca à encarnação e implica em certos cuidados mundanos que não podem ser deixados de lado, para que não venham a causar

preocupações e desgastes desnecessários, comprometendo tanto o seu plano encarnatório, como sua tarefa como médium.

Para cumprir essa tarefa, ele precisa estar bem como ser encarnado, do contrário não poderá atender satisfatoriamente às exigências e condições do trabalho espiritual.

É preciso que o médium se lembre de que sua vida física é também uma parte integrante importante de sua vida espiritual e não pode ser separada, isolada, anulada, negligenciada ou ignorada, para que o seu próprio espírito não se prejudique com isso.

É como diz Wagner Borges, em seu livro FALANDO DE ESPIRITUALIDADE:

“Não fuja da vida humana normal. Deus está em tudo e o plano extrafísico interpenetra a dimensão humana. Logo, a energia divina também está na vida natural de todos.

“Sexo também é energia! “Alimente‐se adequadamente.

“Passeie num parque. Veja a criançada brincando alegremente e a grama verdinha. Às vezes, há mais espiritualidade e energia em um ambiente desses do que em muitos grupos espiritualistas.

“Tenha um relacionamento saudável com as pessoas.

“O corpo é o templo da alma, mas é o Espírito que dá brilho e movimento a esse templo. Portanto, brilhe espiritualmente nessetemplo-corpo.

“Viva de maneira normal e encha todos de Luz!”

a) ALIMENTAÇÃO

Como já vimos, os alimentos interferem diretamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso duplo e em nossa aura, afetando, consequentemente, também o nosso psicossoma.

Sendo a mediunidade uma hipersensibilização energética provocada em nosso perispírito, antes da nossa encarnação, como diz Ramatís, e sendo esta hipersensibilização transferida para o corpo físico no momento do reencarne, é natural que o organismo do médium seja ainda mais sensível às energias dos alimentos do que a média das outras pessoas.

Considerando ainda que o perispírito, o duplo e a aura são os principais elementos de contato do Espírito comunicante com o médium, como se fossem uma espécie de órgão do tato mediúnico, natural que qualquer coisa que interfira na sua vibração, tornando‐a mais lenta e mais pesada, e deixe suas energias mais pegajosas ouoleosas, como diz o Dr. Di

Bernardi, interferirá diretamente também no seu grau de sensibilidade, dificultando sua percepção e sua sintonia com as entidades desencarnadas, especialmente as mais elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso.

É por este motivo que o médium deve ter atenção especial à sua alimentação, evitando tudo aquilo que exija esforço exagerado do organismo para ser digerido e também aquilo que, com o tempo, ele percebe que não lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho como médium, amortecendo sua sensibilidade mediúnica e energética.

Por se tratar de algo individualizado, não há regras ou receitas prontas e cada um deve estabelecer o que melhor lhe convém em termos de alimentos, procurando observar suas próprias reações, físicas, psíquicas e espirituais, a cada um deles, lembrando sempre que estas reações podem mudar, e muito, com o tempo, à medida que sua sensibilidade for aumentando ou mudando.

De qualquer forma, existem, como já falamos, alguns alimentos que a experiência de vários médiuns e trabalhadores espiritualistas indica como prejudiciais à sensibilidade mediúnica, por terem características energéticas mais densas ou excitantes. Esses alimentos são as carnes vermelhas, os grãos mais gordurosos (amendoim, amêndoas, nozes, etc.), café, chocolate e alguns chás; e os doces (em excesso), que devem ser evitados, pelo menos, nas 24h que antecedem o trabalho mediúnico ou energético.

Além disso, o médium deve ter sempre a preocupação de manter uma alimentação o mais equilibrada possível, variando bastante os alimentos, para garantir também uma

variedade de nutrientes físicos e energéticos, que possam atender a todas as suas necessidades, garantindo também a sua saúde física e energética.

Todo esse cuidado, porém, não deve impedir que o médium leve uma vida normal, usufruindo, equilibradamente, de tudo o que a vida material oferece. Os prazeres materiais, quando experimentados com equilíbrio, podem até ajudar o médium a manter‐se mais centrado, não permitindo que perca o contato com o mundo físico, que também é o seu mundo, ou que é, no momento, o mundo que lhe toca mais de perto.

E entre esses prazeres materiais, está, inclusive, o consumo de tudo aquilo que citamos acima, de forma equilibrada, consciente, sensata, sem exageros, sem culpas e sem medo, já que um médium nunca será melhor só porque deixou de consumir álcool ou carne vermelha, por exemplo, mas pelos sentimentos que tem por estas coisas e por tudo o que a vida, como um todo, lhe proporciona e oferece.

b) SAÚDE

Todo trabalho mediúnico e energético depende, também, do corpo físico, das energias do corpo físico, e, portanto, depende diretamente do estado de saúde do médium, o qual depende e, ao mesmo tempo, interfere no seu estado mental e emocional.

Toda doença física é a materialização de um desequilíbrio psíquico e/ou energético prévio. E quando este desequilíbrio se materializa no corpo físico, é porque já estava

encubado nos outros corpos energéticos há mais tempo.

O transe mediúnico, seja de que tipo for, os tratamentos de cura, as práticas energéticas, em geral, exigem um esforço por parte do médium, o qual consome uma porção de suas energias para se realizar. Se ele já estiver energeticamente debilitado por uma doença física, se não estiver com as suas energias equilibradas, pode ficar desvitalizado e, consequentemente, piorar ainda mais o seu estado físico, já que a captação e a rearmonização das energias, depois de um trabalho, também exigem boas condições mentais e emocionais para acontecerem, o que o médium não terá se não estiver se sentindo bem. E, sem fazer essa captação de forma eficiente, poderá sair do trabalho em pior estado do que quando entrou. Por isso é que se recomenda que o médium não trabalhe quando estiver doente, preservando‐o de um desgaste ainda maior.

Além disso, como a condição física interage intimamente com as condições mentais, emocionais e espirituais do médium, evitando que ele trabalhe quando está doente, evitamos também que alguma energia desequilibrada passe para as pessoas ou entidades a serem atendidas, o que poderia causar mais perturbação do que benefícios, e evitamos também que o médium, em vez de doar, roube, inconscientemente, energias do

assistidos, encarnados ou desencarnados.

Ramatís, no livroMEDIUNIDADE DE CURA, diz que:

“Desde que o médium se encontra enfermo, a sua tarefa mediúnica se torna contraproducente, uma vez que ele projetará algo de suas próprias condições enfermiças sobre os pacientes que se sintonizarem passivamente à sua faixa vibratória psicofísica.

“Entre o médium enfermo e o paciente mais vitalizado, a lei dos vasos comunicantes do mundoeteroastral transforma o primeiro num vampirizador das forças

magnéticas que, porventura, sobram no segundo, ou seja, inverte‐se o fenômeno.

“Em vez de o médium transmitir fluidos terapêuticos ou vitalizantes, ele termina haurindo as energias alheias, em benefício do seu equilíbrio vital”.

Nestes casos, o médium deve ser capaz de reconhecer que não tem condições de trabalhar e o dirigente deve ter o bom senso de não exigir dele o sacrifício, pedindo que trabalhe mesmo assim. Ramatís aconselha que “o médium, quando enfermo, contente‐se em ser o intérprete fiel dos conselhos e intuições superiores para transmiti‐las aos seus companheiros menos esclarecidos, orientando‐os nos atalhos difíceis da estrada da vida humana”.

Isso não significa que qualquer dor de cabeça ou unha encravada possa ser usada como desculpa para não se trabalhar. Estamos falando de problemas de saúde que realmente estejam debilitando e limitando o médium em sua capacidade de concentração, em sua atenção, em seu vigor físico, etc., e não de qualquer indisposição leve, a que todos estamos sujeitos no dia a dia muitas vezes agitado que levamos.

c) HIGIENE FÍSICA E MENTAL

A higiene é parte importante na manutenção da saúde de qualquer ser encarnado e deve ser preocupação do médium também.

A higiene física, caracterizada pelos bons hábitos comuns que aprendemos desde crianças, não deve ser esquecida, pois além de proporcionar maior bem estar ao médium, é também uma atitude de respeito para com os colegas de trabalho e os assistidos, que não precisam ficar sujeitos aos efeitos naturais de sua falta de higiene, como mau hálito, odor de suor, odores dos pés, etc.

Vejamos o que diz Ramatís, no livro MEDIUNIDADE DE CURA, pela psicografia de Hercílio Maes:

“Não é bastante os médiuns fluidificarem a água, ministrarem passes mediúnicos ou extraírem receitas para, com isso, alcançar resultados positivos. Eles precisam alcançar sua saúde física e sanar os seus desequilíbrios morais. (...) exige também, do médium, o fiel cumprimento das leis de higiene física e espiritual, a fim de elevar o padrão qualitativo das suas irradiações vitais.

“Embora as forças do Espírito sejam autônomas e se manifestem independentemente das condições físicas ou da saúde corporal, o êxito mediúnico de passes e fluidificação de água é afetado quando os médiuns ou passistas negligenciam a sua higiene física e mental.

“(...) a higiene corporal e o asseio das vestes dos médiuns durante suas tarefas mediúnicas terapêuticas nada tem a ver com rituais, práticas ortodoxas ou quaisquer cerimônias de exaltação da fé humana. O uso do sabão e da água para a limpeza do corpo físico é necessidade essencial com o fito de eliminar‐lhes a sujidade, o mau odor e os germens contagiosos que podem afetar os pacientes.

“(...) (os médiuns) ainda são Espíritos em prova sacrificial no mundo terreno, empreendendo sua redenção espiritual mediante intensa luta contra as suas mazelas e culpas de existências pregressas. Ante a falta de credenciais de alta espiritualidade, eles não devem olvidar os recursos profiláticos do mundo físico, a fim de obterem o máximo sucesso na terapia mediúnica, em benefício do próximo.

“Entre os pacientes submetidos aos passes mediúnicos serão poucos os que se sentem atraídos e confiantes no médium que, arfando qual fole vivo, sopra‐lhes no rosto o seu mau hálito e respinga‐os de saliva, enquanto ainda os impregna com a exalação fétida do corpo ou dos pés mal‐asseados. Outros médiuns ainda acrescentam a tais negligências o odor morno e sufocante do corpo suado, da brilhantina inferior no cabelo e da roupa empoeirada. Malgrado nossas considerações parecerem, talvez, exageradas, repetimos, mais uma vez: o êxito da terapia mediúnica depende fundamentalmente do estado de receptividade psíquica dos enfermos. Em consequência, todos os motivos ou aspectos desagradáveis no serviço mediúnico, mesmo os de ordem material, reduzem, consideravelmente, o sucesso desejado.

“Se o médium se desinteressar dos preceitos mais comuns de higiene e apresentação pessoal, certamente dará motivo a uma certa antipatia entre os seus consulentes”.

Na higiene física não estão apenas os bons hábitos básicos diários, mas também a prevenção médica e dentária regular, bem como o cuidado com a aparência física, sem exageros, de modo que o médium sinta‐se bem com a própria imagem, bem como com as suas condições físicas. A autoestima sadia é fator de muita importância no equilíbrio do médium, já que a falta de autoestima é uma das principais causas de depressão, revolta, agressividade, etc.

A higiene mental também é importante. O hábito de só cuidar do que trate de mediunidade e Espíritos é, na verdade, um desequilíbrio, um vício que deve ser evitado por qualquer pessoa que lide com a espiritualidade. Como já dissemos, como encarnado, o médium deve também procurar, com equilíbrio, com bom senso, os prazeres materiais, o bom humor, as distrações, o lazer, os passeios, os divertimentos, as coisas boas deste mundo onde vive, como forma de se manter equilibrado e saudável, satisfeito e bem disposto.

E vale lembrar o que diz Wagner Borges, no livro FALANDO DE ESPIRITUALIDADE, quando afirma que “rir é um santo remédio, pois dissolve as tristezas, renova as esperanças e descongestiona as energias”. Portanto, contar piadas, rir de si mesmo, brincar e curtir a vida também são formas saudáveis de louvarmos a criação e o Criador, sem que, com isso, estejamos sendo irresponsáveis ou inconsequentes.

Interessante também vermos o que diz Miramez, em seu livro PLENITUDE MEDIÚNICA, pela psicografia de João Nunes Maia:

“O homem de bem sempre mostra traços de alegria, que conforta os que com ele travam conversações. Esse tipo de companheiro podemos chamá‐lo de médium da alegria, por transmitir. com facilidade. o aprazimento a todos que dele se aproximam. Essas criaturas devem cultivar mais esse dom extraordinário, por servir de qualidade que leva a esperança para os sofredores.

“Observemos o quanto a natureza é alegre! Se passarmos a observá‐la, além de contentamento, encontraremos outros princípios elevados das leis naturais, de onde podemos extrair modelo para o nosso dia a dia.

“Se por ventura vai conversar com alguém em qualquer parte, não esqueça da alegria, pois ela ajuda e faz crescer a esperança nos que o ouvem. Se vai começar algum trabalho, lembre‐se primeiro da alegria, que faz o ambiente melhorar para acertar com mais eficiência as suas obrigações. Se está lendo, esforce‐se para manter uma postura alegre, que, nesse estado, o entendimento surgirá com mais facilidade e terá maior compreensão da página lida. Se está enfermo, não se entregue ao desânimo, pois ele multiplica a doença; arregimente forças para o contentamento, que servirá de canal para o restabelecimento e, nessa condição, um copo de água fresca lhe restabelecerá as forças”.

d) MEDICAMENTOS

Assim como os alimentos, os medicamentos também têm energias próprias, que interagem diretamente com as energias físicas e extrafísicas de quem os consome.

Há medicamentos que, por sua ação mais intensa sobre o sistema nervoso, interferem diretamente sobre as energias do duplo e da aura, interferindo também na sensibilidade mediúnica.

Anestésicos, calmantes, excitantes, ansiolíticos, antidepressivos, etc. são substâncias que têm ação direta sobre o sistema nervoso e interferem não só nas energias físicas e espirituais, como também na consciência e na lucidez, afetando muito a capacidade de concentração e a atenção do médium.

No entanto, o médium que esteja fazendo tratamento com alguma dessas substâncias não precisa ser afastado do trabalho, até para que o afastamento não venha a complicar ainda mais as condições que o levaram a precisar desse tipo de medicamento.

O mais indicado é que o médium seja remanejado, ou seja, que ele não atue

mediunicamente ou nos passes, mas compareça às reuniões e desempenhe outras funções durante o período em que estiver utilizando estas substâncias de forma mais intensa.

Maria Aparecida Martins, em seu livro CONEXÃO: UMA NOVA VISÃO DA MEDIUNIDADE, diz que “não basta só cuidar da mediunidade, conhecer temas, promover palestras, dar cursos, frequentar o grupo, trabalhar na campanha de Natal, frequentar a escola de médiuns. Não basta cuidar da mediunidade, é preciso cuidar do médium, da pessoa, do seu reequilíbrio, e não podemos ignorar que é no kit pensamento/emoção que se assenta a mediunidade”.

É importante ter em mente que o médium é um ser encarnado como qualquer um de nós, e não um super‐homem. Por isso, está sujeito aos mesmos problemas e perturbações que as outras pessoas, e o fato de adoecer ou precisar de ajuda profissional ou medicamentos não é demérito para ele, nem como pessoa, nem como médium.

É preciso tratarmos os médiuns como seres humanos, imperfeitos também, sujeitos a altos e baixos, mas tentando acertar, tentando crescer e melhorar, COMO TODO MUNDO. É importante não pensarmos que médiuns não erram, não se enganam, não

falham, não fracassam, não fraquejam. Não se deve exigir deles mais do que exigimos de nós mesmos, pois eles não são criaturas especiais, dotadas de poderes e forças sobre‐humanas. São apenas seres humanos.

e) SEXO

Sexo é energia, é vida, é saúde. Faz parte do nosso estágio evolutivo e deve ser encarado com naturalidade. Como tudo na vida, deve ser pensado, usado, praticado e apreciado com equilíbrio e bom senso.

O sexo sadio, feito com amor e prazer, com alguém de quem se gosta, por quem se tem respeito e afinidade e com quem se tem uma relação estável e sadia, é extremamente benéfico e ajuda no equilíbrio psíquico e energético do médium.

Se feito em demasia, poderá desgastar a pessoa física, mental e energeticamente, pelo esforço de todo o complexo energético envolvido na busca do orgasmo.

Se praticado menos do que o necessário, seja por que razão for, também poderá sobrecarregar a pessoa, pelo acúmulo de energias muito vivas e ativas no corpo físico e no complexo espiritual, podendo gerar bloqueios e desequilíbrios que também vão atingir a pessoa como um todo.

No ato sexual, as duas pessoas envolvidas entram em profunda ligação energética e comunhão espiritual, e trocam, não só fluidos corporais, como também fluidos espirituais, indispensáveis para o bem estar psicológico, emocional e físico de qualquer ser humano.

A abstenção de sexo na véspera de trabalho mediúnico só terá sentido se o médium se sentir realmente bem com isso, sem se sentir contrariado por um eventual

 sacrifício. De nada adianta o médium abster‐se do sexo na véspera ou mesmo no dia do

trabalho e chegar para a reunião completamente desequilibrado por um acúmulo de energias sexuais, que vão tirar a sua concentração e interferir na sua sensibilidade mediúnica e energética. Melhor seria ele praticar o sexo com equilíbrio e ir para a reunião satisfeito, feliz e equilibrado.

Assim, que o próprio médium aprenda a encarar sua sexualidade com naturalidade e equilíbrio, dosando sua necessidade de sexo e buscando praticá‐lo de forma equilibrada, saudável e elevada, eliminando preconceitos e tabus que em nada contribuem.

Devemos lembrar que sexo também é criação de Deus e, portanto, também é sagrado, elevado, necessário, positivo, desde que, como em tudo, possa ser visto com bom senso e discernimento.

f) VIDA SOCIAL, PROFISSIONAL E FAMILIAR

Ramatís, no livroMEDIUNISMO, nos diz que:

“Considerando que a faculdade mediúnicade provaoude obrigaçãoé sempre o

acréscimo que o Alto concede ao Espírito endividado para conseguir a sua reabilitação espiritual, sob hipótese nenhuma deve ela ser negociada ou vilipendiada. É o serviço de

confiança que o médium exerce em favor alheio sem deixar de cumprir todas as suas obrigações para com a família, a sociedade e os poderes públicos. Os mentores siderais não lhe exigem o sacrifício econômico da família, a negligência educativa da prole, o descuido com as necessidades justas da parentela, para só atender indiscriminadamente ao exercício de sua faculdade.

“Cada médium, como Espírito em evolução, conduz o seu próprio fardo cármico, gerado no pretérito delituoso, o que também lhe determina as obrigações em comum no lar, onde vítimas e algozes, amigos e adversários de ontem empreendem o curso de aproximação espiritual definitiva. Assim é que, em última hipótese, deve prevalecer sobre o serviço mediúnico o cumprimento exato das determinações cármicas que lhe deram origem à existência na matéria”.

Ramatís deixa bem claro, portanto, que a nossa missão aqui é crescer e melhorar ESPIRITUALMENTE e que, por isso, nosso compromisso mais importante é com o que nos levou a buscar esta encarnação, mais do que com a mediunidade, dando a entender que a mediunidade só nos é dada DEPOIS que já decidimos reencarnar e já temos prontos os planos para a reencarnação. Ela é realmente um ACRÉSCIMO de serviços, algo que é ACRESCENTADO ao nosso projeto original de vida, para APROVEITAR A VIAGEM. Sendo assim, não deve nunca estar acima dos nossos compromissos de encarnados, sejam eles pessoais, familiares, sociais ou profissionais, os quais são importantes para o cumprimento satisfatório de tudo o que prometemos realizar espiritualmente, em nós mesmos, durante a encarnação.

Também não devem estar abaixo de qualquer compromisso material. A mediunidade deve sempre ser considerada UMA das partes, UMA das atividades do médium na sua vida como encarnado. É preciso lembrar que, antes de ser médium, ele é um Espírito

No documento Curso de Mediunidade (páginas 98-105)