• Nenhum resultado encontrado

Exemplos de fontes de informação de patentes gratuitas

4. A INFORMAÇÃO DE PATENTES

4.5 FONTES DE INFORMAÇÃO DE PATENTES NA INTERNET

4.5.1 Exemplos de fontes de informação de patentes gratuitas

A vantagem dos recursos a seguir descritos é que, para além de serem gratuitos - bastando poder utilizar um computador com acesso à Internet - permitem consultar informação de registos de patente dos principais países industrializados, com maior número de invenções e consequentemente de patentes atribuídas como, em certos casos, permitem o acesso aos documentos cujas patentes foram recusadas ou que ainda se encontram em fase de análise. Mesmo recusado o pedido de patente, a informação aí contida é deveras relevante pois contém o que de mais recente se faz numa determinada área do saber.

Começamos por expor a PatentScope da OMPI onde estão contidos os documentos de patente pedidos via Tratado PCT o que possibilita que um único pedido seja válido nos 144 países que o constituem. A partir de um único ponto temos acesso a cerca de 1,5 milhões de patentes internacionais, desde a primeira publicação na sua origem em 1978. Permite consultar o documento após a sua publicação, cerca de 12 a 18 meses após realizado o pedido. Somente cerca de mais outros 12 a 18 meses, num total de aproximadamente três anos, a patente será definitivamente concedida.

Figura 9 - PatentScope da WIPO (http://www.wipo.int/pctdb/en)

Para as organizações portuguesas, uma vez que se encontra em português207, um dos recursos mais relevantes é a Espacenet®208. A funcionar desde 1998, contém as patentes concedidas em Portugal e em todos os países que assinaram o Tratado Europeu de Patentes via EPO.

Elaborada com base numa das pioneiras BD de patentes, a INPADOC, permite o acesso a mais de 60 milhões de documentos de patente, a maioria pedidos de patente ainda em análise, provenientes de 81 países, incluindo a informação do Japão e dos EUA, dos países mais industrializados, dos mais inovadores e com maior número de pedidos de patente todos os anos em todo o mundo. Permite, ainda, o acesso às patentes pedidas via PCT, disponíveis na PatentScope já mencionada anteriormente.

Figura 10 – Espacenet® (em Português)

(http://pt.espacenet.com)

Uma das fontes fundamentais é a BDP do USPTO (United States Patent and Trademark Office). Aqui também é possível pesquisar não só os documentos de patentes concedidas como também das que se encontram em análise. A

207 A Espacenet® disponibiliza uma ferramenta de Machine Translation de inglês para português e o

seu inverso. No final de 2011 e com uma duração de quatro anos será alargado a todas as línguas dos países da Convenção da Patente Europeia (EPC), inicialmente em inglês e mais tarde em Francês e Alemão (http://www.epo.org/pi-conference - 17-09-2010).

208 Um tutorial da Espacenet® pode ser encontrado em (http://www.european-patent-

office.org/wbt/espacenet/assistant.php). Outros recursos de apoio às pesquisas na Espacenet® podem ser encontrados em (http://www.espacenet.com/getstarted/index.en.htm).

funcionar desde 1976, possui informação que remonta a 1790. Desde 2001 que permite a pesquisa dos documentos ainda antes de a patente ser concedida. A sua BD é seguramente a maior, considerando um país individualmente.

Figura 11 – USPTO (http://patft.uspto.gov/)

Igualmente importante é a BDG da IPDL (Intelectual Property Digital Library). Permite o acesso a várias coleções sob a alçada da OMPI, como patentes (PCT e Europeia), marcas, desenhos industriais, etc.

Figura 12 - Biblioteca digital – IPDL – WIPO (http://ipdl.wipo.int/)

Muito relevante é a BDG do Acordo Trilateral de Patentes. Sob a alçada do gabinete japonês de patentes, permite o acesso às BDP do Japão, traduzidas em Inglês, do EPO e do USPTO, a partir de um único interface.

Figura 13 – Biblioteca digital do acordo trilateral de patentes (http://www.ipdl.inpit.go.jp/homepg_e.ipdl)

A seguir, a título de exemplo que corrobora a nossa premissa inicial, indicaremos dois países, que há relativamente pouco tempo eram parte do grupo de países em desenvolvimento, e atualmente se encontram em franco processo de crescimento humano, económico, tecnológico e social.

Dois dos designados Tigres Asiáticos209, a quem a utilização destas ferramentas auxiliou enormemente para esse salto qualitativo, pois a obtenção de soluções técnicas a partir do conhecimento contido nas BDP e BDG produziu essa mudança extraordinária em tão curto período de tempo (AEGE, 2008; Castells, 2000a, 2001; Idris, 2003; Silva & Neves, 2003), são a Coreia do Sul e Singapura.

Começaremos pela Coreia do Sul ou República da Coreia, 12ª maior economia do mundo em 2010, que destronou o Japão como maior construtor naval, líder em siderurgia e metalúrgica. O bom aproveitamento da informação está bem patente no seu índice de desenvolvimento e qualidade de vida. A sua capital, Seul, é o local do planeta com maior número de ligações à Internet210.

209 Os designados Tigres Asiáticos são a Coreia do Sul, Singapura, Malásia, Hong-Kong e Taiwan,

liderados pelo Dragão, a China (Castells, 2000a, 2000b, 2001).

Usando a informação de patentes de invenções não protegidas no seu país, de patentes já caídas em domínio público e uma atividade designada por imitação criativa211 (Drucker, 1987, 1992, 1995, 1999, 2000; Silva & Neves, 2003), que consiste em melhorar inventos já existentes, os coreanos conseguiram atingir um patamar de desenvolvimento que outras economias da mesma área só recentemente começam a igualar. Marcas como Samsung, Lucky Goldstar (LG), Galloper, Daewoo (atualmente parte da GM, General Motors), Hyunday, Kia, SsangYong, entre outras, são para os países ocidentais fortes concorrentes, cujos produtos são amplamente aceites pela sua qualidade, durabilidade e preços competitivos. Para que se perceba como a PI é importante para este país, basta referir que desenvolveram uma ferramenta de e-learning para apoiar as PME e permitir a obtenção desta informação gratuita por todos que o desejem. A ferramenta designa-se por IP Panorama e resultou de um projeto denominado The Joint Development of E-learning Content from 2004 to

2007212. Constituído por 12 módulos que cobrem todo o alcance da PI, suportado por uma interface multimédia em Flash extremamente apelativa, tem já tradução

211 De acordo com Drucker (1987, p. 231 nota 1) “a expressão foi cunhada por Theodore Levitt, da

Harvard Business School. (...) Descreve uma estratégia que, em essência, é «imitação». (…) Mas é «criativa» porque o empresário que aplica a estratégia de «imitação criativa» compreende melhor aquilo que a inovação representa do que as pessoas que a realizaram e inovaram. (…) Espera até que alguém tenha estabelecido a novidade, mas só «aproximadamente». (…) E dentro de pouco tempo apresenta aquilo que a novidade deveria realmente ser para satisfazer os clientes, para fazer o trabalho que os clientes querem e pelo qual pagam. A imitação criativa estabelece assim o padrão e arrebata o mercado. (…) O imitador criativo explora o êxito dos outros. (…) O imitador criativo não inventa um produto ou um serviço; aperfeiçoa-o e coloca-o. (…) Ou então a imitação criativa vem acrescentar-lhe algo que ainda lhe faltava. O imitador criativo encara os produtos e os serviços do ponto de vista do consumidor” (Drucker, 1987, pp. 231-234). “It is a case history of reverse engineering at its finest. Samsung examined ovens from the world’s top producers, selected the best features from each, then applied its talent at low-cost manufacturing to win private label business from price-conscious sellers in the United States. Samsung started with a small order from J. C. Penney, then produced low-end models for GE. Goldstar, another Korean low-cost producer, produced low-end models for Kmart, J. C. Peeney, and Magic Chef. The American producers were doomed. (…) Asian producers are clearly winning the battle” (Schnaars, 1995, p. 117). Cf. também (Kim, 1997; Markides & Geroski, 2005; Shenkar, 2010)

212

“IP PANORAMA was developed jointly by the Korean Intellectual Property Office (KIPO), the Korea Invention Promotion Association (KIPA), and the World Intellectual Property Organization (WIPO) under a project entitled, ‘The Joint Development of E-learning Content’ from 2004 to 2007. IP PANORAMA was designed to help SMEs utilize and manage Intellectual Property (IP) in their business strategy. In the past, most of the IP education materials had a legal orientation, even though businesses had a real need for a business-oriented IP education. IP PANORAMA increases IP-awareness among enterprise setor and a wide range of university students by providing practical knowledge about using IP for business success. IP PANORAMA relies on a brand new instructional design strategy based on ‘Storytelling’ along with educational technology. The learning content of each module was designed with a practical story regarding intellectual property. It is informative as well as interesting. IP PANORAMA deals with IP issues from a business

perspective, especially focusing on the situation of SMEs.”

em várias línguas e merece, seguramente, uma visita que aconselhamos vivamente.

Figura 14 – IP Panorama do gabinete de PI da Coreia do Sul (http://www.wipo.int/sme/en/multimedia/)

Figura 15 – IP Panorama - Módulo 6 – Patent Information (http://www.wipo.int/sme/en/multimedia/flash/06/)

A importância atribuída à PI pela Coreia do Sul é bem visível nos inúmeros organismos a si dedicados, havendo mesmo um vocacionado para a disseminação da informação proveniente dos registos de PI do país e do EPO, Japan Patent Office (JPO), USPTO e WIPO.

Figura 16 – Korea Intellectual Property Rights Information Service (KIPRIS) (http://eng.kipris.or.kr)

Figura 17 – Korean Intellectual Property Office (KIPO) (http://www.kipo.go.kr/kpo/)

Figura 18 – Korea Invention Promotion Association (KIPA) (http://www.kipa.org/english/)

Vejamos, de seguida, o caso de Singapura. Uma das economias emergentes mais prósperas, quinto país mais rico do mundo em 2010 (em PIB per capita), que assume que o seu crescimento se deve essencialmente ao bom

uso e gestão dos recursos de informação. A cópia legal e a imitação dos produtos patenteados mas não protegidos no seu país, à semelhança da Coreia do Sul acima mencionada, fizeram com que a poupança em tempo e o investimento em recursos de I&D lhe permitissem dar o salto qualitativo hoje bem sedimentado.

Figura 19 – SURF IP de Singapura (http://www.surfip.gov.sg)

De acordo com dados da OMPI, a I&D na China está a crescer a uma velocidade estonteante. Em pouco tempo, a China posicionou-se como uma das nações com maior número de pedidos de patente anuais.

Apesar do número de pedidos internos ser preponderante, as estatísticas revelam que o número de pedidos internacionais tem aumentado anualmente de forma acentuada213. Em 10 anos o número de pedidos de patente internos cresceu de 12.000 para mais de 93.000, o que corresponde a cerca de 800% de aumento. Para os restantes países, a média corresponde a cerca de 50% de crescimento. Relativamente a pedidos de patente internacionais, o crescimento é avassalador, passando de 100 por ano para 2.500 pedidos no espaço de 10 anos214. Para percebermos melhor este fenómeno, em 2009 os pedidos de patente internacionais nos EUA caíram mais de 11%, enquanto o número de pedidos chineses para esse país aumentaram 30%, essencialmente em inovações relacionadas com a eletrónica.

Apesar desta quebra internacional não ser de estranhar em virtude da crise internacional em curso, o que é extraordinário é o crescimento de 29,7% de pedidos chineses215, posicionando-se acima da França, em quinto lugar mundial

213 Cf. (http://www.wipo.int/ipstats/en/statistics/patents/patent_report_2006.html - 12-07-2010) 214

Cf. (http://www.wipo.int/ipstats/en/statistics/pct/index.html - 12-07-2010)

215 “Growth in patenting activity in China and Korea is dramatic compared to more established

em número de pedidos. Assim, em 2009, os EUA continuam a liderar com 45.790 pedidos, seguindo-se o Japão, a Alemanha, a Coreia do Sul e a China em quinto lugar.

Curiosamente, três dos países no top cinco são asiáticos o que demonstra bem a importância da utilização da PI por estes países como tem sido referido ao longo deste trabalho.

De acordo com a análise realizada, este crescimento deve-se ao grande investimento da China em I&D financiado pelo governo, com enormes incentivos às universidades como encorajamento ao patenteamento216. Tal originou um grande aumento na criação de empresas saídas de projetos de I&D das universidades (spin-offs), fixadas em dezenas de Parques de Ciência criados pelo governo, como são exemplo os gigantes das telecomunicações Huawei Technologies e ZTE Corporation, ambos presentes na lista das 100 empresas da OMPI que mais patenteiam, contabilizando mais de 16% de aumento do número de patentes do país217. Além da eletrónica e das telecomunicações, as tecnologias biomédicas e veterinárias e a química são as áreas de maior número de pedidos218. Apesar de terem começado como imitadores (Bessa, 2007, p. 14), à semelhança do Japão e da Coreia do Sul, rapidamente, como estes, obtiveram a capacidade técnico-científica que lhes permite inovar219.

Korea. (…) However, with the rapid rise in volumes of Chinese patents, Japan, Korea and China together accounted for a staggering 54% of all patent documents published in 2006.” (Caraher, 2008, pp. 150, 151) 216 Cf. (http://www.chinatrademarkoffice.com/about/index.html - 14-07-2010) 217 Cf. (http://www.awapatent.com/?id=10823 – 14-07-2010) 218 Cf. (http://www.wipo.int/ipstats/en/statistics/pct/index.html - 15-07-2010) 219

“É bom olhar para a história e ver o que aconteceu com as primeiras máquinas da revolução industrial. Os americanos não estavam autorizados a importá-las, portanto começaram a copiá-las. Falei aqui com um colega alemão que reconheceu que também foi assim que os alemães fizeram a sua primeira locomotiva, compraram-na em Inglaterra e copiaram. Não estou a encorajar que isto se faça mas faz parte da natureza da história humana, quando as empresas estão mais atrasadas e querem recuperar terreno.” (Mitchell Tseng In Bessa, 2007, p. 14)

“The conditions that spurred the technology driven economic growth in countries like the United States, Japan and Germany simply do not exist any longer.

These technologically advanced nations seem to forget that over the last 300 years, they borrowed, copied and stole ideas, inventions, technology and even the writings of foreigners in their drive for industrial advancement.” (Cook, 2004, p. 173)

Figura 20 – State Intellectual Property Office of P.R.C. (SIPO) (http://www.chinatrademarkoffice.com/index.php/ptsearch)

Um dos exemplos mais relevantes, é o país europeu com maior número de pedidos de patente anual na Europa – a Alemanha. Terceiro maior depositante de pedidos de patente internacional há vários anos, este país disponibiliza as suas coleções de patentes para fomento da criatividade220 e inovação (Loubaton et al., 2008), permitindo a empresas, estudantes e institutos de investigação o acesso à informação técnica relevante para estimular novas soluções221.

220 “It is the goal of this type of current information to keep our engineers aware of the technical

and patenting activities of competitors in the fields of activity of Siemens. Dealing with and understanding the ideas disclosed in these publications stimulates the creative process within the company and helps avoid infringement of third party patents granted at a later date” (Naetebusch et al., 1994, pp. 202, 203). Para além deste excelente artigo, para mais informações sobre a utilização da informação de patentes pela Siemens, Cf. (Schoeppel & Naetebusch, 1995).

221 “«I invented nothing new," Ford once declared."I simply assembled into a car the discoveries of

other men behind whom were centuries of work, and the discoveries of still other men who preceded them»” (Seabrook, 1993).

Figura 21 – German patent information system (DEPATIS)

(http://depatisnet.dpma.de/DepatisNet/depatisnet?window=1&space=main&content=ind ex&action=index&switchToLang=en)

O mais recente recurso de informação relacionado com a PI disponibilizado pela OMPI, é a WIPO GOLD. Trata-se de um recurso que permite aceder a vários tipos de informação de várias modalidades da PI a partir de um interface comum. Serve para facilitar o acesso à informação de PI de uma forma centralizada, permitindo ao utilizador obter a informação de que necessita a partir de um único ponto de acesso.

Figura 22 – WIPO GOLD (http://www.wipo.int/wipogold/en/)

Em Portugal, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o local onde se podem efetuar registos nacionais e pedidos internacionais relacionados com a PI e onde também se pode obter informação a respeito

destes pedidos e consultar o Boletim da PI. Permite também o acesso ao interface de pesquisas do Espacenet® em português.

Figura 23 – Instituto Nacional da Propriedade Industrial (http://www.marcasepatentes.pt/)

Outras plataformas digitais que permitem o acesso a patentes, e à informação aí contida, assim como a invenções não protegidas (Open innovation) e que devem ser aqui ressalvadas são: Ecopatent Commons; The GreenXchange da Nike e WIPO Green.

A Ecopatent Commons, lançada em 2008 por quatro empresas (IBM, Sony, Nokia e Pitney Bowes) em colaboração com a World Business Council for

Sustainable Development (WBCSD), tem por objetivo o compromisso com todos

aqueles que procurem desenvolver produtos inovadores que respeitem o ambiente e a sustentabilidade do planeta. Para tal, as empresas colocam à disposição de quem as queira explorar nessas condições, um conjunto de patentes de invenções com cariz ambiental (ecofriendly), promovendo parcerias e colaborações entre as empresas detentoras das patentes e empreendedores que tenham projetos para as utilizar. Neste momento, além das quatro fundadoras, fazem parte deste consórcio mais nove empresas (num total de treze) que já contribuíram com mais de 100 patentes (103 em 01-05-2011) para

este fundo (HP, Bosch, Dow, DuPont222, Fuji-Xerox, Ricoh, Taisei, Hitachi e Xerox).

Estas iniciativas devem ser acarinhadas pois, muitas empresas têm várias patentes não utilizadas que podem ser exploradas, de forma útil e amiga do ambiente, beneficiando a humanidade em geral.

Figura 24 – Ecopatent Commons

(http://www.wbcsd.org/templates/TemplateWBCSD5/layout.asp?type=p&MenuId=MTQ3 NQ&doOpen=1&ClickMenu=LeftMenu)

A plataforma The GreenXchange da Nike, em parceria com a CreativeCommons e a BestBuy, foi anunciada em Davos no World Economic Forum em janeiro de 2011 e a rede de parcerias inclui agora empresas como Ideo, nGenera, SalesForce, Yahoo!, etc. Possui atualmente 463 ativos disponíveis para exploração (em 01-05-2011) detidos por três organizações: as fundadoras Nike e BestBuy, com 444 e 15 ativos respetivamente, e a University of California Berkeley com quatro. De salientar que existem três tipos de licenças disponíveis, podendo existir restrições (geográficas, por exemplo) na licença a conceder para o invento, ou mesmo haver lugar a um pagamento pelo uso do mesmo223.

222

“In 1999, for exemple, Dupont donated 23 of its unused patents to universities and nonprofit groups. As a result, instead of having to pay the maintenance costs of keeping them in its portfolio, Dupont received a $64 million tax write-off. A similar donation recently netted Dow a $4 million write-off.” (Rivette & Kline, 2000, p. 134)

223 “At A Glance: Open Innovations - 43 Intellectual Capital - Allows research, indexes, tools, and

Figura 25 – The GreenXchange da Nike (http://www.greenxchange.cc/)

Do mesmo modo, a OMPI criou uma plataforma para acesso à informação de patentes respeitantes a tecnologias verdes (WIPO GREEN - The Sustainable

Technology Marketplace), ambientalmente sustentáveis, para permitir a todos os

interessados o acesso a informação e mediação com transparência e confiança, garantidas pela própria organização.

Dirige-se essencialmente a países em desenvolvimento e economias emergentes, pretendendo aumentar e acelerar a adoção, adaptação e difusão destas tecnologias nesses países224.

Research Non-Exempt - Provides non-profits, such as universities, the freedom to research on the patented technology, improve on it, and patent the improvements for non-commercial use. This pledge gives non-profits the assurance that they will not be sued for patent infringement when they perform non-commercial research on patents that patent owners place into the pledge. 2 Standard - Offers a royalty-free license with which any party can commercially use the patented technology. This option allows the patented technology application to be taken to market at rapid rates and increases the opportunity for collaboration and new research. 5 Standard PLUS - Offers a license that requires a payment and/or can restrict who can accept the license. The PLUS is the payment and restrictions that have been added in the public addendum within the Model Patent License. For example, the patent holder may restrict the field of use, geography, or require a payment. These limits can be defined when uploading IP and posting the license online. Subjects - 236 apparel; 167 devices; 17 materials ; 17 method. Organizations – 15 Best Buy; 444 Nike; 4 University of California, Berkeley.” (http://www.greenxchange.cc/ - 25-01-2011)

224 "Patents play a key role in providing information about existing technologies, the level of their

development and geographic spread. This information facilitates an informed debate on climate change. Far from being a drag on economies and innovation, international efforts to combat climate change have sparked technological creativity on low carbon, resource efficient Green Economy solutions. The challenge now is to find ways in which these advances can be diffused, spread and transferred everywhere so that the benefits to both economies and the climate are shared by the many rather than the few." Patents and clean energy: bridging the gap between evidence and policy (http://beta-i.epo.org/news-issues/news/2010/20100930.html - 23-05-2012)

Pretende contribuir para tornar o mundo e a economia low-carbon e, dessa forma, minorar as alterações climáticas que assolam esses países, já de si muito fragilizados e necessitados.

Figura 26 – WIPO GREEN - The sustainable technology marketplace (https://www3.wipo.int/green/green-technology/techOverview - 16-03-2012)

Vários exemplos de países, como: (i) China (Cailiang, 1993; Chen et al., 2009; Fai, 2005; Jialian, 1990, 1996; Wang, 2009; Wu & Liu, 2004; Xiaomin, 1989); (ii) Japão (Arai, 2006; Drucker, 1987; Hayakawa, 2000; Marcovitch, 1983; Newton, 1988; O'Keeffe, 2000; Oda, 2009; Ono, 1996; Rahn, 1983; Schellner, 2001, 2002; Vacek, 1994); (iii) Índia (Amba, 2001; Chandra, 2002; Ganguli, 2004; Imam & Tandon, 1986; Newton & Paranjpe, 1995; Ramachandran, 1989); (iv) Indonésia (Dou, 2004); (v) Brasil (Barroso, Quoniam, & Pacheco, 2009; Cavalcanti, 1994; Tachinardi, 1993; Urquidi, 2005; Zárate, 2000); (vi) Austrália (Leslie & Witsenhuysen, 1981; Mandeville, 1983; P. Sullivan & Chester, 1985; Tansey & Pluck, 2004); (vii) Alemanha (Geiss, 1993; Grunder, 1999; Krestel, 1998a, 1998b; Oppenläender, 1977; Renker, 1981; Rothe & Sabien, 2003; Waris, 2001); (viii) Inglaterra (Bell, 2000; Buchanan, 2008; Hill, 1983; Newton, 1997; R. J. Sullivan, 1989; Tagg, 1984), entre muitos outros, podem ser encontrados como forma de mostrar a aposta feita na disseminação deste tipo de informação para permitir aos seus concidadãos