• Nenhum resultado encontrado

6.3 ESTUDO DE CASO 1 140 !

6.3.3 Avaliação do Estudo de Caso 1 166 !

6.3.3.2 Facilidade de Uso 171!

Com relação à iniciativa dos participantes no processo de modelagem, o desenvolvimento do modelo de simulação neste estudo foi totalmente conduzido pela equipe de pesquisa. O escopo do modelo foi definido com base nos processos que faziam parte da seqüência de

53

Preferiu-se utilizar o termo “terminação” ao invés de “terminalidade” por este último tratar-se de um neologismo ainda não consolidado. Neste caso, terminação, de acordo com Holanda (2004) refere-se ao ato de terminar, concluir; dar fim.

execução da unidade-base desenvolvida no início do processo. Com base neste modelo, por solicitação da equipe de obra, foram simulados os três cenários para a execução dos radiers.

Já no que diz respeito à extensão do processo de elaboração, o tempo despendido para a elaboração do PSP foi bastante superior aos dos estudos que originaram o modelo de elaboração, bem como aqueles realizados por Rodrigues (2006). No caso do estudo de caso 1, foram despendidas 52 horas às reuniões realizadas e 116 horas relacionadas à preparação do processo, incluindo o desenvolvimento do modelo de simulação.

Conforme os dados apresentados na figura 32, as etapas executadas demandaram muito mais tempo para seu desenvolvimento do que os estudos de caso que deram origem ao referido modelo (naquele caso, prescreveu-se um esforço de aproximadamente 08 a 12 horas de reuniões e 12 horas para desenvolvimento de ferramentas). A maioria do tempo despendido para a elaboração do PSP concentrou-se na definição da seqüência de execução da unidade- base e no pré-dimensionamento dos recursos de produção e, posteriormente, nos estudos dos fluxos de trabalho no empreendimento.

O aumento no tempo de desenvolvimento do PSP e sua concentração naquelas duas etapas aconteceu por que a empresa estava especialmente interessada na padronização da seqüência de execução da unidade-base do empreendimento, tendo em vista a utilização daquela unidade-base em outros empreendimentos futuros e a definição de uma seqüência de execução padronizada era fundamental para a modelagem do sistema de produção do empreendimento, como base para o desenvolvimento do modelo de simulação. Além disso, a customização das unidades-base dependia e influenciava tal definição e

A extensão do processo causou a impossibilidade de empregos das decisões do PSP de forma integrada ainda no início da fase de execução do empreendimento, sendo possível sua conclusão apenas para sua segunda fase. Desta forma, uma das propostas do PSP, a de antecipar decisões sobre a estruturação do sistema de produção do empreendimento, não foi alcançada. Entretanto, algumas decisões tomadas ao longo do processo vieram a ser empregadas na segunda fase da obra (no caso a mudança da estratégia de ataque dos radiers e aumento no número de equipes e eletricistas). Para tanto, houve a necessidade de adequá-lo.

Em função de ter sido a primeira implementação da simulação, bem como em função das diversas alterações propostas pela equipe da empresa na seqüência de execução da unidade- base do empreendimento, o desenvolvimento do modelo de simulação despendeu ao todo 60

horas para seu desenvolvimento (a equipe de pesquisa decidiu por refazer o modelo como forma de melhor organizá-lo em função das diversas mudanças solicitadas). Contudo, havia uma perspectiva de redução deste tempo, a partir da sua reutilização no empreendimento seguinte.

Outro aspecto que contribuiu para aumentar a extensão do estudo deve-se ao nível de detalhamento empregado. A seqüência de execução da unidade-base do empreendimento (que gerou o modelo de simulação e, conseqüentemente, o estudo dos fluxos de trabalho no empreendimento), consistia de 52 processos (mais 10 processos na etapa de customização pós-venda que não faziam parte do modelo de simulação). Desta forma, houve um aumento da complexidade do sistema de produção sendo modelado e o respectivo aumento no tempo necessário para sua consecução.

Por fim, quanto à contribuição para a comunicação e entendimento das decisões entre os

participantes, as ferramentas geradas ao longo do PSP foram efetivamente utilizadas nas

discussões durante as reuniões de desenvolvimento do estudo. A principal ferramenta desenvolvida no estudo foi o diagrama de seqüência de execução da unidade-base do empreendimento. Esta ferramenta foi amplamente utilizada nas reuniões, não envolvendo apenas os membros da empresa, mas também na discussões com subempreiteiros e fornecedores. Esta ferramenta foi, conforme apresentado anteriormente, utilizada no canteiro de obras como referência.

Já a linha de balanço originada pelo modelo de simulação foi uma tentativa de tornar as saídas do modelo mais facilmente compreensíveis para a equipe da empresa. Uma avaliação do seu uso durante as reuniões permite dizer que seu objetivo foi parcialmente alcançado, uma vez que a ferramenta ficou restrita às reuniões entre as equipes de pesquisa e da empresa, não sendo utilizada para comunicação com participantes externos a essas equipes. Essa dificuldade reside no tipo de representação obtida, bem como ao nível de detalhamento utilizado, que geravam uma ferramenta de difícil compreensão rápida, dependendo de uma avaliação mais demorada para seu entendimento.

Entretanto, para a equipe da empresa a ferramenta permitiu alcançar seus objetivos, uma vez que era utilizada durante as reuniões junto com a equipe de pesquisa. Alguns filtros foram utilizados a fim de reduzir o número de processos representados e tornar as discussões mais

focadas. Cabe ressaltar que o engenheiro de obra utilizou ferramenta em avaliações fora das reuniões, trazendo dúvidas e sugestões para discussão.