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fenômenos da levitação e da bilocação.

No documento Astrologia e Artes Adivinhatórias (páginas 47-49)

Q

uer queiramos quer não, temos a necessidade de acreditar nos pro- dígios e milagres, de ser algum dia sur- presas testemunhas de estranhos fenô- menos, inexplicáveis, irracionais, que superam a compreensão. A tal ponto isto é verdadeiro que, apesar dos imensos progressos obtidos pelos cientistas desde há mais de um século, apesar das ex- plicações lógicas, evidentes, inegáveis que produziram, contribuindo assim para um melhor conhecimento da vida, do mundo e do universo, persistimos em nos prender a idéias preconcebidas, a crenças sem fundamento. Pior ainda, nos negamos a compreender o que, no entanto, tem uma simples explicação. Assim, apesar dos fabulosos instru- mentos de comunicação que possuímos c das informações múltiplas e variadas de que dispomos e que estão quase ao alcance de todos, temos um sentimento da ignorância e não de conhecimento, que prevalece. Tudo acontece como se o homem se negasse, apesar de si mesmo ou inconscientemente, a ser sábio, por medo de perder sua capaci- dade de sonhar, de crer e de maravilhar- se. É certo que a época em que vivemos está marcada por um certo desencanto, compensado amplamente pela magia do cinema. Por exemplo, sublinhemos que atualmente, somos cada vez maior o nú- mero dos que acreditamos que segura- mente existe uma vida e uma inte- ligência extraterrestre e que, em breve, entrará em contato conosco. Vinte anos atrás, uma hipótese assim teria parecido totalmente utópica. Atualmente, os mes- mos cientistas, principalmente os as- trofísicos, aderiram a ela. É certo que, enquanto isto, Steven Spielberg produ- ziu e realizou o filme Encontros do Ter-

Terceiro Grau e que, depois, nossa imagi-

nação, impregnada com as imagens deste filme, que confunde sonho com realidade, faz com que esta hipótese seja mais que provável.

De nossa parte, deploramos que o homem que tenha a memória tão curta e que se abandone à tendência de arro- jar pelo caminho as boas idéias que teve

no passado, com o pretexto de que en- controu outras, das quais, obviamente, se orgulha, com as quais se identifica, embora oculte todas as suas fontes de inspiração. De fato, parece que está na natureza humana o fato de crer que sua época é superior às épocas prece- dentes, que não vale a pena re- ferir-se ao passado.

N o entanto, um estado de espírito deste tipo acaba também por privar-nos de futuro, de perspectivas, de aspirações e, pelo mesmo motivo, engen- dra um estranho com- plexo de auto-satisfação e de superioridade que passa a ser destruidor e sufocante, se não estamos de acordo com ele, e que conduz de cabeça ao desen- canto e à zombaria.

N o entanto, os mistérios subsis- tem. Mas, pelas razões que acabamos de expor, não nos interessam se não é do ângulo dos cálculos e as medidas es- tabelecidas em função de regras estritas, rigorosas e imutáveis. Por conseguinte, se alguns fenômenos não entram no campo de uma compreensão e uma ex- plicação racionais, que é o nosso atual- mente, negamos categoricamente sua existência. Como é o caso da levitação e da bilocação.

0 QUE É A LEVITAÇÃO? Para começar, devemos sublinhar que a palavra "levitação" apareceu pela pri- meira vez no final do século XVII — em- bora o próprio fenômeno da levitação se perca na noite dos tempos — e que significa "ação de elevar-se graças à sua

leveza". Porém, nesta época, sir Isaac Newton, cuja famosa história da maçã continua sendo célebre, introduziu a noção da gravidade universal e da força de atração da Terra. Tinha-se que criar uma palavra para distinguir o princípio da gravidade, segundo o qual o homem experimentava a atração da Terra, e o princípio de levitação que o afasta dela. De fato, o que levita possui esta facul- dade tão particular de poder despren- der-se do solo e deslocar-se fisicamente

no ar, um pouco como um pássaro, se- gundo um fenômeno rejeitado pela ciência, mas que não deixa de ser uma realidade excepcional, é certo, mas tan- gível.

Por outro lado, no século XV Teresa de Ávila, por todos conhecida como Santa Teresa de Jesus, estava sujeita à levitação em seus êxtases místicos, tal como tes- temunharam muitas freiras e cientis- tas daquele tempo. N o século XVII, Giuseppe Desa, um monge franciscano italiano conhecido pelo nome de José

de Copertino, era também dotado para a levitação. Muitas testemunhas con- tam que podia literalmente flutuar desde a porta da igreja até o altar e que era visto voar com freqüência e pou- sar em um galho de oliveira, onde per- manecia ajoelhado, rezando. Mais re- centemente, Anna Maria Turi, uma jornalista italiana que investigou há pouco tempo as múltiplas aparições da Virgem no mundo e os fenômenos mis- teriosos que a cercam, descreveu o caso de um camponês italiano, nascido em 1922, em Stornarella, a quem conheceu e que com regularidade estava sujeito a tais acrobacias místicas. Por úl-

timo, destaquemos que, se- gundo uma prática ancestral,

o iogui que consegue do- minar a Anâhata-Chakra,

chamada "chakra do co- ração" porque se situa na

região do órgão vital, ad- quire o poder de levi- tação.

O QUE É A BILOCAÇÃO? Trata-se de um fenômeno mais excepcional ainda que o da levitação, muito conhe- cido pelo nome de "dom de ubiqüidade". O ser que o possui é capaz de encontrar-se, simultânea e fisicamente, em dois lugares diferentes, às vezes bastante longe um do outro. U m depoimento surpreendente deste tipo de fenômeno, relativamente con- temporâneo porque data de 1925, é o que nos apresenta o Padre Pio, um ca- puchinho italiano, cuja vida esteve cheia de prodígios. Assim, tendo prometido a seu superior, monsenhor Damiani, que estaria presente no dia de sua morte para assisti-lo em seus últimos m o - mentos, foi reconhecido fisicamente por pessoas que estavam em seu leito de morte, enquanto que também se en- contrava a três quilômetros dali, como testemunharam outras pessoas que se encontravam a seu lado naquele mesmo momento.

Newton descobriu a lei da atração universal ao observar a queda de uma maçã.

O Nirvana

No documento Astrologia e Artes Adivinhatórias (páginas 47-49)

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