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Pautado por quatro gerações, o Programa Escolhas têm-se evidenciado um marco distinto no combate à exclusão social nos territórios de maior vulnerabilidade,

      

 

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permitindo o desenvolvimento eficaz da comunidade através da intervenção directa e persistente das equipas técnicas bem como de todos os envolvidos.

Aquando do seu surgimento, que decorreu em Janeiro de 2001 a Dezembro de 2003, o propósito do Programa centrava-se na prevenção da criminalidade e inserção de jovens nos bairros considerados hostis situados na grande Lisboa, Porto e Setúbal, tendo por base implementado 50 projectos que consequentemente abrangeram 6.712 destinatários.

No seguimento desta geração, é entre Maio de 2004 e Setembro de 2006 que nasce a segunda geração, crescendo o número de projectos para 87, dispostos por zonas, designadamente, a Zona Norte, Centro, Sul e Ilhas. Como factor a ter em conta, esta geração teria como público primordial crianças e jovens com idades compreendidas ente os 6 e os 18 anos de contextos considerados problemáticos e desestruturantes. Todavia, ainda nesta mesma geração, o Programa aumentou o seu grau de abrangência, tendo prestado apoio a jovens com idades entre os 19 e os 24 bem como as suas respectivas famílias e restante comunidade em geral, redireccionando a sua acção de prevenção da criminalidade para a promoção da inclusão social.

No ano de 2007 a 2009, acresce a terceira geração ao historial do Escolhas, esta surge na medida em que havia necessidade de continuar o trabalho anterior referente à inclusão social de crianças e jovens provenientes de locais social e economicamente deficitários, tendo acrescido a preocupação com os descendentes de imigrantes e minorias étnicas, fomentando a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social.

Desta forma, acresceram 121 projectos disseminados em 71 concelhos a nível nacional, sendo através do método de consórcio, adoptado na 2ª geração Escolhas, possibilitar a que se reunissem 780 instituições bem como 408 técnicos, englobando 81.695 destinatários.

A quarta geração ainda a ser desenvolvida à data da elaboração deste relatório, teve inicio em 2010 e dá por término em final de 2012, onde surgiram mais 130 projectos, tendo a possibilidade de se desenvolver pontualmente mais 10 projectos, com o objectivo de combater a exclusão social, escolar e digital dos jovens e suas famílias em estreita sinergia com outras entidades locais, a nível de consórcio.

 

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Medidas do Programa Escolhas

Tendo em conta a evolução que o Programa Escolhas tem alcançado e a importância que tem adquirido, tornou-se proeminente no desenvolvimento da sua missão e consolidação dos seus objectivos, delinear áreas de intervenção prioritárias que conduzissem a acção a níveis específicos, sendo metas a atingir pelos projectos de terreno, permitindo assim, avaliar os resultados de forma precisa e eficiente.

Neste âmbito, a primeira medida criada dirige-se à área estratégica da inclusão escolar e educação não formal com base em acções de encaminhamento e reintegração escolar de crianças e jovens que tenham abandonado a escola precocemente; a criação e implementação de respostas educativas específicas para crianças e jovens que tenham abandonado a escola sem a conclusão da escolaridade básica; actividades de prevenção do abandono escolar e de promoção do sucesso escolar, a realizar dentro ou fora da escola, com vista ao desenvolvimento de competências sociais por via da educação formal e não formal; e co- responsabilização das famílias no processo de supervisão parental pretendendo o sucesso escolar e a transição para a vida activa.

A segunda medida revela como área estratégica a formação profissional e empregabilidade através de acções no que diz respeito ao encaminhamento e integração de jovens no mercado de emprego; a criação e implementação de respostas de qualificação ao nível da formação profissional e da empregabilidade de jovens; a promoção da responsabilidade social de empresas e outras entidades, através de estágios e da promoção de emprego para jovens; e o apoio à criação de iniciativas que gerem emprego para jovens.

Já a terceira medida, centra-se na dinamização comunitária e cidadania, com o desenvolvimento de actividades de cariz artístico e cultural bem como do desenvolvimento de actividades que promovam a descoberta, de uma forma lúdica, da língua, valores, tradições, cultura, história de Portugal e dos países de origem das comunidades imigrantes; de visitas e contactos com organizações da comunidade e para além disso, de actividades que promovam informação, aconselhamento e apoio à comunidade e mobilização da comunidade para o processo de desenvolvimento pessoal, social, escolar e profissional das crianças e jovens.

Quando falamos da quarta medida, esta impulsiona a inclusão digital sendo esta de carácter transversal e cumulativa a uma ou mais das medidas anteriormente enunciadas, desenvolvida através de acções como: actividades ocupacionais de

 

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orientação livre; actividades orientadas, para o desenvolvimento de competências; cursos de iniciação às Tecnologias da Informação e da Comunicação; formação certificada em Tecnologias de Informação e da Comunicação; e actividades de promoção do sucesso escolar e da empregabilidade.

A última e quinta medida, pretende apoiar o Empreendedorismo e a capacitação dos jovens, através da autonomização de projectos protagonizados pelos jovens, promovendo a sustentabilidade das acções com a promoção de dinâmicas associativas juvenis formais e informais, que incentivem a autonomização das crianças e jovens bem como a sustentabilidade das dinâmicas de acção iniciadas; de iniciativas de serviço à comunidade promovidas pelos jovens, demonstrando um contributo positivo nos seus territórios; de visitas, estágios e parcerias com organizações que possibilitem o alargar de experiências e redes de contactos dos jovens; de projectos planeados, implementados e avaliado pelos jovens, promovendo a sua participação e co-responsabilização por todas as etapas, nomeadamente, na mobilização parcial dos recursos necessários à concretização das suas próprias iniciativas; de actividades formativas que promovam o desenvolvimento de competências empreendedoras nos jovens; da promoção da mobilidade juvenil e de intercâmbios dentro e fora do território nacional; e campanhas de divulgação, marketing social e de sensibilização que permitam desconstruir estereótipos e preconceitos relativamente aos destinatários e territórios alvos de intervenção do Programa.

Localização

A coordenação Nacional do Programa Escolhas está sediada em Lisboa, na freguesia dos Anjos.

Actualmente esta zona é pautada por uma enorme diversidade cultural, cuja população se dedica preferencialmente aos negócios de rua, nomeadamente supermercados, talhos, lojas de roupa, restaurantes e cafés.

O Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) que para além de integrar o Programa Escolhas, integra também, o Centro Nacional de Apoio aos Imigrantes (CNAI), o Gabinete de Apoio às Comunidades Ciganas (GACI), o Departamento de Apoio ao Associativismo e Diálogo Intercultural (Entreculturas) e a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) que trabalham

 

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com políticas de imigração, integração e inclusão social e diálogo cultural, encontra-se situado na mesma freguesia bem como no mesmo edifício.

Instalações

Situado na zona de Lisboa, na freguesia dos Anjos, o Programa Escolhas, dispõe do seu espaço físico no 3º andar do edifico cujo nº 66, composto de 7 pisos, que possui igualmente no 2º piso, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lisboa (CPCJ), os diversos gabinetes são destinados ao apoio ao ACIDI, IP distribuídos pelo 1º piso, sendo o 4º piso, o detentor do gabinete do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, IP.

Equipa

Na sede de Lisboa encontra-se a equipa desta mesma zona, constituída por quatro elementos, sendo um deles a coordenadora Dra. Luísa Cruz, a equipa técnica da zona Sul e Ilhas, composta por dois elementos, sendo um deles o coordenador Dr. Paulo Vieira, o núcleo financeiro, administrativo e logístico, constituído por seis elementos e como não poderia deixar de ser o distinto director do mesmo, Dr. Pedro Calado. Também neste mesmo espaço, estão instalados os responsáveis pela medida IV- Inclusão Digital, composta por dois elementos e a área de comunicação e formação, por três elementos, sendo áreas transversais ao Escolhas.

É na cidade do Porto, que está situada a sede da zona Norte e Centro, tendo a equipa técnica ao seu dispor três elementos, tendo como coordenadora Dra. Glória Carvalhais.

No que diz respeito à coordenação do Programa Escolhas é inteiramente da responsabilidade e competência da Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural, Dra. Rosário Farmhouse.

 

39 Fig 1. Equipa do Programa Escolhas