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SESSÃO 30– CONDICIONANTES DA ATITUDE A DIFERENÇA FAZ A FORÇA

Começa a representação Anuncia à tua família que vais viver com o teu namorado que é negro Tenta

SESSÃO 30– CONDICIONANTES DA ATITUDE A DIFERENÇA FAZ A FORÇA

Nesta última sessão espera-se duma forma integrada e global abranger e mencionar tudo que foi abordado nas sessões anteriores não menosprezando o tema desta mesma sessão.

Assim sendo, ir-se-á discutir o tema da diferença face à atitude e motivação das pessoas, demonstrando que não se associa apenas à idade, ao sexo, à raça ou religião, ou seja, independentemente destas condicionantes quando existe união entre as pessoas, a nível moral e social tudo se torna mais simples e fácil de se concretizar.

Esta actividade consta da visualização de um pequeno vídeo que, alude às questões da força interior, da tomada de decisão e mais ainda, da diferença, da iniciativa e união entre os povos como uma forma de crescimento e mudança social.

Neste sentido, após a visualização do mesmo, será disponibilizado um tempo para comentários gerais e opiniões do que foi visto, seguidamente, cada um dos intervenientes terá de forma sigilosa imaginar num título para o mesmo vídeo.

Estes mesmos títulos serão expostos para o grupo e a pessoa terá de apresentar uma justificação credível e fundamentada se fosse a pessoa que escreveu o mesmo.

Depois de todos os elementos terem lido um dos títulos e ter justificado a sua “suposta” escolha, haverá um momento de partilha e discussão com o propósito de se chegar acordo entre o grupo sobre o título mais apropriado e indicado para o vídeo.

Não obstante, e de modo a finalizar a dinâmica o técnico fará um balanço geral do que foi abordado em todas as sessões, explicando a importância que cada um dos temas contêm e a forma como se relacionam e estão implicitamente interligados, resultado da grande ciência da educação intercultural.

 

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Iam em fila indiana pela floresta a dentro os quatro amigos com alguns índios da tribo, tal como o seu mestre. O sol rompia as aberturas que havia entre as árvores altas com ramos fortes cobertos de folhas e frutos exóticos. Um som ao longe parecia suavizar as mentes deles, apurando os seus sentidos. Parecia o som da água a correr vigorosamente arrastando pedras. O mestre avisa que vão ter de seguir aquele som, só quando se encontrarem próximos dele estarão no caminho certo, pois, a única forma de conseguirem ir embora daquela ilha é conseguirem chegar até à ilha mais próxima, tendo em conta que só nessa conseguem apanhar um barco que passa todas as semanas para a cidade deles. A insegurança invadiu o pensamento dos amigos, não sabendo o que os esperavam.

Caminharam horas a fio, já cansados e fracos, avistam mar com ondas suaves a bater nas rochas sobre o extenso areal dourado. Já tinham visto paisagens deslumbrantes mas nada daquele género. O sol cintilava na água transparente e límpida, o som dos papagaios surgia dos ramos das árvores pintados a vermelho e amarelo, o bico pontiagudo sobressaía e soltavam sons estridentes. Parecia tudo tão puro que, nunca imaginavam que existisse um lugar assim. Perceberam que estavam do outro lado da ilha de quando ali tinham chegado, por isso tiveram que atravessar tudo para chegar àquele lugar mágico.

O mestre avisou que não teriam muito tempo até o sol se pôr e sem luz nada se conseguiria fazer. Propôs que construíssem umas jangadas para sair dali porque por mais que se avistasse a outra ilha a nado seria impossível lá chegar.

Os amigos olharam uns para os outros perplexos, não percebiam como poderiam no meio do nada encontrar comida quanto mais arranjar material para fazer um barco. O medo e a incerteza consumiu-lhes os olhares trocados mas, de imediato os índios corriam pela margem em busca de ramos de árvores, enquanto apenas dois deles se aproximavam do mar com dois paus pontiagudos com o intuito de pescar peixe para eles comerem.

O mestre pediu aos rapazes que ajudassem os índios a dobrar os ramos das árvores atando-os uns aos outros em cima dos troncos, às raparigas sugeriu que fizessem uma fogueira que ele ateava fogo com duas pedras para conseguirem assar o peixe e comer antes de irem embora.

 

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Em pouco tempo e trabalhando conjuntamente, a jangada ficou pronta tal como o peixe brilhante assado. Comeram num ápice e por fim sugaram o sumo de alguns abacaxis suculentos que colheram.

O sol tinha acabado de se pôr, o céu estava laranja e a iluminação já não era tanta, chegava a hora de partirem porque pelas contas do mestre demorariam duas horas a chegar à ilha e deveriam aproveitar o mar calmo do fim de tarde.

Todos os ajudaram a subir e a pôr a jangada no mar. As raparigas ficaram de cócoras e os rapazes pegaram nos paus sentando-se em cada um dos lados para conseguirem remar. Iam avançando pelo mar a dentro e acenando para os seus já amigos índios. - É uma experiência que nunca vou esquecer!- retorquiu uma delas.

- Foi maravilhoso conhecer pessoas assim, tão unidas e acolhedoras.- remata a amiga. -Tens razão nem nos conheciam de lado nenhum e ver-nos assim, podiam até ter pensado que seriamos uma ameaça para eles, e na verdade receberam nos da melhor forma, como se fossemos um deles.- acrescenta um dos rapazes.

- Graças a eles que conseguimos encontrar o caminho certo, sem o esforço e trabalho deles nunca estaríamos aqui nem sequer imaginaríamos fazer uma jangada assim.

- Vai-nos ficar na memória tudo isto, e que sem dúvida a união faz a força e juntos somos sempre mais fortes.- conclui um deles.

Objectivo: Reflectir sobre as condicionantes da diferença face à tomada de decisão e atitude.

Material: papel e canetas.

Duração: 1h30.

Concretização: Primeiramente o técnico refere que será a última sessão e que seria importante irem se lembrando do que foi dito naquelas 5 sessões.

Em seguida faz a apresentação do vídeo “Aforça da atitude”, cujo link

http://www.youtube.com/watch?v=7yRFNxzwrsU, dando 2/3 minutos após a visualização

 

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Seguidamente pede a cada um dos intervenientes que escrevam num papel que será dado pelo técnico, um título para aquele vídeo, ou seja, como se fossem eles os criadores do mesmo. Disponibilizar cerca de 5 minutos para esta tarefa.

De seguida, pede aos mesmos que dobrem em 4 o papel e ponham sobre a mesa, só quando estiverem todos os papéis se inicia a outra fase da dinâmica. O técnico baralha todos os papéis e pede a cada um que retire um dos papéis, o mesmo será lido em voz alta e posto isto, terá que imaginar que foi a pessoa que escreveu o título que lhe saiu arranjando uma justificação para o mesmo. Ou seja, nunca irá dar a sua opinião própria sobre o vídeo mas sim terá que se pôr na posição da pessoa que escolheu aquele título, pressupondo o que ela acha do mesmo para escrever o que escreveu.

Posteriormente, será discutido em grupo todos os títulos e opiniões que foram dadas e será escolhido o título mais indicado.

Para finalizar a actividade o técnico fará um balanço geral, serão focados todos os temas das antigas sessões e será discutida a forma como se relacionam.

Dimensão do grupo: Não há número imposto.

Debate e Avaliação:

 Que situação está representada no vídeo?

 Porque será que a criança decide sozinha ir tentar retirar a árvore do caminho?  Porque acham que as pessoas não se predispõem a ir e só vão depois de ver a

criança?

 O que as fez mudar de atitude?  O que é ter atitude?

 Para além da atitude o que se evidencia na posição da criança?(motivação, iniciativa)

 Em que medida se diz ser importante viver em sociedade, o que isso significa? (porque é importante vivermos em união e darmo-nos uns com os outros?)  O que se retira do provérbio “A união faz a força”?

 

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