• Nenhum resultado encontrado

O “BRANQUEAMENTO” E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: UMA REFLEXÃO À LUZ DE FRANTZ FANON.

DA GUERRA AO MITO, FELIX JOSÉ RODRIGUES.

A palavra mito nos remete a significados que beiram a realidade e o imaginário, o mundo objetivo do cotidiano vivido e o mundo subjetivo, dois planos ligados às construções psíquicas da racionalidade e subjetividade humana. O mito que tratamos aqui faz referência à questão da fundação e formação de um corpo social, temos a partir dessa dualidade o mito fundador. Posto isso, o mito fundador manifesta-se na condição humana tanto na individualidade como na coletividade, mostrando-se em total envolvimento e conexão com esses dois extremos das relações humanas. O mito fundador está presente tanto no indivíduo, como no corpo social e nesse ultimo cumprindo a função de ligar os seres sociais a uma comunidade, assumindo o caráter de dar unidade a um determinado grupo social através de uma identidade generalizada.

A construção de um mito é restrita a dois planos principais, podemos vê-lo em forma de relatos sobre seres e acontecimentos imaginários, observaremos esse fenômeno ilustrando e fazendo a representação dos primeiros tempos ou de épocas heróicas, ou ainda o veremos no plano da realidade, se incorporando em coisas, pessoas, lugares, ações, etc. O mito se manifesta através de uma narrativa de signos e esses tendo uma significação simbólica a um determinado grupo. Dentro de um agrupamento de indivíduos observamos a transmissão desses signos ocorrendo de geração em geração, seja através de mecanismos mais simples, como a oralidade; seja através de maquinismos mais complexos. Agora quanto à validade e o grau de significação, é conclusão desse determinado grupo social.

Nas coletividades tradicionais, podemos observar melhor a percepção de mito, principalmente mitos que beiram a fantasia e até mesmo a ficção, embora isso não exclua totalmente a existência de mitos ligados a feitos que de fato aconteceram no plano do mundo vivido, da realidade. Nesse sentido, as comunidades que possuem a oralidade como registros de sua própria história, assim como a transmissão dos seus saberes, são mais sujeitas a dada característica. Já nas sociedades com “maior grau de complexidade”, teremos uma visualização maior da idéia de mito nessas coletividades nos princípios de crença de uma dada religião. Nesse ponto, é importante ressaltar que o mito está imbricado ainda nas rodas do

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 142

poder. Como observado anteriormente, ele vai estar na esfera religiosa, assim como também na política e até mesmo na iniciativa privada, como assinala Marilena Chauí:

A hierarquia religiosa, a hierarquia política e a hierarquia da riqueza passam a disputar a posse dos semióforos, bem como a capacidade para produzi-los: a religião estimula os milagres (que geram novas pessoas e lugares santos), o poder político estimula a propaganda (que produz novas pessoas e objetos para o culto cívico) e o poder econômico estimula tanto a aquisição de objetos raros (dando origem às coleções privadas) como a descoberta de novos semióforos pelo conhecimento científico (financiando pesquisas arqueológicas, etnográficas e de história da arte). (CHAUÍ 2001, p. 8)

A respeito de Semióforo, CHAUÍ (2001, p. 7) o aborda como “um signo trazido a frente ou empunhado para indicar algo que significa alguma outra coisa e cujo valor não é medido por sua materialidade e sim por sua força simbólica.”

A respeito do mito Chauí enfatiza:

Ao falarmos em mito, nós o tomamos não apenas no sentido etimológico de narração pública de feitos lendários da comunidade (isto é, no sentido grego da palavra

mythos), mas também no sentido antropológico, no qual essa narrativa é a solução

imaginária para tensões, conflitos e contradições que não encontram caminhos para serem resolvidos no nível da realidade. (CHAUÍ 2001, p. 5)

Observamos uma paridade de significados entre esses dois termos, ambos se remetem a significantes e seus significados. Estes termos podem estar tanto no campo da materialidade, como do imaterial, e ainda do imaginário. A dualidade entre real e irreal é uma constante no que se refere a um mito. O que há de se levar em conta é o grau de simbolismo que este assume dentro de uma coletividade particular. Dentro da idéia de um mito fundador, o valor simbólico é compreendido a partir da manutenção desse fenômeno pelos pares sociais existentes dentro de uma comunidade.

Quanto a mito fundador, Chauí afirma que em qualquer fundatio, “esse mito impõe um vínculo interno com o passado como origem, isto é, com um passado que não cessa nunca, que se conserva perenemente presente” (CHAUÍ 2001, p. 5), sendo assim, o mito fundador é uma constante no diálogo entre fundação e formação. No nosso caso em questão, a fundação da comunidade Barra da Aroeira é percebida através da pessoa de Félix José Rodrigues e sua participação na Guerra do Paraguai, conseguindo através dessa campanha, o território que atualmente seus descendentes reivindicam como seu. No entanto, apenas a experiência histórica desse antepassado da comunidade não constitui a idéia de mito fundador. A valorização popular e a manutenção de um grau de significância dentro do corpo social são as prerrogativas que o coloca em nível de um mito vivo, responsável pela fundação e formação

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 143

de uma comunidade que se conserva coesa e unida por um passado comum. Passado e presente, fundação e formação. Esses constituem os elementos basilares do fenômeno que aqui nos limitamos a discutir.

Seguindo esses pressupostos do que é um mito fundador, percebemos esse fenômeno em pleno funcionamento nessa comunidade. Entendemos essa relação que se estabelece nas dualidades: presente e passado, fundação e formação. No caso dessa comunidade, o presente se mantém em constante conversação com um passado de luta, um passado que significou para Félix a própria liberdade, seja uma liberdade posta em contraste à situação de cativo, ou uma liberdade que uma terra assegurada como sua, lhe garantiu. Para seus descendentes, esse passado possui um significado ainda maior. É um passado que lhes garante uma identidade, um pressuposto basilar que dá unidade para um grupo social e o distingue dos demais. E em se tratando de uma comunidade quilombola, uma invariável no que se refere a sua caracterização como tal.

Observamos agora como manifesta essa concepção de mito nas narrativas dos próprios descendentes de Félix. Levando em conta a manutenção de um passado vivo e possuidor de notável significância para os membros da comunidade:

- E tocaram pra Guerra do Paraguai, foi nessa época. E ai venceu a Guerra e vieram embora prá cá. Falaram pra eles o que era que eles queriam de pagamento e ele falou (se referindo a Félix): “eu queria era uma terra”. E aqui naquele tempo era o alto Goiás e eles vieram e escolheram essa área de terra aqui e é conhecido por córrego e serra e foi desse jeito que foi os limites da terra5.

- O primeiro a chegar nessa região, foi o Felix José Rodrigues. Porque ele prestou serviço na Guerra do Paraguai e ajudou a vencer essa guerra e em troca desse serviço prestado. (...) “o que ele queria era um pedaço de chão pra ele morar sossegado junto com a família dele e em quanto existisse uma pessoa dessa família ser dono e ser respeitado e também ter o direito de ninguém aborrecer eles 6.”

Nas narrativas observamos Félix José Rodrigues sempre ligado à questão do território, e este sendo conseguido através da participação desse personagem na Guerra do Paraguai. Percebe-se nas narrativas um forte laço entre os descendentes de Félix com o território. E ênfase que se observa nos relatos, é a posição do voluntário da pátria em optar por uma extensão de terra como recompensa pelos serviços prestados ao exército. Afirmam ser uma das exigências do predecessor, a garantia de posse para seus descendentes do território.

5 Comunidade Barra da Aroeira. Entrevista com a senhora Apolinária Rodrigues de Morais, 74 anos. Realizada em 10 de agosto de 2011.

6 Comunidade Barra da Aroeira. Entrevista com a senhora Maria Edileusa Rodrigues, 33 anos. Realizada em 10 de agosto de 2011.

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 144

Quando se referem à posse da terra e a vinculação com esse passado, clamam por respeito dessa garantia. Nessas afirmações, o mito fundador na pessoa de Félix acaba assumindo essa conexão entre território e identidade. Essas singularidades são elementos peremptórios, logo que o vínculo com o território e uma identidade específica, são aspectos que contornam o principal ponto de análise para a resolução de uma comunidade negra rural, em um quilombo

contemporâneo7.

O mito fundador, ou semióforo, conceitos de significação análoga, acabam sendo um determinante nos conceitos de território e territorialidade na nossa exposição. Em destaque no que se refere à fundação de um território e formação de uma territorialidade. Cabe então discutirmos a respeito do que é território e territorialidade.

Haesbaert lança três noções do conceito de território. A mais difundida esta ligada a divisão jurídico-política. Nesta definição, Haesbaert (2006, p.40) define o território como um “espaço delimitado e controlado através do qual se exerce um determinado poder, na maioria das vezes – mas não exclusivamente – relacionada ao poder do Estado.” Na segunda, Haesbaert (2006, p.40) afirma que “o território é visto, sobretudo, como produto da apropriação/valorização simbólica de um grupo em relação ao seu espaço vivido.” Nesse sentido, o autor refere-se à face cultural, portanto uma noção voltada para as simbologias que a cultura expressa. A terceira noção é a que o geógrafo afirma ser a menos difundida. Possui uma associação com a esfera da economia. Segundo Haesbaert (2006, p. 40), a noção “enfatiza a dimensão espacial das relações econômicas, o território como fonte de recursos/ou incorporado no embate entre classes sociais e na relação capital-trabalho, como produto da divisão “territorial” do trabalho.”

Tais definições compreendem elementos importantes da organização cultural de uma comunidade quilombola em um espaço geográfico. Elementos estes ligados a organização política, econômica e ainda as manifestações culturais. Ambos sendo reproduzidas dentro de um território específico, possuidoras de características próprias.

Frente a tais definições, destaco as duas primeiras, sendo a terceira uma conseqüência das anteriores e ambas são critérios que apontam o diferencial entre os diversos territórios. Para as comunidades quilombolas de modo geral, a organização política é manifestada pela atuação das associações dentro do espaço geográfico onde esta se insere. Dentro da visão cultural na definição de território, destaco a atuação do mito fundador e o seu papel simbólico na valorização de um espaço vivido, fenômeno este facilmente percebido nesse nosso objeto

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 145

de análise. O território é, portanto um espaço geográfico onde há reprodução cultural. Sendo assim, esse espaço garante aos ocupantes uma autonomia para vivenciar suas práticas políticas, econômicas, enfim, práticas culturais referidas a um dado grupo, seja ele de uma sociedade tradicional ou não.

Essa é uma questão muito emblemática não só em Barra da Aroeira, como em qualquer outra comunidade quilombola, mas nesse caso em específico, percebe-se uma identificação muito forte dos moradores dessa comunidade com aquele território. Tal particularidade vem sendo construída desde a sua origem. Tendo ainda conexão direta com a maneira que vem sendo reproduzida através do tempo, pela tradição oral a maneira que se conseguiu aquele sítio. Dessa forma, imprime uma idéia de mito fundador a um antepassado comum a aquele grupo e ao seu feito memorável, reforçando nesse sentido o diálogo entre fundação e formação, passado e presente. É principalmente desse diálogo e todas as adições que a reformulação cultural imprime sobre os contemporâneos de cada época no espaço vivido, que observamos então o surgimento de uma territorialidade singular.

A respeito de territorialidade, compreendemos através da ótica de Milton Santos (2006), que segundo ele, território é o lugar das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida. Territorialidade é entendida aqui como a interação do indivíduo, no espaço vivido. Sendo assim, a territorialidade exprime três elementos básicos: senso de identidade espacial, senso de exclusividade e compartimentação da interação humana no espaço.

Fundação e formação são aspectos essenciais para a construção de uma territorialidade específica e está inteiramente ligada à cultura, com peculiaridades voltadas para questões concretas e abstratas, objetivas e subjetivas, materiais e imateriais, emotivas e perceptivas. A construção e veneração de um mito fundador em Barra da Aroeira é uma manifestação clara de uma territorialidade nessa comunidade. Ao ser colocado sempre ao lado da questão territorial, imprime a ideia de fundação e ainda alimenta o enraizamento ao território. Identidade espacial, senso de exclusividade e compartimentação da interação humana no espaço são então construídos a partir da manutenção do mito fundador da comunidade. Outra vertente desse diálogo recai sobre a formação e é associada à qualidade não estática da cultura. Nesse ponto, a territorialidade é construída como o passar do tempo. Passado e presente se fundem na construção de novas práticas culturais.

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 146 A TÍTULO DE CONCLUSÃO

A Guerra do Paraguai (1864-1870) é uma experiência histórica nacional intima com a comunidade quilombola Barra da Aroeira. Suas particularidades tiveram várias influências na sociedade brasileira, tanto no desenrolar do conflito, como na trajetória posterior da guerra.

A presença de negros e escravos nas fileiras do exército é algo de contraditório para a sociedade do período que se utilizava do modo de produção escravagista, o que pode se explicado pelas necessidades de um exército pouco preparado para um conflito externo. Uma dessas necessidades era a de pessoal para os serviços de guerra. Negros livres e escravizados formaram filas e engrossaram os batalhões do exército imperial. Atrás de liberdade ou melhores condições para sua existência, a atrativa remuneração, a promessa de glebas de terras para quem se prestasse as ocupações militares como voluntário da pátria e ainda o recrutamento forçado praticado pelo exército, foram as causas fulcrais que apontam e explicam a presença de negros nas filas que enfrentaram a Guerra do Paraguai. Um desses voluntários, Félix José Rodrigues, originário do Piauí, começa uma trajetória que se estende até os dias de hoje. A comunidade Barra da Aroeira é resultado de um passado sofrido e do enfrentamento de várias dificuldades que uma guerra sangrenta imprimiu sobre os combatentes. Nasceu das dificuldades de um campo de batalha hostil, onde tantos perderam a vida, seja através das armas inimigas, como das condições ambientais e da guerra que favoreciam o surgimento de pestes que ceifaram milhares de vidas.

Apoiado nas narrativas dos remanescentes da Barra da Aroeira; aponto Félix José Rodrigues como o precursor da construção de uma identidade territorial. Sua participação na Guerra do Paraguai é memorável para a comunidade, tanto pela importância que o conflito assumiu perante a história nacional, mas, sobretudo por ser visto pelos descendentes como a origem de sua comunidade, logo que foi através do conflito que se conseguiu a terra de onde origina o território que hoje se reivindica. E ainda, o fato desse passado se manter vivo na memória de seus descendentes, é um fator que alude à transmissão através da oralidade do que foi a Guerra do Paraguai. Pode-se facilmente observar os laços de parentescos dos membros da comunidade com o seu antecessor. A origem da comunidade é prontamente encontrada na oralidade de qualquer membro direto da comunidade. É uma expressão da rememoração de um fato ocorrido na historicidade desse grupo, e ainda, é uma rememoração validada pelos seus pares sociais. Esse fenômeno confere a Félix José Rodrigues e a sua participação na Guerra do Paraguai à importância de um mito fundador. É um ponto inicial da formação de um grupo social, que ao longo de sua experiência histórica com um território

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 147

vem construindo práticas e vivências culturais específicas, o que ao fim se converte em uma territorialidade singular que garante a esse grupo, uma identidade.

Compreender a formação de uma determinada identidade é de grande valor para compreendermos o universo quilombola. Atualmente o conceito de quilombo se distancia da noção histórica que tal palavra nos induz a pensar. Dessa forma, é necessário ligarmos a questão da identidade com esse conceito, para conseguirmos visualizar a expressão de um fenômeno que se encontra com uma significação diferente da concepção histórica tradicional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETHEL, Leslie (org.). História da América Latina: da Independência a 1870, volume III. 1. Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília, DF: Fundação Alexandre de Gusmão. 2009.

CERQUEIRA, Dionísio. Reminiscência da campanha do Paraguai: 1865-1870. Rio de Janeiro: Bibliex, 1980.

DIEHI, Astor Antônio. Cultura historiografia: memória, identidade e representação. Bauru, São Paulo. EDUSC 2002.

DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo. Companhia das letras, 2002.

FERREIRA, Marieta de Moraes. AMADO, Janaína. (org.). Usos e abusos da História oral. 6º ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.

FIABANI, Aldemir. Mato, palhoça e pilão: o quilombo, da escravidão às comunidades remanescentes (1535-2004). 1º ed. São Paulo. Expressão popular.

FIABANI, Aldemir. O quilombo antigo e o contemporâneo: verdades e construções. Associação Nacional de História – ANPUH XXIV Simpósio Nacional de História. Disponível: http://snh2007.anpuh.org/resources/content/anais/Adelmir%20Fiabani.pdf

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 148

HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialidade. 2 ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2006.

MENEZES, Alfredo da Mota. Guerra do Paraguai: como construímos o conflito. São Paulo: Contexto; Cuiabá, MT: Editora da Universidade Federal de Mato Grosso, 1998.

RODRIGUES, Marcelo Santos. Guerra do Paraguai: Os caminhos da memória, entre a comemoração e o esquecimento. 2009. 329 f. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação de História Social. USP – Universidade de São Paulo – SP, 2009.

____________, Marcelo Santos. Os involuntários da pátria na Guerra do Paraguai (a participação da Bahia no conflito). 2001. 166 f. Dissertação (Mestrado). Mestrado em História. FFCH-UFBA – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia – BA, 2001.

SANTOS, M. O dinheiro e o território. In: SANTOS, M. et al. Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006

SAQUET, M. A. Abordagens e concepções sobre território. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES

Historien Ano IV

H i s t o r i e n – R e v i s t a d e H i s t ó r i a [ 7 ] P e t r o l i n a , jun./nov 2 0 1 2 Página 149