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A IEADERN é uma igreja evangélica que vem conseguindo aumentar na década de 2000 mais de 91 mil fiéis. Ao comemorar 96 anos de existência em 2014, a IEADERN está presente nos 167 municípios do Estado, somando mais de 226 mil fiéis. Existindo em alguns municípios reuniões nas casas de distritos e ou assentamentos rurais. Alguns líderes, pastores, devem isso às orações e empreendimentos feitos pelos pioneiros do trabalho em uma época muito difícil e também o crescimento da igreja como sendo uma ação divina.

A partir de relatos dos membros mais antigos da igreja, foi criado um histórico apresentando a história e a trajetória institucional da igreja e também do movimento musical na IEADERN, registro que podemos encontrar em (SOUZA, 2009). Em maio de 2014 estive participando tocando violoncelo na Orquestra do Templo Central da IEADERN e acompanhei uma semana inteira das festividades na igreja, na ocasião do aniversário de 96 anos de existência da IEADERN, essa trajetória foi contada no culto para os todos os membros, líderes e pessoas convidadas com um vídeo que foi produzido para a ocasião. O que emocionou a todos os presentes, pude ver e ouvir, algumas pessoas novas na igreja conhecerem a história da IEADERN.

A Igreja IEADERN originou-se de um movimento pentecostal que conquistou o Brasil, a partir de 19107. Com os suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg que desembarcaram em Belém/Pará, vindos dos EUA em 19 de novembro de 1010. Quando desembarcaram, Gunnar Vingren e Daniel Berg haviam recebido a experiência do batismo no Espírito Santo em evidência na virada do século 19 e no início do século 20 nos Estados Unidos. Eles vieram, segundo os “irmãos e irmãs”, tratamento comum para os membros da igreja, orientados por Deus para trazer a mensagem pentecostal: Jesus Salva, Cura, Batiza no Espírito Santo e leva para o Céu.

Recebidos na Igreja Batista de Belém do Pará, começaram a pregar esta mensagem. Os primeiros a declararem publicamente sua fé nela foram às irmãs Celina Albuquerque e Maria Nazaré. Elas não somente creram, mas determinaram permanecer em oração até que Deus as batizasse no Espírito Santo, conforme o texto bíblico do livro de Atos no capítulo dois e verso trinta e nove. Eles traziam consigo a revelação específica de Deus para uma grande obra evangelística a ser iniciada naquele Estado. Com o batismo no Espírito Santo de Celina Albuquerque no dia 2 de junho de 1011, vinte crentes batistas de Belém tiveram que deixar a igreja e iniciar a Missão de Fé Apostólica no dia 18 do mesmo ano sob a liderança de Gunnar Vingren e Daniel Berg. A atuação desses missionários deu origem à "Missão de Fé Apostólica", primeiro nome dado à igreja, em 1911.

A primeira Igreja Assembleia de Deus no Brasil foi fundada numa casa localizada na Rua Siqueira Mendes em Belém do Pará, na mesma casa foi batizada no Espirito Santo, a irmã Celina Albuquerque. Os primeiros crentes fundadores da Assembleia de Deus em 1911 foram: Tereza Silva de Jesus, Jezusa Dias Rodrigues e o esposo Manoel Maria Rodrigues, Celina Albuquerque e o esposo Henrique de Albuquerque, e Maria Nazaré. No dia 13 de junho de 1911, ao todo 13 crentes batistas que creram na doutrina pentecostal, foram excluídos da igreja. Seguiram-se a estes mais sete pessoas, três membros e quatro congregados. Dezoito desses irmãos, mais Gunnar Vingren e Daniel Berg, reuniram-se em 18 de junho, na residência de Celina Albuquerque, fundando uma nova igreja, inicialmente chamada Missão da Fé Apostólica, para maior expansão do Movimento Pentecostal, que teve boa receptividade por parte dos brasileiros. A igreja funcionou durante algum tempo na Casa de Celina Albuquerque e depois se transferiu para a Av. São Jerônimo 224. No dia 4 de janeiro de 1918, foi registrada, oficialmente, como Assembleia de Deus, nome adotado por igrejas pentecostais nos Estados Unidos quatro anos antes, em 1914.

Organizada a igreja, os pioneiros tiveram melhores condições de realizar o trabalho para o qual foram designados por Deus. Gunnar Vingren foi escolhido como pastor do novo rebanho e, como presbítero foi designado o irmão Manoel Maria Rodrigues. O trabalho crescia, pois o Senhor Jesus continuava a salvar, curar e batizar com o Espírito Santo diziam eles. Imediatamente, Daniel Berg e Gunnar Vingren começaram a realização de cultos públicos em vários lugares, principalmente nas casas dos irmãos, onde outrora a igreja a que pertenciam havia realizado cultos. Isso aconteceu cerca de sete meses após a chegada deles ao Brasil. Dessa maneira, no início do século passado, iniciou-se o maior fenômeno evangelístico pentecostal no Brasil.

O movimento de evangelização pentecostal espalhou-se pelo Norte e rumou em direção ao Nordeste do País. O Ceará foi inicialmente evangelizado por uma irmã paraense, em visita aos seus familiares. O Rio Grande do Norte e a Paraíba tiveram em um lavrador paraense por nome Joaquim Batista de Macedo um dos primeiros evangelizadores. Nesse contexto, em 1914, a Cidade de Fortaleza já contava com duas igrejas, totalizando uma centena de crentes. Segundo o que as pessoas antigas da igreja contam, os primeiros crentes pentecostais no Estado do Rio Grande do Norte teriam sido Manoel Luiz de França e seu irmão Florêncio Luiz, ambos da localidade de Cuité, no Município de Pedro Velho. Segundo diziam em família, os dois se converteram em novembro de 1910, no seringal no povoado chamado Boca do Ipixuna, junto ao rio Tajapuru, nas ilhas do Pará. Eles teriam sido frutos da visita de Gunnar Vingren e Daniel Berg a este local quando ali estiveram pela primeira vez a convite de Adriano Nobre de Almeida, então membro da Igreja Presbiteriana. Os missionários permaneceram ali durante um mês e meio. Eles realizaram pequenas reuniões de oração e até cantaram em português, mesmo conhecendo pouco do idioma.

Os seringueiros Manoel Luiz da Silva e Florêncio Luiz retornaram das férias ao Rio Grande do Norte em novembro de 1911, tendo como acompanhantes o missionário Daniel Berg e outro irmão que o interpretava, provavelmente, Adriano Nobre de Almeida, que falava inglês. Contam que as imagens de escultura foram quebradas pelo missionário e lançadas no rio Curimataú e que toda a propriedade, imóveis, plantações, animais foi abençoada pelo missionário que pediu a Deus que proporcionasse àqueles novos irmãos a bênção e a unção do evangelismo. A partir de então, começaram os cultos na varanda do casarão. A família passou a hospedar, com frequência missionários estrangeiros e seus intérpretes. Foi erguido um pequeno casebre para celebração dos cultos com a família e empregados. Eles possuíam uma olaria na propriedade. Com a mesma frequência, padres e suas comitivas passaram a apedrejar os “bodes”, como os perseguidores chamavam os crentes.

Em março de 1912, Manoel Luiz de França, sua esposa e seus vinte e dois filhos, mais Florêncio Luiz, foram batizados nas águas no rio Cuité que cortava a propriedade. Mais tarde, foi-lhes explicado que a confusão na hora do batismo era, na verdade, o batismo no Espírito Santo que todos haviam recebido.

Nessa época, Manoel Augusto Neves aceitou o evangelho em Cuité/RN. Convocado a escolher entre a família e a nova crença, Neves optou pela igreja. Ele foi expulso de casa e seguiu com Florêncio Luiz para o Seringal no Pará e lá ficou definitivamente trabalhando e frequentando os cultos com o missionário Daniel Berg. Como era estudado e músico, neto de violeiros repentistas, Neves compôs alguns hinos que foram repassados por Florêncio Luiz

para os seus parentes em Cuité/RN. A história da conversão de Manoel Luiz de França e de seus parentes não foi documentada. Eles viveram no anonimato, tendo como única preocupação, a divulgação da benção da salvação que receberam no Pará. A primeira igrejinha de Cuité/RN foi reconstruída em 1950. Ela foi frequentada por muitos membros da igreja, dentre eles, o pastor José Apolônio da Silva, que ali deu o seu primeiro testemunho.

O primeiro pastor oficial da igreja foi Manoel Veloso, conhecido como Neco Veloso, casado com Minervina Luiza de França, filha de Manoel Luiz de França. Com a saída de Neco Veloso, pastor Antônio Lopes Galvão seguia de Nova Cruz até Cuité para ministrar a Santa Ceia. Por causa deste trabalho pioneiro, esta região ficou conhecida como “Cuité dos crentes.” No ano de 2011, a Orquestra Filarmônica Evangélica Gênesis do Templo Central da IEADERN esteve presente em “Cuité dos crentes” nas comemorações dos 100 anos do Evangelho Pentecostal naquele local. Na época estivemos presente juntamente com a OFEG participando naquela linda solenidade histórica, foi algo muito emocionante particularmente, ouvir a história contada pelos membros daquele povoado e presenciar os familiares e descendentes dos pioneiros da igreja relatar como este trabalho de evangelização pendurou até hoje passados 100 anos. Atualmente se tem uma igreja naquele distrito e a memória dos pioneiros da igreja foi lembrada naquele culto.

Em 19168 alguns norte-riograndenses que haviam ido ao Pará buscar uma melhor sorte retornaram a Natal. Entre eles, Antônio Felipe Bezerra e sua esposa Luizinha, ambos recém convertidos à fé pentecostal e o ex-presbiteriano Francisco Cézar, este alcançado pelo batismo no Espírito Santo. Todos tinham um desejo comum que era evangelizar seus familiares. Neste ano, eram quinze o número de igrejas, a “Palavra de Deus se espalhava, segundo escreveu Daniel Berg em 1934” (VINGREN, 2000, p.22). Em 1917, em uma reunião de oração, na residência do casal Antônio Felipe Bezerra e esposa, deram-se as conversões de José Domingos da Costa, Pedro Jacinto e sua esposa. José Domingos veio a ser o primeiro crente batizado com o Espírito Santo em terras potiguares. Surgiram, assim, os primeiros frutos da obra pentecostal no Rio Grande do Norte. Enquanto isto, na Cidade de Belém/PA, em 11 de janeiro de 1918, a nova igreja era oficialmente registrada com o nome "Assembleia de Deus". Em 13 de janeiro de 1918, na casa do soldado Luiz de França, conhecido como Lulu, na chamada Rua do Arame, foi realizado o primeiro culto pentecostal, em Natal/RN, sob a liderança do irmão Francisco Cézar. Da liturgia espontânea constaram hinos, leitura de um texto bíblico em Apocalipse 21. 21-27 e testemunhos da fé. Na ocasião, converteram-se seis

8 Fonte: Site da Assembleia de Deus de Natal (RN), <http://www.ieadern.org.br/historia>. Acesso em: 29 abr 2014.

pessoas, entre as quais o casal anfitrião. E nessa residência, passou a reunir-se um pequeno grupo de dez irmãos, para cultuar e orar ao Senhor. Mesmo com o crescimento numérico, ali permaneceram até a instalação da primeira congregação oficial da Assembleia de Deus, no ano de 1919. Em abril de 1918, atendendo ao pedido do irmão Francisco Cézar, os Missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg enviaram para Natal um pregador eloquente e versado nas Escrituras da Bíblia, por nome Adriano Nobre. Coube a esse evangelista a tarefa de implantar a Igreja, no Rio Grande do Norte. Foi ele quem realizou, às margens do Potengi, junto à ponte de Igapó, na data de 15 de abril de 1918, o batismo em águas dos primeiros seis crentes, em Natal, durante a madrugada para evitar os perseguidores que não aceitam a nova religião. Dois dias após, ele batizaria mais duas irmãs; e, poucos dias depois, fazia um terceiro batismo, este num sítio por nome "Sumaré", em Goianinha. No dia 24 de maio de 1918 foi fundada oficialmente a Assembleia de Deus de Natal.

A IEADERN teve no evangelista Adriano Nobre, o seu primeiro pastor. Atendendo ao crescimento do trabalho, a AD de Belém do Pará, enviou, em 1919, o pastor José Paulino Estumano de Morais para atender ao trabalho em todo o Estado. O livro História da Assembléia de Deus no Brasil, entretanto, reserva essa primazia ao irmão José Estumano de Morais, enviado pela Igreja-Mãe, em Belém, PA em 1919 (VINGREN, 2000). Foi em 1919 que o missionário Joel Carlson fez a sua primeira viagem ao Rio Grande do Norte. Ele relata, em 1934, que na cidade de Natal havia seis crentes salvos pela visita que o evangelista Adriano Nobre fizera ali (VINGREM, 2000, p. 64). Segundo Carlson, os irmãos queriam que ele ficasse com eles, pois oravam muito para que Deus lhes enviasse um missionário. Ainda no seu relato, Carlson informou que o catolicismo tinha muita força nesse estado e acontecia que no meio dos cultos os padres arrumavam procissões e, com a fúria e o barulho do povo do lado de fora, entravam nos cultos e terminavam com as reuniões dos crentes. Com a chegada de José Morais, o local de cultos foi transferido para a Rua América, s/n, historicamente, a primeira Congregação da Assembleia de Deus, em Natal. O novo pastor realizou algumas incursões ao interior do Estado, iniciando pelo "Sítio Moreira", em Vila Nova, onde havia um trabalho dirigido pelo irmão José Menezes. Outras visitas se sucederam a sítios e povoados, nos quais a Palavra era pregada, quase sempre em residências particulares.

Na noite de 28 de junho de 1920, quando de sua estada em Natal em viagem para o Rio de Janeiro, o pioneiro e missionário Gunnar Vingren encontrou uma igreja com vinte e três membros, oito dos quais batizados no Espírito Santo. Em 1922, também visitaram a igreja em Natal os missionários Samuel Nyström e Nels Julius Nelson. O Pastor José Morais teve

que regressar a Belém, sendo substituído pelo irmão Josino Galvão de Lima, que pastoreou a Igreja até 1923.

Em 6 de janeiro de 1922, o pastor Josino Galvão de Lima chegou a São José de Mipibu e realizou o primeiro culto com o irmão João Celestino e esposa, e Maria Alves de Araújo e esposo, que ali residiam sem qualquer assistência espiritual. Ainda em 1923, assumiu o pastorado de Natal o irmão Manoel Hygino de Souza, mais conhecido como Manequinho, oriundo da Cidade de Nova Cruz, o qual permaneceu no cargo até dezembro do ano seguinte. Nesse período, foi adquirido um terreno na Rua Amaro Barreto, no qual foi construído um pequeno templo, inaugurado em 13 de janeiro de 1924, nos fundos do qual havia uma casa pastoral, esse imóvel foi adquirido pela quantia de 3.500 contos de réis, supostamente emprestado pelo missionário Nyström, quando de sua visita.

A década de 20 foi extremamente difícil para a Assembleia de Deus em Natal. Não apenas padres católicos levantaram-se contra a obra pentecostal. Irmãos de outras denominações empreenderam perseguição à igreja emergente. Nesse contexto sócio-religioso, na época era comum ouvir expressões pejorativas como "bodes" ou "capa-verde" eram tão dolorosas quanto à proibição comum, à época de dar-se um copo d'água ou vender-se um pão aos adeptos da nova fé. Lembrando que nesse período o catolicismo era muito forte em Natal. Entretanto, a igreja estava firme, a obra prosseguia, em ritmo forte e constante.

O modesto templo da Rua Amaro Barreto, nº 40, foi ampliado e reinaugurado no pastorado de Bruno Skolimowsky, que sucedeu a Manoel Hygino e permaneceu no cargo até 1926. Foi neste mesmo ano que a cidade de Mossoró conforme (BARBOSA, 2003) que recebeu a mensagem pentecostal por meio de Raimundo Couto que aceitaria o evangelho em Lages. Mas a pregação de Raimundo Couto foi direcionada, principalmente, aos seus familiares, e não obteve a devida aceitação por parte deles. No fim de 1927, chegou o pregador Manoel Hygino de Souza que deu início às primeiras reuniões pentecostais na cidade. Francisco Gonzaga da Silva sucedeu Bruno Skolimowsky em Natal. Ele foi o primeiro a ter um longo ministério frente à Igreja, no Rio Grande do Norte. Coube a Francisco Gonzaga, em seus 11 anos de pastorado local, alguns dos momentos mais significativos da vida da IEADERN. O ano de 1930 foi um desses.

Nos dias 5 a 10 de setembro, deu-se a 1º Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, com as presenças de 18 pastores e missionários, entre os quais estavam o pastor Lewi Pethrus, da Igreja Filadéfia de Estocolmo (Suécia); Gunnar Vingren e Daniel Berg; outros missionários suecos em atuação no País; e os principais líderes nacionais da época. Nessa ocasião, foi definida a mudança de todos os missionários estrangeiros para o

Sul/Sudeste, sendo confiada a próspera obra do Norte/Nordeste aos obreiros brasileiros; foi criado o Jornal Mensageiro da Paz, até hoje circulando nacionalmente; e foi, também, tratado sobre o ministério das mulheres na igreja.

Vingren (2000) relata que Joel Carlson escreveu em 1934, que Deus havia dado a ele a oportunidade de dar muito do seu tempo pelo trabalho de Natal e do interior. Carlson informou que ele batizara centenas de pessoas nesses lugares e estavam surgindo muitas igrejas. O número de crentes já era grande. A igreja dirigida por Francisco Gonzaga, segundo Carlson, tinha quinhentos membros e o templo era próprio. No interior havia vários templos próprios. Vários pastores e evangelistas trabalhavam no Estado.

Coube, ainda, ao pastor Gonzaga a proposta de vender os imóveis do Amaro Barreto, templo e casa pastoral, em taipa, e construir um novo templo. Esse negócio foi aprovado pela igreja que decidiu instalar-se na Rua Manoel Miranda, nº 1425, até hoje endereço sede do Templo Central da IEADERN, localizado no bairro do Alecrim em Natal. A inauguração do novo templo deu-se em 24 de janeiro de 1937. Nesse mesmo ano, o pastor Francisco Gonzaga mudou-se para a cidade de Santos, SP, aonde veio a falecer em 3 de outubro de 1945, vítima de um acidente automobilístico.

Em fevereiro de 19399, chegou a Parnamirim o jovem obreiro, Otávio Gomes de Castro, membro da IEADERN em Natal, com 24 anos, onde se estabeleceu como comerciante, numa pequena casa, à margem direita da Estrada de Ferro Sampaio Correia, que ligava Natal a Recife. O jovem Otávio aproveitou a oportunidade para pregar o evangelho de Cristo ao que dele se aproximavam no seu humilde barracão, à margem direita da estrada de ferro. As primeiras pregações datam de 20 de outubro de 1939, com apenas seis crentes, cujos nomes são: Euclides Ribeiro do Nascimento, Beatriz Ribeiro da Silva, João Francisco da Silva, Elvira Anunciada da Silva, Joaquim Boa Vista de Oliveira e Eugênia Palhares de Oliveira. O sucessor de Gonzaga, em Natal, pastor Clímaco Bueno Aza, permaneceu no cargo até 1940. Apesar do grande trabalho desenvolvido por esse irmão, tanto no Norte como no Sudeste do País, não há maiores registros da obra desenvolvida pelo mesmo, no Rio Grande do Norte. Em Natal, no lugar de Clímaco Bueno Aza, assumiu Eugênio Martins Pires, procedente de Recife, PE. A esse homem de Deus, deve-se um profícuo trabalho de expansão da igreja, especialmente no âmbito da Capital. Em seu pastorado, foi criado o trabalho de Círculos de Oração, inspirado no mesmo modelo praticado na AD de Recife. Coube-lhe,

também, hospedar a 10º Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, em 1949. O Pr. Pires permaneceu frente à Igreja até 1959, quando faleceu.

Interinamente, assumiu a liderança da Igreja o Missionário Eurico Bergstén, que trouxe uma nova visão pastoral e administrativa para Natal, contribuindo grandemente para a organização de setores vitais para a Igreja. Foi o próprio missionário Eurico quem convidou o então Pastor da Igreja em Salvador, BA, para assumir o pastorado da Igreja no RN. Em 10 de janeiro de 1960, teve início o mais longo pastorado da história da IEADERN, tendo à frente o pastor João Batista da Silva. Ao todo, foram 33 anos e 4 meses de um trabalho incansável do "Apóstolo do Nordeste" nome que conquistou junto à liderança nacional das Igrejas Assembleias de Deus no Brasil, em razão da obra para a qual Deus o chamou, na Região Nordeste, antes de assumir o pastorado, em Natal, o pastor João Batista havia pastoreado as igreja nas cidades de Ceará-Mirim/RN por cinco anos, João Pessoa, PB, por onze anos; e Salvador, BA, por dez anos. Em sua gestão, em Natal sediou a 21º Convenção Geral das