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4 ENSINO E APRENDIZAGEM DE MÚSICA NO TEMPLO CENTRAL DA

4.5 Profissionalização e Aperfeiçoamento Musical fora da Igreja

Como pesquisadora nesta área de educação musical na Igreja Assembleia de Deus, vejo que o ensino de música nesta igreja é um grande aliado das escolas formais de música, pois alimenta as vagas dos cursos técnicos e superiores das escolas formais, devido priorizar o ensino básico de música.

A igreja não tem espaço físico necessário para manter outro grau de ensino como as escolas formais, e não recebe nenhum incentivo financeiro cultural ou de qualquer órgão público, no entanto tem contribuído de maneira significativa na expansão do ensino de música no estado do Rio Grande do Norte, além de elevar a música sacra na sociedade em geral.

Este ensino de música na igreja principalmente de instrumentos de orquestras, tem contribuído com a popularidade do ensino de musica de orquestra, visto que um público expressivo participa das apresentações da OFEG, e deste publico surgem novos alunos interessados no ensino de música, uma vez que toda semana a OFEG se apresenta na igreja com um público de aproximadamente duas mil pessoas por domingo que são os fiéis que frequentam esta igreja, e durante o ano tem outros eventos na igreja que há um movimento maior durante outros dias das semana, onde mais público tem contato com a OFEG.

Esta aproximação do público favorece a divulgação do ensino de música como algo prático, visando atuar também em nas diversas orquestras formadas nas igrejas filiais surgidas a partir da OFEG. Mesmo sendo um ensino básico voltado para liturgia da igreja, tem solos individuais dentro do repertório da OFEG e estes componentes solistas são dotados de talentos individuais e quando vão para escolas formais e trabalham músicas clássicas e concertos se destacam na execução de grandes solos.

Devido o crescimento das orquestras evangélicas que tocam músicas sacras e gospel, concordamos quando ele aconselha os músicos que aprendem música na igreja, procurarem em escola formais, faculdade, universidades o aprimoramento do ensino de música. O músico que aprende música na igreja não pode parar de estudar música, deve ouvir orquestrações de vários compositores para crescer no conhecimento. Aperfeiçoamento musical fora da igreja:

Sempre incentivo aos meus alunos a se especializarem, aperfeiçoarem e seguir carreia na música, mas confesso que muitas vezes fico preocupada, pois sei que muitas vezes alguns não estão preparados espiritualmente para tal caminhada, contudo sempre oro ao Senhor para guardá-los e que os abençoe em tudo o que fizerem e que suas vidas sejam acima de tudo testemunho vivo onde estiverem tocando. Fico muito feliz quando vejo alunos se desenvolvendo e seguindo a carreira acadêmica nessa área e que acima de tudo não perdem sua fé, seus princípios e o seu chamado, fico maravilhada quando eles não se esquecem da onde vieram e não perdem o foco para onde vão, lembrando que todo dom e talento é dado por Deus e para Ele são todas as coisas. Incentivo os alunos participarem da OFEGAL é uma extensão da aula (Professora de Violino do DEMAD, entrevista em setembro de 2014).

A professora mostra preocupação com aperfeiçoamento técnico fora da igreja, com os alunos perderem sua fé, seus princípios e o seu chamado, e relata que fica maravilhada quando eles não se esquecem da onde vieram e não perdem o foco para onde vão, lembrando que todo dom e talento é dado por Deus e para Ele são todas as coisas. Aqui mostrando a visão da essência que deve ser o músico genuinamente cristão.

Temos observado que dentre tantos alunos que tem aprendido música na igreja, muitos ingressaram nas escolas formais nos cursos de técnico, licenciatura e bacharelado de música, mas poucos tiveram acesso ao curso específico de composição e arranjo musical.

Cabe ressaltar que OFEGAL e a OFEG não tocam músicas clássicas no seu repertório, mas tem uma variedade de hinos do hinário oficial, a Harpa Cristã, diversas canções gospel cantadas pelos grupos vocais e coral e sempre surgem novas músicas que são incorporadas ao repertório da OFEG.

Da infinidade de números de hinos que são cantados na igreja, se tem uma necessidade grande de preparar arranjos especialmente para as orquestras como a OFEGAL e OFEG para acompanhamento e para solo instrumental.

Tudo isso demanda que os músicos da igreja busquem um aperfeiçoamento técnico fora para especializarem-se em harmonia, orquestração e arranjo para atender à necessidade nas igrejas evangélicas.

Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre. Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre. Grande é o Senhor, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inescrutável. Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas. Falarei da magnificência gloriosa da tua majestade e das tuas obras maravilhosas. E se falará da força dos teus feitos terríveis; e contarei a tua grandeza. Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça. Piedoso e benigno é o Senhor, sofredor e de grande misericórdia. O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras. Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, para fazer saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória da magnificência do teu reino. O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura em todas as gerações. O Senhor sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos. Os olhos de todos esperam em ti, e lhes dás o seu mantimento a seu tempo. Abres a tua mão, e fartas os desejos de todos os viventes. Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras. Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor, e os salvará. O Senhor guarda a todos os que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos. A minha boca falará o louvor do Senhor, e toda a carne louvará o seu santo nome pelos séculos dos séculos e para sempre.

CONCLUSÃO

O presente estudo revelou que a relação entre música e ensino, no Templo Central, está além de apenas uma formação musical, mas tem uma forte ligação com a religião. A religião parece determinar os caminhos para as práticas e o ensino de música nesse contexto. Na igreja, existem muitas relações que se estabelecem, como fé, crença em Deus e devoção no culto, mostrando o que se pensa sobre o ensino de música para tocar nos cultos e louvar a Deus.

A primeira conclusão a que chegamos foi que, na formação musical, trabalhou-se algo maior que apenas conteúdos musicais. A música na igreja é mediadora de significados que vão além de vivências e práticas musicais, em que o culto como expressão de adoração a Deus caracteriza as práticas musicais dos grupos pesquisados. Os seus reflexos são diretos nas aulas de música ministradas nos cursos da igreja. Além disso, as concepções dos participantes do DEMAD e dos grupos musicais estão em concordância com os conteúdos e práticas educativo-musicais nesse contexto.

Quanto à música, é pensada e executada para o culto a Deus com a participação de todos da igreja, sem exclusão. Todos podem participar, tendo aptidão musical ou não. Ela inclui todos na transmissão da mensagem do Evangelho, compreendendo processos coletivos através do canto congregacional nos cultos.

Observamos, através dos depoimentos da coordenadora pedagógica e dos professores, o quanto a formação musical e o ensino de música na igreja mostraram-se ser tradicionais, a exemplo do repertório utilizado, que é o sacro e o hinário oficial da igreja. Isso revela a concepção da igreja em relação à música que lá é ensinada e praticada. Para os músicos e regentes, o serviço na igreja é cultuar e louvar a Deus, também evangelizar, vendo a música como cura.

Sobre as concepções de música e ensino na igreja, para a direção do departamento de música, a coordenação pedagógica e os professores, a visão religiosa influencia a visão de música e a visão de ensino. Existe a interferência religiosa no ensino de música, isso é visto no repertório sacro e nos hinos que a igreja executa e canta.

Notamos, também, a profissionalização dos músicos e o aperfeiçoamento acadêmico tanto de professores, como de alunos do DEMAD, que procuram a Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a qual recebe uma grande demanda de pessoas que vem da IEADERN para aperfeiçoar seus conhecimentos e práticas musicais.

Quanto ao método, foram observadas de professores, alunos e músicos do DEMAD, aulas coletivas de instrumento, práticas de grupo, orquestra de alunos, corais. Notou-se que a IEADERN do Templo Central incentiva e oportuniza a iniciação musical e a educação musical na cidade de Natal, proporcionando um ensino musical com peculiaridades, associado a várias características inerentes à música da igreja.

Essa forma do ensino musical dado neste contexto nos é relevante e isto se comprova na quantidade de pessoas com conhecimento musical obtido na igreja. Uma grande parte dos estudantes de música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte está diretamente ligada a uma igreja evangélica e participando ativamente dos grupos musicais, bandas, orquestras. Diante disso, descrever a forma como acontece a música e o seu ensino na igreja, se tornou relevante, assim como o aprendizado musical propriamente dito, trazendo parâmetros a serem seguidos na educação musical.

Nesse sentido, tornou-se necessária uma análise deste aprendizado para compreendê- lo. Trabalhos e pesquisas sobre características musicais e de aprendizado musical nas igrejas evangélicas são encontradas ainda em poucos números. Temas sobre a abordagem dos aspectos musicais encontrados na igreja são de relevância por despontar caminhos para um maior desenvolvimento musical, que está ligado à forma de culto e adoração a Deus.

A música tem uma função importante na igreja evangélica e isto é visto no culto, no qual toda prática coletiva de seus membros é acompanhada de música. Esse uso da música no culto tem sua origem no referencial doutrinário utilizado na igreja que é a Bíblia, a qual contém as ordenanças do uso da música para adoração a Deus e para o ensino da vontade de Deus contida na mesma.

Compreendemos que o uso do canto congregacional é associado ao aprendizado do ensino do conteúdo doutrinário na igreja, além de proporcionar vivência e aprendizado musical. A igreja torna-se ambiente de exposição e prática musical, com uma constância que não costuma se perceber em outros contextos, além de proporcionar aprendizado musical.

A igreja evangélica tornou-se um referencial de aprendizado musical para muitas pessoas de dentro da igreja, assim como fora da igreja, participando e buscando um ensino de profissionalização técnica ou superior em música, almejando uma carreira musical.

A prática e o ensino de música na igreja se mostraram através do fazer musical. Na igreja, os alunos de música possuem estímulos para o aprendizado musical, devido ao fato de utilizarem este aprendizado quase que de forma simultânea à prática musical exercida nos cultos. Santos retrata essa aprendizagem musical:

A aprendizagem musical se dá no próprio fazer, como atividade intuitiva (de nível pré-lógico) sobre o visto e o ouvido, auxiliada por mediadores como a palavra rítmica, a imagem visual, tátil e sinestésica; o domínio do repertório do grupo é sempre presente na prática musical, respondendo pela ênfase na reprodução, na fixação de partes musicais já ouvidas e de formas de estruturar o material sonoro (SANTOS, 1991, p.10).

Observamos que, na igreja, todo aprendizado musical é colocado logo em prática, cumprindo a demanda que a igreja exige de seus músicos, mesmo alunos iniciantes, no uso da música nas práticas musicais coletivas nas atividades da igreja. Com isso, constituem lugares de ambiente e exposição musical contínuos.

A igreja têm encontros semanais regulares e, em todos eles, a música é prática presente. O acesso aos instrumentos musicais é outro fator de grande estímulo aos que ingressam na música na igreja.

A IEADERN do Templo Central é que adquire grande parte dos instrumentos da Orquestra, alguns alunos de música têm dificuldade de comprar seus instrumentos devido ao alto preço. Com isso, os alunos tem oportunidade de colocar imediatamente em prática o que ele aprende utilizando já o instrumento necessário.

A facilitação do engajamento do sujeito na prática musical, incluindo a execução instrumental desde o início, o acesso ao instrumento de imediato, participando com que o que é possível fazer no momento, em função das condições reais do sujeito (...) proporcionam o aprendizado prático e trazem estímulo ao aprendizado musical (SANTOS, 1991, p.11).

Outro dado encontrado foi que uma parcela de alunos após aprenderem a ler a partitura, aprenderem a tocar e participarem da OFEGAL, quando entram na OFEG, não querem seguir adiante com os estudos musicais no DEMAD, e deixam as aulas de instrumento, achando que já estavam em um nível muito bom para quem não queria se profissionalizar. Muitos deles não querem seguir a carreira de músico, buscam outra profissão, entretanto, outra parcela dos alunos prefere seguir profissionalmente, buscando o conhecimento fora das igrejas com um estudo constante do instrumento.

Mais um fato é que o DEMAD, professores, alunos, músicos, tem restrições e proibições em relação à música que não seja evangélica e se mantêm sempre limitados ao ambiente musical de sua igreja e isso os torna limitados musicalmente a um padrão de música.

O ensino de música no Templo Central da IEADERN mostrou-se ser um ensino musical promovido por professores que aprenderam música na igreja, foram alunos de música na igreja e todos são integrantes da Orquestra da igreja.

O canto se mostrou a prática musical de maior quantidade dos grupos musicais do Templo Central da IEADERN, embora tenha orquestras e grupos instrumentais, isso devido às características das igrejas evangélicas, utilizarem e incentivarem o canto congregacional.

O repertório se mostrou serem hinos sacros tradicionais e do hinário oficial da igreja, podendo ser executados da maneira como escrito nos hinários ou com outros arranjos orquestrados.

Na OFEG, identificamos músicos de vários níveis musicais. É feito na OFEGAL um incentivo para a inclusão desses músicos, onde os iniciantes geralmente utilizam partituras facilitadas, e os mais experientes utilizam as partituras originais. Essa prática resulta uma interação e possibilita a troca de informações e o bom desempenho dos alunos que são incentivados para o aprendizado musical devido ao fato de utilizarem o que aprendem de forma quase simultânea à prática musical nos cultos.

Nessa senda, tanto a OFEGAL quanto a OFEG são ambientes férteis para o processo de educação musical, pois têm ampla ligação com a prática instrumental direcionada ao preparo de apresentações públicas, tendo importância sociocultural.

A formação musical, na igreja, é influenciada pelos ensinamentos bíblicos que caracterizam o modelo e o tipo de música e prática musical realizado na igreja.

Notamos que alguns grupos musicais da igreja apresentam alguns problemas de qualidade técnica instrumental e de interpretação musical. Geralmente, os músicos que acompanham os cantores tocam muito forte, os cantores não leem partitura, alguns cantavam desafinados, mas o tocar e o cantar em grupo ajudou as pessoas a terem noção de intensidade. Quanto à formação dos professores que ensinam na igreja, identificamos terem uma qualificação e profissionalização musical, onde muitos deles ainda como alunos na igreja foram buscar aperfeiçoamento na universidade e tornaram-se professores de outros alunos na igreja. Mas, também existem professores sem formação musical acadêmica, com outras formações, que possuem apenas o básico e o técnico, mas ensinam na igreja. Certamente, os professores que são mais qualificados proporcionam um aumento significativo na técnica instrumental dos alunos.

Todos que ensinam no DEMAD do Templo Central da IEADERN são voluntários, não possuem vínculo empregatício com a IEADERN, todos são membros da igreja, fazem por amor a Deus e veem o trabalho como uma missão e um trabalho para Deus. Os alunos doam um valor simbólico mensal diretamente ao professor para ajudar na passagem e no lanche. A formação dos professores se mostra eficaz na prática musical na igreja onde o aprendizado e

desenvolvimento do aluno se revelou mais na prática, tocando nos recitais do DEMAD, nos ensaios e apresentações da OFEGAL e nas apresentações nos cultos com a OFEG.

Sobre as aulas de teoria musical, identificamos que os professores buscam priorizar o início imediato da leitura musical, onde iniciam com notação musical, compassos, alterações, escalas maiores e menores. Após um período de dois meses com essa parte da teoria musical, eles entram na prática instrumental ou vocal. Essa aceleração do tempo para o ensino teórico resulta no aprendizado defasado, onde se identificou que muitos alunos têm dificuldades em reconhecer a tonalidade de uma música, por exemplo, e os intervalos.

Isso se reflete nos músicos da orquestra da igreja, em que foi observado nos ensaios que alguns músicos não sabiam afinar seus instrumentos e davam ao líder de naipe para afinar. Assim, os músicos com pouca prática individual possuem muita dificuldade no quesito afinação.

Sobre a prática do canto na igreja, não notamos uso de partituras para o canto congregacional, os dois cantores designados pelo pastor para cantar com a igreja apenas direcionam o canto e todos os membros da igreja cantavam os hinos. Os corais da igreja aprendem o seu repertório sem a utilização de partituras, aprende-se apenas de ouvido e também se aprende através de kits de ensaio, geralmente CDs que o regente gravava em casa e trazia para os ensaios.

Sobre os alunos, especificamente aqueles com mais idade quem vieram aprender música na igreja, notamos que a instituição oferece um espaço para a integração e inclusão dos adultos e pessoas da terceira idade para aprenderem música. Outro fato observado foi o grande interesse dos alunos de música em aprender música para tocar nos cultos na orquestra da igreja cujo objetivo é adorar a Deus. O desejo de um aperfeiçoamento e qualificação fora da igreja, visando uma profissionalização, veio depois para uma parcela de alunos de música da igreja.

Nas falas desses músicos profissionais, que iniciaram suas aulas na igreja, é evidenciada a influência musical que o templo incide sobre as suas vidas, tanto que eles depois voltaram e se tornaram regentes, responsáveis por grupos musicais e ensinam música para outros alunos, mostrando um amor e compromisso em levar o ensino de música na igreja.

Uma das características que merecem ser salientadas diz respeito aos instrumentos musicais que a igreja, através do DEMAD, disponibiliza aos alunos que não tem condições de adquirir seu instrumento para estudarem. Após algum tempo, quando esse aluno já tem

condições de comprar o seu próprio, esse instrumento musical passa para outro aluno, possibilitando outros a vir aprender música e tocar.

A igreja faz a compra e a manutenção dos instrumentos musicais que são comprados e tombados como patrimônio da igreja e algo que é feito seja quando o instrumento musical é comprado ou doado para a igreja, é a apresentação e consagração no culto, onde o pastor apresenta a igreja e ora a Deus com todos os membros, consagrando o instrumento para o serviço na igreja para o louvor a Deus.

Observamos que a coordenadora pedagógica passa orientações para muitos alunos que chegam para aprender, mas que ainda não tem uma definição de qual instrumento quer tocar. Ela os orienta e, muitas vezes, indica o instrumento a fazer. Quando a igreja tem disponibilidade de um determinado instrumento, passa também a informação para o aluno, que de pronto aceita. Não existe seleção para a escolha do instrumento musical na igreja.

Diante da pesquisa empreendida, com as observações, os relatos e depoimentos das pessoas, perguntas novas nos surgem para pesquisas futuras: será que a formação musical dada nas igrejas evangélicas é capaz de criar pessoas e músicos, capazes de refletir sobre sua própria prática musical como algo significativo? Será que a formação musical dos professores que ensinam música nas igrejas evangélicas é adequada para ensinarem nos espaços formais de ensino? Como a música evangélica pode ser ensinada nas escolas brasileiras, já que uma grande parte da população é formada de evangélicos? Como trazer o ensino de música aproximando ao fazer musical que o aluno evangélico tem na sua igreja? Como levar alunos,