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Dê horário para sua tarefa Faça o que for m ais im portante prim eiro, todo dia, quando sua força de vontade está no m áxim o Força de vontade m áxim a

significa sucesso m áxim o.

Não brigue com sua força de vontade. Construa seus dias em torno de com o ela funciona, e deixe que ela faça a parte dela para construir sua vida. A força de vontade pode não estar sem pre à disposição, m as, quando você a em prega prim eiro no que é m ais im portante, pode sem pre contar com ela.

8 UMA VIDA EQUILIBRADA

“A verdade é que equilíbrio é uma bobagem. É um sonho inalcançável... A busca pelo equilíbrio entre trabalho e vida, como viemos a concebê-lo, não é apenas uma proposta prejudicial; é também dolorosa e destrutiva”. Keith H. Hammonds Nada alcança equilíbrio absoluto. Nada. Não im porta quão im perceptível possa ser, o que parece um estado de equilíbrio é na verdade algo com pletam ente diferente: o ato de equilibrar-se. Pensado tristem ente com o substantivo, o equilíbrio é vivido, na prática, com o um verbo. Visto com o algo que acabam os por reter, o equilíbrio é, no fim das contas, algo que fazem os constantem ente. Um a “vida equilibrada” é um m ito, um conceito enganador que m uitos aceitam com o obj etivo válido e conquistável, sem parar para pensar na questão. Quero que você pense. Quero que a desafie. Quero que a rej eite.

Um a vida equilibrada é um a m entira.

A ideia de equilíbrio é nada m ais do que isto, um a ideia. Na filosofia, “o m eio-term o” é o centro m oderado entre polos extrem os, conceito usado para descrever um lugar interm ediário entre duas posições, m ais desej ável do que um estado ou outro. É um a boa ideia, m as não m uito prática. Idealista, m as não realista. O equilíbrio não existe.

É difícil de entender, m uito m ais de acreditar, principalm ente porque um a das reclam ações m ais frequentes é: “Preciso de m ais equilíbrio”. Trata-se de um m antra com um , que considera o equilíbrio com o algo que faz falta para a m aioria das pessoas. Ouvim os tanto falar no equilíbrio que autom aticam ente acreditam os ser ele exatam ente o que deveríam os procurar. Mas não é. Propósito, sentido, significado: é isso que constrói um a vida de sucesso. Busque-os e você, com m uita certeza, viverá um a vida desequilibrada, cruzando repetidam ente um a linha divisória invisível conform e persegue suas prioridades. O ato de viver um a vida com pleta dando tem po ao que im porta é um ato de

equilíbrio. Resultados extraordinários requerem atenção focada e tem po. O tem po gasto com um a coisa significa tem po perdido para outra, o que torna o equilíbrio im possível.

A GÊNESE DE UM MITO

Historicam ente, equilibrar nossa vida é um privilégio difícil até de im aginar. Por m ilhares de anos, viver era trabalhar. Se você não trabalhasse – caçasse, cultivasse ou criasse gado –, não viveria por m uito tem po. Mas as coisas m udaram . Jared Diam ond, ganhador do Prêm io Pulitzer, m ostra em Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies [Armas, germes e aço: os destinos das sociedades humanas] com o a especialização profissional acabou sendo gerada pela organização social em fazendas aptas a produzir alim ento em excesso. “Doze m il anos atrás, todos na terra eram caçadores-coletores; agora quase todos nós som os fazendeiros, ou alim entados por fazendeiros.” Não ter de trabalhar com a agricultura perm itiu que os indivíduos se tornassem acadêm icos e artesãos. Alguns trabalhavam para pôr com ida na m esa; outros, para construir a m esa.

Inicialm ente, a m aioria das pessoas trabalhava de acordo com suas necessidades e am bições. O ferreiro não tinha que ficar na forj a até as cinco da tarde; podia ir para casa quando as ferraduras dos cavalos ficassem prontas. Então, a industrialização do século XIX estabeleceu, pela prim eira vez, que os trabalhadores deveriam labutar para outra pessoa. A história está repleta de chefes autoritários, períodos de trabalho anuais e fábricas acesas dia e noite. Consequentem ente, o século XX testem unhou o início de m ovim entos sociais que visavam proteger os trabalhadores e lim itar as horas trabalhadas.

Entretanto, a expressão “equilíbrio entre vida e trabalho” não foi cunhado até m eados dos anos 1980, quando m ais de m etade de todas as m ulheres casadas se uniu à força de trabalho. Parafraseando o prefácio de Ralph E. Gom ory, no livro Being Together, Working Apart: Dual-Career Families and the Work-Life Balance [Viver junto, trabalhar separado: famílias de carreira dupla e o equilíbrio vida-trabalho], de 2005, passam os de um a unidade fam iliar com posta por alguém que ganha o pão e alguém que cuida do lar para um a com dois que ganham o pão e em que ninguém cuida da casa. Qualquer pessoa com o m ínim o de inteligência sabe para quem sobrou o trabalho extra no início. Contudo, em m eados de 1990, o “equilíbrio entre vida e trabalho” havia se tornado palavra de ordem com um tam bém para os hom ens. Um a pesquisa conduzida pela LexisNexis com os cem m aiores veículos de com unicação do m undo todo m ostra um aum ento dram ático no núm ero de artigos sobre o assunto, de 32 na

década de 1986 a 1996 para 1.674 artigos apenas em 2007 (vej a a figura 9). Provavelm ente, não é coincidência que o increm ento da tecnologia veio paralelo ao aum ento da crença de que algo estaria faltando em nossas vidas. A resposta são espaços invadidos e m enos lim ites.

Enraizada nos desafios da vida real, a ideia de um “equilíbrio entre vida e trabalho” obviam ente capturou nossa m ente e im aginação.

FIG 9 O número de vezes que o “equilíbrio entre vida e trabalho” foi mencionado em artigos de jornais e revistas explodiu nos últimos anos.

MANEJO ERRADO DO MEIO

Desej ar o equilíbrio faz sentido. Tem po suficiente para tudo e tudo feito dentro do prazo: isso soa tão atraente que, só de im aginar, nos sentim os serenos e tranquilos. Essa calm a é real, e nos faz pensar ser esse o j eito certo de viver. Mas não é.

Se você pensa no equilíbrio com o o ponto central entre dois polos, então o desequilíbrio ocorre quando você se afasta desse ponto. Fique m uito longe do centro e está vivendo nos extrem os. O problem a em viver no centro é que você

estará im pedido de se com prom eter com qualquer coisa. Na tentativa de cuidar de todas as coisas, tudo acaba feito de qualquer j eito, e nenhum a obrigação é cum prida.

Às vezes, isso pode ser bom ; às vezes, não. Saber quando buscar o centro e quando buscar os extrem os é, em essência, o verdadeiro princípio da sabedoria. Resultados extraordinários são alcançados por essa negociação com nosso tem po. O m otivo pelo qual não deveríam os buscar o equilíbrio é que a m ágica nunca acontece no centro; a m ágica acontece nos extrem os. O dilem a é que buscar os extrem os traz grandes desafios. Com preendem os naturalm ente que o sucesso se encontra nas bordas exteriores, m as não sabem os com o m anej ar nossas vidas enquanto estam os nelas.

FIG 10 Buscar uma vida equilibrada significa nunca buscar nada nos extremos.

FIG 11 Buscar os extremos causa todo um conjunto de problemas. Quando dedicam os m uito de nosso tem po ao trabalho, nossa vida pessoal acaba sofrendo. Vitim ados pela ideia de que horas extras representam qualidade profissional, culpam os inj ustam ente o trabalho quando dizem os: “Não tenho vida”. Geralm ente, é o oposto. Mesm o se nossos em pregos passassem a não interferir nessa questão, nossa vida pessoal ainda poderia ser repleta de “tenho que fazer”, o que nos levaria à m esm a conclusão: “Não tenho vida”. E às vezes som os atingidos por m unição vinda dos dois lados: alguns de nós aguentam tantas dem andas pessoais e profissionais que tudo é com prom etido. Prestes ao colapso, declaram os m ais um a vez: “Não tenho vida!”.

Assim com o atuar no centro, atuar oscilando entre os extrem os pode significar que estam os apenas falhando em perm anecer em equilíbrio.

O TEMPO NÃO ESPERA POR NINGUÉM

Minha esposa m e contou, certo dia, a história de um a am iga dela. A m ãe dessa am iga era professora, e o pai, fazendeiro. Contiveram -se, econom izaram e

viveram com pouco a vida toda, à espera da aposentadoria e das viagens que fariam . A m ulher se lem brava das idas com a m ãe à fábrica de tecidos local, onde pegavam tecidos e am ostras. A m ãe explicava que, quando se aposentasse, aquelas seriam as roupas que usaria nas viagens.

Mas ela não viveu até a aposentadoria. No últim o ano com o professora, teve câncer e faleceu. O pai não gostava da ideia de gastar o dinheiro que econom izaram , pensando que ele era dos dois, e a m ulher não estava m ais lá para usufruí-lo com ele. Quando o hom em faleceu e a filha foi retirar as coisas dos pais da antiga casa, descobriu um arm ário cheio dos tecidos e am ostras. O pai nunca tirou nada dali. Não conseguiu. Aquilo representava m uita coisa. Era com o se esses itens, tão carregados de prom essas não cum pridas, fossem pesados dem ais para carregar.

O tem po não espera ninguém . Em purre algo para o canto, e a prorrogação pode se tornar perm anente.

Conheci, certa vez, um executivo de grande sucesso que trabalhava m uito, inclusive nos fins de sem ana, durante boa parte da vida, acreditando sinceram ente que o fazia pelo bem da fam ília. Um dia, ele esperava, todos poderiam aproveitar os frutos de seu trabalho, passando tem po j untos, viaj ando e fazendo tudo o que nunca haviam feito.

Depois de dedicar m uitos anos à construção de sua em presa, tinha acabado de vendê-la e estava aberto para discutir o que faria em seguida. Perguntei-lhe com o ele se sentia, e ele afirm ou, orgulhoso, que bem . “Quando estava construindo o negócio, nunca ficava em casa e raram ente via m inha fam ília. Agora, estou passando férias com eles, com pensando o tem po perdido. Sabe com o é, né? Agora que tenho tem po e dinheiro, estou recuperando os dias em que eu não estava tão disponível.”

Acha m esm o que é possível recuperar a história contada a um a criança, na hora de dorm ir, ou um a festa de aniversário? Preparar um a festa para um m enino de cinco anos, com am iguinhos im aginários, é o m esm o que j antar com um adolescente e seus am igos de escola? Assistir ao j ogo de futebol do seu filho pequeno pode ser com parado a assistir ao j ogo de futebol do seu filho quase adulto? Acha que pode fazer um pacto com Deus para que o tem po não passe, segurando o que for im portante até que você estej a pronto para voltar a participar?

Quando você j oga com o tem po, acaba fazendo um a aposta que talvez não possa cum prir. Mesm o que tenha certeza de que pode ganhar, tom e cuidado, pois você pode ter de conviver com aquilo que perdeu.

Brincar com o tem po levará você a um redem oinho sem saída. Acreditar nessa m entira é bastante prej udicial, pois convence você a fazer coisas que não deveria e a parar de fazer as que deveria. O m anej o errado do equilíbrio pode ser um a das coisas m ais destrutivas que você pode fazer. Não se pode ignorar a

inevitabilidade do tem po.

Então, se alcançar o equilíbrio é um a m entira, o que podem os fazer? Balancear.

Substitua a palavra “equilibrado” por “balanceado”, e tudo fará m ais sentido. As coisas que acreditam os terem equilíbrio estão, na verdade, balanceadas. A bailarina é um exem plo clássico. Quando ela se aprum a en pointe, pode parecer leve feito plum a, flutuando no ar, o verdadeiro conceito de equilíbrio e graça. Um olhar m ais próxim o revelaria os pés dela vibrando rapidam ente, fazendo aj ustes m ínim os para se equilibrar. O contrapeso, aplicado corretam ente, dá a ilusão de equilíbrio.

BALANCEAR – POUCO OU MUITO TEMPO

Quando dizem os que perdem os o equilíbrio, estam os, em geral, nos referindo à ideia de que algum as prioridades – coisas que im portam para nós – estão sendo deixadas de lado. O problem a é que, quando você foca no que é realm ente im portante, algo sem pre parece deixado de lado. Não im porta o quanto você tente, sem pre haverá coisas por fazer no fim do dia, da sem ana, do m ês, do ano e da vida. Tentar fazer tudo é furada. Quando as coisas que im portam m ais são concluídas, você ainda vai sentir que há coisas por fazer, o que traz, realm ente, um a sensação de desequilíbrio. Deixar algum as coisas por fazer é um preço a se pagar para ter resultados extraordinários. Mas não dá para deixar tudo por fazer, e é aí que entra o balanço. A ideia de balancear é que você nunca vai longe dem ais, a ponto de não conseguir encontrar o cam inho de volta, nem fica lá a ponto de que não exista nada esperando por você quando retornar.

FIG 12 Resultados extraordinários requerem maiores períodos de balanço. Isso é tão im portante que até a sua vida pode estar em j ogo. Um estudo de onze anos com quase 7.100 funcionários públicos britânicos concluiu que expedientes diários m uito longos podem ser fatais. Os pesquisadores m ostraram que indivíduos que trabalhavam m ais de onze horas por dia (55 horas por sem ana) tinham 67% m ais chances de adoecer do coração. O balanço não se resum e apenas a um a questão de bem -estar; ele é essencial para viver bem .

Existem dois tipos de balanço: o entre vida pessoal e trabalho e o dentro de cada um de nós.

No m undo do sucesso profissional, não se trata de quanto tem po extra você em prega; o ingrediente-chave é em que você foca esse tem po. Para conquistar um resultado extraordinário, você tem de escolher o que m ais im porta e dedicar- lhe todo o tem po necessário. Isso requer ficar extrem am ente fora do equilíbrio em relação a outras questões do trabalho, com apenas um balanço eventual para atendê-las.

Na vida pessoal, estar consciente de suas ações é o ingrediente essencial. Estar ciente de seu espírito e de seu corpo, ciente de sua fam ília e de seus am igos, ciente de suas necessidades pessoais; nada disso pode ser sacrificado se

você pretende “ter um a vida”. Dessa form a, você não pode j am ais esquecer sua vida pessoal por causa do trabalho, nem trocar um por outro. É possível alternar rapidam ente entre am bos, e até com binar atividades em torno deles, m as não se pode j am ais negligenciar nenhum dos dois por m uito tem po. Sua vida pessoal requer rígido balanço.

Sair ou não do ponto de equilíbrio não é a questão. A questão é: “Por pouco ou por m uito tem po?”. Na vida pessoal, evite longos períodos fora de equilíbrio. Ficar um pouco fora do ponto perm ite a você m anter-se conectado com todas as coisas que im portam m ais e levá-las j unto com você. Na vida profissional, busque dedicar m ais tem po a cada um a das oscilações, fazendo as pazes com a ideia de que buscar resultados extraordinários pode requerer que fique fora de equilíbrio por longos períodos. Isso perm ite que você foque no que im porta m ais, ainda que outras coisas, de m enor prioridade, sej am m om entaneam ente prej udicadas. Na vida pessoal, nada pode ser deixado para trás. No trabalho, isso é necessário.

Em seu livro Suzanne’s Diary for Nicholas [O diário de Suzanne para Nicholas], Jam es Patterson destaca com prim or onde se encontram nossas prioridades no balancear de nossas vidas pessoal e profissional: “Im agine que a vida é um j ogo no qual você m anuseia cinco bolas. As bolas são cham adas trabalho, fam ília, saúde, am igos e integridade. E você m antém todas no ar. Mas, um dia, você vem a entender, finalm ente, que o trabalho é um a bola de borracha. Se você derrubá-la, ela quica de volta. As outras quatro – fam ília, saúde, am igos e integridade – são feitas de vidro. Se derrubar um a, ela será irrevogavelm ente arranhada, rachada, talvez até se estilhaça de vez”.

VIVER É UM ATO DE BALANCEAR

O balanceam ento é um a questão de prioridade. Quando você m uda a palavra de balanço para prioridade, enxerga suas escolhas com m ais clareza e abre o cam inho para m udar seu destino. Resultados extraordinários exisgem que você estabeleça prioridades e atue de acordo com elas. Quando você age segundo sua prioridade, fica autom aticam ente fora de equilíbrio, dando m ais tem po para um a coisa em detrim ento de outra. O desafio, portanto, não se trata de sair ou não da zona de equilíbrio, o que é necessário. O desafio refere-se a quanto tem po focar cada um a das prioridades, sendo capaz de estabelecer suas prioridades fora do trabalho e tendo clareza quanto ao que é prioritário profissionalm ente. Envolve voltar para casa conhecendo suas prioridades por lá, para que você possa, depois, voltar ao trabalho.

Quando tiver que trabalhar, trabalhe, e quando tiver que se divertir, divirta- se. Cam inham os, assim , por um a corda bam ba esquisita, m as as coisas não estão

em seus devidos lugares quando você com eça a confundir suas prioridades.

BOAS IDEIAS

1. Pense que está equilibrando dois baldes. Separe sua vida pessoal e profissional

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