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CAPÍTULO IV – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

4.2. Resultados da auto-avaliação do Município de Santa Maria da Feira

4.2.8. Impacto na Sociedade

A avaliação deste critério permitiu conhecer quais os resultados atingidos pela organização na satisfação das necessidades e expectativas da comunidade em que a Câmara se inseria. Pretendia-se recolher informação que permitisse aferir a percepção da comunidade relativamente a questões como a qualidade de vida, preservação do meio ambiente e dos recursos globais e perceber quais as medidas levadas a cabo pelo organismo na avaliação da sua eficácia relativamente à comunidade local. A avaliação deste critério teve por base as pontuações atribuídas aos seguintes sub-critérios:

• Sub-critério 8.1 – Desempenho social da organização

O grupo de auto-avaliação concluiu que “(...) a informação disponibilizada para a

comunidade não é suficientemente estruturada para permitir uma percepção plena da actividade social desenvolvida”. Existia, no entanto, uma página na Internet que, em constante actualização e

em conjunto com outros meios de comunicação, poderia inverter esta situação.

Existia um bom relacionamento com os parceiros sociais e da economia local, tendo-se desenvolvido, inclusivamente, projectos sócio-educativos e programas de saúde escolar e de acção social escolar (transportes e refeições escolares), que desde há anos vinham sendo desenvolvidos com reconhecido sucesso, assim como, o alargamento progressivo da Rede Nacional de Bibliotecas Escolares e o processo de informatização das escolas. A acção social do município dedicava especial atenção às populações sénior, infantil, juvenil e escolar, às populações realojadas, emigrante, imigrante e desempregada, à população portadora de deficiência e também à população com dependência da droga ou do álcool. Tinha-se avançado com o diagnóstico das carências habitacionais para famílias carenciadas e para jovens. No sector do ordenamento do território há

que realçar a revisão do PDM, que estava a decorrer, mas aproximando-se a passos largos das fases de conclusão, discussão e aprovação.

• Sub-critério 8.2 – Desempenho ambiental da organização

Nos últimos anos tinha sido feito um esforço, por parte da autarquia, no sentido de cumprir com os padrões vigentes na altura, relativamente às questões de higiene e segurança no trabalho, nomeadamente, no que respeitava à aquisição de fardamento de alta visibilidade, por forma a dar cumprimento às normas de segurança, distribuição de EPI’S (equipamentos de protecção individual) pelas brigadas externas e pelos funcionários do estaleiro municipal, melhoria a nível de técnicas de trabalho (sinalização de obra e metodologia de trabalho), manutenção de equipamentos de primeira intervenção e respectiva sinalização em vários edifícios camarários.

Tinham sido realizados estudos de exposição dos trabalhadores aos diferentes factores ambientais gerados no seu local de trabalho (agentes físicos ou químicos), bem como auditorias internas a vários serviços municipais, onde eram avaliadas as condições de iluminação, ruído e temperatura nos locais de trabalho e, ainda, as posturas e condições ergonómicas dos mesmos.

Eram, também, elaborados relatórios e era realizado o registo de acidentes, assim como feito o tratamento estatístico mensal desses dados, os quais eram, posteriormente, utilizados na análise do desempenho do sistema de gestão de segurança. É de salientar a diminuição em cerca de 30% no número de acidentes de trabalho verificados entre 2002 e 2004, relativamente a anos anteriores.

Realizavam-se, com alguma frequência, sessões de informação/formação com o objectivo de valorizar a adopção de atitudes pró-activas de segurança que permitissem a melhoria da qualidade do trabalho e a diminuição de acidentes nos estaleiros ou instalações municipais.

Ao nível do ambiente era prática comum a recolha indiferenciada de RSU (Resíduos Sólidos Urbanos), a limpeza de Montureiras (locais onde se encontravam acumulados resíduos de forma não controlada), a recolha selectiva (Ecopontos e Ecocentros) de papel na Câmara, de pneus usados e de óleos alimentares, o controlo da qualidade da água nos fontanários, acções de educação e sensibilização ambiental (Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico), campanhas, tratamento de reclamações, diagnóstico ambiental de minas abandonadas, medição de vibrações resultantes de actividades de desmonte da extracção de inertes, levantamento e diagnóstico ambiental das indústrias situadas fora das zonas industriais, caracterização do estado de contaminação dos solos e níveis freáticos por tricloroetileno, manutenção, tratamento e conservação dos espaços verdes existentes, entre outros.

Na tabela IX apresentam-se os principais resultados da avaliação da autarquia relativamente ao critério Impacto na Sociedade.

Tabela IX – Pontos fortes e fracos identificados para o Critério Impacto na Sociedade.

Pontos Fortes Pontos Fracos

- Bom comportamento ético do Organismo;

- Eram visíveis os esforços, por parte da autarquia, para dar cumprimento às normas de higiene, segurança e saúde no trabalho;

- Melhorias verificadas nos acidentes de trabalho com baixa (diminuição de 2002 para 2003);

- Preocupações evidentes, por parte da autarquia, no que respeitava à implementação de programas para eliminar o ruído, maus cheiros e outros problemas de poluição ambiental;

- Sinais evidentes de uma preocupação com o impacte ecológico;

- Verificaram-se resultados bastante satisfatórios no que respeita à redução e eliminação de resíduos e desperdícios;

- Foram registadas acções de carácter social com forte impacto na sociedade, nas quais se destacam, o apoio à 3ª idade e infância, implementação da rede social concelhia, que permitiam o combate à exclusão social, e apoiavam programas de formação para desempregados de longa duração;

- Apoio financeiro a projectos da comunidade; - Estágios Profissionais para jovens desempregados; - Cooperação com países em desenvolvimento;

- Realização de algumas actividades sociais para colaboradores;

- Utilização de fontes de energia renováveis; - Poupança de energia;

- Utilização de papel reciclado;

- Separação de resíduos para recolha selectiva; - Utilização de papel usado para folha de rascunho; - Reciclagem de tinteiros;

- Uso de novas tecnologias para comunicação interna e externa;

- Existência de alguns resultados avaliados no que respeitava aos programas para eliminar o ruído, maus cheiros e outros problemas de poluição ambiental; - Os resultados da implementação do sistema de

higiene, segurança e saúde no trabalho já começavam a ser visíveis;

- Existência de campanhas para promoção do uso de modalidades de transporte com impacto reduzido no ambiente.

- A informação disponibilizada para a comunidade não era suficientemente estruturada para permitir uma percepção plena da actividade social desenvolvida;

- Não existiam Planos de Segurança;

- Não existiam meios internos para avaliar o impacto das acções de carácter social;

- Não era prática comum a impressão nos 2 lados do papel;

- Inexistência de campanhas de consciencialização para economia e preservação de recursos.