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Este ebó, é indicado para pessoas que estejam com dificuldades de assimilação em qualquer tipo de aprendizado e também para mulheres que, por qualquer motivo, não

No documento O Verdadeiro Jogo de Buzios Jeje-Nago (páginas 65-68)

conseguem engravidar.

(6)

Um certo príncipe, tendo ficado na mais absoluta miséria e não agüentando as privações às quais estava sendo submetido, resolveu dar fim a própria vida.

Munido de uma corda, internou-se na floresta em busca de uma árvore onde pudesse enforcar-se. Já no interior da floresta, encontrou um pobre leproso coberto de chagas, sem roupas nem comida, que apesar de tanta infelicidade, lutava para sobreviver, procurando naquele lugar, folhas e raízes, que

pudesse matar sua fome e amenizar suas dores. No desespero de seu sofrimento, o leproso tentava colocar a água de um igbi sobre sua própria cabeça, com a intenção de refresca-la e alivia-la do terrível calor que a tudo castigava. Chocado com o que viu, o príncipe retornou a sua aldeia e lá chagando, ofereceu um ebó que lhe determinou o Oluwo.

Poucos dias depois de haver oferecido o sacrifício, chegou a noticia de que o rei do pais havia falecido e ele, como parente mais próximo, fora indicado para substitui-lo no trono.

Em sinal de agradecimento, o novo rei mandou buscar o pobre leproso que vivia internado na floresta, oferecendo-lhe conforto e tratamento para sua doença.

Este Itan indica que o cliente apesar das dificuldades por que vem passando, oferecido o ebó, sairá vitorioso ao final.

Ebó: Uma corda do tamanho da pessoa, dois pombos, um igbi, obi, efun, mel dendê, muitas moedas e ataré. Passa-se tudo no cliente, coloca-se a corda no fundo de um alguidar, sacrifica-se os bichos em cima e arruma-se no mesmo alguidar, tempera-se com os demais ingredientes e espalha-se as moedas por cima de tudo. Despacha-se no alto de um morro por onde passe uma estrada.

(7)

A vida não será ruim para aquele que encontrar dois ovos negros de pássaro adowe.

Adowe, conhecido entre os yoruba como leke-leke, é um pássaro de plumagem inteiramente branca e seus ovos, como ele próprio, são completamente brancos. As penas do adowe são utilizadas nas cerimonias de Obatala, cuja cor é também o branco.

Este pássaro, é uma espécie de garça que se alimenta das parasitas existentes na pele dos búfalos que vivem nos pântanos.

Agbogbo nla fo laga le gã.

(quando o agbogbo voa, ouve-se ao longe o ruído de suas asas).

Os dois adivinhos que consultaram Ifá para Tela, filho do rei, deram a ele este nome. Quatro advinhos que consultaram Ifá pra Tolo, advinho da floresta de Were.

E Tolo comeu, Tolo bebeu, ela caminhou levantando os dois pés ao mesmo tempo (com facilidade, com leveza): ele demorou vinte anos antes de retornar a sua floresta.

Um filho do rei de Ayo, chamado Tela, encontrava-se certa ocasião, muito endividado. Querendo se casar, pegou emprestado, dinheiro para o dote, comprometendo-se a efetuar o pagamento com seu trabalho no campo.

Seu credor, que era um homem muito ganancioso, explorava terrivelmente o pobre rapaz, exigindo dele, cada dia mais e mais trabalho no campo.

Desesperado, Tela foi consultar os pássaros Leke-leke e agbogbo que, entre os pássaros, eram conhecidos como excelentes Babalawo.

“Como fazer? “- perguntou ele - “Para livrar-se desta dívida e voltar novamente a ser livre?”.

Os pássaros prescreveram sacrifícios e disseram que depois de oferecidos os ebó, a pessoa que o escravizava seria duramente castigada e para ele, adviria uma grande riqueza e muita felicidade, só não podendo revelar a ninguém o que seria feito.

Tela teria que comprar dois cabritos para serem oferecidos a Ifá. O que não foi possível, devido a extrema miséria em que se encontrava.

Voltando ao campo de seu amo, enquanto trabalhava a terra, Tela encontrou um buraco onde havia esquecida um grande quantidade de dinheiro.

Feliz com o achado, o jovem pagou a divida e passou a viver como um nababo, organizando banquetes onde, em companhia de seus amigos, consumia muita comida, bebida, dinheiro e conversa.

Numa destas reuniões, já tendo bebido e comido demais, Tela contou a seus amigos tudo o que se passara entre ele e os pássaros advinhos, quebrando a promessa de manter segredo sobre o que acontecera.

Os amigos e as farras levaram Tela novamente a ruína. Se tivesse oferecido os cabritos, o segredo não teria sido revelado e nada de mal poderia lhe acontecer.

Ao saber do acontecido, Agbogbo disse a Tela: “Olhe só, todo mundo sabe do nosso segredo, da mesma forma que todo mundo sabe quando levanto vou. Os teus azares surgiram de tua indiscrição, nada temos com isso!”.

Ebó: Dois cabritos devem ser oferecidos a Exú e sacrificados, obedecendo o ritual de praxé. Coloca-se em Exú, como adorno, duas penas de Leke-leke e duas penas de Aloko.

Este trabalho, é para solucionar problemas de pessoas que estejam demasiadamente endividadas.

(8)

Ogun Badagli, era o chefe das tropas de Oduduwa. Um dia, Oduduwa ordenou que seu general, a frente de seus exércitos, invadisse e dominasse a cidade de Igbo, para ali estabelecer o seu domínio.

Quando Ogun Badagli invadiu a cidade, conheceu ali uma belíssima jovem, filha do rei de Igbo, por quem se apaixonou e tomou como mulher.

Era costume, que todos os despojos de guerra, deveriam ser entregues ao rei vencedor e Ogun Badagli entregou a Oduduwa, tudo o que havia trazido da cidade saqueada, com exceção da mulher pela qual havia se apaixonado.

Informado de que seu general havia ocultado uma prisioneira, Oduduwa exigiu que esta lhe fosse entregue. Maravilhado pela beleza da jovem, o rei conduziu-a a seus aposentos, onde a possuiu. Dez luas depois, a mulher deu a luz a um menino, que tinha o lado esquerdo negro e o lado direito inteiramente branco, filho que era de dois pais. Ogun Badagli, de pele negra e Oduduwa, de pele branca como a neve. Ao recém nascido foi dado o nome de Oraniyan.

Este itan não é determinante de nenhum tipo de ebó, servindo apenas, como muitos

No documento O Verdadeiro Jogo de Buzios Jeje-Nago (páginas 65-68)

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