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2. Planeamento Turístico: identificar as funções desempenhadas no âmbito das Câmaras Municipais.

5.5 Instrumentos de Recolha de Dados

5.5.1 Instrumento de Recolha de Dados: o Questionário

O instrumento de recolha de dados deve ser selecionado na dependência dos objetivos de cada investigação. Entre os principais instrumentos de recolha de dados nas Ciências Sociais encontram-se (Fontin, 2003; Silvestre e Araújo, 2012; Dencker, 2000):

Inquérito por entrevista, que consiste num processo de interacção onde uma ou mais pessoais assumem o papel de entrevistador (lendo as perguntas) e uma, ou mais, o papel de entrevistados, apresentando as perguntas um grau de estruturação previamente definida, a fim de obter informações de pesquisa. Pode ser realizada face a face ou por telefone, sendo esta última menos dispendiosa, porém mais impessoal.

Formulário, que consiste no controlo da observação, relacionando os elementos a serem observados e efectuando o registo.

Inquérito por questionário, instrumento respondido pelos entrevistados que reúne questões sistemáticas e ordenadas, envolvendo as variáveis de investigação. Neste tipo de inquérito, são os entrevistados que leem as questões e escrevem as respostas.

A tabela 13 apresenta as principais vantagens e desvantagens das entrevistas e dos questionários:

Tabela 13

Vantagens e Desvantagens das Entrevistas e Questionários

Instrumentos de recolha de dados

Vantagens Desvantagens

Questionário Pode ser aplicado a um grande número de pessoas;

Anonimato;

Uniformidade das respostas, o que facilita a tabulação e análise dos dados;

Possibilidade de analisar informações objectivas e subjectivas;

Mais baratos do que as entrevistas;

Pode cobrir uma grande área, uma vez que pode ser

enviado pelo correio.

Baixa taxa de respostas;

Perguntas pré-estabelecidas e sem possibilidade de flexibilização.

Entrevista Maior flexibilidade na formulação de questões;

Adequação das questões ao indivíduo;

Taxas de respostas mais elevadas.

Mais dispendiosas;

Necessidade de mais tempo para recolha e análise de dados; Necessidade de competências específicas para a aplicação; Dificuldade em comparar as entrevistas.

Optou-se pela utilização do questionário enviado através de correio electrónico, uma vez que o número de Instituições de Ensino e de Câmaras Municipais é grande e disperso. Esta opção também reduz o tempo necessário para a recolha dos dados, assim com o custo desta fase da investigação.

Por outro lado, a desvantagem da baixa taxa de respostas foi neutralizada por acções específicas associadas ao envio do questionário por correio electrónico, como as ligações telefónicas directamente aos destinatários bem como, no caso das Câmaras Municipais, visita aos stands dos municípios na Bolsa de Turismo de Lisboa (2012). Ambos os questionários tiveram períodos de aplicação de Novembro de 2011 a Abril de 2012.

Como o questionário foi o instrumento de recolha de dados utilizado nesta investigação, este será abordado de forma mais aprofundada neste capítulo. Num questionário, é possível elaborar diferentes tipos de perguntas (Dencker, 2000; Fontin, 2003): fechadas, ou com alternativas fixas, quando as respostas são limitadas às alternativas apresentadas; abertas, quando o entrevistado tem a liberdade de responder como desejar; semi-abertas, quando dispõe de perguntas fechadas mas com a opções de resposta aberta.

Dentro dos modelos de perguntas fechadas, podem ser consideradas (Dencker, 2000; Fontin, 2003):

Dicotómicas, na qual é respondido “sim” ou “não”;

Escolha múltipla, na qual podem ser seleccionadas uma série de respostas;

Perguntas encadeadas, ou pergunta-filtro, quando a resposta da questão seguinte está condicionada à questão anterior;

Perguntas com escala, que pretende medir graus como, por exemplo, os graus de satisfação.

A tabulação dos dados é realizada segundo o tipo de resposta dada, podendo ser (Dencker, 2000; Fontin, 2003):

Tabulação simples, quando só há uma possibilidade de resposta;

Tabulação de respostas múltiplas, na qual é possível indicar mais do que uma resposta à pergunta;

Tabulação de perguntas encadeadas, onde a primeira pergunta é feita de forma generalizada, mas a segunda somente a um grupo específico e a análise é feita em função das duas perguntas;

Tabulação de perguntas em aberto, na qual as respostas são feitas de forma livre e, para análise, devem ser categorizadas e tabuladas de forma simples ou múltipla;

Perguntas com escalas, estabelecer uma pontuação que permita avaliar a resposta de forma numérica, como, por exemplo, a escala de Likert;

Tabulação por grupos separados, através da separação da amostra em grupos com características semelhantes e relevantes;

Tabulação electrónica, recorrendo à utilização de programas estatísticos.

Uma vez que utilizámos a escala de Likert, é importante esclarecer que esta consiste na proposição de opções de resposta com igual número de possibilidades positivas e negativas e uma opção neutra, atribuindo, posteriormente, um valor a cada opção de resposta. Às respostas positivas são atribuídos valores maiores do que às respostas negativas. Ao obter as respostas, deverão ser somados os valores obtidos e analisados os resultados. (Fontin, 2003).

Uma vez que o objectivo principal desta tese é relacionar a “Formação Superior em Turismo” com as funções de “Planeamento Turístico” ao nível local, de forma a conhecer os níveis de interacção entre Escola - Destino, bem como a capacidade de actuação dos profissionais formados para exercerem funções de planeamento, foi necessário recolher informações sobre o Ensino Superior

em Turismo (Q1) e das práticas das funções de Planeamento no âmbito das Câmaras Municipais (Q2).

Q1: Questionário aplicado aos responsáveis pelos Cursos de Turismo (Anexo 1)

O questionário 1 foi aplicado junto das instituições de ensino superior que oferecem cursos de turismo que, entre as saídas profissionais, tenham explicitado o profissional de planeamento turístico.

A lista disponibilizada no sítio Internet da Direcção-Geral do Ensino Superior (2011) reúne um total de 74 cursos de turismo. Desse total, foram contactados os coordenadores de 33 cursos de turismo com base na requisito “saída profissional para desempenho de funções de planeamento turístico”.

O questionário tem como principal objectivo recolher informações sobre o conteúdo e a metodologia de ensino associado ao Planeamento Turístico, para que este seja relacionado com as informações obtidas no questionário 2 (aplicado às Câmaras Municipais de Turismo).

O questionário é composto por 9 perguntas, dentre as quais:

 2 são fechadas com resposta única;

 4 são fechadas com respostas dicotómicas mas com possibilidade de explicitar o porquê de responder “sim” e incluindo a possibilidade de listar “outras”;

 1 pergunta é fechada com respostas múltiplas;

 e 2 perguntas são abertas.

A pergunta 1 (No curso superior em turismo oferecido na sua instituição de ensino, a disciplina de planeamento turístico utiliza métodos de ensino compostos por) pretende conhecer de que forma os conteúdos da disciplina

de Planeamento Turístico são ensinados no âmbito do curso de turismo em questão. Trata-se de uma pergunta de escolha única, fechada mas com conteúdo escalar, em que as opções são: Somente por aspectos teóricos; Mais aspectos teóricos do que práticos; Equitativamente aspectos teóricos e práticos; Mais aspectos práticos do que teóricos; Somente aspectos práticos.

Esta pergunta também procura responder à H2 A disciplina de planeamento turístico utiliza métodos de ensino compostos por mais aspectos teóricos do que práticos.

A pergunta 2 (Quais as actividades práticas em planeamento turístico realizadas no âmbito do curso de turismo oferecido na instituição em que trabalha?) é classificada como fechada de múltipla escolha e pretende identificar se algumas funções do planeamento turístico são praticadas no âmbito do ensino superior em turismo. Esta questão é, posteriormente, relacionada com as funções desempenhadas pelos planeadores, conforme será explicitado mais adiante. Entre as opções de respostas, encontram-se aquelas identificadas na revisão da literatura, além da opção aberta para definir “outras”:

1. Elaboração de inventário turístico; 2. Elaboração de planos de marketing;

3. Elaboração de diagnósticos e prognósticos;

4. Elaboração de planos de desenvolvimento turístico; 5. Estudo de viabilidade de produtos turísticos;

6. Análise de tendências de mercado;

7. Actividades de sensibilização e/ou consciencialização da comunidade com relação ao turismo;

8. Processo de envolvimento da comunidade e do sector privado;

9. Apoio técnico aos municípios ou regiões de turismo na área de gestão e planeamento do turismo;

10. Implementação do plano de desenvolvimento do turismo; 11. Controlo e avaliação do plano de desenvolvimento do turismo.

A pergunta 3 (Classifique os conteúdos a seguir, de acordo com a realidade encontrada no seu curso. A depender da forma como o conteúdo for leccionado, marque: 1 - somente com bases teóricas; 2 - mais com base teórica do que prática; 3 - equilíbrio entre a componente teórica e a prática; 4 - mais prático do que teórico; 5 - somente teórico. Caso o conteúdo não seja leccionado no seu curso, marque 0 – não se aplica) trata-se de uma pergunta fechada com resposta única. Com esta pergunta, pretende-se compreender se os conteúdos identificados como fundamentais, identificados na revisão da literatura, possuem uma abordagem mais teórica ou prática.

É interessante perceber que, apesar de esta questão ser apresentada como uma única questão, ela solicita uma classificação (resposta única) graduada de um conjunto de conteúdos associados à disciplina.

As perguntas de 4 a 7 são fechadas e dicotómicas, com opção de resposta aberta, em caso de a resposta ser positiva.

A pergunta 4 (Existem parcerias estabelecidas entre o curso de turismo que coordena e algumas entidades locais ou regionais de turismo, públicas ou privadas, por exemplo no âmbito de Protocolos para estágios relacionados com actividades em gestão e planeamento do turismo?) tem como objectivo identificar se existe algum tipo de ligação entre o curso de turismo e as instituições que desenvolvem actividade no mercado turístico. Também é objectivo desta questão confirmar ou não a hipótese H3 Não existe grande aproximação entre os cursos de turismo e os organismos públicos responsáveis pela gestão e planeamento local/regional do turismo em Portugal.

A pergunta 5 (É desenvolvida, através do curso de turismo que coordena, alguma actividade de âmbito aplicado no domínio da gestão e planeamento do turismo para um município, região ou país?) procura conhecer se o curso desempenha alguma actividade prática de planeamento, o que indica uma maior ou menor aproximação do curso ao mercado. Essa

questão também tem como objectivo testar a hipótese H4 Há pouco desenvolvimento de atividades práticas de gestão e planeamento no nível local por parte dos cursos de turismo.

A pergunta 6 (É desenvolvida, através do curso de turismo da sua instituição de ensino, alguma actividade junto com a comunidade?) tem como objectivo conhecer a interacção do curso de turismo com a comunidade. A pergunta 7 (Existe algum factor diferenciador no curso que coordena em relação aos demais que conhece?) foi realizada no intuito de obter alguma característica ou actividade do curso de turismo em questão com relação aos demais cursos.

As perguntas 8 e 9 são perguntas abertas. A pergunta 8 (Relativamente à formação dos profissionais de planeamento turístico, de uma forma geral, qual (is) o(s) ponto(s) fraco(s) da formação oferecida nos cursos superiores em turismo?) procura conhecer os pontos fracos da formação dos cursos de turismo, de uma forma geral, enquanto que a pergunta 9 (Relativamente à formação dos profissionais de planeamento turístico, de uma forma geral, qual (is) o(s) ponto(s) forte(s) da formação oferecida nos cursos superiores em turismo?) procura saber os pontos fortes. Estas perguntas foram realizadas a fim de complementar as informações sobre o perfil dos cursos de turismo, sob a perspectiva daqueles que os estão a gerir.

Q2: Questionário aplicado aos Responsáveis pela Gestão e Planeamento do Turismo nas Câmaras Municipais (Anexo 2)

O questionário 2 foi aplicado aos responsáveis pela gestão e planeamento do turismo nas Câmaras Municipais. Foi feito um levantamento dos emails, através do site da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e, posteriormente, no site de cada município o email do órgão/departamento responsável pelo turismo.

Na região do Alentejo foram contactados, por correio electrónico, 58 municípios. Na região do Algarve foram contactados 16 municípios. Um dos municípios declarou não possuir responsável técnico pelo planeamento turístico, pelo que apenas foi possível considerar um total de 15 municípios algarvios. Através do Q2 foi possível recolher informações para: conhecer as principais funções de planeamento desempenhadas no âmbito das funções profissionais; conhecer o perfil académico e profissional do técnico responsável pelo planeamento turístico; recolher informações para, posteriormente, relacionar as funções desempenhadas pelo técnico responsável com a Formação Superior em Turismo que, em Portugal, forma estes quadros profissionais com as propostas formativas nesta área.

O Q2 está dividido em duas partes: a primeira procura reunir informações pessoais acerca do profissional, enquanto a segunda foca os aspectos relativos ao desempenho da actividade laboral.

A primeira parte é composta por 6 questões, das quais 3 são abertas e 3 são fechadas, sendo que 2 são de resposta com alternativa única e 1 de múltiplas alternativas.

A questão 1 pede para identificar o sexo (questão dicotómica de escolha única: feminino ou masculino) e a questão 2 a idade do técnico respondente do inquérito (questão aberta mas que, na tabulação, foi agrupada).

A questão 3 (Quantos anos de experiência profissional possui na área de gestão e planeamento do turismo?), pergunta fechada de única escola, pretendia conhecer o tempo de experiência dos profissionais técnicos afectos nas Câmaras Municipais. As opções de resposta foram: menos de 1 ano; de 1 a 5 anos; de 5 a 10 anos; mais de 10 anos.

As questões 4 e 5 são abertas e buscam identificar o grau de instrução dos entrevistados (questão 4), assim como a instituição onde esse grau foi conferido (questão 5). Na tabulação, estas respostas foram agrupadas.

A questão 6 (Das actividades abaixo listadas, marque todas as opções que foram desenvolvidas durante a sua formação superior) é fechada, de múltipla escolha e com opção de resposta aberta. Dentre as opções, estão:

1. Elaboração de inventário turístico; 2. Elaboração de planos de marketing;

3. Elaboração de diagnósticos e prognósticos;

4. Elaboração de planos de desenvolvimento turístico; 5. Estudo de viabilidade de produtos turísticos;

6. Análise de tendências de mercado;

7. Actividades de sensibilização e/ou consciencialização da comunidade em relação ao turismo;

8. Processo de envolvimento da comunidade e do sector privado;

9. Apoio técnico aos municípios ou regiões de turismo na área de gestão e planeamento do turismo;

10. Implementação do plano de desenvolvimento do turismo; 11. Controlo e avaliação do plano de desenvolvimento do turismo; 12. Outra (s). Qual (is)?

A segunda parte contém 8 questões, das quais 4 são abertas, 3 são fechadas com alternativa única de resposta e 1 fechada com opção de múltiplas respostas. Esse grupo de perguntas está relacionado especificamente com o local de trabalho e as funções desempenhadas por estes profissionais.

As questões de 1 a 3 são abertas. A questão 1 pede que seja identificada a Entidade que o profissional está ligado; na questão 2, o cargo que o profissional ocupa; e na questão 3, o Departamento ou Organismo ao qual está ligado. Estas questões pretendem reunir informações sobre o contexto de trabalho dos profissionais de planeamento turístico ligados às Câmaras Municipais.

A questão 4 (Tempo que ocupa o cargo) procura identificar a experiência deste profissional naquela função e locais específicos. Trata-se de uma

pergunta de resposta única e entre as opções estão: Menos de 1 ano; de 1 a 5 anos; de 5 a 10 anos; mais de 10 anos.

A pergunta 5 (No seu município existe um órgão especificamente responsável pela gestão e planeamento do turismo?) foi elaborada com o objectivo de conhecer como o Turismo é visto dentro desses órgãos públicos e se está associado à alguma outra área em específico. Trata-se de uma pergunta fechada e de resposta única (“sim”, “não”, “não sei”).

A pergunta 6 (Quais destas actividades desenvolve actualmente no âmbito das actividades em gestão e planeamento do turismo designadas para a sua função profissional?) é uma pergunta fechada e de opção de respostas múltiplas:

1. Ordenamento territorial e urbanismo; 2. Elaboração de inventário turístico; 3. Elaboração de planos de marketing;

4. Elaboração de diagnósticos e prognósticos;

5. Elaboração de planos de desenvolvimento turístico; 6. Estudo de viabilidade de produtos turísticos;

7. Análise de tendências de mercado;

8. Concepção, incremento e fomento de destinos turísticos; 9. Promoção e venda de destinos turísticos;

10. Processo de envolvimento da comunidade e do sector privado com o turismo;

11. Implementação do plano de desenvolvimento do turismo; 12. Controlo e avaliação do plano de desenvolvimento do turismo;

13. Consultadoria na área de gestão, marketing ou planeamento turístico; 14. Inspecção e certificação de qualidade dos destinos turísticos;

15. Outros. Quais?

É importante ter em atenção que as respostas são semelhantes às opções oferecidas na questão 6, da primeira parte deste mesmo questionário. No

entanto, na primeira parte pretendia-se saber se estas actividades fizeram parte da formação destes profissionais, enquanto nesta questão se pretende conhecer se essas actividades fazem parte das funções como planeador do turismo.

As respostas dadas à questão 6 foram inseridas numa tabela de frequência, na qual é possível identificar tanto o valor absoluto como o valor relativo das respostas dadas e identificar as funções mais desempenhadas por estes profissionais.

A questão 7 (Abaixo seguem listados alguns conteúdos da área de turismo. Marque as alternativas segundo a maior ou menor importância do conteúdo no seu dia-a-dia laboral, sendo a opção 1 – sem qualquer importância; 2 – pouca importância; 3 – importante; 4 – Muito importante; 5 – fundamental importância) procurou apresentar um conjunto de conteúdos da área do turismo, identificados através da literatura, e classificar, sob a perspectiva do profissional de planeamento turístico, a sua importância no âmbito das funções que desempenha. Trata-se de uma questão fechada, com opção de múltiplas escolhas, entre elas:

1. Contextualização da actividade turística; 2. Tendências de mercado;

3. Tipos de Turismo; 4. Produtos turísticos;

5. Economia local, regional e nacional; 6. Política ambiental; 7. Ordenamento do território; 8. Desenvolvimento sustentável; 9. Marketing territorial; 10. Marketing turístico; 11. Etnografia; 12. História; 13. Cultura e património; 14. Gastronomia e artesanato;

16. Gestão da procura turística;

17. Promoção e divulgação de produtos turísticos; 18. Dinamização e gestão de parceiras;

19. Negociação; 20. Comunicação.

As respostas da questão 7 foram tabuladas através da média ponderada das respostas obtidas, o que permite criar uma tabela em ordem decrescente de importância destes mesmos conteúdos.

Por fim, a questão 8 (Caso exista algum conteúdo que não esteja acima listado mas que julgue ter importância no seu dia-a-dia laboral, por favor refira indicando o seu grau de importância) procura complementar a questão anterior, dando a opção, em forma de pergunta aberta, de identificar e classificar algum conteúdo que o profissional julgue importante mas que não constava na lista criada com base na revisão bibliográfica. Os resultados desta questão foram tabulados e inseridos com os demais apresentados na pergunta anterior.

Compreendendo a relação entre a formação superior em turismo e as funções de planeamento local.

Como anteriormente apresentado, o objectivo geral desta tese é relacionar as funções de planeamento turístico ao nível local com a formação superior em turismo em Portugal, de forma a conhecer a capacidade de actuação dos profissionais formados para exercerem funções de planeamento.

Após a aplicação dos dois questionários, foi realizada uma análise mais ampla e considerando, de forma conjunta, as respostas obtidas.

No que se refere ao objectivo geral desta tese, foram consideradas, principalmente, a questão 2 do questionário aplicado aos cursos de turismo (Quais as actividades práticas em planeamento turístico realizadas no âmbito do curso de turismo oferecido na sua instituição de ensino?) e a

questão 6 da segunda parte do questionário aplicado aos profissionais de planeamento que exercem funções nas Câmaras Municipais (Quais destas actividades desenvolve actualmente no âmbito das actividades em gestão e planeamento do turismo designadas para a sua função profissional?). .

Fontin (2003) explica que os estudos correlacionais possuem o objectivo de relacionar variáveis e consistem num estudo inicial descritivo-correlacional, com o intuito de relacionar e descrever as relações entre as variáveis; seguido de um estudo correlacional, de natureza explicativa e que busca determinar a natureza das relações entre as variáveis; verificação de modelos teóricos, adequando o modelo teórico aos dados empíricos. Contudo, a autora destaca que um dos pressupostos do estudo correlacional é que a amostra deve ser