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COMPUTADOR PO ALUNO (PROUCA)

INTERFACES EM PROCESSO DE FORMAÇÃO

GONÇALVES, Mayara Santana da Silva (bolsista) RODRIGUES, Cleide Aparecida Carvalho (orientadora)

Palavras-chave

Mídia, educação, formação e professor.

Justificativa

Considerando a importância de desenvolver um processo de ensino aprendizagem de cunho emancipatório no sentido do uso das tecnologias e das mídias, a educação possui o papel fundamental se não o mais importante como

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2016) 3242 - 3246

instância socializadora na produção de um sujeito pensante mediante esse mundo de informação que é apresentado a essa nova geração de alunos.

A sociedade atual é marcada pelo avanço constante das tecnologias, estando presente no cotidiano da humanidade, nesse sentido vivencia-se um impacto desse avanço em todas as áreas (lazer, familiar, educação, convívio social e outras), a educação é umas das esferas da sociedade que mais absorveu esse impacto, segundo pesquisas Belloni (2001), Setton (2010), Fantin (2012), o publico mais alcançado por essa evolução são as crianças, adolescentes e jovens. Através dos celulares, tablet, notbooks esses indivíduos tem levado as tecnologias para a sala de aula, essa introdução não tem ocorrido através do professor, mas do aluno o que acaba por gerar segundo Belloni (2001, p. 24) “O uso mais ou menos indiscriminado da tecnologia por si em sim, ou seja, mais por suas virtualidades técnicas do que por suas virtualidades pedagógicas”. O uso consciente das tecnologias pode e deve ser reflexivo no âmbito da educação.

É nessa realidade do uso das tecnologias na educação que se situa nossa pesquisa, a partir do curso de extensão oferecido pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, realizado no LABIN pelo Grupo de pesquisa GENTE, foram realizadas discussões, atividades e exposição oral e dialogada, tendo como respaldo teórico o uso reflexivo das tecnologias em sala de aula. Acompanhamos o professor Marcello Lucas que participou do curso de extensão em 2014 e como finalização elaborou e executou um projeto de ensino no 1º semestre de 2016. O “Projeto Fotográfico – FORMAS” com alunos no 2º ano do ensino médio, culminou na base da problemática dessa pesquisa: É possível o uso das tecnologias de forma reflexiva em sala de aula? Os alunos recepcionam, compreendem e correspondem a essa forma de ensino? Os professores possuem formação para desenvolver esse tipo de trabalho?

Acredito que essa pesquisa muito tem a oferecer contemplando a formação do professor e o uso reflexivo das mídias e tecnologias.

Objetivos Geral

 Identificar e analisar as práticas pedagógicas que utilizam linguagem midiática existentes no espaço escolar

Específicos

 Contribuir com o processo de formação docente na UFG;

 Compreender como os alunos realizam a recepção dessa prática;

 Aprofundar conhecimentos sobre a formação de professores em relação ao uso de tecnologias na sala de aula;

 Socializar dados e reflexões decorrentes dos estudos.

Metodologia

A pesquisa de cunho teórico-empírica, foi desenvolvida através da observação das aulas de matemática realizadas pelo professor Marcello Lucas, destinados aos alunos do 2º ano do Ensino Médio do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação CEPAE – Goiânia.

A observação ocorreu a partir do Projeto Fotográfico – Formas, o qual foi realizado em 8 aulas, com duração de 50 minutos cada, as etapas do plano de trabalho foram cumpridas, porém com prejuízo no tempo de pesquisa empírica devido a greve dos docentes de agosto de 2015. Para análise dos dados presentes no campo foram elencados aspectos a partir da teoria – Pedagogia dos Meios, onde a intervenção crítico reflexivo é um caminho valioso no uso das tecnologias e mídias na prática pedagógica. Tendo como respaldo teórico participamos do grupo de Estudo Novas Tecnologias e Educação (GENTE) e da segunda edição do curso de extensão: “Leitura críticas das mídias em espaços de formação”, realizado no ano de 2014.

Resultados

Durante a execução do trabalho, os alunos apresentaram bastante interesse pelo projeto por se tratar de uma aula diferente e uma forma criativa de aprender o conteúdo e correlacioná-lo com o cotidiano, os alunos demonstraram familiaridade com as máquinas não vivenciando nenhuma dificuldade nos momentos de acessar cada ferramenta disponível, como já citado antes as ferramentas tecnológicas estão presentes na vida os jovens. “[...] Elas estão cada vez mais presentes na vida cotidiana e faze parte do universo dos jovens, sendo esta a razão principal da necessidade de sua integração à educação.” (Belloni, 1999, p.25.).

A adesão à máquina fotográfica para capturar as imagens solicitadas pelo professor possibilitou que a seleção das mesmas, fossem realizadas por eles mesmos, ou seja, uma produção própria, permitindo assim a autonomia dos alunos tanto no uso quanto na produção de conteúdo. “Integração dessas tecnologias de modo criativo inteligente e distanciado, no sentido de desenvolver a autonomia e competência do estudante.” (Belloni, 2001, p.9).

Enquanto os alunos realizavam a construção dos slides algumas dificuldades foram apresentadas quanto á estruturação, escrita e sistematização dos dados e imagens coletadas, nesse momento o professor se mostrou bastante interagido diante das ferramentas oferecidas pelos softwares usados pelos alunos, esclarecendo dúvidas na maneira como utilizar cada link disponível, para Fantin (2010) o professor na realidade da educação hoje sugere a necessidade de uma formação continuada no âmbito da mídia-educação, da cultura digital e no uso das tecnologias, ou seja, uma formação que auxilie o professor na construção de conteúdos e metodologias que correspondam a essa nova necessidade presente na escola.

Conclusão

Compreendemos que a educação hoje necessita de um olhar mais atento quanto ao uso das tecnologias e mídias em sala de aula. A priori, sabemos que há uma série de obstáculos que a educação deverá superar para que o uso dessas tecnologias e mídias seja realizado de forma consciente. A realidade da sala de aula tem se mostrado em muitas esferas um quadro de desalento (baixa remuneração, violência, a falta de reconhecimento da profissão docente, escassez de suporte material para realização das aulas e muitos outros). Porém, o papel fundamental do professor para que o processo de construção de um indivíduo pensante, crítico

emancipado do sentido passivo causado pelo uso das mídias é extremamente importante.

Assim sendo, a formação docente precisa contemplar essa realidade presente na sala de aula, onde o professor consiga dialogar com o uso dessas tecnologias e mídias auxiliando na formação dessa nova geração de alunos.

Referências

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BUCKINGHAM, David. Cultura digital, Educação midiática e o lugar da escolarização. Educação e realidade. Porto Alegre, v. 35, n. 3, p.

37-38, set/dez., 2010. P.55.

CITELLI, Adilson Odair. Comunicação e educação: A linguagem em movimento.

São Paulo: Editora SENAC, 2000.

FANTIN, M.; RIVOLTELLA, P. C. Cultura digital e formação de professores: usos da mídia, práticas culturais e desafios educativos. In:

(Orgs.). Cultura digital e escola: pesquisa e formação de professores. Campinas, SP: Papirus,

OROZCO, Guillermo Goméz. La investigación em comunicación desde la perspectiva – cualitativa. Guadalajara-México: IMDEC, 1997.

RODRIGUES, Cleide A. C. Mediações na formação a distância de professores:

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SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço; o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 3ª Ed., 2009.

. Culturas e artes do pós-humano; da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 4ªEd., 2010.

SANTOS, Carlos José Giudice dos. Tipos de pesquisa.

Disponível em : http://www.oficinadapesquisa.com.br> Acesso em 06 de junho de 2016.

SETTON, Maria da Graça. Mídia e educação. São Paulo, SP: Contexto, 2010.

Fonte de financiamento

Programa de Bolsas de Licenciatura da UFG – PROLICEN

CRIARCONTEXTO: O ENSINO DA PRODUÇÃO TEXTUAL

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