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Linguagem transmídia: design e identidade

No documento Ebook Design novos horizontes (páginas 189-191)

Frente aquelas complexidades e vantagens que implica a globali- zação que hoje estamos vivenciando e do mesmo jeito, participando com a interconexão de diversos âmbitos atuais, sócio-culturais, edu- cativos, transdisciplinares e principalmente, as trocas de informações focadas no conhecimento, sendo que esta última apresenta um maior aumento, devido às rápidas mudanças no campo da tecnologia, conti- nuamente procuram-se diversos meios para a difusão desse conheci- mento e pesquisa com maior eficácia.

Por esse motivo, surge o interesse de pesquisar entre áreas trans- disciplinares, que colaborem no campo do Design, principalmente a linguagem contemporânea Transmídia, em conjunto com as plata- formas audiovisuais como ferramentas análogas e as digitais, com o objetivo de difundir os processos existentes ao redor dos produtos do design e contribuir assim na difusão do conhecimento, conseguindo ser mais accessível e diversificado, além de autoconstrutivo mediante a participação dos indivíduos e desse modo, conseguir o enriqueci- mento do valor projetual do produto.

Entender o Design como uma atividade de inovação resulta ser com- plexo, mesmo entre os designers e profissionais, por ser uma atividade cotidiana e que em geral, indistintamente da área, o design está inserido em cada processo criativo, na resolução de problemas e na contribuição

rentes perfis, condições econômicas, idades, deficiências, culturas, territórios e diretrizes políticas, podemos falar que é tão abrangente no âmbito criativo, como às vezes limitado em implementações dentro de países emergentes. Continuamente se observam referências e publica- ções literárias nascidas de autores que desenvolveram pesquisas em países com uma estrutura mais resolvida, e que por outra parte, podem existir críticas sobre aqueles países que não estão explorando medidas para potencializar a produção do design como um dos elementos que contribuem para o desenvolvimento territorial.

Neste sentido, surge a reflexão sobre o que caracteriza o design Latino Americano, com cada um dos países que o integram, sobe uma historia de colonização, numerosos recursos naturais, rica cul- tura e tradição popular, bem como, a identidade que caracteriza a seus cidadãos. O “jeito latino” é identificado em diversos âmbitos mundial- mente, um exemplo, desde o ponto de vista do uso da tecnologia diz Bonsiepe (2011) que na ideia da industrialização – além de aumentar o PIB – é um meio indispensável para democratizar o consumo e permitir, a um amplo setor da população, o acesso a um universo de produtos técnicos para melhorar a vida cotidiana em seus diferentes domínios: tarefas domésticas, saúde, educação, lazer, esportes, trans- portes, para mencionar apenas alguns.

Enquanto a política de industrialização, o pesquisador acima refe- rido constatou que, em todos os programas dos quais participou, principalmente no Chile, na Argentina e no Brasil, nenhum abarcou o setor da informação e da comunicação. Todos estavam direcionados ao desenvolvimento dos aspectos (hard), não aos aspectos (soft). Hoje, essa orientação mudou radicalmente. Uma política atualizada de industrialização deveria incluir a indústria da informação, para a qual o design da informação pode prestar serviços essenciais. Neste ponto surgem temáticas novas relacionadas ao design da comunicação com exigências cognitivas.

Consequentemente, é oportuno começar a identificar o con- texto latino-americano, com todas as vantagens e desvantagens que existem, para assim, continuar na construção ideológica entre os cida- dãos, deixando fora a existente possibilidade de um pré-conceito no interior da nossa cultura, o qual estabelece que a tecnologia trazida de fora seja sempre melhor, sobre todo no âmbito do design, contamos com a fortaleza dos artesãos e que nem sempre são valorizados con- forme a todas as implicações que envolvem à produção.

até improvisadas, elas estão ligadas às fortes raízes nativas que trans- cendem além da industrialização, da diversidade linguística, do fol- clore, assim como das formas de pensar, porém, podemos identificar que existem elementos que são incorporados à estrutura do design latino. Consolidando as especificidades que aporta cada cultura, desde o México na América do Norte, até a Argentina na América do Sul, com toda a complexidade envolvida entre camadas de diálogos, discussões e opiniões sobre a inovação e suas identidades. Esse último tópico, desde a perspectiva das ciências sociais referido por Bauman (2005), descarta a ideia da identidade como algo fixo, duradouro, fechado, próprio, essencial. Assim critica o slogan “Pensar globalmente, atuar localmente”, determina que “Não existem soluções locais para pro- blemas criados globalmente”. Para complementar aquela postura, Goytisolo (1985) entende que a identidade nos é revelada como algo que precisa ser inventado e não apenas descoberto, o que em outras palavras pode se entender que, identidades não são entidades escon- didas em algum segredo profundo, e sim algo que precisa ser criado, na terminologia do design, algo que precisa ser projetado.

O design nacional como identidade, tem-se manifestado principal- mente com ênfase no aspecto visual, apresentando-se de modo atra- ente no âmbito internacional ao criar um clima favorável, principalmente para investidores internacionais, irradiando numa identidade positiva, visando possíveis retornos financeiros, segundo Mark (1997). Alguns países latino-americanos se empenham em posicionar-se internacional- mente, tal é o caso do Uruguai, Nicarágua, Guatemala, Chile e Equador, promovendo a renovação de suas identidades. No caso do México, aplica-se uma política sistemática de identidade para marcar produtos de exportação, como o uso da logomarca para produtos premium, que estão submetidos a um controle de qualidade. Só quando um produto cumpre determinados critérios de qualidade, permite-se o uso da nova logomarca para embalagens de transporte e consumo, diferente de outros países que não programam um sistema de controle posterior de qualidade daqueles produtos, segundo diz Bonsiepe (2011).

FORÇA NO MERCADO DE NEGÓCIOS, CONTRA FRA-

No documento Ebook Design novos horizontes (páginas 189-191)