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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NO SEMIÁRIDO: UMA AVALIAÇÃO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO POLO

A MONTANTE ELO PRODUTIVO A JUSANTE

5 EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES SOCIOECONÔMICOS: POLO PETROLINA-JUAZEIRO VERSUS SEMIÁRIDO

5.3 Mercado de trabalho

Este item refere-se ao comportamento do mercado de trabalho do polo ante o do semiárido, apresentando dados relacionados ao montante de empregos formais, massa salarial e salário médio por trabalhador, tanto nos níveis agregados quanto nos setoriais. Diante da disponibilidade dos dados, cabe destacar que as séries usadas iniciam-se em 1985, isto é, após o período no qual tomaram impulso os investimentos públicos no polo, o que limita um pouco o peso da análise quanto à dinâmica do mercado de trabalho a partir do início das ações direcionadas ao polo. Contudo, ainda assim, é possível extrair conclusões relevantes.

Primeiramente, é possível destacar que o polo, embora contivesse pouco mais de 3% da população total do semiárido, possuía, em 2014, 6,3% dos empregos com carteira assinada gerados no semiárido. Como exposto na tabela 12, essa porcentagem equivale a um contingente de 206,4 mil trabalhadores formais, o que corresponde a 27,5% de sua população. Note, portanto, que, embora já expressivo em 1985 – com 6,1% dos empregos formais da região –, o polo elevou ainda mais sua relevância, constituindo-se, em 2014, como o maior responsável pela criação de empregos formais do semiárido, seguido por Feira de Santana (com 5,8%), Campina Grande (4,3%), Caruaru (3,5%) e Mossoró (3,0%).

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Desenvolvimento Territorial no Semiárido: uma avaliação a partir da experiência do polo Petrolina-Juazeiro

TABELA 12

Número de empregos no polo, no semiárido e em municípios selecionados (Em mil pessoas).

Local 1985 1990 2000 2010 2014 Crescimento 1985-2014 (% a.a.) Petrolina-PE 15,8 20,5 36,5 95,3 117,0 7,14 Juazeiro-BA 17,0 22,3 32,0 48,7 58,4 4,36 Restante do polo 4,9 5,8 10,0 27,8 31,1 6,62 Polo 37,6 48,6 78,5 171,8 206,5 6,05 Semiárido 618,5 798,4 1.185,1 2.709,1 3.280,9 5,92

Crescimento com relação ao período anterior (% a.a.)

Polo - 5,24 4,92 8,15 4,71 -

Semiárido - 5,24 4,03 8,62 4,90 -

Participação do número de empregos na população (%)

Polo 10,03 11,13 13,87 25,03 27,45 3,53

Semiárido 3,47 4,21 5,68 12,00 13,77 4,86

Participação do número de empregos no total de empregos do semiárido (%)

Polo 6,09 6,09 6,63 6,34 6,30 0,12 Feira de Santana-BA 7,43 7,09 6,08 5,78 5,77 -0,87 Campina Grande-PB 6,09 6,14 4,82 3,86 4,31 -1,18 Caruaru-PE 2,54 2,91 2,51 3,05 3,48 1,09 Mossoró-RN 3,18 3,33 3,36 3,09 2,97 -0,24 Total 25,32 25,55 23,39 22,12 22,82 -0,36

Fontes: MTE (Brasil, 2017d), Ipea (2017b) e Datasus (Brasil, 2017b). Elaboração dos autores.

Obs.: Taxas de crescimento referem-se à taxa equivalente anual de crescimento entre dois períodos (ex.: % a.a. entre 1985 e 1990, 1990 e 2000 etc.).

Analisando setor a setor, na tabela 13 vê-se o setor de serviços como o principal gerador de empregos, em 2014, tanto na economia do polo quanto na do semiárido – com participação de 41,9% e 40,2%, respectivamente. Por sua vez, no polo, a proporção de trabalhadores empregados no setor público era significativamente menor que a observada no semiárido – 13,7% contra 31,2%, em 2014 –, enquanto no setor agropecuário esta proporção era significativamente maior – 27,0% contra 5,6%. Inclusive, entre 1985 e 2014, marca no polo o crescimento da participação do setor agropecuário na geração de empregos na economia local – passando de 3,0% para 27,0%. Em compensação, o setor industrial destacou-se negativamente, ao apresentar, no mesmo período, queda de 57,2% – passando de uma participação de 41,2% no total de empregos para somente 17,4% –, fazendo com que a pro- porção de empregos gerados por este setor no polo ficasse abaixo da observada no semiárido – que contribuiu com 23,0% do número total de empregos, em 2014. Analisando a participação do polo no total de empregos gerados no semiárido, em 2014, o polo se sobressaía nos quatro setores, embora com maior ênfase no setor agropecuário, cujo peso relativo perante à região saltou de 6,6% para 30,4%.52 Também

52. Para se ter ideia dessa importância, juntos, em 2014, Petrolina (Pernambuco), com 31,4 mil empregados, e Juazeiro (Bahia), com 12,0 mil empregados, chegaram a empregar 4,8 vezes mais que o terceiro colocado em empregos da agropecuária no semiárido, Casa Nova (Bahia), com 9,1 mil empregados – este também pertencente ao polo.

no setor público, o polo apresentou-se, em 2014, como o principal empregador formal do semiárido (com 28,3 mil empregados), à frente do aglomerado de Juazeiro do Norte (Ceará), segundo maior empregador (com 20,4 mil). Quanto ao setor de serviços, em 2014, o polo ficou como segundo maior empregador (com 86,5 mil empregados), atrás apenas de Feira de Santana (Bahia), com 124,3 mil, mas à frente de Campina Grande (Paraíba), em terceiro lugar, com 84,3 mil. Por fim, referente ao emprego na indústria, em 2014, o polo ficou em quarta posição, atrás apenas de Feira de Santana (Bahia), com 55,7 mil empregados; Campina Grande (Paraíba), com 42,4 mil; e aglomerado de Juazeiro do Norte (Ceará), com 36,2 mil.

TABELA 13

Número de empregos por setor e participações no polo e no semiárido (Em mil pessoas)

Local 1985 1990 2000 2010 2014 Crescimento 1985-2014 (% a.a.) Setor público No empregos polo 5,9 2,9 8,3 24,0 28,3 5,54 No empregos semiárido 187,6 263,9 393,4 923,0 1.023,9 6,03 % polo/semiárido 3,15 1,10 2,12 2,60 2,76 -0,46 % setor/empregos polo 15,71 5,96 10,60 13,97 13,69 -0,47 % setor/empregos semiárido 30,33 33,05 33,20 34,07 31,21 0,10 Agropecuária No empregos polo 1,1 5,0 26,2 61,2 55,9 14,36 No empregos semiárido 16,6 32,9 86,5 180,8 183,8 8,64 % polo/semiárido 6,86 15,15 30,31 33,83 30,39 5,27 % setor/empregos polo 3,03 10,26 33,41 35,60 27,05 7,84 % setor/empregos semiárido 2,69 4,12 7,30 6,67 5,60 2,56 Indústria No empregos polo 15,3 15,9 15,6 26,1 35,9 2,98 No empregos semiárido 168,9 192,4 289,1 660,3 754,1 5,30 % polo/semiárido 9,06 8,28 5,39 3,96 4,76 -2,20 % setor/empregos polo 40,62 32,79 19,86 15,21 17,37 -2,89 % setor/empregos semiárido 27,30 24,10 24,40 24,37 22,98 -0,59 Serviços No empregos polo 14,8 21,7 28,4 60,5 86,5 6,29 No empregos semiárido 242,8 270,7 416,0 945,1 1.319,2 6,01 % polo/semiárido 6,08 8,00 6,82 6,40 6,56 0,26 % setor/empregos polo 39,21 44,58 36,12 35,22 41,90 0,23 % setor/empregos semiárido 39,26 33,90 35,10 34,88 40,21 0,08

Fontes: MTE (Brasil, 2017d), Ipea (2017b) e Datasus (Brasil, 2017b). Elaboração dos autores.

Obs.: 1. Taxas de crescimento referem-se à taxa equivalente anual de crescimento entre dois períodos (ex.: % a.a. entre 1985 e 1990, 1990 e 2000 etc.).

2. O setor público reúne seguridade social, administração, saúde e educação públicas. 3. O setor de serviços inclui as atividades comerciais e exclui as atividades do setor público. 4. O setor da indústria inclui as atividades de construção civil.

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Desenvolvimento Territorial no Semiárido: uma avaliação a partir da experiência do polo Petrolina-Juazeiro

No que tange à massa salarial, na tabela 14 nota-se que, embora o polo tenha apresentado perda de participação no total de salários da região semiárida – de 7,2% para 6,4%, entre 1985 e 2014 –, ao longo do mesmo período, o polo tornou-se a microrregião de maior relevância em termos da mesma variável, à frente de Feira de Santana (6,1%), Campina Grande (4,9%), Mossoró (3,9%) e Caruaru (3,3%).

TABELA 14

Massa salarial mensal no polo, no semiárido e em municípios selecionados (Em R$ milhões de dez./2016)

Local 1985 1990 2000 2010 2014 Crescimento 1985-2014 (% a.a.) Petrolina-PE 23,2 27,9 43,3 131,5 178,2 7,28 Juazeiro-BA 23,9 27,3 33,9 68,7 91,8 4,75 Restante do polo 5,7 5,2 9,1 31,2 43,6 7,27 Polo 52,8 60,5 86,3 231,4 313,5 6,33 Semiárido 734,1 820,2 1.178,9 3.497,5 4.919,4 6,78

Crescimento com relação ao período anterior (% a.a.)

Polo - 2,75 3,62 10,36 7,89 -

Semiárido - 2,24 3,69 11,49 8,90 -

Participação na massa salarial do semiárido (%)

Polo 7,19 7,37 7,32 6,62 6,37 -0,42 Feira de Santana-BA 8,26 8,39 7,97 6,20 6,05 -1,07 Campina Grande-PB 6,11 7,00 6,01 4,65 4,89 -0,77 Caruaru-PE 2,35 2,79 3,02 2,88 3,30 1,18 Mossoró-RN 3,33 3,58 4,32 4,36 3,95 0,59 Total 27,25 29,13 28,64 24,70 24,56 -0,36

Fontes: MTE (Brasil, 2017d), Ipea (2017b) e Datasus (Brasil, 2017b). Elaboração dos autores.

Obs.: 1. Massa salarial calculada pelo produto entre a média mensal das remunerações, o número de empregos no local e o salário mínimo real mensal (média de cada ano), este em valores de dezembro de 2016, corrigidos conforme critérios definidos em Ipea (2017d).

2. Taxas de crescimento referem-se à taxa equivalente anual de crescimento entre dois períodos (ex.: % a.a. entre 1985 e 1990, 1990 e 2000 etc.).

Analisando setor a setor, na tabela 15 nota-se uma dinâmica semelhante à observada na tabela 14, referente à evolução de empregos. Entre 1985 e 2014, a performance do setor agropecuário do polo se sobressaiu, vendo sua participação no total de salários pagos evoluir de 2,2% para 18,0%, frente a uma evolução mais modesta do semiárido, passando de 2,2% para 4,0% no mesmo período. Tal intensidade fez com que o polo passasse a contribuir com 28,4% da massa salarial do setor no semiárido, em 2014, contra 7,1%, em 1985 – evolução de 302,9%. Por seu turno, os setores público e industrial do polo reduziram suas participações no total de salários pagos no semiárido, com quedas de 51,1% e 47,4%, respectivamente. Porém, especificamente no que se refere ao setor público, é possível visualizar elevação do peso do setor na massa salarial do próprio polo, embora de forma mais modesta que a evolução observada no semiárido – passando de 10,0% para 19,7% no polo,

contra uma evolução de 9,7% para 34,9% no semiárido, entre 1985 e 2014. Já o setor industrial viu, tanto no polo quanto no semiárido, uma queda acentuada de seu peso frente aos demais setores, embora de forma mais intensiva no polo – passando de 40,6% para 17,8%, contra uma variação de 30,4% para 22,5% no semiárido, entre 1985 e 2014. Por sua vez, o setor de serviços manteve sua forte relevância, permanecendo como o principal setor em geração de empregos, tanto no polo quanto no semiárido, embora o polo tenha elevado sua participação no setor frente ao semiárido – passando de 5,6% para 7,3%, entre 1985 e 2014.

TABELA 15

Massa salarial mensal por setor e participações no polo e no semiárido (Em R$ milhões de dez./2016)

Local 1985 1990 2000 2010 2014 Crescimento 1985-2014

(% a.a.) Setor público

Massa salarial polo 5,3 3,5 10,1 48,6 61,9 8,87

Massa salarial semiárido 71,6 88,0 334,7 1.258,4 1.717,7 11,58

% polo/semiárido 7,36 4,01 3,01 3,86 3,60 -2,43

% setor/massa polo 9,98 5,83 11,67 21,02 19,74 2,38

% setor/massa semiárido 9,75 10,73 28,39 35,98 34,92 4,50

Agropecuária

Massa salarial polo 1,2 3,6 17,9 55,8 56,5 14,32

Massa salarial semiárido 16,5 24,0 60,1 171,8 198,6 8,96

% polo/semiárido 7,06 15,05 29,84 32,46 28,44 4,92

% setor/massa polo 2,21 5,97 20,77 24,11 18,02 7,51

% setor/massa semiárido 2,25 2,93 5,10 4,91 4,04 2,04

Indústria

Massa salarial polo 21,4 20,0 20,8 37,9 55,9 3,36

Massa salarial semiárido 222,8 215,9 313,3 848,6 1.105,9 5,68

% polo/semiárido 9,61 9,26 6,65 4,46 5,06 -2,19

% setor/massa polo 40,56 33,05 24,14 16,37 17,84 -2,79

% setor/massa semiárido 30,36 26,32 26,58 24,26 22,48 -1,03

Serviços

Massa salarial polo 23,2 28,1 37,5 89,1 139,2 6,38

Massa salarial semiárido 417,1 448,6 470,8 1.218,6 1.897,1 5,36

% polo/semiárido 5,56 6,26 7,96 7,31 7,34 0,96

% setor/massa polo 43,89 46,46 43,42 38,50 44,40 0,04

% setor/massa semiárido 56,83 54,70 39,94 34,84 38,56 -1,33

Fontes: MTE (Brasil, 2017d), Ipea (2017b; 2017d) e Datasus (Brasil, 2017b). Elaboração dos autores.

Obs.: 1. Massa salarial calculada pelo produto entre a média mensal das remunerações, o número de empregos no local e o salário mínimo real mensal (média de cada ano), este em valores de dezembro de 2016, corrigidos conforme critérios definidos em Ipea (2017d).

2. Taxas de crescimento referem-se à taxa equivalente anual de crescimento entre dois períodos (ex.: % a.a. entre 1985 e 1990, 1990 e 2000 etc.).

3. O setor público reúne seguridade social, administração, saúde e educação públicas. 4. O setor de serviços inclui as atividades comerciais e exclui as atividades do setor público. 5. O setor da indústria inclui as atividades de construção civil.

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Desenvolvimento Territorial no Semiárido: uma avaliação a partir da experiência do polo Petrolina-Juazeiro

Na tabela 16, percebe-se que o salário médio mensal no polo, embora histo- ricamente acima da média do semiárido, apresentou uma dinâmica de crescimento inferior ao longo do período analisado – fazendo com que seu valor, 18,2% acima da média do semiárido em 1985, passasse para apenas 1,2% superior em 2014. Tal desempenho se deve, em grande medida, ao crescente peso do setor agropecuário na economia do polo, como já comentado, cujos salários médios encontravam-se, em 2014, em patamares bem abaixo dos observados nos demais setores de sua economia – 66,6% da média mensal do polo. Inclusive, ressalta-se o fato de este ser o único setor do polo que possui média salarial abaixo da observada no semiárido – equivalente a 93,6%, em 2014.

Por sua vez, tanto no polo quanto no semiárido, o setor público foi o que mais evoluiu entre 1985 e 2014 – 145,7% e 339,9%, respectivamente. Com isso, em ambas as localidades, deixou de ser o setor de menor salário médio para ser o de maior – representando, em 2014, 144,2% e 111,9% do salário médio do polo e do semiárido, respectivamente. Ainda quanto ao setor público, em 2014, o polo apresentava média salarial superior à do semiárido – equivalente a 130,5%. De modo semelhante, os setores industrial e de serviços do polo também possuíam, em 2014, média salarial acima da observada no semiárido – 106,3% e 111,9%, respectivamente. Contudo, entre 1985 e 2014, embora o setor industrial tenha mantido aproximadamente inalterada esta proporção, o setor de serviços viu o polo aumentar em 22,4% a média de seu salário frente ao observado pelo mesmo setor no semiárido – passando de 91,4% para 111,9% no período. Ainda em 2014, no polo, ambos os setores possuíam salários médios acima da média observada na própria microrregião – em 106,0% e 102,7%, respectivamente –, enquanto no semiárido ambos estavam abaixo da média – 95,9% e 97,8%.

TABELA 16

Salário médio mensal por setor e participações no polo e no semiárido (Em R$ de dez./2016)

Local 1985 1990 2000 2010 2014 Crescimento 1985-2014

(% a.a.)

Salário médio polo 1.402,78 1.244,51 1.099,55 1.346,85 1.518,03 0,27

Salário médio semiárido 1.186,77 1.027,30 994,75 1.290,98 1.499,38 0,81

% polo/semiárido 118,20 121,14 110,54 104,33 101,24 -0,53

Setor público

Salário médio polo 891,21 1.216,63 1.210,04 2.026,18 2.189,70 3,15

Salário médio semiárido 381,37 333,39 850,61 1.363,43 1.677,65 5,24

% polo/semiárido 233,69 364,93 142,26 148,61 130,52 -1,99

% setor/salário médio polo 63,53 97,76 110,05 150,44 144,25 2,87

% setor/salário médio semiárido 32,13 32,45 85,51 105,61 111,89 4,40

Local 1985 1990 2000 2010 2014

Crescimento 1985-2014 (% a.a.) Agropecuária

Salário médio polo 1.022,28 724,78 683,48 912,22 1.011,43 -0,04

Salário médio semiárido 992,90 729,96 694,25 950,55 1.080,78 0,29

% polo/semiárido 102,96 99,29 98,45 95,97 93,58 -0,33

% setor/salário médio polo 72,88 58,24 62,16 67,73 66,63 -0,31

% setor/salário médio semiárido 83,66 71,06 69,79 73,63 72,08 -0,51

Indústria

Salário médio polo 1.400,80 1.254,30 1.336,34 1.449,17 1.559,27 0,37

Salário médio semiárido 1.319,59 1.122,00 1.083,76 1.285,08 1.466,50 0,36

% polo/semiárido 106,15 111,79 123,31 112,77 106,33 0,01

% setor/salário médio polo 99,86 100,79 121,54 107,60 102,72 0,10

% setor/salário médio semiárido 111,19 109,22 108,95 99,54 97,81 -0,44

Serviços

Salário médio polo 1.570,06 1.297,03 1.321,72 1.472,43 1.608,61 0,08

Salário médio semiárido 1.717,79 1.657,63 1.131,71 1.289,49 1.438,14 -0,61

% polo/semiárido 91,40 78,25 116,79 114,19 111,85 0,70

% setor/salário médio polo 111,92 104,22 120,21 109,32 105,97 -0,19

% setor/salário médio semiárido 144,74 161,36 113,77 99,88 95,92 -1,41

Fontes: MTE (Brasil, 2017d), Ipea (2017b; 2017d) e Datasus (Brasil, 2017b). Elaboração dos autores.

Obs.: 1. Taxas de crescimento referem-se à taxa equivalente anual de crescimento entre dois períodos (ex.: % a.a. entre 1985 e 1990, 1990 e 2000 etc.).

2. Salário médio mensal é calculado pela divisão entre a massa salarial (em R$ de dezembro de 2016) e o número de empregos. 3. O setor público reúne seguridade social, administração, saúde e educação públicas.

4. O setor de serviços inclui as atividades comerciais e exclui as atividades do setor público. 5. O setor da indústria inclui as atividades de construção civil.

Portanto, destaca-se que, apesar de todo o dinamismo do polo no setor agropecuário, o fato de este empregar uma grande parcela de seus trabalhadores (27,0% contra 5,6% do semiárido, descrito na tabela 13), atrelado ao seu salário médio estar em um patamar bem abaixo da média salarial observada (descrito na tabela 16), justifica, em grande medida, a razão de sua maior desigualdade (descrita na tabela 11).