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MISTÉRIOS DO NÚMERO QUATRO “ TODO DESEJO QUE NÃO DOMI-

No documento Os Números (páginas 82-86)

NAMOS NOS DOMINAM ”

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N

esta palestra vamos estudar alguns aspectos do número quatro, que intitulamos “Mistérios do Número Quatro”. Mistério porque são revelações pouco conhecidas, portanto constituem-se mistérios para os não iniciados.

O

s números zero, um, dois e três dizem mais ao plano superior, ou ao nível abstrato das coisas, enquanto que o número quatro relaciona-se mais com o mundo inferior, assim é que vamos encontrá-lo mais diretamente ligado às manifestações da natureza ao nível da matéria densa. Os números Um, Dois e Três não se manifestam no mundo material a não ser no sentido de contagem de coisas, mas não na natureza das coisas.

S

egundo certas linhas de pensamento, o número quatro ainda não faz parte do mundo material, pois UM – DOIS - TRES, não seria a Unicidade, desde que não é Um, pois Um é parte dela. Assim a trindade seria o equivalente ao QUATRO, mas isto se trata de uma especulação metafísica, pois na realidade na sentido prático o número que se segue à Trindade é o quatro. Para contornar isso podemos dizer que a Trindade não é UM conjunto dos três primeiros números, mas um conjunto.

M

uito freqüentemente há referências ao número quatro como sendo o número da estabilidade e do equilíbrio. De certa forma isto é verdade, mas queremos salientar que se trata do equilíbrio das coisas densas, das manifestações materiais. As coisas materiais freqüentemente necessitam de 4 pontos de apoio. O menor número de pontos de apoio que ao mesmo tempo oferece maior equilíbrio para uma cadeira, para uma mesa e para coisas assim, é sem dúvidas quatro.

O

corpo humano equilibra-se em duas pernas enquanto que os seres mais inferiores necessitam de pelo menos 4 pernas, ou de grande parte da superfície do próprio corpo, como acontece com os rastejantes.

A

representação gráfica plana do número 4 é o quadrado. Na realidade o quadrado é formado por 4 semi-retas e a sua projeção espacial é a pirâmide de quatro faces que contém 4 arestas opostas 2 a 2, por sua vez delimitando 4 faces triangulares. As faces que são projeções do quadrado se opõem duas a duas e isso tem muita significação como veremos depois.

J

á estudamos em diversas palestras a lei da polaridade que simbolicamente é representada por uma linha reta. Todas as coisas detectáveis são constituídas por bipólos, isto é, são polarizadas (Feio/ bonito; Pequeno/ grande; Frio/ quente, etc.).

A

s manifestações da natureza, via de regra, se apresentam como dois bipólos, assim sendo manifestam-se no mistério 4 (mistério porque não se sabe o porquê das manifestações básicas da natureza se processarem através de dois bipólos, formando 4 elementos).

N

a constituição das coisas se faz presente o mistério três, enquanto que as

manifestações na natureza obedecem ao mistério quatro, somente no quarto nível é que as

coisas podem se tornar concretas, objetivas.

O

s sábios de um passado remoto diziam que o mundo material era o resultado da ação de quatro elementos essenciais: Fogo, terra, água, ar.xxxiii

O

mundo material está concretamente constituído por esses quatro elementos. Embora pareça isso algo absurdo, queremos dizer que não foge muito ao que a própria ciência ensina com outras palavras. Ela diz que a terra inicialmente foi uma bola gasosa (ar) muito quente (fogo) e que ao esfriar se formaram os elementos que se organizam formando a terra. Dos vulcões primitivos saíram os gases que deram origem ao ar assim como o vapor que deu origem à água. Da interação dos elementos constitutivos desses quatro princípios todas as coisas surgiram.

A

ssim vemos que a primeira estruturação do mundo denso já foi estabelecido segundo o mistério quatro (lei do quatro).

A

natureza se manifesta em quatro aspectos: Sólido/ Líquido/ Gasoso / Radiante (atualmente a ciência em vez do nome radiante usa a palavra plasma). Existem 4 reinos: Mineral / Vegetal, Animal e Hominal xxxiv.

A

natureza manifesta as coisas por um desses 4 estados: Quente / frio / seco / úmido.

Os pontos cardeais são quatro: Norte / Sul / Leste / Oeste. Onde quer que estejamos a nossa mente identifica: Para diante / para trás / para um lado / para o outro lado.(esquerda e direita).xxxv

N

a Atlântida a ciência conhecia e utilizava muito bem a propriedade dos números, a manifestação dos números no universo. Atualmente a ciência oficial deixou de dar valor ao lado esotérico dos números passando a utilizá-los somente no sentido de contagem e determinação, o que na realidade apenas diz respeito a algumas das propriedades dos números. A realidade e as propriedades mais transcendentais são desconhecidas e inaceitas pela ciência oficial.

A

projeção tridimensional do quadrado forma a pirâmide de 4 faces que é o resultado da união do quaternário (quadrado) com o ternário (triângulo).

N

a fig.1 vemos um quadrado com um ponto no meio que é a representação plana de uma pirâmide de 4 faces. A figura 2 mostra a pirâmide vista de cima.

xxxiii

Esses 4 elementos são divulgados a partir dos filósofos gregos, embora que o orientais mencionam o 5º elemento denominando-o de Akash. Mas o estudo desse assunto nos mostra que o Akash não pode ser conceituado como material, e sim como um estado intermediários entre o material e o etéreo (energia).

xxxiv

A ciência inclui o homem no reino animal, mas na realidade a gênero quando pode e deve ser considerado um quarto reino.

xxxv

Com esses 4 dados a pessoa se orienta na superfície da terra, enquanto que além do plano material ele existe a necessidade de uma outra medida, que é o tempo conforme mostra a Teoria da Relatividade.

A

gora façamos o seguinte: Rebaixemos a pirâmide, isto é, direcionemos o seu ápice no sentido da base e teremos a representação da fig. 3.

C

ada face de uma pirâmide representa um dos pólos de um bipólo, como por exemplo: Se uma face é Norte a outra necessariamente é Sul; se uma é Leste a outra é Oeste.

T

ambém podermos fazer o inverso, estender a pirâmide, afastando o ápice cada vez mais. Assim ela tende para infinito, situação em que as 4 faces tornam-se única, ou seja, o descontinuo (quatro faces) torna-se continuum (infinito) – o UM adimensional. Isto mostra que o mundo objetivo – imanente – (multiplicidade) está contido no Transcendente (UM).

T

ambém se pode entender a razão da grande importância deste sólido geométrico dada por muitas culturas avançadas da antiguidade, em especial pela egípcia. A pirâmide une o material – imanente – ao imaterial – Transcendente. Une a base quatro – mundo material - ao um – mundo transcendental. É daí a tremenda capacidade energética que pode ser manifestada pela forma piramidal. Ela é um elo entre os dois “mundos” e assim canaliza a essência energética do nível transcendental para o material, portanto age como ponte de união entre a força creadora e creação.

A

gora alonguemos a pirâmide, distanciemos o seu vértice e sentiremos que haveria um ponto em que as 4 condições serão apenas UMa. Seja qual for a manifestação da natureza acontece sempre o mesmo, tudo converge para um ponto infinito onde, por mais diversas que sejam as coisas todas confluem para um ponto em que se unificam, tornam-se UM o que equivale ao movimento de unificação, a descontinuidade tendendo para a unicidade. O inverso é a dispersão, pois tanto mais a pirâmide se alonga mais os seus 4 elementos constitutivos se distanciam, se diferenciam, se dispersam; por isso as coisas da natureza são tanto mais diferenciadas quanto mais distantes estiverem da condição de infinito, onde elas são apenas Um. Tanto mais distanciadas mais densas, ou afastadas do Um (Unicidade tendendo para a descontinuidade).

V

ejamos que os valores expressos pelo “quatro” dentro da creação tende para a descontinuidade, para a desunificação, para o afastamento, para o oposto ao UM.

E

xaminando-se a fig.1 vemos que a natureza se apresenta a partir do ápice e que este ápice tem origem no infinito, portanto tudo vem do UM, do contínuo, do uniforme, do indiferenciado, para o descontinuo, para o não uniforme, para o diferenciado.

P

ela Fig. 4 podemos evidenciar dois posicionamentos distintos. Em A as coisas confluem no sentido do plano superior enquanto que em B ocorre o inverso. A figura mostra como o quatro pode direcionar para a positividade ou para a negatividade.

Fig.4

P

ela fig. 4 podemos ver o duplo sentido possível da pirâmide. A pirâmide A ao ser alongada dimensiona-se para o Superior, ascende e chega ao UM; as coisas, por mais distintas que sejam, unem-se no UM. O que é deveras chocante para muitos, mas não para os autênticos iniciados, é que o mesmo acontece com a pirâmide B mostra o inverso.

Fig. 5

P

or esta razão é que o número quatro é considerado um número perigoso. Não se pode dizer que se trata de um número nefasto, mas sim que ele envolve duas possibilidades opostas.

E

ste esquema e que ele representa tem uma seriíssima implicação mística, algo que cada um deve descobrir por si mesmo. Não vamos citar qual a conclusão que se pode chegar, pois para o discípulo poder entendê-la é preciso que ele antes haja assimilado certos ensinamentos da Segunda Câmara de Amenti – Câmaras Herméticas.

No documento Os Números (páginas 82-86)