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A POLARIDADE ANTE O INFINITO “O GRADE SEHOR DO AMOR EM BREVE APARECERÁ,

No documento Os Números (páginas 60-63)

MAS MUITAS COISAS DEVEM SER FEITAS ANTES QUE ELE POSSA COMEÇAR.... DESPERTAI FILHOS DA LUZ”.

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T E M A 0.5 7 1

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as palestras mais recentes vimos que o mundo comporta-se como uma sucessão de espelhos que refletem uma incontável quantidade de coisas e situações. Vimos que do UM emanaram todos os demais números; em outras palavras, de Deus Creador – Ayin Sof Eor – emanou tudo quanto há no universo creado. Vimos que as emanações constituem as coisas existentes e que estas estão umas mais e outras menos afastadas da origem. Simbolicamente as coisas são espelhos nos quais se podem “ver” as “qualidades” do Poder Superior”.

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gora vejamos o que aconteceria se fosse possível dois pólos se aproximarem a um nível zero? - Claro que, em tal situação, coisa alguma restaria daquilo que antes fora algo representado pelo bipolo, pois uma das condições anularia à outra e sendo assim a coisa deixaria de existir. Na realidade coisa alguma correspondente àquele bipolo restaria para ser objetivamente conscientizado pelo observador. Por certo coisa alguma daquele bipolo continuaria a ter existência para ele. A coisa representada pelo bipolo que se anulou “sumiria” do mundo, voltaria à condição de NADA – Ao menos a do Imanifestável. Agora consideremos uma situação mais ampla. Suponhamos que isto ocorresse com todas as coisas do universo? - Naturalmente coisa alguma restaria, portanto o próprio Universo deixaria de existir. Então onde estaria o observador consciente se não mais existisse o Universo? Onde estaria ele, desde que não mais existisse o mar de espelhos no qual se ref lete a existência objetiva? Só restaria uma possibilidade, no Infinito, no Nadaxx.

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is uma observação maravilhosa, por este simples exemplo podemos perceber que a unificação das polaridades tira a pessoa (pessoa apenas como observador consciente) do mundo e a leva ao nível do Poder Superior. Naquele hipotético ponto, evidentemente estaria o Poder Superior, o infinito exatamente aonde todas as polaridades extinguem-se mutuamente, e assim nem mesmo espaço, nem mesmo tempo cronológico, nem mesmo vibração, nem mesmo quaisquer dos Princípios Herméticos estriam presentes. Nesta palestra veremos coisas bem interessantes a respeito desse infinito.

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caminhada do desenvolvimento espiritual se faz desse modo, aproximando-se as polaridades, anulando-as polaridades. Pela “Árvore da Vida” vemos que existem dois tipos de polaridade, uma é aquela estabelecida entre a coluna da direita e a da esquerda e a outra é aquela entre Kether e Malkut. Quando todas as polaridades laterais anulam-se, diz-se que a pessoa atingiu o caminho do meio, o equilíbrio. Mas podemos ver que esse equilíbrio ainda não é o verdadeiro, desde que ainda permanece a polaridade Kether / Malkut. ( Vide Fig.2) Somente com a extinção desta polaridade é que se chega ao Equilíbrio Verdadeiro e ai é o Poder Superior.

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ada etapa vencida, cada purificação, significa a atenuação de uma polaridade, ou seja, a aproximação das duas colunas laterais da “árvore” para o linha do meio. Quando o espírito purifica-se

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todas as polaridades estão extremamente unidas a um ponto tal que pode ser considerada uma linha, exatamente a linha do equilíbrio, também chamada de coluna do meio.

Fig. 1 Fig. 2

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emos que entender que, por mais que os pólos aproximem-se jamais eles se anularão a nível zero, a não ser no infinito (Paradoxo de Zenão). Mas, mesmo que não ocorra uma anulação total em nível de mundo imanente, contudo há um limite imensamente pequeno que não pode ser levado em conta a não ser em nível de um potencial.

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anulação da polaridade, da aproximação das colunas laterais, corresponde à anulação do mundo, isto é a eliminação dos espelhos, ou seja, a iluminação.

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udo que consideram errado surgiu com a multiplicidade, ou seja, com as polarizações e assim sendo a anulação das polaridades eqüivale à purificação.

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as, por mais “fina” que seja a linha central ela, mesmo assim, ainda existe, mesmo que seja em potencial. Essa aproximação das polaridade não implica na aproximação total pois ainda resta a segunda polaridade Malkut - Kether. Esta fase corresponde à cientificação. A anulação da polaridade longitudinal corresponde à onisciência, então tudo estará resumido a um ponto. Mas, podemos perceber que, por mais haja a aproximação entre Malkut e Kether, mesmo assim não há anulação absoluta. Acontece o mesmo que da anulação das polaridades laterais. Quando tal ocorrer restará um ponto incomensuravelmente pequeno, mas mesmo assim nele ainda estarão contidos todos os conhecimentos e todas as qualidades. Este é aquele ponto totipotente do inicio da criação.

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egundo a maneira de ver da D.R.D. (Doutrina do Reflexo Divino também chamada de

Doutrina dos Espelhos) corresponde a uma situação em que os espelhos não haverão desaparecido,

porém eles estarão tão unidos que praticamente não se reflete imagem alguma, mas, assim mesmo, eles continuam presentes. Desta maneira se viesse a ocorrer um novo afastamento tudo voltaria a ser como antes. Isto acontece com todo o Universo naquela situação que as Doutrinas Védicas chamam de “Respiração de Brahmâ”

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elo que mostramos é fácil notar que no universo inexistem tanto a pureza absoluta quanto a onisciência absoluta. Estas condições não têm como existir dentro do universo; somente elas podem ser absolutas fora do universo, portanto ao nível do Poder Superior, mas o paradoxal é que, como veremos depois, a rigor também não existe o “fora do universo”.

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gora pensemos no seguinte: Por mais aproximado que estejam as polaridades, por mais “fina” que seja a linha entre Malkut e Kether, elas jamais se anulam, mas há um limite além do qual pode ser considerado nulo, mas só em função de um determinado observador. Isto depende do

“tamanho” do observador, desde que assim como as polaridades podem se estreitar, a distância e o espaço diminuir de uma forma ilimitada, assim também o “observador consciência ” o pode também, de forma a sempre poder situar-se entre os espelhos por mais próximos que eles estejam.

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uando dois espelhos aproximam-se além de certo limite, não se pode mais observar nada neles, mas isto somente acontece porque o observador não consegue situar-se entre eles, mas, acontece que, assim como os espelhos podem se aproximar “ad infinitum”, assim também pode acontecer com relação ao observador; isto é, a consciência pode ir se amoldando à distância entre as polaridades de forma a sempre poder estar presente entre elas. As duas colunas aproximam-se progressivamente “ad infinitum”, mas o mesmo pode também acontecer com o “observador consciência”. Nos espelhos, na realidade as imagens só desaparecem em função de um determinado observador não poder situar-se entre eles, por não “caber” lá; mas sempre que um observador puder situar-se entre dois espelhos os reflexos continuarão presentes tal como acontece neste plano em que vivemos.

P

elo que dissemos, e segundo o Paradoxo de Zenon, desde que a diminuição da distância entre os espelhos e a do observador ocorram segundo um mesmo índice, por certo jamais chegam a um ponto de total anulação.

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mesmo raciocínio pode ser desenvolvido com relação à polaridade Malkut - Kether. Os pólos, mesmo que se aproximem ainda resta alguma distância a ser dividida “ad infinitum”.

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que expusemos nos conduz a uma seriíssima condição. Se os pólos que são a creação não se anulam consequentemente aquilo que chamamos de creação não tem como se extinguir e sendo assim como voltar ao Poder Superior?xxi...

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ASPECTOS DA MULTIPLICIDADE

No documento Os Números (páginas 60-63)