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Exemplo da análise de conteúdo de algumas categorias e subcategorias

L.3 Modo de trabalho e de relacionamento com a

comunidade

E depois, acho que a equipa também não fez o trabalho de casa como deve ser. Tenho de admitir os erros, acho que a comissão podia ter tido outra dinâmica e podia ter melhorado um pouco, não sei o quanto é que podia, mas visto hoje a esta distância acho que podia. Acho que se tem começado a envolver logo as pessoas nem que fosse de uma forma muito simples, muito indireta, muito subtil, que as pessoas aos poucos fossem sendo ouvidas, a pessoa depois de ser ouvida várias vezes acaba por responder./19(E2)

-Centralização do processo de autoavaliação na equipa e reduzido envolvimento dos atores.

[Foi questionado se tem havido um envolvimento dos atores no processo de autoavaliação] Tem, para já a equipa é composta por várias pessoas. Acho que sim, mas se calhar não estarei em posição de conseguir responder abertamente. Os inquéritos são feitos pela equipa, mas não conheço aquele trabalho, não sei se houve ajuda, digamos assim, no inquérito ao encarregado de educação. Não sei se houve determinados encarregados de educação que ajudaram a, não sei se houve./39 (E3)

Envolvência, eu confesso que acho que não há. Deveria haver sim. Mas se calhar nós acabamos por pecar por isto, nós fazemos os inquéritos, nós conhecemos os resultados desses inquéritos, mas depois o feedback nós vemo-lo no dia-a-dia. Lá está se calhar precisamos de estar demasiado envolvidos para ver esse feedback, vimos que realmente fomos ouvidos, porque no nosso dia-a-dia vá aparecer uma ou outra coisa que vimos, olha afinal ouviram-me e isto mudou. Agora envolvência acho que não há, agora que nós acabamos por conhecer e estarmos sofrendo estas coisas todas, acabamos por sim. /41(E3)

Quanto ao “processo de autoavaliação em fase incipiente” não sei responder, pois não conheço o trabalho da equipa./6 Em relação a “apenas os pais e

encarregados de educação foram auscultados no processo de autoavaliação” pois lá está, naquela altura no conselho geral não foram apresentados os resultados dos questionários dos alunos, mas depois nós viemos a saber no conselho geral que também tinham realizado aos alunos o tal questionário. Não sei como é que eles fazem porque nunca estou aqui na escola e então não vejo./7 Quanto aos “resultados da autoavaliação não

foram divulgados à comunidade” nós temos reunião de departamento e não foi discutido nada da autoavaliação, todas essas informações foi apenas no conselho geral que tive conhecimento. /8(E5)

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Mas é assim também há o site do agrupamento e penso que isso está tudo divulgado lá, penso que as pessoas a quererem ter mais conhecimento, têm essa informação, a seguir se estiverem interessados também rapidamente tomam esse conhecimento. O envolvimento é sempre bom para se ter conhecimento, eu desde que vim para o conselho geral tenho mais noção do funcionamento do agrupamento do que quando não estava lá, se calhar estava muito mais alheia do que estou neste momento. Acho que todos nós devíamos ter essa noção para sabermos de como é difícil trabalhar e gerir um agrupamento./11(E5)

(…) Pareceu-nos que na altura seria bom aplicar aos professores, mas os professores estavam também num processo de avaliação, e irmos mexer no mesmo, virámo-nos para os encarregados de educação. E então optámos por começar pelos encarregados de educação e decidimos avançar por aí e depois é que íamos aos professores. Daí ser mais moroso./13(E2)

-Apenas os encarregados de educação e os alunos foram auscultados no processo. Relativamente a “apenas os pais e EE foram

auscultados no processo de autoavaliação” foi o que tinha sido./22 (E2)

Tenho de reconhecer que no primeiro inquérito nós ignorámos o projeto educativo, assumidamente, mas neste inquérito que estamos a elaborar para aplicar aos professores ele esteve sempre ali connosco. (…) /15(E2)

-Elaboração no presente ano letivo do questionário a aplicar ao pessoal docente.

Mesmo agora quando disse aos delegados que mandei parte do inquérito, que é para aplicar aos professores sobre o espaço aula/escola, para eles darem uma opinião, eles ainda não deram, mas já disseram ainda bem que mandaste que eu depois vou responder. É assim, isto aqui há alguns anos eram capazes de dizer: “eh pá que chatice, o que é que tu queres, vens cá moer”. A atitude era diferente, agora acho que as pessoas estão mais recetivas e que percebem a necessidade e a inevitabilidade de que isto vai ter outra forma e vai ter outro caminho./4(E2)

-Envio aos delegados de grupo dos questionários a aplicar ao pessoal docente para

auscultação da sua opinião.

Nós fazemos os planos de ação entregamos eles são aprovados, ou não são sequer criticados, são dados como aceites, mas acho que devia de haver depois, no pós relatório de autoavaliação, uma ligação mais estreita entre a equipa e a direção. (…) Da nossa parte também não tem havido insistência, também tem havido algum comodismo. Ficamos satisfeitos, está aqui o nosso trabalhinho feito, ninguém nos criticou assim nada que nos melindre e então está feito, está entregue, está o dever cumprido./32 (…) É sempre um

grupo que tenta fazer o melhor, vamos fazer aquilo e pronto./33 Não é um grupo que diga que tenha ambição,

nós temos ambição vamos fazer muito mais do que isto, vamos envolver muito mais as pessoas, em termos conceptuais pesquisar, vamos à procura, vamos ver(…)/34(E2)

-A equipa limita-se a dar cumprimento ao seu plano de trabalho - atitude de

acomodação

Não chegou a ser uma verdadeira equipa, sejamos claros, não chegou a ser uma equipa que funcione com o espírito de equipa. Hoje não pode aquele, amanhã não pode aquela, e o trabalho tem de avançar, e eu vou avançando e as pessoas quando o trabalho já está neste ponto, olha ali, olha aqui e ok está feita. /45 (E2)

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Acho que foi útil para o nosso trabalho, mas aliás o trabalho é sobretudo do coordenador da equipa, aliás ele se não dá mais é porque não pode, ele é incansável./6(ND)

-Centralização do trabalho no coordenador da equipa.. (…) Se a equipa tivesse horas destinadas só para, eu

acho que o trabalho se calhar não caia tanto no coordenador da equipa, e se calhar era distribuído de uma melhor forma. (...)./17 (ND)

Na altura dos inquéritos aos alunos toda a comunidade sabia que estes alunos iam responder aos inquéritos e, logicamente, para responderem alunos menores os encarregados de educação tinham de estar informados desta situação e os diretores de turma procederam a toda uma divulgação desta questão dos inquéritos. Os resultados dos inquéritos aos alunos penso que não foram divulgados à comunidade./40 (E3)

-Distribuição através dos diretores de turma dos questionários/autorizações de auscultação da opinião dos EE e dos alunos.

O processo de autoavaliação foi falado em reunião de departamento, o que tem sido feito, mas às vezes eu não registo, realmente é falado e vi o colega da equipa com os inquéritos aos encarregados de educação, e distribui e recolhi, mas realmente eu não me imiscui muito, porque é assim mesmo, não me imiscui muito na questão do feedback que ele teve dos encarregados de educação./6(E4)

E também acho que o nosso trabalho devia ser divulgado numa página, assim em geral, para todos os encarregados de educação e toda a comunidade que tenha interesse em ir à nossa página e ver./8(ND)

-Falta de divulgação do trabalho da equipa à comunidade educativa. Acho que a nossa avaliação devia estar em termos

informáticos divulgada na página da escola e se calhar também comunicar nas reuniões dos encarregados de educação, porque fala-se mais no aluno X e no aluno Y, que se comporta assim e comporta-se, e não se fala numa avaliação global da organização. (…) /15(ND)

O envolvimento da comunidade não tem existido porque as pessoas nem se quer sabem disto, a maior parte delas sabem lá que existe uma comissão de avaliação interna, e que é preciso fazer um relatório e tomar ações./39(EE)

Se quer que lhe diga não tenho bem a noção se anteriormente existia ou não processos de avaliação interna na escola, porque eu também só integrei esta comissão a meio do ano letivo passado e não sei se já era prática deste agrupamento a avaliação interna./25(EE)

-Ausência de colaboração da associação de pais no processo de autoavaliação da escola (1ª fase).

Antes de mim também não estava nenhum encarregado de educação, a equipa era só composta por docentes e não docentes. Porque de facto nós não tínhamos conseguido ninguém, nós associação de pais, para representar os encarregados de educação./34(EE)

-Representação na equipa de um elemento da associação de pais apenas após a AEE.

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O encarregado de educação é um bom elemento, é psicóloga, e portanto é ótimo e foi uma mais-valia para o grupo, mas foi uma mais-valia porque nós insistimos e insistimos. (…) Ela acabou por vir, já muito tarde, e julgo que veio por nós pressionarmos e também pela apreciação da avaliação externa./24 Julgo que aqui a

direção se terá defendido pelo fato de não ser responsabilidade direta da direção a existência ou não do respresentante, isso faz parte da associação de pais. Mas depois apareceu, se consequência direta da AEE ou se pressão maior da direção para que, ela apareceu e é ativa e colabora./25(E2)

-Colaboração ativa do EE elemento da equipa. Não sei, porque também não me lembro de ter visto

nenhum documento, ou nenhuma orientação escrita, sobre como o processo de avaliação estava a ser feito. Portanto, eu entro num momento em que já há reuniões a decorrer, nem sequer vi as atas das reuniões anteriores, nem nenhum documento orientador do processo de avaliação, portanto participo sobretudo na discussão dos questionários, dos instrumentos que vão ser aplicados, da forma como vão ser aplicados e cotados. A minha participação entra mais a esse nível./33(EE)

Quando o questionário foi elaborado alguém me pediu sugestões, acho que foi a minha colega que estava no conselho pedagógico, porque aquilo deve ter ido à aprovação do conselho pedagógico antes de ter sido aplicado. Lembro-me que introduzi algumas questões abertas, porque o questionário estava complementarmente fechado, e se alguém quisesse dizer alguma coisa não tinha hipótese nenhuma. Os questionários podem ser feitos de muita maneira, mas tem de haver sempre uma questão aberta. Depois não sei, não achei que o questionário estivesse mal./37(EE)

Eu sou a pessoa que sempre participo e a pessoa que dou mais contributos para aquilo que se está a fazer. Há outra pessoa que é a representante do pré-escolar que também, talvez não dê tantas sugestões, mas reflete sobretudo nos momentos presenciais sobre as coisas que eu vou dizendo./54(EE)

-Poder de influência da representante dos

encarregados de educação na equipa.

O coordenador traz uma proposta, nós depois vamos acrescentando, manda por mail e nós depois pronunciamo-nos ou não, a única pessoa que se pronuncia sou eu e as outras não se pronunciam, ou então pronuncia-se essa representante do pré-escolar. E normalmente até concorda comigo e acha interessante que eu me lembre de determinadas questões, nomeadamente, as afetivas que se calhar aparecem menos frequentemente nestas coisas. /55(EE)

E portanto tenho dito “por favor o senhor que é coordenador transmita isto à senhora diretora e diga-lhe que”. Acho que ele coordenador da equipa também tem de exigir da parte da direção uma comunicação e uma reflexão alargada sobre os resultados dos instrumentos que são aplicados, no sentido de melhorar o desempenho do agrupamento e a qualidade./46(EE)

-Pressão do encarregado de educação elemento da equipa para a utilização dos

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Aliás eu tenho falado sempre com o coordenador da equipa nesse sentido - “vamos lá a ver se o trabalho que nós estamos aqui a fazer vai servir para alguma coisa”- porque eu também não estou para estar a perder o meu tempo que é voluntário, pois não sou paga para fazer isto, para isto ser mais um proforma, para ficar um resultado enfiado num dossier que ninguém conhece e não sabe o que aconteceu, e que não se vai fazer nada para melhorar aquilo que foi identificado como negativo./45(EE)

É assim, em termos da aplicação de questionários aos alunos foi quase a 100% o que foi aplicado, aos pais eu não me lembro qual foi a taxa de resposta./38(EE)

-Participação da generalidade dos alunos da amostra na resposta ao questionário de opinião.

CATEGORIA: M-Os domínios e os campos de análise da autoavaliação

Subcategorias

Unidades de registo

Indicadores

M.1 O referencial e as dimensões de análise objeto da autoavaliação

Quanto às várias áreas escolhidas para os inquéritos aos encarregados de educação, isso aí ninguém nos deu indicação nenhuma, aí o que nós nos fizemos valer foi da nossa experiência e da experiência das outras escolas que já tinham feito. Portanto fizemos um levantamento o mais exaustivo possível de variadíssimas escolas com dimensões na zona geográfica mais próxima e tentámos daí criar os nossos, com aquilo que queríamos observar. /14(E2)

-Definição das dimensões de análise por isomorfismo com outras escolas. Foi questionado se a AEE teve alguma influência na

definição das áreas e critérios utilizados no processo de autoavaliação da escola] Não, foi mais as outras escolas. /14(E2)

Não, falei informalmente com o coordenador da equipa e já nem me lembro como essa questão surgiu. Não teve a ver com alguma preocupação com os pais, eu por norma tenho um bom relacionamento com os pais, não tenho a imagem de que os pais sejam pouco recetivos, aqui dentro do agrupamento não tenho essa imagem. Calhou nesse ano aplicar aos pais e já não me lembro porquê considerou-se que seria melhor. Aliás no ano em que aplicámos o questionário nós tínhamos feito aos docentes e não docentes, mas na outra escola depois tivemos as obras e não houve condições. /64

(E1)

-Seleção do objeto da autoavaliação de forma aleatória e não intencional.

A escolha dos critérios teve a ver, primeiro, com o grau de dificuldade que nós antevimos e depois o interesse imediato. Pareceu-nos que na altura seria bom aplicar aos professores, mas os professores estavam também num processo de avaliação, e irmos mexer no mesmo, virámo-nos para os encarregados de educação. E então optámos por começar pelos encarregados de educação e decidimos avançar por aí e depois é que íamos aos professores. Daí ser mais moroso./13(E2)

-Seleção do objeto da autoavaliação (1ª fase) teve em conta os interesses imediatos da escola – mudança para o novo edifício.

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Acho que sim abrange as dimensões mais importante. Os mais importantes serão sempre os alunos porque se não fossem os alunos a gente não existe, os professores e as instalações da escola porque se a escola não tiver boas instalações claro que o trabalho também não é produtivo, tanto o dos alunos como o dos professores./10(ND)

-Incidência do processo nas condições de escolarização dos alunos e nas

instalações.

Lembro-me que o questionário aplicado aos encarregados de educação estava bem organizado, na medida em que dividia desde a parte da direção do agrupamento, à parte dos serviços, os horários, os horários de atendimento aos encarregados de educação, que esse é sempre um problema, que os encarregados de educação identificam, é o horário em que as reuniões decorrem, e do outro lado temos sempre os professores a dizer que os horários de atendimento têm de ser nos horários de trabalho deles, porque eles também têm um trabalho. Essa questão dos horários não há muitas vezes horários adequados à participação dos encarregados de educação, a não ser que eles faltem, mas pronto as duas perspetivas são inválidas. Havia essa questão dos horários que é uma questão que preocupa os pais./36(EE)

-Incidência dos

questionários aplicados aos EE nas dimensões

“direção”, “gestão escolar”, “serviços/recursos”, “funcionamento” e “escola”

A escola está a ser avaliada como um todo e não está a ser avaliada só na sua componente pedagógica. Está a ser avaliada enquanto estrutura, a cantina, o refeitório, a papelaria, a articulação com o resto da comunidade, com a câmara municipal e todas as entidades culturais, portanto não é só a componente pedagógica., e o ambiente social. E o que eu acho é que falha muito esta não partilha. /42 (EE)

-Incidência dos

questionários aplicados aos alunos nas dimensões: “sala de aula”, “direção” “envolvimento na escola”, “encarregados de educação”, “professor titular”, “assistentes operacionais” , “equipamento/instalações”, “segurança”. M.2 Influência da AEE

Foi questionado se a AEE teve alguma influência na definição das áreas e critérios utilizados no processo de autoavaliação da escola] Não, foi mais as outras escolas. /14(E2)

-Ausência de influência do referencial da AEE. Nos inquéritos aos encarregados de educação eu ainda

não estava na comissão, e como entrei a meio do processo não sei se essa foi uma orientação inicial. Eu sei que eu tive a preocupação de ler o relatório da avaliação externa e os contributos que eu dei, para os instrumentos em que participei da avaliação, que foram os questionários aos alunos e agora os questionários aos docentes, incorporaram questões que tinham sido levantadas no âmbito da avaliação externa./30(EE)

-Influência da AEE na conceção de algumas das questões dos questionários aplicados aos alunos E foi obviamente um do instrumento que fui ver

quando entrei para este processo, foi relembrar o que é tinha sido identificado no relatório da avaliação externa. Se essa foi uma orientação global da equipa também não sei dizer exatamente./32(EE)

145 M.3 Os instrumentos e o processo de recolha – dinâmicas de implementação e sustentação

Aliás coisas que eu, como encarregada de educação, fiz questão de incluir no inquérito aos alunos, pois não estavam previstas incicialmente não estavam propostas pelo coordenador inicialmente, mas que eu achei que era fundamental para além de avaliar a qualidade dos serviços, a higiene e a limpeza, os funcionários e os docentes era importante perceber o ambiente da escola nas questões de drogas e bullying, para mim e para qualquer encarregado de educação era importante perceber com é que a escola estava a esse nível de segurança entre pares e não só mesmo entre professores e alunos./48(EE)

-Inclusão nos questionários dos alunos de indicadores relativos a consumos e bullying em consequência do poder de influência da EE da equipa.

Não eram problemas identificados, tanto que o coordenador até me referiu que esta escola não tem esses problemas, e eu conheço as escolas todas desta região, porque a minha prática profissional assim o determina, sei que esta escola é um paraíso relativamente a muitas outras, mas isso não significa que não existam os problemas ou que de alguma forma possam estar mais escondidos, e portanto acho que é sempre importante em qualquer escola avaliar esse tipo de situações e depois o resto da comissão acabou por considerar que sim e acabamos por fazê-lo. /49(EE)

M.4 Articulação com os