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O Antigo Testamento, a religião judia (Judaismo), e Jesus Cristo

No documento CaminhosdeJesusCristo (páginas 98-102)

Esta pagina adicional é uma contribuição para se entender melhor o Antigo Testamento e para um dialogo inter-religioso. Com isto não está ligada a exigência de tratar de maneira semelhante às escrituras do Antigo Testamento, como este projecto trata os Evangelhos e o Pentecostes.

Jesus Cristo e os discípulos relatavam muitas vezes as Escrituras Sagradas conhecidas pelos seus ouvintes. Este é o Antigo Testamento. O mesmo contém uma história da Criação, livros sobre a história dos judeus, leis, escritos proféticos, salmos, apócrifos, etc. Jesus e os discípulos mostravam que seu trabalho não alterava o conteúdo das antigas revelações (pois as mesmas não eram em primeira linha determinantes) e sim que agora se tratava da vida em contacto imediato com Deus e Cristo. (ver também: capitolo 2 "Princípios básicos dos valores éticos", e o texto principal.) Assim são criados novos pontos de vista contrapostos ao Antigo Testamento.

No Novo Testamento se encontram porém muitas referências para com outras direcções de fé daquele tempo. Por exemplo o Evangelho de João fala abertamente muitas vezes para aqueles que conheciam os ensinamentos de sabedoria para esclarecer os mesmos perante seu próprio pano de fundo, o método divergente e específico dos cristãos. Um simples exemplo é a

denominação „Ele era a luz verdadeira..." em João 1. Algumas epístolas de Paulo, etc. levam também em consideração o nível de conhecimentos das pessoas do campo das antigas religiões de mistérios, mais até do que as tradições judias. Aquele que não conhece estas tradições, não irá nota-lo. Em tais pontos do Novo Testamento não podem ser encontradas „sentenças de

amaldiçoamento" generalizadas contra todos os escritos não-judeus. Tais sentenças só se encontram nos pontos onde foram afirmados abusos de cultos concretos, degenerados, para advertir as pessoas contra tais caminhos. O antigo caminho da missão era retirar as pessoas de onde elas estavam ao invés de exigir que eles devessem simplesmente esquecer a sua biografia (o que iria na realidade criar rupturas na consciência ao invés de trazer alívio que sara quebras). Não foi exigido de pessoas de outras origens que eles devessem primeiro assumir todas as tradições judaicas. Eles tinham aproximadamente os mesmos direitos que os judeus. Embora sobre isso havia discussões entre os discípulos, que ainda hoje tem lugar.

Na realidade seria possível, aproveitar o que havia de cristão também baseado em demais tradições religiosas ao invés do Antigo Testamento. Isso foi tentado, por exemplo, por Mani, o fundador dos Maniqueus, que se desenvolveram na Ásia, perseguidos depois pela igreja e hoje estão praticamente extintos. Para ele, também o ponto de partida foi a religião monoteísta de Zaratustra na Pérsia. Até que ponto ele conseguiu processar o papel de Jesus e até que ponto ele não conseguiu, apesar do alto nível de seus conhecimentos (por exemplo, renúncia espiritual ao mundo unilateral nos ensinamentos), é uma outra questão que não iremos neste ponto nos aprofundar.

A religião judia (Judaismo) salienta, segundo a Bíblia dos Hebreus, algumas Escrituras a mais como os princípios básicos de Direito (Mischna) e comentarios (Gemara) do Talmude – nas versies da Babilônia e de Jerusalém -; bem como obras básicas de determinadas direcções, especialmente as escrituras místico-esotéricas da Kabbala: Zohar (Sohar)/ Sepher Jezirah. Estas escrituras indicadas em último lugar foram alocadas ao século XIII, porém podem ter sido originárias de períodos ainda mais antigos; algumas lembram até o antigo Egipto. Ainda hoje existe uma mística judia (Chassidim).

Sobre as imagens de Deus

No início Deus é chamado no Antigo Testamento como "Elohim" , - ou seja: "Espírito (Criador) divino" e não algo como extraterrestres materiais com experiências de manipulação genética, etc., como especulado hoje em dia em diversos livros; logo que estas influências em parte

O nome Jahweh/ Jehovah/ JWHW (Jeová) apareceu no Antigo Testamento apenas mais tarde. Durante a aproximação de Deus no passar das épocas, segundo fontes místicas e de ciências espirituais como Lorber ou Steiner, então foi vivenciado, entre outras coisas, Deus como Jeová. Apenas as traduções utilizam infelizmente sempre as mesmas denominações onde no original existem muitos diferentes nomes de Deus. Assim é omitido o tipo de experiência através das pessoas das diferentes épocas. A experiência real e original de Deus como Jeová foi embaçada provavelmente depois humanamente, e até seres negativos podem ter enganado temporariamente as pessoas deste modo, cuja espiritualidade estava enfraquecida e os que estavam carregados de ódio. Assim nem todas as histórias do Antigo Testamento precisam estar relacionadas com o verdadeiro „Jahwe" (Jafé) e com „JHWH" no sentido dos esclarecimentos de Hurtak. Porém isto não significa que todos os acontecimentos do Antigo Testamento possam ser avaliados com a lógica humana de nossa sociedade contemporânea. Deus sabe melhor que nós o que Ele faz e porque, e o que Ele quer das pessoas e porque.

A Fé no Messias e Cristo

„Christos" já está citado na Septuaginta, a tradução feito por judeus para os judeus no século II/III aC da bíblia hebraica em idioma grego, como a palavra para „Meschiach", o Messias das

Profecias. Com isso se vê que não é uma invenção de Paulo como acreditavam muitos escritores modernos. Os Rolos de Papiro das cavernas nas imediações do Mar Morto (Qumran) mostram que os judeus profundamente religiosos esperavam, exactamente nas décadas / séculos antes de Cristo, um reino de paz messiânico, como está descrito no Jesaja 11. Mas já naquela época existiam diferentes exegeses sobre a Pessoa do Messias – como também tinham dificuldades de comprender o Jovem Jesus, de maneira que o novo „Império" não se tratava de uma revolução nacional exterior contra os romanos e sim de um „Reino do Céu" espiritual que modificaria tudo.

A comunidade do Qumran é incluída muitas vezes nos Essenos de profunda fé espiritual, a terceira escola básica do judaísmo de então além dos Fariseus e Saducenos. Analisando-se mais exactamente se trata aqui de uma comunidade próxima mas independente dos Essenos, que tinha bons contactos com outras correntes do antigo Judaísmo, além dos pacíficos Essenos existiam também os „Celotas" independentes e militantes e aos Fariseus em Jerusalém (aos últimos essa comunidade confiou em uma emergência até os Escritos sobre o tesouro do templo;

provavelmente os mesmos eram considerados merecedores de confiança apesar de diferentes pontos de vista. A „Regra da Comunidade" 1QS continha dados sobre a vinda do Messias. Foram citadas até 2 Messias ou 2 Linhas de descendência de um tal esperado Messias, que poderiam ser Jesus, de acordo com o Direito daquela época: através de José da casa de David e através de Maria da linha de sacerdotes de Aarão (Isto também é citado, por exemplo, por Carsten Peter Thiede, que se ocupou com os Rolos de Papiro pelas autoridades israelenses de pesquisas em antiguidades).

A profecia de Michael 5,1, onde se cita que o Messias vem de Belém, parece não apresentar significado nestes círculos que cuidam da vinda do Messias. Porém, por exemplo, o Evangelista Mateus afirma isso. Por muitos a afirmação que Jesus vem de Nazaré, é acreditado ser uma invenção do mesmo. *

Um sítio do Profeta Daniel 9:25 é muitas vezes relacionado com Jesus: Das instruções sobre a construção da 2° Jerusalém (ver Nehemia 2:18; aprox. 445 AC) até a morte do (2.) embalsamado passariam (em conjunto) 69 "semanas". Neste ponto devem ser entendidas "semanas de anos" de 7 anos cada (comparar o significado dos "Anos do Sabat", etc.), então isto indica realmente

aproximadamente ao tempo das Cruzadas.

Para a teologia determinada para a Cristandade como uma comunidade religiosa de pouca relevância mas muito mais interessante para outras áreas de cultura é o conselho de R. Steiner, de ver Cristo como um Ser conhecido nos tempos do pré-cristianismo por alguns grandes sábios,

que se poderia comparar a Vishwas Karman dos Hindus, Ahura Mazda dos Parses, o ser de sol Osíris dos egípcios e no celta Belemis = Baldur, Apolo Ver também o capítulo „No início era a Palavra..." neste texto.

Ver também, por exemplo: zur Christologie Rudolf Steiners (A Cristologia de Rudolf Steiner), ver também as coleção de preleções:"Die Geistigen Wesenheiten in den Himmelskörpern" (Os seres espirituais nos corpos celestes), 1912;"Vorstufen zum Mysterium von Golgatha" (Estágios prévios sobre os mistérios do Golgota), 1913, 1914;"Von Jesus zu Christus" (De Jesus a

Cristo);"Christologie" (Cristologia).

Depois, há 2000 anos nós vimos a encarnação física de Cristo na terra como uma medida em um ponto de reversão do desenvolvimento mundial, tomando isto e a humanidade em si

simultaneamente e incluindo isto na sua vida. Os antigos cultos são parcialmente degenerados, como depois o cristianismo se tornou superficial, porém uma pesquisa nesta direcção iria ter significado. Cristo quis mostrar a si próprio como algo que não entra no papel intencionado para ele como garantia de poder de uma comunidade religiosa determinada. Um ser que justamente representa a humanidade renovada, o "novo Adão" do Golgota.

Relativo ao „Período pré-diluviano" e o período do Novo Testamento, por exemplo as Escrituras através da „Palavra Interior" de Jakob Lorber: www.lorber-verlag.de ; bem como Rudolf Steiner. Nos reconhecimentos da Mística também se crê que a tese de alguns (que) pode ser completamente esquecida: Jesus nunca existiu como

pessoa histórica ou foi apenas um simples pregador.

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Zaratustra

Os ensinamentos originais de Zaratustra ainda hoje pode ser encontrado nos Parses e suas escrituras sagradas, o Zend Avesta. Pesquisadores desta religião na Índia afirmam hoje em dia que esta religião é mais antiga que os pesquisadores ocidentais imaginam, de maneira que os historiadores antigos teriam razão. Além disso se descobriu que originalmente nesta religião não existia uma luta cósmica entre luz e trevas, que mais tarde fluíram para os ensinamentos

gnósticos. E sim que um Deus pessoal, chamado Ahura Mazda, estava na parte superior como a "Bondade máxima" sobre estas forças em combate. O conceito para o lado impessoal de Deus era "Ahu". (Um endereço para os trabalhos espirituais contemporâneos de cada religião: Mazdayasnie Monasterie, Mustafa Bldg., Sir Pherozeshah Mehta Rd., Bombay 400001, Índia.). Por outro lado foi descoberto que nas tradições iranianas existem indicações sobre Noé/(Nuakh), coincidentes com os relatórios bíblicos. Nossa impressão é que o Zend Avesta no mínimo tem muito mais em comum com um tipo de pré-revelação da humanidade antes do dilúvio na Ásia – ou seja: com as mais antigas crenças divinas, às quais Noé permaneceu fiel mesmo nessa cultura. Abraão não foi o primeiro que adorou a um Deus. Existem indicações que também a forma original desta religião antes do dilúvio de aprox. 3500 antes de Cristo, que está assentado por escrito e existe uma boa possibilidade, surjam escritos originados deste tempo antigo. Lorber denomina um destes textos desaparecidos como "Seanthiast Elli"; Deus apareceu às pessoas antes do dilúvio como

"Abedam", que Ele depois teve efeito através do Melquisedeque bíblico.

Entretanto os Parses são contados também por muitos místicos muçulmanos no Irã como o „Povo das Escrituras" do Alcorão, como judeus e cristãos, ou seja: não como „infiéis", e sim entre

aqueles que acreditam em um mesmo e único Deus e que sempre é relembrado pelos seus profetas. Naturalmente também nesta religião se perdeu algo de profunda espiritualidade, como em todas outras religiões, o que hoje em dia precisa ser pesquisado.

Mani (216-276) tentou ligar os ensinamentos cristãos a antiga religião de Zarathustra. (...) (Esta tentativa não deve ser avaliada aqui, ver também o texto detalhado em inglês ou alemão).

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Informação sobre: Jesus Cristo e o Islão

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