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O imperativo do debate sobre a pesquisa em rede como parte integrante da política de Ciência, Tecnologia, Inovação em Saúde deu início em 2000, após a implantação do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), que teve como marco normativo a avaliação da saúde, e da pesquisa em saúde. Um dos principais objetivos do departamento, e de sua própria criação, fora o da responsabilidade pelo incentivo a pesquisa em saúde em redes, inicialmente institucionais.

No segundo semestre de 2002, foi publicada a Portaria nº. 16 do MS que instituiu o Grupo de Trabalho encarregado de elaborar o documento preliminar de Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS). Esse grupo de trabalho já havia sido orientado, com base nos debates proporcionados no Decit sobre

a necessidade da inserção da pesquisa em rede. O próprio grupo de trabalho responsável possuía perspectivas que estavam em consonância com esta orientação.

Essa orientação se estendeu de tal forma que o Decit proporcionou a criação de uma série de redes institucionais - da Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC), Rede Brasileira de Pesquisa sobre o Câncer, Rede Malária, Rede de Pesquisa em Métodos Moleculares para Diagnóstico de Doenças Cardiovasculares, Infecciosas, Parasitárias e Neurodegenerativas e a Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino – que devido aos resultados positivos, forneceram subsídios normativos para servirem como base para os diálogos que foram realizados no seguinte ano, de 2003.

No ano seguinte, em 2004, foram realizadas inúmeras as conferências mencionadas anteriormente – em especial a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e a 12ª Conferência Nacional de Saúde - em que a proposta da pesquisa em rede foi levada como destaque, orientada pelos pesquisadores estrangeiros participantes, que por sua vez, na elaboração do documento final, como mecanismo para a superação das desigualdades regionais, fora decidido que as iniciativas em implementação pelo MCTIS e o MS em parceria com as fundações estaduais de amparo e fomento à pesquisa, atenderiam, como estratégia para as demandas de C&T&I& em saúde a formação da pesquisa em rede.

Tal estratégia, da pesquisa em rede, visa ampliar a capacidade de produzir conhecimentos para qualificar as decisões no âmbito da gestão pública. Desta forma, será possível suprir uma das maiores necessidades nas sociedades modernas, que é dispor de informações técnicas e científicas indispensáveis para fundamentar o processo de tomada de decisão, que têm forte impacto sobre diversos campos científicos e contribui para o estabelecimento de um novo patamar nas relações entre ciência, Estado e sociedade (2ª CNCTIS – documento base, 2004, p. 21).

Estas sugestões foram incorporadas ao final, como uma das estratégias na composição da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde criada no segundo semestre do mesmo ano. A linha do tempo a seguir (figura nº 8), destaca o marco institucional principal na inclusão da pesquisa em rede para a área da saúde.

Figura nº 8: Principal marco institucional do fomento à pesquisa em rede na PNCTIS.

Fonte: Elaboração própria.

Entretanto, no início de 2005, já com a agenda de fomento em vigor da PNCTIS, com o intuito de realizar articulações intersetoriais, foi realizado o I Seminário Internacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, com a presença de representantes de países europeus e americanos. O estabelecimento de cooperação interinstitucional, em âmbito internacional – como já resultado da recente orientação da pesquisa em rede - foi uma das consequências do evento, por meio da associação do Decit/SCTIE à Rede Internacional de Agências de Avaliação de Tecnologias em saúde - International Network of Agencies for Health Technology Assessment (INAHTA) - um marco para a ATS no Brasil. Sobre a importância do Decit no estímulo à construção de redes científicas Guimarães em entrevista destaca,

O Decit foi o principal ator executivo na construção da política. Igualmente, o Decit acabou por eleger a forma de atuação em rede como uma de suas grandes prioridades. Existem hoje a Rede Nacional de Terapia Celular, a Rede Nacional de Pesquisa Clínica, a Rede Brasileira de Avaliação Tecnológica em Saúde, a Rede de Pesquisa em Câncer, entre outras.

Com relação à gestão de tecnologias no SUS, foi instituída Comissão para Elaboração de Proposta para a Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (2005), composta por atores sociais com experiência e influência no tema. Após alguns

trabalhos a proposta foi validada mediante apreciação em consulta pública e em fóruns do SUS e da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

A constituição de redes de pesquisa para realização de estudos estratégicos foi então uma das recomendações da proposta, em consonância com o Decit e a PNCTIS já em vigor o que foi trabalhado em Oficinas de Prioridades de Pesquisa em Saúde desde 2004, e foi inicialmente validado no 2º Seminário Internacional de Gestão de Tecnologias, que por sua vez induziu os órgãos de fomento a aumentar a verba destinada para esta modalidade.

Como resultado, os órgãos de fomento por meio de seus editais, passaram a inserir a temática em rede como metodologia para a pesquisa em C&T&I em Saúde até para aqueles que inicialmente não tinham esta como objetivo, os tratados de acordos internacionais, por exemplo, foram incorporados à temática. Parte significativa do fomento à pesquisa em saúde dado pela PNCTIS tinha a normativa rede nos editais lançados nos anos de 2005/2006 em diante.

A atuação geral da PNCTIS no que se refere à pesquisa, gestão e produção de conhecimentos na saúde de modo geral é feita das seguintes formas:

 Fomento à produção de conhecimentos nos marcos da agenda nacional de prioridades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, com lançamento de editais nacionais temáticos, para estudos e projetos estratégicos e editais descentralizados nos estados, por intermédio do Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde: Gestão Compartilhada (PPSUS).

 Fomento ao desenvolvimento da pesquisa clínica e de avaliação de tecnologias em saúde, com lançamento de editais nacionais para estudos e revisões sistemáticas e para a formação de redes temáticas e estudos multicêntricos.

 Fomento ao desenvolvimento do Complexo Produtivo da Saúde, com lançamento de editais e estabelecimento de mecanismos de contratação institucional para a inovação em saúde.

 Informação para a tomada de decisão em saúde, implicando a participação dos gestores, tanto nas etapas do fomento (da definição de prioridades à utilização dos resultados da pesquisa na gestão do sistema e serviços de

saúde) como no desenvolvimento de instrumentos para selecionar, validar e promover a utilização do conhecimento gerado no sistema de saúde.

 Promoção da produção de conhecimento por meio dos grupos de pesquisa brasileiros na área da saúde ou em áreas que atuem interdisciplinarmente com pesquisas para a área.

Em suma, o principal fio condutor da Política para desenvolver a área da saúde é a publicação de fomento por meio da abertura de editais e fundos de financiamento para a pesquisa pelos componentes que dela fazem parte. Esses financiamentos são feitos sobre vários enfoques, modalidades, escalas, atendendo vários tipos de prioridades e suas subdivisões, voltados para a produção de Ciência & Tecnologia & Inovação para a área de saúde.

Dentre as estratégias elaboradas pela PNCTIS, duas podem ser consideradas como primordiais: a) a difusão de avanços tecnológicos e científicos; b) a formação e capacitação de recursos humanos. E para que estas duas estratégias sejam atingidas, fora adotada pela Política e consequentemente pelas agências de fomento34 que a construção de redes de pesquisa seria prática eficaz na produção de conhecimentos científicos para a saúde.

Ou seja, os objetivos da PNCTIS olhados sobre as perspectivas da construção de redes de pesquisa, podem ser resumidos em três: a) o aumento da produção de conhecimento; b) o aumento no número de redes e de pesquisas em redes no país; c) o maior adensamento das relações de cooperação em rede dentro e fora dos âmbitos locais, em resumo, que os pesquisadores passam a cooperar com outros estabelecidos em outras localidades.

Os resultados esperados sob a ótica desta estratégia em suma seriam de que: a) existisse maior capacitação dos pesquisadores ativos no país; b) mais pesquisadores fossem formados; c) as pesquisas ativas trabalhassem em face das necessidades locais, com conhecimentos gerados por pesquisadores nacionais; d) o adensamento e aumento das relações em rede que permitissem maior número de produção de conhecimento traduzido em publicações e patentes; e) maior

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Embora o conceito de rede social seja recente, e o próprio contexto tecnológico que tem propiciado as possibilidades destas também seja algo relativamente recente, em países da Europa, políticas indutoras de trabalhos cooperativos em rede já fazem duas décadas, como nos casos mostrados por CASTELLS (2005); KANTZ, et. al. (2005); MULGAN (2005); COLE (2005); HIMANEN (2005); LIIKANEN (2005).

proximidade entre o conhecimento local produzido e sua inserção dentro do Sistema Único de Saúde.

Assim sobre o trabalho científico em rede, Guimarães ratifica em entrevista, “O trabalho em rede potencializa a força do trabalho em pesquisa, na medida em que abre canais de comunicação entre os pesquisadores e racionaliza os recursos financeiros mediante a divisão de tarefas”.

A construção de redes científicas35 é incorporada assim como importante veículo metodológico na obtenção de resultados satisfatórios em vários níveis da ciência e tecnologia brasileira para a área da saúde. A proposta apresentada é que os pesquisadores brasileiros trabalhem em conjunto com pesquisadores de outras localidades dentro do país, e, principalmente de outros países.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como um dos veículos de fomento da política define a importância da pesquisa em rede no país da seguinte forma,

O incentivo e apoio à formação de redes de pesquisa é extremamente eficaz para a indução ao desenvolvimento de uma dada área do conhecimento, o fortalecimento da capacidade instalada nas instituições de pesquisa e da realização de pesquisa colaborativa e interdisciplinar com integração entre as várias ciências, possibilitando a troca de metodologias, promoção do intercâmbio de dados, bem como a produção conjunta e a divulgação científica dos resultados. A articulação de redes científicas inter- regionais e interdisciplinares de pesquisa estimulará o intercâmbio entre instituições que concentram competências, a interação entre pesquisadores, o uso otimizado de recursos, o compartilhamento de infraestrutura para a pesquisa, com a perspectiva de convergência dos resultados (CNPq, em sua linha do fomento à pesquisa em rede).

Neste sentido, um dos mecanismos da PNCTIS para promover o desenvolvimento científico e tecnológico da saúde é por meio do aumento das conexões entre os pesquisadores através da construção de várias redes de pesquisa. Para a lógica assumida por ela, além dos próprios ganhos do trabalho em rede, a

35 Assim como o próprio conceito de rede, existe uma polissemia nos vários termos utilizados pelas

diversas agências de fomento envolvidas e pela própria PNCTIS para designar o que em suma é o mesmo objeto: redes de pesquisa, redes de cooperação, redes científicas, redes de pesquisa científica, redes de cooperação acadêmica, redes de cooperação internacional de pesquisa... são algumas das termologias encontradas.

tentativa de proporcionar uma política de cooperação acadêmica mútua entre membros em diversas localidades é outra possibilidade.

Assim o fluxo de conexões e informações entre as várias competências e centros/pesquisadores com conhecimentos complementares no Brasil e no mundo aumentaria significativamente uma vez que temos as possibilidades já mencionadas do ciberespaço. O enfoque na construção de redes entre os pesquisadores está assim presente em toda a composição das diretrizes da Política Nacional de Ciência, Tecnologia, Inovação em Saúde:

Para a Sustentação e o Fortalecimento do Esforço Nacional em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde entre outras, as principais estratégias são:

§ 63. J) Esforços para criação de parcerias e redes de pesquisas nos países da América Latina, África e Ásia, visando a enfrentar problemas de saúde comuns;

§ 64. É necessário, ainda, incentivar a articulação interinstitucional entre centros mais desenvolvidos e menos desenvolvidos e estimular a cooperação técnica horizontal entre países. Em âmbito nacional, essa articulação interinstitucional deve incluir a formação de redes entre as diversas instituições de CTI/S, visando à elaboração de programas e de projetos de pesquisa que priorizem as necessidades regionais, sem sobreposição ou duplicação de ações ou pesquisas e garantindo a aplicabilidade de seus resultados (BRASIL, 2004, p. 22).

Para a criação do Sistema Nacional de Inovação em Saúde:

§ 65. A criação desse sistema é importante para fortalecer a autonomia nacional e a superação do atraso tecnológico. Requer a mobilização da totalidade da capacidade instalada de pesquisa, ensino, iniciativas de desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde, numa perspectiva metodológica específica e Inter setorial, incluindo redes de cooperação interinstitucional.

§ 66. Dentre as ações, destacam-se a implementação de projetos de pesquisa e produção de conhecimentos cooperativos em rede e interinstitucionais (BRASIL, 2004, pp. 22-23).

Para o setor da indústria farmacêutica, as estratégias propostas são:

a) Em curto prazo: implantação de uma rede nacional de informação de plantas medicinais

b) Em médio prazo: estímulo ao desenvolvimento de redes de cooperação técnico-científica.

c) Em longo prazo: a produção de conhecimentos por meio de redes de cooperação que resultem em novos princípios ativos a serem inseridos no Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2004, pp. 24- 26).

Para a Superação das Desigualdades Regionais:

§ 91. As iniciativas de formação de núcleos e de redes de pesquisa, de elaboração das demandas para o sistema de CTI/S e de implantação de programas de incentivo à produção do conhecimento científico, em desenvolvimento pelos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia e pelas fundações estaduais de amparo à pesquisa, em parceria com as secretarias de saúde, são exemplos de programas mobilizadores importantes que devem ser fortalecidos; § 94. H) Estimular a criação de redes de cooperação (BRASIL, 2004, pp. 29-30).

Na Agenda Nacional de Prioridades: “Desenvolvimento de redes sociotécnicas em saúde – subjetividades e sociabilidades para a produção de conhecimento” (Brasil, 2004, p. 27). E no modelo de gestão da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde uma das propostas são o: “incentivo à criação de cooperativas de pesquisa em saúde para o desenvolvimento regional”(BRASIL, 2004, p. 37).

Dentro do âmbito do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e inovação (PACTI 2007-2010, 2011-2015), fora criado o programa “Institutos do Milênio” em 2004, com o objetivo de promover a formação de redes de pesquisa em todo o território nacional e o fortalecimento de grupos de pesquisa nas mais diversas áreas, onde mais tarde em 2008 evoluiu para o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTI) que entre seus objetivos estão:

i. Promover a formação de redes de pesquisa em todo território nacional; ii. Mobilizar e agregar, de forma articulada, os melhores grupos de

pesquisa em áreas de fronteira da ciência e em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país;

iii. Impulsionar a pesquisa científica básica e fundamental competitiva internacionalmente.

Atualmente no país existem 123 INCTIs em diversas áreas, 37 só para a área da saúde, segundo o MCTI (2013). O estado de Pernambuco36 possui o maior número de INCTIs no nordeste, cinco ao todo, destes, um atua na área de farmácia com 479 pesquisadores cadastrados, segundo do próprio Instituto em 2013, divididos entre vinte estados, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a Inovação Farmacêutica (INCT_if), tem por objetivo

Desenvolver, internalizar e difundir práticas científicas e tecnológicas capazes de superar as fragilidades e lacunas da cadeia inovativa e produtiva farmacêutica, propondo mecanismos operacionais capazes de viabilizar a transformação de resultados científicos promissores em resultados econômicos efetivos com impactos sociais (INCT_if em sua página).

Outro componente a se destacar dentro desse cenário de fomento, sobretudo à pesquisa em rede, o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e inovação, no período de 2007 a 2010 fomentou 439 projetos de várias áreas – inclusive saúde - dentro da modalidade de ampliação e consolidação de redes de cooperação internacional, com um total gasto de 86,36 milhões. Só para o setor de fármacos e medicamentos nesse mesmo período financiou-se 207 projetos em um total de R$ 170,03 milhões, como mostra a tabela nº 4 a seguir:

Tabela nº 4: Número de projetos PACTI 2007-2010

Centro

Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Total Ampliação e consolidação de

redes de cooperação

internacional diversas 33 69 6 228 102 439

Valor gasto (milhões) 5,23 13,73 2,32 50,34 14,74 86,36

Para o setor de fármacos e

medicamentos * 20 24 21 103 39 207

Valor gasto (milhões) 10,98 12,68 6,97 112,01 27,39 170,03

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do Finep e CNPq (2013)

*Em fármacos e medicamentos estão inclusos: fármacos, medicamentos, produtos médicos e biomateriais, kits diagnósticos, hemoderivados e vacinas.

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Os outros INCTis existentes em Pernambuco são: Instituto Nacional de C&T para Engenharia de Software, Instituto Nacional de C&T de fotônica, Instituto Nacional de C&T Virtual da flora e dos fungos.

Como parte integrante do PACTI, e da proposta de integração dos institutos de pesquisa brasileiros em rede, a partir do ano de 2004/2005 foram implementados com recursos do MCTI, CNPq, FINEP e ME uma série de redes institucionais para a área da saúde, segundo dados do MCTI (2013), podemos destacar: Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia; Sistema Brasileiro de Tecnologia (SIBRATEC): 3 redes em Saúde do total de 14 redes setoriais; Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde-REBRATS; Rede Genoprot37 – Apoio a projetos de pesquisa em Genômica e Proteômica; Rede Brasileira de Pesquisa Sobre o Câncer; Rede Brasileira de Pesquisa sobre o Câncer II; Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino; Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC); Rede Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil.

Neste mesmo contexto, fora montada a Rede de Centros de Inovação em Insumos para a Saúde Humana – que também nos proporciona uma visão de como o enfoque na formação de redes está em vigor pelos Ministérios - que conta com um dos centros em Pernambuco, que tem como objetivos:

 Executar projetos cooperativos de inovação tecnológica em parceria com empresas, visando proporcionar um impulso ao desenvolvimento tecnológico e econômico do setor empresarial de Insumos para a Saúde Humana;

 Proporcionar complementaridade na atuação e suporte às empresas na geração de inovação de produtos e processos, visando ampliar as possibilidades das empresas em atender as reais demandas dos mercados público e privado;

 Desenvolver e transferir tecnologia em insumos para a saúde humana, abrangendo fármacos, biofármacos, vacinas, imunobiológicos e reativos para diagnóstico, por meio de projetos cooperativos delimitados visando concluir etapas precisas do desenvolvimento tecnológico e inovação.

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Só em 2010 a rede Genoprot recebeu 34 bolsas de pesquisas nacionais, e obteve aprovação de 24 projetos para estudos do genoma em rede.

O objetivo dos Ministérios é a partir do estabelecimento de redes institucionais38 promoverem um ambiente que facilite a cooperação entre os pesquisadores que deles fazem parte. Cabe ressaltar que estas redes são institucionais, montadas por pactos estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, elas não foram construídas a partir da autonomia39 dos pesquisadores que delas fazem parte por meio de editais e financiamentos de pesquisa.