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4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS

4.2 Tecnologia na Educação na Escola Municipal

4.2.2 O Processo de Implementação do Projeto

O Secretário Municipal de Administração e Fazenda, entusiasta pela área de tecnologia da informação e um dos pioneiros do projeto, descreve que:

O acesso a essa tecnologia para alunos surgiu a partir de 2014, atingindo primeiramente a quinta série e a cada ano agregando uma nova serie até concluirmos então o projeto até a nona série. O que se pensou é agregar esta tecnologia eletrônica somando e tentando melhorar o conhecimento dos alunos.

O Prefeito Municipal da gestão 2013/2016 explica que a origem do projeto veio a partir da informação de que o governo do estado estava disponibilizando tablets para os

professores. “Visando esta disponibilização dos tablets para os professores, nós sugerimos para a secretária de educação que fosse vista a possibilidade de distribuirmos os tablets para os nossos alunos (Prefeito)”.

A Secretária Municipal de Educação tem uma visão diferente sobre este projeto e demonstrou certo desconforto ao afirmar que

Por questões administrativas do próprio governo, que tinha por objetivo implementar os tablets, porém não foi pensado o lado pedagógico e nós educadores temos o lado voltado para a parte pedagógica. Na minha avaliação deveria ter ocorrido primeiro uma formação. Nós buscamos informações em outros municípios e nestes, primeiro os professores foram preparados para depois implementar com os alunos.

A mesma afirma ainda que não houve planejamento para a implementação da política pública e que deveriam ter sido adotados outros procedimentos. Segundo a referida Secretária: Para a secretaria de educação, este projeto, chegou repentinamente onde não foi feito uma avaliação e planejamento em cima do projeto implantado. Os tablets foram comprados repentinamente, não foi feito uma preparação com os professores, isso pegou todos de surpresa e eles não estavam preparados para este projeto. É algo inovador, que assusta, tudo o que é novo as pessoas tem resistências. Deveria ter sido sentado antes e feito uma formação com todos para ir preparando para a implementação do projeto.

A diretora da escola tem a mesma opinião da secretária de educação. Ela explica que a iniciativa foi do poder público municipal e “após a nossa avaliação, mesmo não sendo aceita a nossa avaliação como pedagogos, foi feita a aquisição dos tablets para serem utilizados com as turmas da quinta série”.

O tempo transcorrido entre a primeira reunião sobre a possibilidade de adquirir os tablets e a compra dos mesmos:

foi muito rápido, entre dezembro e março. Não houve muita conversa com a escola, foi mais direcionado para o pessoal da administração que fez a compra sem muito questionamento à escola ou equipe diretiva.

Em tom de desabafo, a diretora explica que faltou planejamento para promover a adaptação metodológica e diálogo com as professoras que estavam atuando em sala de aula:

Eu vejo o uso dos tablets e uma forma pedagógica e teria que começar a ser usado primeiro pelos professores através de uma formação. Tudo o que é novo precisa ser investigado para ser aplicado em sala de aula. Eu defendo uma preparação docente e adequação do conteúdo para uso da tecnologia em sala de aula.

Os dados revelam que há desencontros entre o que o prefeito e os secretários de administração e da fazenda pensam em relação aquilo que a secretária de educação e a diretora da escola entendem que deveria ser. Em síntese, o projeto dos tablets na escola representou uma ação política, realizada sem planejamento pedagógico para implementá-la na escola; uma decisão unilateral.

A secretária informa que não foi consultada a respeito e a diretora afirma ter expressado sua opinião, porém suas reivindicações não foram atendidas. A alegação foi de que não havia um plano para realizar, por exemplo, treinamento com os professores e adaptação dos conteúdos para uso da tecnologia. O prefeito entende que os docentes, por terem acesso aos computadores e à internet na escola e em casa, estariam preparados para trabalhar com os tablets como um recurso pedagógico.

Quanto a qualidade dos aparelhos adquiridos em 2014 e 2015, são de última geração. Os valores investidos inicialmente, em 2014, foram comprados 47 tablets para os alunos da quinta série ao custo total de R$ 47.000,00. Ainda em 2014, foram adquiridos, ao valor unitário de R$ 1.295,00 mais 13 aparelhos que substituíram alguns que estavam danificados bem como equipar todos os funcionários da direção da escola e os professores que trabalham com os alunos da quinta série. Empregou-se também, no primeiro ano do projeto R$ 3.000,00 em infraestrutura de rede para que todos os tablets tivessem acesso a rede mundial de computadores.

Além disso, o município investe mensalmente R$ 300,00 em um link de internet sem fio de 3 Mbps no qual possuem acesso apenas os tablets e equipamentos dos professores que estão cadastrados em uma lista, impedindo que qualquer usuário entre na rede. Em 2015, a quantidade de aparelhos adquiridos foi menor, sendo distribuídos 38 tablets para os alunos que estavam na quinta série neste ano ao custo unitário de R$ 1.285,00. Os professores não foram contemplados com o equipamento em 2015. O investimento total foi de R$ 125.665,00 em aparelhos e de R$ 7.200,00 em internet nestes dois anos. A tabela 2 apresenta uma síntese dos investimentos realizados pela prefeitura no projeto tablet na escola

Tabela 3 – Investimentos realizados.

Investimento em 2014 Quantidade Valor (R$)

Tablets – primeira compra 47 47.000,00

Infraestrutura 2 pontos wifi 3.000,00

Tablets – segunda compra 13 16.835,00

Mensalidade internet 12 * R$ 300,00 3.600,00

Investimento em 2014

Tablets – compra 38 48.830,00

Mensalidade internet 12 * R$ 300,00 3.600,00

Na Figura 11 visualiza-se um dos pontos de internet sem fio instalado em uma das salas de aula. Assim como este, existem outros dois equipamentos instalados na escola. Um deles está junto ao saguão no qual os alunos fazem suas atividades recreativas. O outro foi instalado na em outra sala de aula onde estão os alunos da sexta-série. Com estes aparelhos o sinal chega em boa qualidade para as salas de aula de todos os alunos que foram beneficiados pela política pública. Todavia, qualidade de sinal não garante que a navegação será rápida sendo necessária, ainda, uma quantidade de link de internet compatível com o número de aparelhos que estão conectados nesses roteadores porque existem cerca de cem aparelhos cadastrados e se apenas cinco tentarem utilizar algum aplicativo on line o link já se esgotará. Cada um destes roteadores suporta pelo menos cinquenta usuários simultâneos, sendo suficiente para a demanda.

Figura 11 – Infraestrutura de rede na escola

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

Ao ser indagado o motivo de ter disponibilizado o aparelho primeiro aos estudantes e somente depois para os professores, o prefeito pensou longamente e depois explicou: “O município disponibiliza laboratório de informática onde todos os professores tem acesso”.

Após alguns meses nos quais o gestor não via evolução no projeto, foram adquiridos equipamentos para os professores. “Todo o professor teve posteriormente o tablet como

ferramenta de trabalho”. Na verdade, foram adquiridos tablets para os professores que trabalhavam na quinta-série e para a equipe diretiva (diretora, vice-diretora, coordenadoras, etc.) para que as professoras tivessem respaldo das gestoras da escola.

Na quinta-série os alunos ainda têm somente poucos professores e a partir do sexto ano, as disciplinas são separadas e os estudantes trabalham com quase dez mestres diferentes. O Secretário de Administração e Fazenda explica que “O acesso a essa tecnologia para alunos surgiu a partir de 2014, atingindo primeiramente a quinta série e a cada ano agregando uma nova série até concluirmos então o projeto até a nona série”.

Além de investimentos com equipamentos e infraestrutura, foi realizado treinamento de 40hrs com os professores da escola no final de 2014. O curso foi ministrado no período noturno e a profissional contratada por possuir formação e experiência na área de informática educativa. Os encontros ocorreram em terças-feiras e a presença dos educadores era obrigatória, porém a diretora da escola não participou das atividades, exceto nos primeiros momentos do curso. Conforme relatam os professores, a participação da diretora foi apenas “social”, fazendo a abertura do evento e em seguida se afastou.

O prefeito frisa que o equipamento deve ser adaptado à grade curricular, sendo um diferencial para os alunos terem acessibilidade de conteúdos e gerar maior conhecimento. Isso é importante, para o gestor, porque “Hoje nós estamos no mundo virtual, às notícias não são só locais, mas sim mundiais e o conhecimento da informática e dos conteúdos se forem agrupados com uma boa intenção ele pode trazer grandes benefícios para os alunos”. Ele acredita que com o tablet no meio escolar também haverá uma competitividade sadia entre os estudantes onde uns vão aprender com os outros. O estudante ao mostrar aos colegas sua habilidade no manuseio do equipamento vai despertar a curiosidade para que os demais também aprendam a utilizar determinado aplicativo. Ainda, para o prefeito:

O objetivo é que ele [o tablet] seja inserido na grade e que os professores elaborassem suas aulas para utilizá-lo de maneira educativa e ainda para que eles pudessem navegar na internet, buscar o conhecimento, descobrir aquilo que o professor solicitou em sala de aula. Ler e mostrar onde ele pesquisou, sempre cumprindo a grade curricular que o MEC exige.

O Secretário de administração, ao falar sobre os objetivos do projeto, é sucinto: “O que se pensou é agregar esta tecnologia eletrônica somando e tentando melhorar o conhecimento dos alunos”. A secretária de educação complementa que:

Um dos objetivos maiores era a interação do professor com o aluno através da tecnologia. Juntamente com a equipe responsável pela informática da prefeitura nós buscamos alternativas para ver sobre a implantação de infraestrutura tecnológica para que os professores pudessem trabalhar diretamente.

A diretora aponta que ao implementar a política pública se busca “acompanhar o avanço tecnológico através das funcionalidades e benefícios propostos pelo uso da tecnologia na escola que aos poucos vem mudando a escola tradicional”. Apesar de aparente compreensão de que é necessário mudar a forma de ensinar e aprender, a diretora, em tom inconformado explica que “É sem volta o uso da tecnologia, não tem o que fazer”.

Com relação aos objetivos se constata que todos os gestores entrevistados possuem visão semelhante. O uso de tecnologia na educação deve ser observado como uma ferramenta auxiliar de ensino, não para substituir o professor, porém é necessária a ruptura da forma tradicional de ensino onde o professor é o dono do saber e o aluno mero espectador para a aprendizagem colaborativa na qual estudantes e mestres constroem o conhecimento em conjunto.

O receito de o professor perder a autoridade em sala de aula, em virtude dos alunos conhecerem alguns assuntos às vezes mais do que os mestres, existe entre os administradores entrevistados. Sobre isso a secretária de educação fala que:

Hoje nós sabemos que os alunos sabem mais do que os professores ao manusear o tablet. Então o professor precisa estar muito bem informado para trabalhar com isso. O aperfeiçoamento deve ser contínuo para que o educador não perca para o educando. Eu vejo que não podemos fugir do projeto e da tecnologia, não podemos ter medo e não é possível regredir.

A diretora da escola também é favorável a treinamentos contínuos para os professores para o melhor aproveitamento dos aparelhos em sala de aula, ela explica que:

Eu vejo o uso dos tablets e uma forma pedagógica e teria que começar a ser usado primeiro pelos professores através de uma formação. Tudo o que é novo precisa ser investigado para ser aplicado em sala de aula. Eu defendo uma preparação docente e adequação do conteúdo para uso da tecnologia em sala de aula.

O secretário municipal de administração entende que é “natural” surgir resistência nas organizações quando é implementada qualquer inovação. Porém, ele explica que as mudanças são necessárias e acredita que em pouco tempo as pessoas sem conhecimento tecnológico serão excluídas da sociedade. Nas suas palavras:

Com as mudanças sempre surgem algumas resistências dentro de qualquer instituição, principalmente pelo medo do uso de alguma coisa que muitas vezes é desconhecido. Isto é normal, mas sabemos também que não tem volta e quem não buscar isso, com certeza num futuro bem próximo será um analfabeto7 dentro de qualquer instituição.

7 A Unesco definiu em 1958 o conceito de alfabetização como a capacidade de ler compreensivamente ou

escrever um enunciado curto e simples relacionado a vida diária do indivíduo. Em 1978 a Unesco propôs a definição de alfabetização de funcional quando suficiente para que os indivíduos possam inserir-se adequadamente em seu meio desempenhando tarefas em que a leitura, escrita e cálculo são demandados para o seu próprio desenvolvimento e para o desenvolvimento em comunidade (RIBEIRO, 1997).

O prefeito também tem preocupação, principalmente com o início do projeto. Ele entende que é complicado mudar hábitos antigos, a forma de ensinar, uma vez que os educadores geralmente não receberam uma base na sua formação. Ele explica que “Os professores têm a sua metodologia, e uma mudança de método causa um pouco de desconforto, não que eles não tenham capacidade de mudar, mas num primeiro momento as disciplinas eram difíceis de serem adaptados os conteúdos digitalmente”.

A secretária de educação entende a importância de utilizar tecnologia na educação, porém, frisa que “O tablet é uma ferramenta complementar o trabalho do professor, mas nunca substituí-lo, porque ainda ele é insubstituível”. A tecnologia é um meio de passar o conteúdo e o professor o mediador ou facilitador que apresenta como usar essas ferramentas de maneira educativa.

Não existe lei, decreto ou algum documento que regulamente todos os pontos necessários para uma política pública. Foi criada uma lei municipal em 2014, de apenas uma página, que regulamenta a concessão de uso do patrimônio público. Este termo de concessão de uso assinado foi pelo aluno e seu representante legal além das testemunhas. No referido arquivo, além dos itens burocráticos, está discriminado o tempo de concessão bem como a necessidade de devolução do patrimônio público cedido (que deve estar em estado íntegro, salvo os desgastes naturais de uso) em caso de transferência da escola.

Ao examinar este termo constata-se um dos objetivos desta política pública. Uma das intenções do município, ao conceder o uso de tablets aos alunos do ensino fundamental, é evitar o êxodo de alunos para outras instituições e consequentemente manter o valor repassado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB ao município. A fim de quantificar o recurso recebido por aluno da 5ª série do Ensino Fundamental examinou-se os relatórios de matrículas da educação básica e a estimativa de receita divulgados pelo FUNDEB no final de 2014 e 2015.

Partindo desta conjectura o valor anual que o município receberia por estudante foi de R$ 3.496,26 sendo que a escola possuía matriculados 47 alunos, totalizando R$ 164.324,22 em 2014. Em 2015, para os 38 alunos matriculados, foi recebido R$ 3.743,22 por estudante, totalizando R$ 142.242,36 para todos os alunos da quinta série. Apesar de ser uma entidade sem fins lucrativos, a prefeitura municipal para manter a sua atividade e seus programas sociais necessita receber o retorno dos impostos dos contribuintes e para tanto são adotadas estratégias como a citada anteriormente.

Após dois anos do projeto, na visão dos gestores entrevistados, analisam os resultados da implementação desta política pública. Para a diretora:

Foram dois anos em que começamos o trabalho e avaliação desta proposta nova. É bem complicado trabalhar com os alunos porque eles não olham como um objeto pedagógico e sim como um instrumento de diversão e entretenimento. Aos professores vejo uma aceitabilidade grande e busca de conhecimento com a ferramenta o que vem enriquecendo as aulas do professor quando usado o tablet em conjunção com a TV. O professor leva o conteúdo no tablet e mostra na TV. Para os alunos se torna mais fácil a pesquisa em sala de aula, cada um consegue pesquisar no seu próprio aparelho. Para o professor é difícil conter os alunos porque eles sempre buscam o entretenimento e não a pesquisa.

A diretora entende que o projeto é um desafio, que ele proporciona inúmeros benefícios, porém, sua preocupação é com os alunos. Para a diretora os estudantes não possuem maturidade para trabalhar com o tablet e acabam utilizando a ferramenta apenas para jogos, deixando de lado o uso pedagógico com o equipamento. A secretária de educação avalia que:

Houve pontos positivos pelo que acompanhei, alguns professores se esforçaram dentro dos seus limites para conseguir trabalhar com esta ferramenta em sala de aula. Também houve falta de comprometimento com os pais porque quando os equipamentos foram oferecidos eles assinaram um termo de responsabilidade. Os pais não acompanharam este processo todo e vários tablets vieram estragados ou quebrados. Os alunos não usaram para programas educativos e a meta não foi alcançada, o objetivo que nós realmente estávamos esperando (a entrevistada demonstra decepção). Na minha avaliação ainda falta muito, precisa ter mais formação, um trabalho com os pais dos alunos. Da forma como foi realizado, na minha opinião não foi algo muito produtivo.

A secretária de educação observa pontos positivos e negativos no projeto, sendo o principal o esforço de alguns professores em superar seus limites para trabalharem com o tablet durante as aulas. Por outro lado, ela afirma que “Nós temos professores que vem usando não da forma como gostaríamos que fosse usado, mas a gente sabe que eles ainda não estão preparados e nós sabemos que ainda tem muita resistência por parte dos professores mais antigos com o uso de tecnologia”.

A decepção da gestora prossegue com as famílias dos estudantes porque muitos equipamentos foram danificados ou inutilizados nestes dois anos do projeto. Ela frisa que a meta não foi alcançada, porém, estes objetivos do projeto estão apenas no discurso, não existe um documento que informe estas metas ou apresente um planejamento de médio-longo prazo para esta política pública. Nas suas palavras “O objetivo não ficou bem claro, não adianta adquirir o equipamento e não dar oportunidade de trabalho e não ter um objetivo claro quanto a isso ... Todo projeto deve ser repensado, avaliado, para chegarmos em um objetivo comum. Precisamos ver estratégias para implementar os mesmos”.

A avaliação do prefeito é similar, para ele também houveram pontos positivos e negativos durante o projeto. Nas suas palavras:

Pontuando em aspectos de investimento, é um valor significativo e que muitas vezes se torna um investimento positivo ou negativo. Nós tivemos várias glórias neste projeto com alguns alunos, mas também com outras várias decepções. Nós sabemos que muitos procuravam usar esse instrumento como uma ferramenta de trabalho, mas muitos desvincularam-se desta ferramenta de trabalho e partiram apenas para jogos e vídeos. E estas ações não são tão proveitosas porque se desprende da grade curricular, do projeto, daquilo que os professores e a escola realmente desejam para que o aluno busque conhecimento. É um investimento que teve êxitos e terá êxitos se for bem trabalhado. Da maneira como está têm sido ótimo os resultados, mas não temos um equilíbrio de satisfação nem de insatisfação. Alguns tem usado com responsabilidade e outros não. O tablet também traz algumas vezes insegurança para o professor.

Trata-se de um investimento considerável com o projeto, valor este que poderia ter sido aplicado em outra política pública. É salutar que o gestor observe a falta de equilíbrio com o uso dos tablets porque apesar de existirem pontos positivos, também há questões a serem melhoradas e o projeto somente estará consolidado quando ocorrer este equilíbrio. Como o projeto está em fase inicial (está no terceiro ano) a tendência é que com o passar do tempo ele atinja a maturidade e os referidos problemas não serão mais constatados. O prefeito justifica que

O uso do tablet não teve uma ascensão de imediato porque ele causou um impacto para as professoras e porque num primeiro momento eles não tiveram os conteúdos inseridos... Isso causou uma dificuldade no projeto, e o projeto ascendeu. Este projeto revolucionou, nós vimos muitos professores buscando qualificação para transmitir para os alunos.

Para avaliar a eficiência do projeto é necessário fazer uma avaliação. O prefeito acredita que uma auditoria externa com alunos e professores poderá auxiliar a medir a eficiência do projeto, mas, conforme frisado anteriormente, algumas situações já são conhecidas. Para o prefeito:

Nós precisamos ter um resultado final através de uma avaliação dos professores e alunos. As reclamações foram poucas do uso dos tablets. Eu acho que foi um auxílio tecnológico a disposição de uma turma de alunos na nossa escola. A tecnologia é uma coisa complementar na escola e isso pode deixar a escola completa. O grande desafio é adquirir softwares para gerar conteúdo para os equipamentos. Os tablets