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CAPÍTULO 5 A inserção de locais ricos em recursos naturais do Sul Global em redes de

5.6. O Rio de Janeiro na rede de conhecimento de petróleo offshore

Nesta seção é destacada a participação do Rio de Janeiro na rede, mostrando características, implicações e os principais atores que contribuem para essa inserção única. Vale ressaltar que todos os tópicos discutidos nesta seção refletem as características da base de dados que foi construída.

A principal aplicante de patentes com inventores no Rio de Janeiro é a Petrobras, que responde por aproximadamente 50% das patentes nas quais o Rio de Janeiro esteve envolvido. Os outros 50% foram divididos em 10 empresas internacionais, principalmente prestadoras de serviços especializados. As patentes da Petrobras são originárias de inventores localizados no Rio de Janeiro, representando muitos dos loops que acontecem dentro da cidade. Já os fluxos entre o Rio de Janeiro e outras cidades são estabelecidos através da cooperação em patentes depositadas por empresas estrangeiras, especialmente as prestadoras de serviços especializados.

Essa característica mostra que o conhecimento interno da cidade está fortemente relacionado à Petrobras, mas o acesso ao conhecimento externo ocorre via prestadores estrangeiros de serviços especializados. Outra característica é que, além da NOC local, não há outra organização nacional gerando conhecimento em escala internacional. Pensando no novo formato delineado pela indústria de petróleo, no qual as empresas prestadoras de serviços especializados são crescentemente a principal fonte de inovação, a cidade do Rio de Janeiro não tem um representante nacional de peso nesse segmento, dependendo de empresas estrangeiras para a geração de conhecimento na prestação de serviços especializados.

Analisando os dados é possível verificar que existem dois grupos de atores com funções bem definidas em relação à inserção do Rio de Janeiro na rede de conhecimento de petróleo offshore. Primeiramente, há a Petrobras, que é a principal responsável pelos loops, contribuindo para a geração interna de conhecimento. Em segundo lugar, há empresas estrangeiras, principalmente prestadoras de serviços especializados, responsáveis pelos arcos, e contribuindo para o acesso ao conhecimento externo.

O Rio de Janeiro é a localização dos inventores de 26 patentes da base de dados. Outras cidades brasileiras foram a localização dos inventores de apenas 4 patentes, o que mostra a forte concentração no Brasil de geração de conhecimento relacionado ao petróleo offshore no Rio de Janeiro. Dessas 26 patentes, 12 envolviam a cooperação com inventores localizados em outras cidades. Essa cooperação é mostrada através do grau de centralidade do Rio de Janeiro. O grau de 42 leva em conta o número de interações estabelecidas com outros lugares, ou seja, o Rio de Janeiro se conectou 42 vezes com outras cidades da rede.

O principal local de cooperação do Rio de Janeiro é Houston. Isso significa que a cidade está fortemente conectada ao maior hub da rede, tendo acesso ao local que é o principal centro da geração de conhecimento em petróleo offshore. Isso se deve à forte participação de empresas estrangeiras nos fluxos de conhecimento do Rio de Janeiro, já que muitas dessas empresas que desenvolvem pesquisas no Rio de Janeiro, também têm instalações de P&D em Houston. No entanto, o Rio de Janeiro também está conectado a muitas cidades menos centrais, o que gera um eigenvector de 0,0178, um número relativamente pequeno19. De acordo com os IPCs, foi possível identificar que as patentes concedidas aos inventores do Rio de Janeiro estavam focadas em cabos e instalações subaquáticas.

Considerando o particionamento k-core, o Rio de Janeiro está em uma posição estratégica, pois faz parte da segunda camada mais central. Essa posição tem implicações para a manutenção da sua participação na rede, pois os nós esparsamente conectados, como os das camadas periféricas, têm mais chance de serem excluídos da rede, pois estão fracamente incluídos nela (KHAOUID et al, 2015). Além disso, os nós das camadas mais periféricas têm menos acesso a conhecimentos externos, pois não são tão intensivamente conectados a outros nós e, consequentemente, estão mais propícios a uma situação de lock-in, e têm mais dificuldades de realizar um upgrading na rede de produção global (CRESCENZI et al, 2016).

As cidades dentro das camadas mais centrais, como o Rio de Janeiro, estão mais conectadas à rede, envolvidas em mais cooperações e conectadas a mais cidades (ALVAREZ- HAMELIN et al, 2005). Essa posição central implica em mais acesso a conhecimento externo. Assim, a posição do Rio de Janeiro na rede é mais estável, em comparação com as cidades que estão nas camadas mais periféricas. Ademais, estando nas camadas principais, o Rio de Janeiro está mais exposto ao conhecimento externo, o que, por sua vez, contribui para reforçar

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sua posição central na rede e para sustentar uma trajetória de upgrading na rede de produção global.

De acordo com a base de dados, os fluxos externos do Rio de Janeiro dependem muito de empresas estrangeiras especializadas. A instalação das unidades de P&D dessas empresas no Rio de Janeiro está fortemente relacionada à natureza da base de conhecimento desse setor, como discutido em seções anteriores, e pode ser explicado por dois principais fatores: os requisitos tecnológicos da camada pré-sal e a expertise da Petrobras na exploração em águas profundas.

Como já mencionado anteriormente, os requisitos tecnológicos específicos ao pré- sal e a base de conhecimento sintética do setor, baseada fortemente na interação entre usuário e produtor, contribuem para que diversos fornecedores e prestadores de serviços especializados se instalem no Rio de Janeiro, para facilitar a interação com as empresas petroleiras, que chefiam os projetos de E&P, e fornecer soluções que atendam aos desafios tecnológicos específicos colocados pelo pré-sal.

Dados apresentados em Piquet et al (2016) mostram que, desde 2006, quando da descoberta do pré-sal, 15 novos centro de P&D se instalaram no Rio de Janeiro. Entre as empresas que instalaram centros de P&D na cidade estão grandes prestadoras de serviços especializados e grandes patenteadoras no segmento offshore, como a Baker Hughes e a FMC Corporation. A instalação de unidades estrangeiras de P&D impulsionou significativamente a geração local de conhecimento, pois as empresas estrangeiras não só contribuíam com suas práticas, rotinas e tecnologias, como também desenvolveram novos conhecimentos. O acesso ao conhecimento externo também foi impulsionado, já que muitas novas tecnologias e adaptações passaram a envolver a cooperação entre pesquisadores nas instalações cariocas e estrangeiras.

Em estudo realizado por Rocha e Urraca-Ruiz (2011), que entrevistaram algumas das empresas prestadoras de serviços especializados que instalaram unidades de P&D no Rio de Janeiro, quando questionadas sobre a sua motivação para a instalação de unidades de P&D na cidade, as empresas afirmaram que queriam atender às demandas tecnológicas da camada pré-sal, e que as soluções desenvolvidas para ela poderiam servir de base para outros campos de petróleo em águas profundas. Algumas das empresas também afirmaram querer aprender com a Petrobras, que desenvolveu a expertise na exploração de campos petrolíferos em águas profundas.

Através dessas informações, é possível inferir que a Petrobras desempenha um papel duplo na inserção do Rio de Janeiro na rede, pois ela, ao mesmo tempo, contribui

diretamente para a geração de conhecimento interno e é um fator de atração para empresas estrangeiras, que decidem instalar unidades de P&D na cidade. Isso evidencia que a Petrobras é um ator fundamental para explicar a inserção do Rio de Janeiro na rede de conhecimento de petróleo offshore.

5.7. Considerações finais

O objetivo deste capítulo foi mapear e analisar a rede de conhecimento no segmento de petróleo offshore, mostrando quais cidades do sul global e de países ricos em petróleo estão inseridas na rede e como se dá tal inserção. Para tanto, foram usados dados de patentes como proxy da produção de conhecimento e ferramentas da metodologia de redes. Essa análise foi motivada, além das lacunas da literatura, pelo fato de que, especialmente nas redes produtivas de recursos naturais, a produção de conhecimento é crucial para a realização do upgrading na rede e possibilidade de maior captura de valor. O resultado obtido foi que a única cidade que atendia aos requisitos de ser do sul global e de um país rico em petróleo, e que estava inserida nas camadas hierarquicamente mais altas da rede, era o Rio de Janeiro.

Ao analisar mais profundamente as características da inserção da cidade, verificou-se que a Petrobras é um ator-chave na produção de conhecimento interno do Rio de Janeiro, sendo responsável pela maioria dos loops dentro da cidade. No entanto, no que diz respeito ao acesso ao conhecimento externo do Rio de Janeiro, a Petrobras contribui apenas indiretamente, por ser um importante fator de atração das unidades de P&D das empresas estrangeiras de serviços especializados, como já abordaram Rocha e Urraca-Ruiz (2011). No entanto, a NOC não está contribuindo diretamente para o acesso do Rio de Janeiro ao conhecimento externo, já que as conexões entre o Rio de Janeiro e outras cidades foram traçadas através de patentes concedidas a empresas estrangeiras de serviços especializados, o que mostra que a cidade depende fortemente de capital estrangeiro para acessar conhecimento externo.

A conclusão da análise desenvolvida neste capítulo coloca o Rio de Janeiro em uma posição de destaque em nível global, quando comparada a outras cidades do Sul global. Essa posição não pode ser entendida sem que seja feita uma relação ao histórico de esforços por parte da Petrobras para constituir capacitações e conhecimentos locais desde a década de 1970, como discutido no capítulo 1. Esses esforços vão de encontro com alguns estudos recentes que relacionam a capacidade de upgrading dentro das redes de produção com a estruturação de um sistema nacional de inovação que dê suporte a esse processo, como Lee et

al (2018). Assim, o entendimento da posição do Rio de Janeiro na rede passa, necessariamente, pelo entendimento da natureza da base de conhecimento da indústria de petróleo, e pelo papel desempenhado tanto pelas organizações nacionais como pelas organizações internacionais, que iniciaram cooperações em pesquisas na área com os PROCAPs.

CONCLUSÃO

Em um contexto de globalização e produção funcional e geograficamente fragmentada, a presente tese buscou explorar o papel das cidades na atual configuração econômica, destacando o papel da cidade do Rio de Janeiro na rede de petróleo e gás, no contexto da América do Sul. Para isso, foram utilizadas as abordagens analíticas de redes globais de produção e de cidade gateway, e foi empregada a metodologia de redes em dados sobre investimentos, localização de empresas e patentes.

Após um capítulo teórico discutindo os conceitos que nortearam a análise, esta foi desenvolvida em quatro capítulos empíricos em formato de artigo. Esses capítulos foram desenvolvidos de forma a abordar o tema inicialmente de forma mais agregada, no nível da cadeia, partindo para uma forma mais focada em funções específicas dentro da cadeia. Nos capítulos empíricos buscou-se não apenas discutir o papel das cidades nas redes de produção, mas fazê-lo através de abordagens metodológicas que também oferecessem contribuições para a literatura, como o cálculo de papel de gateway proposto e o uso de comunidades Louvain na análise.

No capítulo 2 a análise empírica foi iniciada com a proposição de uma categorização das cidades da América do Sul na rede de petróleo e gás, a partir de variáveis relacionadas à centralidade, papel de gateway e funcionalidade e de dados de IDE e F&A. Com essa categorização foi possível constatar empiricamente a concentração das atividades mais complexas e de maior valor agregado em apenas algumas cidades, como já havia sido discutido no capítulo teórico. No caso da América do Sul, foi possível verificar que, na categorização proposta, o Rio de Janeiro se encontrava em uma posição diferente das outras cidades da América do Sul, apresentando alta centralidade, alto índice de gateway e desempenhando todas as funções investigadas, inclusive as de maior valor agregado.

No capítulo 3, os dados de IDE e F&A foram empregados em uma nova análise, baseada na relação entre as cidades de origem dos investimentos em petróleo e gás, no contexto da América do Sul, e os países recebedores, a fim de investigar o poder que determinadas cidades tinham na rede de investimento em petróleo e gás na região e qual a amplitude espacial desse poder. Com essa investigação foi, novamente, constatado o papel de destaque da cidade do Rio de Janeiro no contexto da América do Sul, sendo ela a cidade de origem do maior número de projetos. Essa centralidade foi atribuída a alguns atributos da cidade, como ser a cidade sede da Petrobras. Embora a posição do Rio de Janeiro seja notável, em relação à rede de investimentos da América do Sul, verificou-se que o escopo dessa

posição é mais nacional do que regional, o que está de acordo com outros trabalhos que analisaram o setor.

Nos capítulos 4 e 5 foram desenvolvidas análises mais focadas em determinados estágios da rede, principalmente atividades de maior valor agregado. No capítulo 4 foi investigada a configuração espacial das atividades de organização e prestação de serviços da etapa upstream, destacando como a regulação e o papel do Estado, de acordo com a taxonomia proposta por Horner (2017), influenciam a configuração espacial das atividades de organização da rede produtiva de petróleo. Como discutido, as características da rede de petróleo e gás fazem com que, embora organizada em nível global, essa rede seja fortemente influenciada pelas condições locais, como a regulação. No capítulo 4 também foi possível verificar o escopo nacional da organização da rede de petróleo e gás e como o Rio de Janeiro se destaca, em relação às outras cidades da América do Sul, sendo um pólo de concentração de empresas envolvidas nos segmentos de maior valor agregado da etapa upstream, as prestadoras de serviços especializados.

No capítulo 5 foi investigada em mais detalhes a função de local de geração de conhecimentos da cidade do Rio de Janeiro. Nesse capítulo a análise foi desenvolvida não apenas no contexto da América do Sul, mas foi adotada uma perspectiva global. Isso foi necessário, pois a cidade do Rio de Janeiro foi a única que se destacou na rede de inventores de patentes offshore, não tendo nenhuma companheira sul-americana relevante para que a análise pudesse ser desenvolvida nesse contexto.

Ao analisar a atividade mais sofisticada e de maior valor agregado na rede de produção, sendo importante não apenas para a geração, melhoramento e captura de valor, mas também para o upgrading na rede, o papel da cidade do Rio de Janeiro, em comparação com o das outras cidades da América do Sul, ficou ainda mais evidente, mostrando que essa cidade não apenas participa da rede de inventores de patentes, mas o faz nos níveis hierárquicos mais altos.

Em resumo, a análise desenvolvida ao longo desta tese permitiu a compreensão de que o Rio de Janeiro é a principal cidade sul-americana no que diz respeito à rede de petróleo e gás, exercendo todas as funções desempenhadas pelas cidades nas redes de produção, discriminadas na literatura. Como evidenciado na introdução e ao longo da tese, esse papel não pode ser desvinculado do fato de que a cidade é a sede da Petrobras, principal empresa petroleira da região. A trajetória da empresa se diferencia de outras importantes empresas da região, como a PDVSA, por exemplo, pelo forte investimento em P&D e na geração de conhecimento realizado desde a década de 1970. Associando-se a parceiros estrangeiros, a

empresa desenvolveu projetos de pesquisa que culminaram na quebra de recordes de profundidade de perfuração e reconhecimento internacional.

Embora muitas cidades da América do Sul participem na rede de petróleo e gás, a maioria o faz através de atividades de baixo valor agregado. Verificar o papel do Rio de Janeiro nesse contexto e a diferenciação dessa cidade em relação às outras cidades da região levanta discussões sobre os benefícios e desenvolvimento econômico que a participação nas redes de produção gera e, consequentemente, levanta importantes implicações para a elaboração de políticas públicas inseridas no contexto de redes globais de produção.

Na literatura que trata de cadeias de valor e redes de produção, os benefícios da participação nessas redes são tratados como algo quase automático, porém, como mostrado nos capítulos desta tese, verificou-se que eles não necessariamente ocorrem, estando circunscritos a apenas alguns locais. Afinal, é possível afirmar que cidades que participam de redes de produção através de atividades de logística e cidades que participam como locais de geração de conhecimento estão obtendo benefícios semelhantes? Logo, é necessário ir além da participação em redes em si e qualificar tal participação. Quando se observa que as cidades do tipo da primeira são significativamente mais numerosas, é levantada a hipótese de Lee et al (2018), que afirmam que o aproveitamento dos benefícios está ligado à constituição de um sistema nacional de inovação, que possibilite o upgrading na rede.

A cidade do Rio de Janeiro ilustra essa hipótese, devido à estrutura de inovação em petróleo e gás formada em torno da Petrobras, que permitiu que a cidade fizesse o upgrading. Essa posição da cidade está fortemente ligada ao papel desempenhado pelo Estado, que agiu como um empreendedor (MAZZUCATO, 2014), incentivando a constituição de uma estrutura científica e tecnológica que possibilitou a superação da dependência em relação às tecnologias estrangeiras, implicando em maior autonomia e maior capacidade de captura de valor dentro das redes. Essas ações foram cruciais para que o Rio de Janeiro e o Brasil realmente obtivessem os benefícios econômicos gerados pelo acoplamento às redes, o que ocorreu em menor medida em outros locais da América do Sul.

Contudo, o papel do Estado deve ser visto muito criticamente. Embora o Rio de Janeiro se destaque na região como local de coordenação e geração de conhecimento, a Petrobras aparece como única empresa doméstica que desempenha esse papel e a política de conteúdo local implantada no Brasil foi duramente criticada em entrevistas realizadas no âmbito dessa pesquisa, que indicaram a necessidade de reajuste da política. Aqui, cabe uma reflexão sobre a atuação do Estado brasileiro no setor, pois, mais recentemente, vem sendo adotada uma postura de desmonte da política de conteúdo local nacional. Como já

mencionado, ela foi duramente criticada nas entrevistas realizadas, entretanto, indagamos se o afrouxamento da política de conteúdo local, em vez de uma reformulação, é a iniciativa mais adequada, já que ela pode implicar em desaparecimento de elos da cadeia.

Outro ponto a ser destacado é a atual conjuntura da indústria de petróleo e gás no Brasil, que coloca em cheque a manutenção da posição do Rio de Janeiro. Após ter vivido o seu auge no início dos anos 2000, com o boom de commodities e a descoberta do pré-sal, o setor vem passando por graves problemas desde 2014, com a queda do preço de petróleo, o controle de preços dos combustíveis, a insustentabilidade financeira e os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras. Tudo isso gerou forte incerteza em relação ao futuro da trajetória virtuosa desenvolvida pela cidade do Rio de Janeiro na rede de petróleo e gás.

Associado às incertezas causadas pela crise no setor, para a qual contribuíram fatores externos, locais e internos à Petrobras, outro vetor de incertezas reside nos governos recentemente eleitos, tanto na esfera federal como na esfera estadual. Como visto ao longo deste trabalho, o desenvolvimento de estratégias voltadas à constituição de uma estrutura local de inovação e de geração de conhecimentos foi crucial para o posicionamento do Rio de Janeiro na rede de produção de petróleo e gás. Entretanto, com a ascensão de governos que tratam universidades, institutos de pesquisa, cientistas e o conhecimento formal em geral com tamanho descrédito, é difícil imaginar que a manutenção dessa estrutura será uma prioridade.

Essas incertezas quanto ao futuro da principal atividade econômica da cidade e do estado do Rio de Janeiro se materializam na atual situação do estado, que enfrenta altos