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1. Efetuar o levantamento da rede de dre- nagem, delimitando a bacia hidrográfica e os corpos d’água;

2. Caracterizar a rede de drenagem com relação ao padrão e densidade hidrográfica, es- tabelecendo relações com as unidades geoam- bientais;

3. Caracterizar os aquíferos da área em es- tudo;

4. Avaliar o uso atual dos recursos hídri- cos da bacia (abastecimento humano/industrial, irrigação, pesca, atividades de lazer, entre ou- tros);

5. Analisar a degradação ambiental dos re- cursos hídricos superficiais e identificar as pos- síveis fontes geradoras de tal degradação.

Materiais e métodos

Materiais:

Serão necessários para o desenvolvimen- to da pesquisa os seguintes materiais:

• Imagens de satélites TM-LANDSAT; • Cartas topográficas da SUDENE na esca- la de 1:100.000;

• Folhas planimétricas da Funceme na es- cala de 1:100.000 (Monitoramento dos Espelhos D’água do Estado do Ceará, 1988);

• Levantamentos sistemáticos dos recur- sos naturais realizados a nível exploratório/re- conhecimento, tais como RADAMBRASIL (1981), SEMACE (1992);

• Plano Estadual de Recursos Hídricos; • Projeto Áridas – GT2 – Recursos Hídricos. Procedimentos metodológicos:

• Seleção e análise do material geocartográ- fico e bibliográfico disponível;

• Análise das cartas topográficas e imagens de satélites para a obtenção das informações da rede de drenagem, reservatórios e lagoas, bem como para a delimitação das unidades geo- ambientais;

• Interpretação das características da rede de drenagem (padrão e densidade hidro- gráfica), relacionando-as às diferentes unidades geoambientais;

• Levantamento de dados em órgãos pú- blicos sobre a utilização atual dos recursos hí- dricos e sua degradação;

• Análise da água nos parâmetros físico- -químicos e biológicos;

• Trabalho de campo para coleta de infor- mações e para reconhecimento in loco das confi- gurações espaciais atuais;

• Elaboração da cartografia final na escala de 1:100.000, através do uso de programas grá- ficos;

• Interpretação e redação final do traba- lho.

[...]

Referências

BRANDÃO, R. L. Diagnóstico Geoambiental e os Principais Problemas de Ocupação do Meio Físi- co da Região Metropolitana de Fortaleza. CPRM, 1995, 88p.

CHRISTOFOLETTI, A. A Análise das Bacias Hidro- gráficas. In: Geomorfologia, p. 102-127. São Paulo: Blucher, 2a edição, 1980.

FEITOSA, F. A. C., et al. Hidrogeologia: conceitos e aplicações. Fortaleza: CPRM, 1997.

MOTA, S. Introdução à Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES, 1997. 280p.

OLIVEIRA, P. T. M. Recursos Hídricos. In: Recur- sos Naturais e Meio Ambiente: uma Visão de Bra- sil, p. 89-94. São Paulo: CPRM, 1992.

Plano Estadual de Recursos Hídricos. 1992. Projeto Áridas – GT2 – Recursos Hídricos. 1994.

Observe que, no projeto acima, o pes- quisador optou por, na introdução, situar o tema da pesquisa, enquanto o problema foi apresentado na seção subsequente. Veja ainda que o caráter descritivo que estudamos no iní- cio da unidade, como sendo uma característi- ca do relatório, repete-se aqui no projeto. Isso é bem evidente no item “área de estudo”, em que se descreve a bacia hidrográfica a ser pes- quisada.

Atente ainda para a formulação dos ob- jetivos: todos eles foram introduzidos por ver- bos na forma infinitiva, o que vale tanto para o gênero projeto quanto para o relatório. As semelhanças, no entanto, não param por aí. Como vimos anteriormente, a metodologia de uma pesquisa tem caráter descritivo e narra- tivo, pois enumera os passos que foram toma- dos (no caso de um relatório) ou que serão tomados (no caso de um projeto). No entan- to, o autor do projeto “Recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Pacoti-Cerará: poten- cialidades, uso atual e degradação ambiental” optou por uma estratégia diferente, mas igual- mente válida: em vez de verbos, preferiu for- mas nominais para indicar as ações a serem efetuadas ao longo da pesquisa, expressas por substantivos abstratos, como “seleção”, “aná- lise”, “interpretação”, “levantamento” etc. Em seu projeto, você pode escolher qualquer uma

das opções – verbos ou substantivos abstratos –, mas não misture ambos os recursos em uma enumeração.

Veja, por fim, que a estrutura do projeto é flexível: apesar de não apresentar em uma ordem fixa todos os elementos estudados nesta unida- de, o projeto é absolutamente bem-sucedido em seu propósito informativo.

Exercitando

Antes de avançar para um novo assunto, que tal pôr em prática o que você acabou de ver na unidade? Se você encontrar dificuldades para realizar a tarefa a seguir, retome o conteúdo aqui estudado.

Atividade 3

A partir do que você acabou de estudar, elabore um pequeno projeto de pesquisa. Se você está já avançado em seus estudos univer- sitários, elabore um projeto para seu futuro trabalho de conclusão de curso. Se você pensa em ingressar na Iniciação Científica, escreva um projeto para apresentar a seu possível orienta- dor. Se você está entrando na Universidade, su- gerimos que estude as relações entre os alunos novos e os veteranos, no período do que se con- vencionou chamar de “trote”, considerando as várias faces que esse fenômeno apresenta em nosso país. Trata-se de assunto polêmico e que merece ser investigado cientificamente.

Na elaboração de seu projeto, não deixe de: 1. propor um título ao estudo que quer fazer.

2. escrever parágrafos breves, claros, con- trolando cada palavra.

3. definir um índice provisório, em que apareçam:

a. a questão que você pretende investigar; b. seus objetivos com essa pesquisa; c. os estudos precedentes (busca de re- sumos, relatórios de pesquisa, livros, artigos, ensaios, resenhas, teses e dissertações da área) sobre essa questão;

d. sua hipótese, mesmo que muito vaga, no caso de estar ainda muito no início de sua pesquisa;

e. dados com que conta, ou com que pre- tende contar, como seu corpus;

f. procedimentos metodológicos a serem

adotados;

g. referências (bibliográficas, sites, filmes, vídeos etc.).

Respostas às atividades