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ECOGOVERNAMENTALIDADE: CULTURA POLÍTICA NO BRASIL E MACROPOLÍTICA RESÍDUOS SÓLIDOS

2.2 OS ANTECEDENTES: INTERFACES COM A MACROPOLÍTICA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

2.2.2 A S P OLÍTICAS N ACIONAIS DE M UDANÇA DO C LIMA E DE R ESÍDUOS S ÓLIDOS

[...] a produção das idéias acerca do mundo social acha-se sempre subordinada de facto à lógica da conquista do poder, que é a da mobilização do maior número. (BOURDIEU, 2007:175).

A ausência de entendimento é, hoje, uma constante na política brasileira, gerando uma era da indeterminação que resulta em fortes problemas de entendimento do que seja espaço público, cidadania e responsabilidades políticas. A falta de prática da Política no espaço público nacional, sobretudo no meio urbano, tem contribuído a um excesso de regulação da vida privada, sob pretextos alarmistas ou salvacionistas e, não raro, sob ambos, deslocando para a sociedade civil responsabilidades de execução da política antes postas ao Estado. É dessa forma, que se dá a intensificação das instituições de Polícia e de controle, ferindo as liberdades individual e coletiva, cooptando as organizações da sociedade civil e impedindo a manifestação do cidadão como ser de potência.

Sendo um dos eixos fundamentais da macropolítica de mudanças do clima, a proposta de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos ressurge no Congresso Nacional com debate fundamental acerca da adoção de um regime jurídico para o tratamento de resíduos. Assim, o tratamento em nível nacional da mudanças climáticas abriu caminho para a adoção de medidas par o tratamento de resíduos. Nasce, assim a Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2012), tida como um avanço legislativo em termos da organização federativa da gestão do lixo, com o estabelecimento de novas espécies de responsabilidades e estratégias de reutilização de materiais, sua implementação depende de um esforço conjunto de todas as unidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), segmentos produtivos e comerciais e consumidores.

Assim, a PNRS constitui um avançado mecanismo de informação, controle, gestão e financiamento de grande parte das ações de saneamento em escala nacional. Ao estabelecer uma escala que vai do poder público local ao nacional, do consumidor final aos seguimentos comerciais e produtivos regionais e, mesmo, internacionais, em uma imensa rede de responsabilidades compartilhadas e proporcionais que, inclusive, dispõe de

estratégias econômico-financeiras de apoio às cooperativas de catadores de lixo, a Política negligencia um fator importe: a participação da sociedade civil.

Em tramitação no Congresso Nacional desde 1989, o projeto de lei que deu origem à Política Nacional de Resíduos Sólidos propunha, inicialmente, a gestão dos resíduos do sistema de saúde. Tendo sua iniciativa e aprovação no Senado Federal ainda naquele ano, sob a alcunha de PLS 354/1989, foi enviado para a Câmara dos Deputados, onde passou a tramitar como PL 203/1991 (BRASIL, 2012). Durante os 20 anos de processo legislativo, apenas uma Audiência Pública foi convocada, em 1991 e não realizada, em função do fim da legislatura.

Ao longo de, pelo menos, 15 anos – passando por 4 legislaturas – mais de 50 projetos de lei de diversos deputados das mais diferentes filiações partidárias foram apresentados ampliando o debate sobre o tema. Contudo, um projeto de iniciativa da presidência da república, apresentado no ano de 2007, substitui as discussões originais realizadas na Câmara e passa a ser considerado com o substitutivo principal e “motor” do processo legislativo, obtendo aprovação nessa casa legislativa em março de 2010, sendo enviado ao Senado da república para apreciação final.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS – e a Política Nacional de Mudanças Climáticas no Brasil, nesse contexto, podem ser consideradas expressões dessa era de indeterminação, na qual a cidadania é identificada como consumo e o debate político cede lugar a um processo perverso de cooptação da sociedade civil institucionalizada, sob uma ótica neoliberal, a ocupar o lugar do Estado na gestão da política, minimizando o seu papel de debate, discurso e fiscalização dessas políticas (DAGNINO, 2004; RANCIÈRE, 1995; FOUCAULT, 1979a). Um de seus aspectos fundamentais quanto a isto, na PNRS os cidadãos são tratados como meros consumidores e, nessa medida e unicamente nesse

contexto, são considerados responsáveis para participar da Política. Além disso, um grande grupo interessado nessa política, o de “Catadores de Lixo” sequer foi convidado a participar das discussões, fazendo com que a política não atenda a seus anseios, prevendo simplesmente a realização de “projetos sociais de emancipação”, sem especificar em que nível, duração e grau de atuação (BRASIL, 2012).

Assim, essa política fomenta a reunião de características de minimização da vontade, pautada na responsabilidade pelo consumo, auxiliando na redução dos cidadãos brasileiros a “animais de rebanho”, destinados a estar contentes com sua democracia pautada pelas relações de consumo. Assim, vê-se que sob a máscara da representatividade e da responsabilidade compartilhada pela produção do “dejeto” e pela preservação da vida pela contenção do efeito estufa, esconde-se um monstro inconscientemente alimentado por uma totalidade de normas. Isso se configura, precisamente, com uma capacidade hiperpotente, porém velada sob a máscara de processo democrático, de introduzir e reproduzir determinadas idéias no mundo social, e difundi-las no espaço público, com o fim de manter a sociedade civil enjaulada em uma série de mecanismos mirabolantes de balizamento da vida social em suas esferas privada e coletiva.

Neste ponto, cabe discutir a problemática relacionada a criação e institucionalização dos mecanismos de controle relacionados à Política Nacional de Mudanças Climáticas e à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovadas, respectivamente nos anos de 2009 e 2010 pelo Congresso Nacional Brasileiro entendendo-as no contexto de uma ecogovernamentalidade (AGRAWAL, 2005), expoente da “era da indeterminação” vivida no espaço público e vetor da Política no Brasil. amplamente difundida e ramificada de gestão e reprodução social. O intuito, aqui, é apresentar uma perspectiva de como e o quê vem ocorrendo nessa ampla normatização da sociedade brasileira e abrir espaço para uma

futura e mais profunda discussão sobre a participação cidadã na Política.

Nessa perspectiva, a relação entre essas duas macropolíticas remonta ao processo de institucionalização das preocupação com o meio ambiente urbano, previstas nos documentos internacionais decorrentes da A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - RIO-92. Em particular, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) de 1992 e o seu Protocolo de Quioto de 1997 além estabelecerem compromissos vinculativos internacionais para redução de gases com efeito de estufa (GEE) de modo a evitar “mudanças climáticas perigosas”, preveem a gestão urbana e, em particular, a gestão de resíduos sólidos, como questão fundamental no tratamento do efeito estufa. O Brasil, considerado país em desenvolvimento, a pesar de não ter o compromisso de redução de GEE, dado o princípio das “responsabilidades comuns, mas diferenciadas” (art.3o §1o, adotou, contudo, um Plano Nacional sobre Mudança do

Clima em 2008, tendo o Parlamento aprovado no fim de 2009 uma Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187), vinculando voluntariamente o Brasil a uma redução de GEE de 36,1% a 38,9% até 2020, incluindo na gestão de resíduos um fator importante de gestão do efeito estufa, o que pode ser observado na Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em 2010 e no Plano Nacional de Resíduos Sólidos de 2013.

Assim, há que se discutir as práticas de gestão urbano-ambiental incluídas nessas macropolíticas sob o ponto de vista da governamentalidade. Governamentalidade é aqui entendida como a indução na sociedade Brasileira de um “regime de verdade” – uma perspectiva ontológica – pelo Estado e instituições políticas, de modo a legitimar certas ações de gestão coletiva relacionados com o cumprimento dos objetivos do regime de mudanças climáticas, visando a satisfação de interesses – políticos, econômicos, de poder. A essa governamentalidade, ou ao seu aspecto de “ecogovernamentalidade”, pode ser

imputados as questões mencionadas acima de supervalorização de um “projeto neoliberal” que desloca a noção de cidadania para a esfera do consumo, imputando à sociedade civil responsabilidades Estatais, gerando uma indeterminação, no espaço público, do debate político e sobrevalorizando o aspecto de controle policial da sociedade.

A noção de governamentalidade – ou mentalidade de governo – sublinha a forma como o pensamento relativo a práticas de governo é coletivo e dado como adquirido, i.e. não comumente questionado por seus praticantes (DEAN, 1999). Governo é aqui considerado, no seguimento de Foucault, como a “conduta da conduta”, por isso não limitado ao Estado, mas exercido em todos os níveis da sociedade. Como concerne o moldar da conduta humana – agindo nos governados como um lócus de ação e liberdade – governo implica não apenas meras relações de poder e autoridade, mas também questões do “eu” e de identidade (DEAN, 1999). É nesse sentido que, nas questões ambientais, a análise de governamentalidade – ou ecogovernamentalidade – nos permite perceber como posições adotadas por “sujeitos ambientais” surgem como resultado do envolvimento em lutas de poder sobre recursos naturais e em relação a novas instituições e mudanças nos jogos de interesse (AGRAWAL, 2005).

Cada indivíduo pensa sobre o exercício da autoridade com base em teorias, ideias, filosofias e formas de conhecimento que se constituem a nível cultural e social. Questões normativas detém assim um importante papel na definição de condutas e, por conseguinte, na legitimação de políticas. Nas questões ambientais, tanto ao nível das negociações internacionais como em políticas domésticas, normas internacionais de ambiente15 podem ser mais ou menos absorvidas por regimes de governo, e.g. a norma de cosmopolitismo

15 Segundo Ogley (1996: 166), normas internacionais de ambiente são mudanças realizadas e limitações

aceites no comportamento, hábitos e práticas de atores humanos (desde o Estado, a empresas e indivíduos), como resultado de crenças sobre as desvantagens que de outro modo aconteceriam ao ambiente global.

aprofundando o sentimento de pertença a uma comunidade internacional e homogeneizando a política mundial16 – ou a de ambientalismo neoliberal – dando aos mecanismos de mercado grande importância na proteção ambiental17.

Para Foucault (2009), governamentalidade também tem um sentido histórico, pois marca a emergência de uma forma distintamente diferente de pensar sobre e exercer o poder em algumas sociedades, ligada à descoberta de uma nova realidade, a economia, e preocupada com um novo objeto, a população. Aparece nas sociedades ocidentais no século XVIII quando a arte de governo do Estado se torna uma atividade distinta.

A biopolítica surge neste contexto como um tipo particular de governamentalidade em que o objetivo do governo é usar e aperfeiçoar as forças e capacidades da população como indivíduos vivos, através de aparatos de segurança, regulamentos e normalização estatística, com a população como objeto de conhecimento das ciências humanas e econômicas.

O advento das questões ambientais fez o conceito de biopolítica de Foucault ser alargado para abarcar tudo o que é necessário para manter a “vida”, ampliando-a a todo o planeta, através da criação de diferentes práticas e regulações ambientais. Também chamada de “governamentalidade verde” (OELS, 2005), normaliza o comportamento individual através da imposição de códigos de conduta “amigos do ambiente” aos corpos individuais e policiando a fitness de sobrevivência de todos os organismos. Segundo Malette (2011:16):

16 Ver, por exemplo a crítica de Doyle e Chaturvedi (2010) à noção de “alma global” nas negociações

internacionais do clima.

17 A norma internacional de ambientalismo neoliberal (BERNSTEIN, 2000), estabeleceu-se no portfólio de

combate às mudanças climáticas em várias nações e consiste na aceitação de mecanismos de mercado como adjuvantes da proteção ambiental, em detrimento de métodos de comando e controle. No regime internacional de mudanças climáticas esta norma é criticada como favorecendo a “comodificação do clima”, ou uma “acumulação por descarbonização” resultante de uma “colonização de carbono” (BACKSTRAND. LOVBRAND, 2006), onde países industrializados compensam as suas emissões através do investimento em países em desenvolvimento.

[...] podemos ampliar a problematização da governamentalidade moderna ao sugerir que os problemas da ‘vida’, do ‘ambiente’ e do ‘governo’ coincidem agora com a emergência da ‘ecopolítica’, cristalizando, assim, uma relação de poder/saber que reorganiza profundamente de maneira relacional os três movimentos constitutivos da governamentalidade moderna: governo, população e economia política.

Este “biopoder alargado” é acompanhado por uma matematização da “natureza” – o que segue, no surgimento da biopolítica, a importância política das estatísticas para o “controle” da população, segundo Foucault – levando ao surgimento de diferentes racionalidades e tecnologias ecológicas que moldam as “reivindicações de verdades” sobre formas de conduta ecológicas através das quais é esperado que os indivíduos racionais se governem a si e aos outros (MALETTE 2011).

Mais recentemente surge o governo liberal avançado (DEAN, 1999; OELS, 2005) que, coexistindo muitas vezes com a biopolítica, acabou por transformar o espaço discursivo onde as questões ambientais são discutidas. O governo liberal avançado deve ser compreendido no contexto do surgimento e intensificação do neoliberalismo nos anos 1970s e 1980s, e se caracteriza por apresentar o mercado como o princípio organizador das organizações, incluindo o Estado, empregando as forças de mercado para garantir a liberdade da “excessiva” intervenção estatal e criando sujeitos calculistas e responsáveis que necessitam de aumentar a sua competitividade numa luta constante por auto- otimização (OELS, 2005).

Nas questões ambientais o governo liberal avançado reflete-se na predominância do discurso de modernização ecológica – neste contexto utilizamos a versão “fraca”18. Este

discurso se concentra na eficiência ambiental do desenvolvimento industrial e exploração

18 CHRISTOFF (2000) identifica duas variantes do discurso de modernização ecológica: uma “fraca”

consistindo num discurso tecnocrático e neoliberal que não envolve nenhum re-pensamento fundamental da sociedade e suas instituições; e uma “forte”, de cariz reflexivo e que adota uma abordagem crítica aos limites dos paradigmas políticos dominantes e ao modo como instituições modernas lidam com as questões ambientais.

de recursos e acaba por ser apenas superficialmente ambiental (BLOWERS, 1997; CHRISTOFF, 2000). A modernização ecológica tornou-se o discurso dominante, enaltecendo os custos econômicos de tomar ações de proteção do ambiente e sem abordar as questões na base da crise ambiental (HAJER, 1995). No regime internacional de mudança do clima e no regime nacional de resíduos sólidos, o privilegio de soluções baseadas nos mercados como cotas comerciáveis e Implementação Conjunta é um indicativo deste discurso de modernização ecológica.

Oels (2005) tentou perceber em que tipo de ecogovernamentalidade se baseava o regime internacional de mudança do clima e conclui tratar-se de uma transição de biopoder para governo neoliberal avançado, pois identificou indícios dos dois tipos de governamentalidade. O objetivo da CQNUMC de estabilização dos gases com efeito de estufa na atmosfera em níveis que previnam perigo poderia assim ser classificado como indício de biopolítica, enquanto que os mecanismos de mercado do Protocolo de Quioto, as parcerias entre atores no setor privado, ONGs e governos subnacionais e os compromissos voluntários e estratégias de envolvimento de atores privados são exemplo de governo liberal avançado.

Fora do âmbito internacional, permanece incerto, contudo, se nas esferas locais e nacionais as políticas de mudanças climáticas ainda são principalmente enquadradas dentro de uma governamentalidade de biopoder, o que se reflete na gestão de resíduos sólidos, uma vez que as intervenções nesse aspecto previstas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas colocam a gestão do lixo como fundamental para a contenção do efeito estufa. Para Oels (2005), que estudou estas questões no âmbito internacional, é premente realizar mais estudos para enriquecer esta análise com casos empíricos, através de estudos de caso.

Assim, há que se abordar o contexto brasileiro, com uma análise da relação entre o conteúdo da Política e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima e sua interação com a Política e Plano Nacional de Resíduos Sólidos, sem se perder de vista as escalas políticas envolvidas. A produção científica sobre essas Políticas é muito escassa, tanto no que concerne à sua implantação e aos resultados obtidos até agora, como também em relação ao próprio processo de formulação e ao seu contexto de ecogovernamentalidade. É pertinente compreender, dado o forte enfoque econômico, de consumo e de delegação à sociedade civil de responsabilização pela execução dessas políticas, como sua constituição se reporta a um processo de racionalidade moderna, cuja justificativa se enquadra na progressão descrita por Oels (2005) de um regime de biopoder para um governo liberal avançado, nos moldes foucaultianos.

Não delineando, inicialmente, nenhuma metodologia para a análise de regimes, Dean (1999) propõe uma metodologia flexível – evitando-se assim posturas demasiado inflexíveis face às categorias de biopoder e de governo liberal avançado, tendo em conta as heterogeneidades encontradas em cada estudo de caso – e explorando os objetivos dos regimes de verdade – aqui sendo importante o objetivo dito e o não dito – a sua justificativa, os seus campos de visibilidade, as tecnologias empregues, o tipo de saberes preconizados e como as identidades são formadas (DEAN, 1999; OELS, 2005).

Cabe explorar, dessa maneira, até que ponto as ações previstas no Plano Nacional sobre Mudança do Clima e no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, como documentos regulamentadores de suas respectivas políticas, refletem um regime de ecogovernamentalidade, concebido como “[...] qualquer tentativa de moldar, com certo grau de deliberação, aspectos do nosso comportamento de acordo com determinados conjuntos de normas, para uma diversidade de fins” (DEAN, 1999:10).

Assim, revestida da máscara da tecnologia e do máximo controle da vida, a vinculação entre as macropolíticas de resíduos sólidos e mudanças do clima se amalgamam em uma estratégia de poder que engessa a ação social e retira de suas prerrogativas a sociedade civil em prol do mercado. Dessa maneira, é possível a caracterizar essa forma de biopolítica como governo liberal avançado, ou como uma ecogovernamentalidade, na medida em que sua finalidade é criar um regime de verdade para o exercício de uma tecnologia de poder para o controle social.

O presente estudo, ao enquadrar essas macropolíticas num contexto de governamentalidade permite esclarecer que tipo de regimes de verdade e tecnologias de poder estão nelas implicados e como isso reflete na formação do Planos Locais de Resíduos Sólidos dos municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória. Partindo da questão “Como a agência coletiva é considerada na formulação desses regimes?”, Propõe-se uma narrativa dos esforços institucionais para legitimar uma ideia de “controle ambiental” e progresso ecológico, através do cumprimento, por estratégias econômicas e tecnológicas, de uma gestão do meio ambiente urbano.

CAPÍTULO III

ESPAÇO URBANO E SOCIABILIDADE: INTERFACES DO