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do Estudo

1. Metodologia 1.1. Pergunta de Partida 2. Objectivos do estudo 3. População e Amostra 4. Instrumento de recolha dos dados

1.

Metodologia

“Fazer uma tese significa, pois, aprender a pôr ordem nas próprias ideias e a ordenar dados: é uma experiência de trabalho metódico; quer dizer, construir um “objecto2 que, em princípio sirva também para outros. (…). Embora seja melhor fazer uma tese sobre um tema que nos agrade, o tema é secundário relativamente ao método de trabalho e à experiência que dele se tira” (ECO, Umberto 1977: 28). Segundo Quivy e Campenhoudt (1992: 20) um trabalho de investigação consiste “em procurar sempre tomar o caminho mais curto e mais simples para o melhor resultado”. Esta é uma fase de indiscutível importância, pois é ela que assegura a fiabilidade e a qualidade dos resultados de investigação. Neste item, de acordo com o que Vergara (2000) advoga, serão determinados os métodos a utilizar para obter as respostas às questões de investigação ou às hipóteses formuladas. O mesmo autor acrescenta que nesta fase é necessário escolher um desenho apropriado segundo se trata de explorar, de descrever um fenómeno, de examinar associações e diferenças ou de verificar hipóteses.

Todo o trabalho de pesquisa deve ter uma base metodológica científica que permita a organização crítica das práticas de investigação, no entanto, esta não deve ser reduzida aos seus métodos e técnicas. A investigação consiste em alargar o campo dos conhecimentos, na disciplina a que diz respeito, e facilitar o desenvolvimento desta ciência.

O conhecimento adquire-se de muitas formas, mas na perspectiva de Vergara (2000), de todos os métodos de aquisição de conhecimentos, a investigação científica é o mais rigoroso e aceitável uma vez que assenta num processo racional dotado de um poder descritivo e explicativo dos factos e dos fenómenos. É através da metodologia que se estuda, descreve e explica os métodos que se vão aplicar ao longo do trabalho, de forma a sistematizar os procedimentos adoptados durante as várias etapas, procurando garantir a validade e a fidelidade dos resultados. A metodologia tem como objectivo analisar as características dos vários métodos disponíveis, observando as suas vantagens e desvantagens.

Na fase metodológica deve operacionalizar-se o estudo, isto é, precisar o tipo de estudo, as definições operacionais das variáveis, o meio onde se desenrola o estudo e a população deste mesmo estudo (Lakatos e Marconi, 1996).

Na opinião dos mesmos autores, o estilo da pesquisa adoptado e os métodos de recolha de informação seleccionados, dependem da natureza do estudo e do tipo de informação que se pretende obter. Assim, após uma consulta estruturada e aprofundada sobre as principais características dos diversos tipos de pesquisa, a natureza do estudo e o tipo de informação que pretendemos obter, definimos o nosso estudo.

Tendo em conta o problema em estudo ser de ordem prática, todo este trabalho se enquadra no domínio da investigação descritivo-exploratório, qualitativo e transversal.

Este trabalho tem carácter descritivo-exploratório, situando-se portanto no nível I de conhecimentos, de acordo com a hierarquia dos níveis de investigação sugerida (Lakatos e Marconi, 1996), pois, o seu objectivo é denominar, classificar, descrever ou conceptualizar uma situação, e existem à partida poucos conhecimentos no domínio em estudo. O carácter exploratório explica-se porque o objectivo do estudo será explorar o domínio em profundidade e explorar o conceito para extrair dele todas as manifestações com vista a descrever o fenómeno.

Assim, pode afirmar-se que se trata de um estudo do tipo exploratório, dado que as pesquisas deste tipo têm como principal finalidade, descrever, esclarecer sem modificar conceitos e ideias, com vista à formulação do problema mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.

Foi ainda adoptado o método quantitativo, visto que se trata de um processo sistemático de colheita de dados quantificáveis e observáveis (Vergara, 2000).

A recolha dos dados processou-se num determinado momento, pelo que o estudo tem também um carácter transversal. Um estudo transversal, de acordo com Polit e Hungler (1995: 363), é “aquele que estuda fenómenos que se processam todos numa determinada data que tenham ocorrido no passado ou no presente”.

Mediante o exposto, apresentam-se, na sua essência, os pontos sobre os quais incidirá toda a investigação, que tem o seu suporte no enquadramento teórico, desenvolvido na parte anterior. Serão abordados os aspectos essenciais no processo metodológico, tendo como ponto de partida e seguindo a problemática, o desenho de investigação, variáveis em estudo e sua operacionalização, caracterização da população e respectiva amostra, exposição do instrumento de colheita de dados.

1.1. Pergunta de Partida

A preferência por este estudo e a forma como foi abordado pretende clarificar e demonstrar a importância dos usos dos meios e recursos tecnológicos, enquanto recursos didácticos, nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Felgueiras.

Assim a pergunta de partida que nos levou a enveredar pelo presente estudo foi: “Qual o uso dos meios e recursos tecnológicos nas Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Felgueiras?”.

Avaliar a situação das actuais escolas do 1.º ciclo relativamente aos recursos educativos de natureza audiovisual e informática, deveria abranger a totalidade do território nacional. Todavia, esta seria uma tarefa que exigiria não só outros recursos materiais e humanos, como um período de tempo extremamente mais dilatado. Na inviabilidade material e de tempo, procuramos abranger todas as escolas do 1º ciclo do Ensino Básico do Concelho de Felgueiras, delimitando o meu estudo a uma parte do distrito do Porto.

2.

Objectivos

Consideramos como objectivos gerais para esta investigação:

• Obter informação sobre os meios audiovisuais e as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação disponíveis nas escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico, do concelho de Felgueiras.

• Identificar os usos, em geral, que os professores fazem dos meios e as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação e em que áreas as utilizam, finalidades, frequência de utilização.

• Obter informação sobre a valorização que os professores fazem dessas Novas Tecnologias no ensino.

• Conhecer a formação que possuem os professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico em e para o uso dos meios audiovisuais e informáticos, bem como as necessidades formativas de que se apercebem.