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TECNOLOGIA EDUCATIVA

2. A Comunicação através da imagem – perspectiva histórica

2.9. Televisão e vídeo e suas implicações

A palavra televisão (TV) (do grego tele - distante e do latim visione - visão) é um sistema electrónico de transmissão de imagens e som de forma instantânea. Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas electromagnéticas e de sua

reconversão em um aparelho – o televisor – que recebe também o mesmo nome do sistema ou pode ainda ser chamado de aparelho de TV. O televisor ou aparelho de TV capta as ondas electromagnéticas e através de seus componentes internos converte-as novamente em imagem e som. (Enciclopédia Livre: Wikipédia)

“A televisão permite a visualização de imagens à distância, projectadas sobre um ecrã, designado por cinescópio, (…) uma válvula de grandes dimensões, formada por um canhão de feixes electrónicos e uma superfície sobre a qual esses feixes, projectados segundo varreduras de linhas horizontais que percorrem o ecrã da esquerda para a direita e de cima para baixo, vão dar origem à formação de imagens, tanto mais perfeitas quanto maior o número de linhas que varrem a superfície do ecrã” (Oliveira, 1996: 59).

Foi dos inventos que mais contribuiu, conjuntamente com a rádio e a imprensa, para a transformação do planeta numa imensa «aldeia global», na medida em que se tornou acessível a um imenso número de pessoas, proporcionando diversão e companhia bem como transmitindo informação e formação. A imagem alcançou um poderoso papel na comunicação convertendo a televisão num dos instrumentos mais poderosos da chamada «escola paralela». A televisão deve o seu aparecimento aos progressos dos inventos que a antecederam.

Muito se lê sobre os precursores da televisão, tal como a concebemos hoje. De facto chegar a esta geração de «meios audiovisuais» implica incontáveis progressos e investimentos técnicos passando por diversos inventos.

Com o aparecimento da televisão e os progressos tecnológicos acabaram por torná- la acessível, facto que, se repercutiu na diminuição às salas de cinema.

O poder comunicativo e intensamente sedutor, apreendido das imagens projectadas pela televisão, contribui, para novas formas de comportamento e de pensamento, provocando no alvo receptor destes conteúdos, novas expectativas, acabando a “imagem por se tornar mais real do que o próprio real ”.

“ A televisão é por definição, o meio técnico da realidade “aqui e agora” (Giacomantonio, 1976: 113).

Os meios de difusão audiovisual, constituem-se como poderoso agente de divertimento e de transmissão de conhecimentos. Os meios de comunicação social, especialmente a rádio e a televisão, surgidos após o período da Segunda Guerra Mundial, constitui, uma verdadeira revolução com implicações sociais e, no dizer de McLuhan

(1969), transformaram o planeta numa verdadeira «aldeia global», aproximando os homens.

A televisão oferece-nos uma síntese audiovisual que aparece integrada no continuum espacio-temporal, sendo o fenómeno espacial resultante do visual e o fenómeno temporal resultante do som e do movimento da imagem. Ocorre uma verdadeira fusão áudio e visual apoiada pelo movimento e pelo ritmo. Para o indivíduo “esta integração é a mais satisfatória sensorialmente, visto que é do mesmo tipo daquela que Emerec continuamente faz, dado que a sua percepção natural é essencialmente audiovisual” (Cloutier, 1975: 136).

Apesar de aspectos menos positivos, os mass-media, no campo pedagógico, foram encarados como poderosos auxiliares educativos. No continente americano, enquanto a rádio educativa começa a declinar, a televisão educativa suscita uma clara expansão da tecnologia educativa. Em 14 de Abril de 1952, a Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission) estabelece um total de 242 canais televisivos, destinados exclusivamente a fins educativos, embora na altura exisatir um grande debate em relação às vantagens e desvantagens sobre o valor educativo da televisão.

Oliveira (1996) refere que em Portugal, enquanto recurso educativo, nasceu legalmente em 1964 e, apesar das críticas, que lhe foram feitas, a «Telescola», como podemos verificar no capítulo dedicado à Tecnologia em Portugal, desenvolveu um processo inovador, constituindo pela primeira vez no sistema educativo português um curso escolar estruturado com base num dos sistemas de difusão mais importantes do nosso tempo, surgindo como precursora da unificação do ensino liceal e técnico.

Actualmente, a televisão possibilita seleccionar e gravar programas por meio de sistemas de videogravação para sua posterior utilização, integrados em estratégias de ensino e aprendizagem, abre novas perspectivas ao vídeo no campo pedagógico, além de se tornar possível a constituição de mediatecas com programas de interesse cultural e educativo.

Para o referido autor, enquanto os videogravadores permitem a integração de materiais já elaborados nas estratégias das aulas, a câmara permite que alunos e professores passem da posição de receptores à de produtores dos próprios programas.

A televisão converte-se numa janela aberta para todos os acontecimentos do mundo.

“Com os finais do século XX, os modernos televisores permitem não só captar emissões de todo o mundo, através de programas via satélite ou cabo, mas ainda funcionar como terminais de leitura dos modernos aparelhos de registo e

leitura de imagens, em videodisco ou videocassete, bem como constituir uma forma de diversão, com as modernas "consolas" computorizadas de jogos, e uma forma de acesso à informação pretendida, através da utilização do CD interactivo (CD-I)” (Oliveira, 1996: 62).

Assim, a imagem passou a fazer parte do quotidiano de todos.

2.9.1. O vídeo

A palavra vídeo, do latim "eu vejo", é uma tecnologia de processamento de sinais electrónicos analógicos ou digitais para representar imagens em movimento. (Enciclopédia Livre: Wikipédia)

A aplicação principal da tecnologia de vídeo é a televisão, mas é também aplicada em engenharia, ciência, manufactura, segurança e artes plásticas (vídeo-arte). Outras utilizações do vídeo tendem a usar os formatos de vídeo desenvolvidos para a televisão. Chama-se também de vídeo uma animação composta por sua grande maioria de fotos sequenciais, quadro-a-quadro. (Enciclopédia Livre: Wikipédia)

Ao lado dos sistemas de gravação em vídeo, embora com um mercado bastante mais restrito, existem os sistemas de reprodução de vídeo em discos compactos. Todos estes sistemas permitiram que, no âmbito dos self-media, o homem passasse a dispor de sistemas versáteis de comunicação audiovisual, cujas potencialidades estão em permanente evolução e aumento, graças à fusão que actualmente se verifica entre os sistemas de vídeo e os sistemas informáticos.

O uso dos sistemas de vídeo no ensino constituem um recurso de relevo no ensino, pois permitem passar das imagens limitadas do pequeno ecrã do televisor a grandes ecrãs, transformando a televisão num substituto do cinema, graças à existência de videoprojectores compactos e de elevada qualidade.

“as potencialidades dos sistemas de vídeo no ensino estão consideravelmente aumentadas pelo facto de ser possível passar imagens limitadas do pequeno ecrã do televisor a grandes ecrãs (…) (Oliveira, 1996: 66).

Perante o panorama apresentado, torna-se pertinente saber até que ponto as escolas se encontram actualmente devidamente apetrechadas com estes novos recursos e em que medida os professores recorrem a eles numa perspectiva do ensino.

No último capitulo deste trabalho abordaremos com maior minudência o vídeo, mais particularmente, o vídeo didáctico, pelo que não lhe atribuímos maior pormenor neste ponto.