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Organizadas por Lucas de Oliveira, São Paulo

já fecharam sete fabricas de calçados ape- nas no município de Novo Hamburgo, que é a capital do calçado nacional. E já perderam emprego nada menos que 20 mil trabalhadores. Segundo os empre- sários, se não houver medidas urgentes para crise outros 25 mil trabalhadores podem perder o emprego.

Por outro lado, a crise agora chega também no setor de material esportivo ( tênis, bolas, luvas, etc..) o principal pólo de produção, a cidade de Veranópolis já começa a sentir os efeitos com o desem- prego de centenas de trabalhadores das fabricas transnacionais, como a Alpargatas, aí instaladas.

4. Consórcio estrangeiro compra empresa de

Ferrovias brasileira

O consorcio estrangeiro América Latina Logística- ALL, comprou a rede de ferrovias da empresa BRASIL FER- ROVIAS por um 1, 4 bilhões de reais. A empresa ALL já controlava os princi- pais ramais ferroviários da Argentina, Chile e Uruguai. Com essa aquisição se transforma a principal empresa de logística ferroviária da América Latina.

Por outro lado, continuam sócios da ALL, com 28% das ações, os fundos de pensão Previ, Funcef, o Banco Morgan e o BNDES, repetindo uma velha fór- mula de parceria nas privatizações, em que se mesclam interesses de capital es- trangeiro, fundos de pensão dos “traba- lhadores”, bancos privados e o capital estatal (BNDES ).

5. FEBRABAN quer melhorar a imagem dos

bancos...

A Federação nacional dos Bancos- FEBRABAN anunciou no Rio de Janei- ro que os bancos que operam no Brasil estão preocupados com sua imagem pe- rante a sociedade, devido aos altos lu- cros obtidos nos últimos quatro anos. Assim, os bancos vão adotar a estratégia de aplicar mais recursos em obras sociais e financiamento de projetos e ações so- ciais. Alguns bancos passaram a formar suas próprias ONGs, como todos temos visto na propaganda do HSBC (Ação solidariedade) outros preferem atuar em Institutos culturais, mais discretos, que ademais podem absorver investimentos culturais da Lei Roubnet. É o caso do Itaú, do Unibanco, do Real. E o Bradesco prefere obras de assistência social com crianças. Segundo a Febraban, os bancos já aplicaram um bi- lhão de reais, durante o ano de 2005, em obras sociais, com o objetivo de melho- rar sua imagem. Notem: pelo menos são honestos, admitem que gastam essa dinherama toda com as ONGs deles, não para resolver problema dos pobres, mas apenas para melhorar sua imagem. Ou seja, aplicar em “obras sociais” é uma forma de fazer propaganda mais barata do que a televisão.

6. Mais desnacionalização na agroindústria

O grupo Perdigão, uma associação de empresários argentinos com o fundo de pensão do Banco do Brasil, que con- trola a empresa agroindustrial Perdigão anunciou que vai comprar a empresa Batávia , de Carambeí, Paraná, por 150

milhões de reais. Há alguns anos atrás o grupo, que era brasileiro, já havia sido desnacionalizado e vendido para a Parmalat. Depois com a crise da Parmalat, a justiça entregou a adminis- tração da Batávia para seu principal cre- dor, a Central de Laticínios do Paraná. Bem, agora já saneada financeiramente irá então para os argentinos. Êta, terrinha generosa..

7. Caem as exportações de carne de porco

As exportações brasileiras de carne de porco caíram 35% em relação ao ano de 2005. A queda se deve ao fato de que em função das noticias de febre aftosa e outras doenças, as empresas russas dei- xaram de comprar. Acontece que, na ânsia de se dedicar ao comercio externo, os frigoríficos brasileiros estavam muito dependentes dos Russos, que represen- tavam 70% de todo mercado externo da carne de porco brasileira. Ficar depen- dendo de capitalista russo, com toda essa fama de mafiosos, não é bom negócio. A turma do Corinthians que o digam..

8. Notícias da empresa WALL-MART

A empresa Wal-Mart apresentou seu novo gerente geral para o Brasil. Tra- ta-se do senhor Vicente Trius. Ele é nas- cido em cuba, fugido com os pais na re- volução e se educou nos Estados Uni- dos. Antes foi gerente das empresas Coca-Cola, e da empresa mexicano- estadunidense de sucos, DEL VALLE. Tudo a ver !

A Wall-Mart é a maior empresa ca-

pitalista do mundo, não apenas de sua área de comercio em supermercados. E agora, eles tem a determinação de se transformar também na maior empresa de supermercados no Brasil. Basta lem- brar que em apenas 5 anos de investi- mentos por aqui, eles já abocanharam várias empresas nacionais e controlam hoje 28% de todo comércio varejista.

O novo gerente anunciou que a nova estratégia para ampliar o mercado será criar uma rede de pequenas lojas nas pe- riferias das grandes cidades, destinadas a atrair o consumidor de baixa renda, que é a maior parte da população brasileira. Por ora, estão ampliando as redes TODO

DIA e BALAIO, e São Paulo, Salva-

dor e Recife, mas até 2007 criarão uma marca única, para todas as lojas de po- bre no Brasil. Com esse objetivo a em- presa está comprando mais uma rede bra- sileira, o ATACADÃO, que tem 35 lojas distribuídas por todo país e faturava 4,5 bi de reais por ano. Aguardem então. Que os gringos vão tomar conta até de nossos armazéns e botecos de favelas!

9. Até os capitalistas indianos estão chegando...

A maior fabricante de açúcar e etanol da India, a empresa BAJAJ

HINDUSTHAN (BHL) está fazen- do estudos para investir 500 milhões de dólares no Brasil, anunciou o jornal indi- ano The economic Times. A companhia está estudando formas de se estabelecer no Brasil, para ampliar suas operações de açúcar e álcool etanol. Leia-se; pro- curando Usinas para comprar.

10. Acesso a universidade via pro-uni

O Ministério da Educação MEC anunciou que irá abrir vagas do Pro-uni para alunos pobres estudarem em facul- dades também no segundo semestre de 2006. Serão 36.162 vagas com bolsa in- tegral e mais 10.897 vagas com bolsa parcial(meia bolsa) totalizando 47.059 bolsas no segundo semestre.

Acompanhe a evolução do PRO- UNI desde sua criação.

Se formam a cada ano, nada me- nos do que 3 milhões de jovens na rede de ensino do segundo grau.

Em 2005 foram oferecidas 112.275 bolsas ( 71905 integral e 40370 parcial) se inscreveram na época apenas 216.021 estudantes egressos do segundo grau.

Em 2006 foram oferecidas 91.609 bolsas (63.536 integrais e 28073 parcial) para os 797.840 estudantes que passa- ram no ENEM e se candidaram a vagas das bolsas.

11. Aumenta a responsabilidade das mulheres

pelo sustento das familias.

O Sistema de informações de Gê-

nero, um banco de dados do IBGE anun- ciou no Rio de Janeiro, dados do com- portamento do trabalho feminino duran- te a década de 1990 a 2000. Segundo o IBGE, as mulheres que chefiam as famí- lias e são responsáveis pelo seu sustento, passou de 7,7 milhões em 1990 para 12,8 milhões em 2000, aumentando 66% a participação das mulheres na responsa- bilidade das famílias. Naquele ano, as mulheres eram chefes de 26,5% de to- das as famílias brasileiras. Como os dados se referem a seis anos atrás, e há uma tendência a aumento continuo de sua participação, é provável que o peso atual seja bem maior.

Apesar disso, as mulheres ganha- vam em média, o equivalente a 70% do salário de um homem, na mesma função e tempo de serviço.

Por outro lado, a boa novidade que o sistema de acompanhamento revelou, é que atualmente, nada menos que 64%

de todas as pessoas que se formam no

ensino superior, são mulheres.

Quem quiser acessar os dados do IBGE sobre questões de gênero, deve acessar na pagina www.presidencia.gov.br/spmulheres