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19 Maria Wanderley e Sueli de Azevedo.

4. ESTUDO DE CASO: A FAVELA NOVA JAGUARÉ

5.5 O papel do espaço livre

5.5.2 Paisagem como sistema

Discorremos sobre o papel dos espaços livres públicos, principalmente aqueles ligados à função de circulação que, associados a outros elementos e funções, criam uma infra-estrutura urbana necessária para a estruturação de um novo espaço urbano na favela, mas, no entanto, não podemos esquecer da importância de outros espaços livres públicos, condominiais ou privados, na

vielas que se tornam escadarias, buscar adequar-se aos caprichos do relevo integrando espaços anexos, que incorporados às vias podem criar mirantes e pontos de encontro e permanência das pessoas nas suas atividades cotidianas.

Alinhamento público - privado

A terceira escala de atuação no espaço livre público diz respeito à interface do espaço da via com o espaço frontal às moradias, é o espaço de transição entre o público e o privado. Trata-se de um espaço que não é privado, pois não faz parte do lote, encontra-se ligado ao espaço da rua, é na verdade continuidade dela, portanto é um espaço de domínio público, mas de apropriação privada de uso.

Pela forma como as novas ruas, vielas e escadarias se implantam sobre o tecido urbano existente na favela, acontecem necessariamente acomodações sobre o espaço suporte das vias, sejam elas vias novas ou adequações dos traçados existentes, pois o desenho, a geometria, o perfil longitudinal das vias seguem uma lógica relacionada à circulação, sejam de veículos ou de pessoas. O desenho das ruas deve atender às declividades máximas, concordâncias horizontais e verticais, o das vielas exige atenção às declividades e à regularização do pavimento, e o perfil das escadarias tem que atender às regras básicas de geometria

das escadas relacionadas ao passo humano, portanto tanto o perfil transversal como o longitudinal destas vias se distanciam do perfil existente do terreno. Em se tratando de terrenos acidentados, como no Jaguaré, é comum que casas fiquem com as suas soleiras tanto abaixo como acima do perfil das novas vias.

Como se sabe o alinhamento das edificações junto a uma via na favela é bastante irregular, desta forma criam- se espaços, entre as fachadas das casas e o novo alinhamento da via, para acomodar os desníveis gerados. São soleiras, escadas, muretas que só podem ser resolvidas caso a caso, sem um projeto anterior, portanto só podem ser equacionadas no encontro do projetista com o morador e em contato com o espaço em questão. Desta forma criam- se as condições necessárias para o estabelecimento de um território de domínio público que atenda aos interesses do uso privado. É o que Herman HERTZBERGER (1999:32) chama de "intervalo", isto é, o espaço que faz a "transição e

conexão entre áreas com demarcações territoriais divergentes e, na qualidade de um lugar por direito próprio, constitui, essencialmente, a condição espacial para o encontro e o diálogo entre áreas de ordens diferentes"

(HERTZBERGER, 1999:32). A soleira é, por excelência, a materialização explícita deste conceito, é nela que uma criança se senta para tomar contato com um mundo exterior desconhecido através da via pública, mas ainda abrigada e protegida pelo ambiente doméstico.

setores de favela, são vias secundárias na estruturação do sistema de circulação da favela que não estabelecem nenhuma ligação entre setores. A principal função destas vias, que podem ser ruas, vielas e escadarias, é dotar de acesso público as moradias de uma determinada região do assentamento. Como já comentado, o principal característica do espaço das vias é ser suporte das atividades humanas, das infra-estruturas e serviços urbanos, portanto, o espaço das vias locais está intimamente ligado às atividades e espaços relacionados à moradia.

Do ponto de vista da forma de intervenção e do desenho deste segundo nível da estruturação urbana, acredita-se que deveria ser bastante diverso do nível superior, descrito anteriormente. Deveria se buscar uma relação mais orgânica em relação ao espaço urbano e à morfologia de relevo do suporte físico da área. Nos setores da favela a se consolidar o padrão de assentamento, as novas vias deveriam se desenvolver por entre as edificações existentes, quando da criação de novos caminhos, ou sobre o traçado das ruas existentes, promovendo, quando necessário, ajustes na largura, no alinhamento das edificações e no perfil longitudinal das vias (greide). Estas vias, portanto, devem ter um desenho muito mais adaptado às diversas situações da morfologia do sítio, e através de inflexões nos seus percursos, alargamentos e estreitamentos, ruas que viram vielas,

Um plano abrangente para estruturação do ambiente urbano de uma favela a partir do espaço livre público, principalmente através das vias de circulação, deve:

-Considerar estes espaços como elementos fundamentais para a estruturação da intervenção, concentrando obras e funções;

-Hierarquizar fortemente o sistema, contribuindo para a clara identificação dos espaços e adequação à morfologia urbana existente;

-Associar a infra-estrutura como elemento visível e estruturador da ocupação;

-Flexibilizar os padrões urbanísticos vigentes quanto ao dimensionamento das vias e flexibilização dos padrões de serviços das concessionárias de serviços públicos e estabelecer critérios de desempenho e não normativos;

-Flexibilizar critérios de acessibilidade por veículos.

5.5.2 Paisagem como sistema

Discorremos sobre o papel dos espaços livres públicos, principalmente aqueles ligados à função de circulação que, associados a outros elementos e funções, criam uma infra-estrutura urbana necessária para a estruturação de um novo espaço urbano na favela, mas, no entanto, não podemos esquecer da importância de outros espaços livres públicos, condominiais ou privados, na

os animais não se encontram na paisagem, no entanto, os processos naturais referentes ao solo, à água, ao ar e até mesmo à vida animal continuam atuando no eco-sistema urbano e o espaço livre de edificação tem fundamental importância na regulação deste sistema.

Os espaços livres de uma encosta íngreme densamente ocupada e profundamente transformada, como na Favela do Jaguaré, podem assumir grande importância nos processos de contenção do terreno e na regulação da drenagem das águas pluviais. Uma encosta íngreme com solos frágeis e erodíveis, deveria se manter livre de ocupação humana e vegetada, no entanto, uma vez ocupada e seu perfil natural alterado, o solo não deve ser exposto à ação das águas iniciando os processos de instabilização da encosta. Portanto, dentro de certos limites, uma ocupação urbana densamente construída pode ser eficiente na contenção e impermeabilização dos terrenos. No entanto, uma ocupação urbana de alta densidade, é altamente concentradora de resíduos e águas pluviais superficiais, sendo fundamental prever o escoamento das águas e as formas de reter o fluxo e diminuir sua velocidade ampliando o tempo de escoamento para os pontos mais baixos. O papel do espaço livre, mesmo que altamente construído e impermeabilizado, é fundamental neste processo, pois muros de arrimo, por exemplo, junto às ruas e passeios, podem formar caixas de retenção das águas em variados níveis que, como espelhos

d'água sucessivos, conduziriam as águas até os pontos mais baixos do assentamento. Todo este processo se daria no espaço livre, exposto à população que então passaria a compreender melhor as dinâmicas dos processos naturais, com possíveis rebatimentos quanto ao comportamento futuro desta população em relação ao meio ambiente.

O tratamento dos espaços livres está necessariamente relacionado à atividade que nele será desenvolvida, ao seu papel neste novo eco-sistema urbano e também ao seu domínio. O domínio do espaço pode ser público ou privado, e sendo privado pode ser condominial ou individual; para cada situação dominial haverá alterações no seu uso, tratamento, gestão, acessibilidade e manutenção. Teremos espaços como as vias de circulação que, devido à exigüidade de espaços livres na favela, deverão receber um tratamento compatível com o elevado nível de utilização da população, entretanto nem todos os espaços livres públicos dentro da favela terão este caráter de uso público intenso e acessibilidade total, haverão espaços livres com usos limitados pela acessibilidade difícil e restrita, espaços destinados à reserva do ambiente no seu estado mais natural, tais como encostas íngremes vegetadas e não ocupadas, vales e linhas de drenagem escarpados, etc. Para se garantir a preservação destes espaços, em um ambiente urbano onde há uma enorme pressão pela ocupação de áreas livres, deve-se associá-los aos equipamentos sociais públicos ou coletivos, tais como escolas, creches, postos de configuração desta nova paisagem.

São espaços livres públicos como as pequenas áreas vegetadas, jardins, praças, quadras de esporte, espaços livres condominiais e privados, como recuos e quintais, que, associados ao espaço livre das vias de circulação, constituem elementos fundamentais na estruturação do espaço livre urbano. A organização e articulação destes elementos possibilitam a criação de um sistema de espaços livres que pode ser suporte das mais variadas atividades humanas bem como dos processos ligados à natureza.

Este sistema pode ser entendido como um conjunto de espaços livres que se distribuem no espaço urbano e se inter-relacionam por dependência hierárquica ou arranjo funcional, onde cada espaço livre apresenta uma função diferenciada dentro do sistema quanto às atividades humanas que abriga e pode ter um papel importantíssimo na consolidação de um suporte físico, seja na estabilização de terrenos ou na drenagem e escoamento das águas pluviais. Portanto a localização, configuração e articulação dos espaços livres devem estar indissoluvelmente associadas à morfologia do suporte físico e aos processos dele decorrentes.

Como vimos, a natureza está sempre presente no espaço da cidade, embora profundamente modificada. No espaço urbano de uma favela, muitas vezes o que se entende por natureza não está visível, pelo menos os seus elementos mais representativos como as árvores, as águas e

saúde, que exercerão controle sobre seu acesso, uso e manutenção. Portanto é a associação dos diversos elementos dos vários sistemas que se sobrepõem e se inter- relacionam, tais como sistema de circulação, sistema de áreas livres, sistema de equipamentos urbanos, que constituirão uma estrutura capaz de dar suporte à estruturação de uma nova paisagem urbana para as favelas.

Uma política de gestão e transformação dos espaços livres públicos, coletivos ou privados, no contexto de um plano abrangente para estruturação do ambiente urbano de uma favela, deve seguir tais princípios:

-Configurar um sistema de espaços livres articulados e organizados hierarquicamente que possam ser suporte das atividades humanas e elementos consolidadores do suporte físico;

-Integrar os processos decorrentes da base geofísica e biológica, permitindo uma adaptação dos processos naturais no espaço urbano;

-Associar aos espaços livres dispositivos de drenagem, sempre expostos de maneira a facilitar a manutenção e explicitar os processos naturais envolvidos, inclusive na escala do lote microdrenagem;

-Ter clara definição quanto à questão dominial e gestão;

-Relacionar áreas de baixa utilização e acesso controlado, como espaços de preservação, a equipamentos

os animais não se encontram na paisagem, no entanto, os processos naturais referentes ao solo, à água, ao ar e até mesmo à vida animal continuam atuando no eco-sistema urbano e o espaço livre de edificação tem fundamental importância na regulação deste sistema.

Os espaços livres de uma encosta íngreme densamente ocupada e profundamente transformada, como na Favela do Jaguaré, podem assumir grande importância nos processos de contenção do terreno e na regulação da drenagem das águas pluviais. Uma encosta íngreme com solos frágeis e erodíveis, deveria se manter livre de ocupação humana e vegetada, no entanto, uma vez ocupada e seu perfil natural alterado, o solo não deve ser exposto à ação das águas iniciando os processos de instabilização da encosta. Portanto, dentro de certos limites, uma ocupação urbana densamente construída pode ser eficiente na contenção e impermeabilização dos terrenos. No entanto, uma ocupação urbana de alta densidade, é altamente concentradora de resíduos e águas pluviais superficiais, sendo fundamental prever o escoamento das águas e as formas de reter o fluxo e diminuir sua velocidade ampliando o tempo de escoamento para os pontos mais baixos. O papel do espaço livre, mesmo que altamente construído e impermeabilizado, é fundamental neste processo, pois muros de arrimo, por exemplo, junto às ruas e passeios, podem formar caixas de retenção das águas em variados níveis que, como espelhos

d'água sucessivos, conduziriam as águas até os pontos mais baixos do assentamento. Todo este processo se daria no espaço livre, exposto à população que então passaria a compreender melhor as dinâmicas dos processos naturais, com possíveis rebatimentos quanto ao comportamento futuro desta população em relação ao meio ambiente.

O tratamento dos espaços livres está necessariamente relacionado à atividade que nele será desenvolvida, ao seu papel neste novo eco-sistema urbano e também ao seu domínio. O domínio do espaço pode ser público ou privado, e sendo privado pode ser condominial ou individual; para cada situação dominial haverá alterações no seu uso, tratamento, gestão, acessibilidade e manutenção. Teremos espaços como as vias de circulação que, devido à exigüidade de espaços livres na favela, deverão receber um tratamento compatível com o elevado nível de utilização da população, entretanto nem todos os espaços livres públicos dentro da favela terão este caráter de uso público intenso e acessibilidade total, haverão espaços livres com usos limitados pela acessibilidade difícil e restrita, espaços destinados à reserva do ambiente no seu estado mais natural, tais como encostas íngremes vegetadas e não ocupadas, vales e linhas de drenagem escarpados, etc. Para se garantir a preservação destes espaços, em um ambiente urbano onde há uma enorme pressão pela ocupação de áreas livres, deve-se associá-los aos equipamentos sociais públicos ou coletivos, tais como escolas, creches, postos de configuração desta nova paisagem.

São espaços livres públicos como as pequenas áreas vegetadas, jardins, praças, quadras de esporte, espaços livres condominiais e privados, como recuos e quintais, que, associados ao espaço livre das vias de circulação, constituem elementos fundamentais na estruturação do espaço livre urbano. A organização e articulação destes elementos possibilitam a criação de um sistema de espaços livres que pode ser suporte das mais variadas atividades humanas bem como dos processos ligados à natureza.

Este sistema pode ser entendido como um conjunto de espaços livres que se distribuem no espaço urbano e se inter-relacionam por dependência hierárquica ou arranjo funcional, onde cada espaço livre apresenta uma função diferenciada dentro do sistema quanto às atividades humanas que abriga e pode ter um papel importantíssimo na consolidação de um suporte físico, seja na estabilização de terrenos ou na drenagem e escoamento das águas pluviais. Portanto a localização, configuração e articulação dos espaços livres devem estar indissoluvelmente associadas à morfologia do suporte físico e aos processos dele decorrentes.

Como vimos, a natureza está sempre presente no espaço da cidade, embora profundamente modificada. No espaço urbano de uma favela, muitas vezes o que se entende por natureza não está visível, pelo menos os seus elementos mais representativos como as árvores, as águas e

saúde, que exercerão controle sobre seu acesso, uso e manutenção. Portanto é a associação dos diversos elementos dos vários sistemas que se sobrepõem e se inter- relacionam, tais como sistema de circulação, sistema de áreas livres, sistema de equipamentos urbanos, que constituirão uma estrutura capaz de dar suporte à estruturação de uma nova paisagem urbana para as favelas.

Uma política de gestão e transformação dos espaços livres públicos, coletivos ou privados, no contexto de um plano abrangente para estruturação do ambiente urbano de uma favela, deve seguir tais princípios:

-Configurar um sistema de espaços livres articulados e organizados hierarquicamente que possam ser suporte das atividades humanas e elementos consolidadores do suporte físico;

-Integrar os processos decorrentes da base geofísica e biológica, permitindo uma adaptação dos processos naturais no espaço urbano;

-Associar aos espaços livres dispositivos de drenagem, sempre expostos de maneira a facilitar a manutenção e explicitar os processos naturais envolvidos, inclusive na escala do lote microdrenagem;

-Ter clara definição quanto à questão dominial e gestão;

-Relacionar áreas de baixa utilização e acesso controlado, como espaços de preservação, a equipamentos

necessários à boa iluminação e ventilação, configuração de espaços convivência, espaços verdes, viabilização de ligações e acessos na escala do urbano e, em situações de encosta como no Jaguaré, a consolidação e estabilização dos terrenos, são itens a serem integradas ao desenho do edifício. Portanto o desenho do edifício, o desenho urbano e o desenho da paisagem, não podem ser pensados separadamente, de forma estanque, pois constituem um só desenho que é o do ambiente humano. Desta forma, o desenho deste espaço tem que ser pensado integralmente, incorporando visões multidisciplinares, e coordenados por um profissional com uma visão ampla das questões relacionas à produção do espaço urbano e que saiba integrar as diversas relações, interfaces e sobreposições entre as diferentes especialidades e diversos agentes envolvidos.

A partir do reconhecimento do espaço urbano produzido pelos assentamentos precários, da avaliação das suas deficiências, conflitos e potencialidades, e da compreensão das questões relativas à base física de suporte e dos processos naturais no contexto da cidade, poderemos rever conceitos e padrões urbanísticos e edilícios vigentes a fim de alcançar a efetiva reconciliação dos assentamentos informais com o restante da cidade e das necessidades humanas às possibilidades da natureza, ou seja, da favela à encosta.

urbanos;

-Reunir espaços livres de difícil apropriação pela população em áreas maiores, tornando-as mais significativas quanto ao uso e à paisagem;

-Franquear visualmente os espaços livres de difícil apropriação pela população para maior controle social contra novas invasões.

No espaço urbano é impossível desassociar o espaço livre do espaço das edificações que o conforma, em contextos urbanos altamente adensados e que se assentam sobre terrenos de topografia complexa e acidentada, como a Favela do Jaguaré, esta relação é ainda mais interdependente. Diferentemente dos assentamentos formais, onde a definição das vias e do parcelamento é anterior a definição da edificação, nas favelas e outras ocupações informais, o espaço livre urbano é definido em simultaneidade com o espaço da edificação. É a condição topográfica e o embate entre os interesses particulares e coletivos, no momento da constituição do assentamento, que definem a relação entre o espaço livre (coletivo) e o da moradia (particular). Portanto as formas do espaço livre e do espaço construído são intrinsecamente ligadas.

Nos setores de provisão habitacional, onde novas moradias serão construídas, o desenho das edificações, além de estar comprometido com as questões intrínsecas da habitação, devem estar profundamente associados às questões do espaço urbano. Acessibilidade, afastamentos

necessários à boa iluminação e ventilação, configuração de espaços convivência, espaços verdes, viabilização de ligações e acessos na escala do urbano e, em situações de encosta como no Jaguaré, a consolidação e estabilização dos terrenos, são itens a serem integradas ao desenho do edifício. Portanto o desenho do edifício, o desenho urbano e o desenho da paisagem, não podem ser pensados separadamente, de forma estanque, pois constituem um só desenho que é o do ambiente humano. Desta forma, o desenho deste espaço tem que ser pensado integralmente, incorporando visões multidisciplinares, e coordenados por um profissional com uma visão ampla das questões relacionas à produção do espaço urbano e que saiba integrar as diversas relações, interfaces e sobreposições entre as diferentes especialidades e diversos agentes envolvidos.

A partir do reconhecimento do espaço urbano produzido pelos assentamentos precários, da avaliação das suas deficiências, conflitos e potencialidades, e da compreensão das questões relativas à base física de suporte e dos processos naturais no contexto da cidade, poderemos rever conceitos e padrões urbanísticos e edilícios vigentes a fim de alcançar a efetiva reconciliação dos assentamentos informais com o restante da cidade e das necessidades humanas às possibilidades da natureza, ou seja, da favela à encosta.

urbanos;

-Reunir espaços livres de difícil apropriação pela população em áreas maiores, tornando-as mais significativas quanto ao uso e à paisagem;

-Franquear visualmente os espaços livres de difícil apropriação pela população para maior controle social contra novas invasões.

No espaço urbano é impossível desassociar o espaço livre do espaço das edificações que o conforma, em contextos urbanos altamente adensados e que se assentam sobre terrenos de topografia complexa e acidentada, como a Favela do Jaguaré, esta relação é ainda mais interdependente. Diferentemente dos assentamentos