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ASPECTOS TEÓRICO-CONCEITUAIS

2 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS E ESTADO DA ARTE

2.1.1 PARADIGMAS CLIMÁTICOS PÓS SORRE (1951)

Com seu conceito dinâmico de clima, Sorre (1951) influenciou a construção de novos paradigmas de análise climática, dos quais se destacam os de Pédelaborde (1991) e Monteiro (1971). Segundo Zavattini e Boin (2013, p. 77, grifo dos autores), ambos, Monteiro e Pédelaborde, partiram da aceitação dos pressupostos teóricos de Sorre (1951), no modo de encarar o tempo e o clima, porém, “há divergência na forma como cada um deles busca a síntese

do clima”.

Zavattini (2015) descreve que Pierre Pédelaborde procurou demonstrar que sua proposta do “método sintético das massas de ar e dos tipos de tempo” possibilitaria o estudo voltado ao clima do ponto de vista genético difundido por Sorre (1951), tanto na sua tese de doutorado (PÉDELABORDE, 195765 apud ZAVATTINI, 2015), como em outra obra introdutória

65 PÉDELABORDE, Pierre. Le climat du Bassin Parisien: essai d'une méthode rationnelle de climatologie physique. Paris: Éditions Génin, 1957.

destinada a estudantes (PÉDELABORDE, 195466 apud ZAVATTINI, 2015). Em seu método sintético, Pédelaborde (1991) elaborou um conjunto de técnicas que permitisse a definição dos tipos de tempo encarados em sua totalidade (SANT'ANNA NETO, 2015). Pédelaborde (1991) se preocupava com o modo como o complexo climático se manifesta e a ação fisiológica exercida pelo mesmo, a partir das condições que determinam esse complexo, ou seja, de onde provém as massas de ar, quanto tempo demorou sobre o local, qual trajetória seguiu, como é o seu centro de ação e que transformações sofreu. Em resumo, seu método considera a duração do sistema climático atuante, assim como o fenômeno que determinou essa duração, em conjunto com um estudo da totalidade dos tipos de tempo, por meio de frequências e do modo como esses se sucedem.

Diferentemente de Pédelaborde (1991), Monteiro (1971) voltou-se à dinâmica das massas de ar e sequências fundamentais dos tipos de tempo. Enquanto para o primeiro o paradigma é a totalidade dos tipos de tempo, para Monteiro é o ritmo, ou seja, o mecanismo de encadeamento sequencial dos tipos de tempo (SANT'ANNA NETO, 2015). Segundo Monteiro (2015, p. 70), os tipos de tempo devem ser vistos em “cadeias”, sendo observados em sequências, ou seja, em “cadeias de tipos de tempo”, e desta forma é possível alcançar o “ritmo climático”, “capaz de exibir a tendência habitual, sem esquecer os desvios extremos”. Para atingir este objetivo, Monteiro (1971)67 propõe um novo paradigma, a “análise rítmica”, cujo detalhamento oferece a possibilidade de revelar a gênese dos fenômenos climáticos, pois não se dirige a “modelos”, mas à caracterização e compreensão de “processos”.

O autor verificou que havia necessidade de fazer uma decomposição cronológica dos estados atmosféricos em sucessão contínua, diferente das caracterizações com médias e totais mensais e anuais, ou seja, uma decomposição em unidades menores, diárias, no mínimo. Só dessa forma seria possível caracterizar o ritmo climático. Nas palavras do autor,

o ritmo climático só poderá ser compreendido através da representação concomitante dos elementos fundamentais do clima em unidades de tempo cronológico pelo menos diárias, compatíveis com a representação da circulação atmosférica regional, geradora dos estados atmosféricos que se sucedem e constituem o fundamento do ritmo (MONTEIRO, 1971, p. 5).

Ribeiro (2000, p. 48) descreve que a análise rítmica trata de “uma nova estratégia metodológica que encara o clima como sendo um sistema complexo, dinâmico, com enorme

66 PÉDELABORDE, Pierre. Introduction a l’étude scientifique du climat. v. 1. Notions elementaries de climatologie dynamique. Paris: Centre de Documentation Universitaire, 1954.

67 Destaca-se aqui sua obra de 1971, em que o autor sintetiza e descreve didaticamente a técnica da análise rítmica, mas a construção do conceito foi desenvolvida ao longo de sua vida acadêmica (MONTEIRO, 1951; 1962; 1963; 1964). Mais informações podem ser consultadas em Monteiro (2015), Ribeiro (2000) e Sant’Anna Neto (2015).

número de variáveis, o que desaconselha o uso de modelo em termos de ‘estados médios’”. Segundo o autor,

a diferença básica da linha de análise de Pédelaborde, em relação à proposta de Monteiro, está no fato de que o primeiro, apesar de incorporar os ‘tipos de tempo’ como elementos básicos da abordagem dinâmica, insiste na consideração dos mesmos em termos de somatórios. Estes, são encarados como meio para se chegar às caracterizações climáticas. Por outro lado, Monteiro enfatiza o mecanismo seqüencial

dos tipos de tempo, destacando-se as peculiares irregularidades, já que estas

constituem-se nos pontos fundamentais da abordagem interativa entre o clima e as demais esferas geográficas (RIBEIRO, 2000, p. 48, grifos do autor).

A análise rítmica é a forma de representação diária e concomitante da sequência dos tipos de tempo sobre um lugar, acompanhada de todos os atributos atmosféricos mensuráveis possíveis (temperatura, umidade, direção e velocidade do vento, precipitação etc.), por meio de gráficos. Segundo Zavattini e Boin (2013, p. 90), “neles [nos gráficos de análise rítmica] são representadas, ao mesmo tempo, as variações diárias (ou horárias) dos elementos do clima e a sucessão diária (ou horária) dos estados atmosféricos, numa associação genética”. A análise demonstra-se, pois, como uma análise “qualitativa”, mas também “quantitativa”, porém, destacando no aspecto quantitativo, o seu “modo de distribuição” (MONTEIRO, 1971). O quantitativo está nos dados climáticos mensuráveis, e o qualitativo na gênese do clima, mas este último, nesse caso, é objetivo, não subjetivo, porque não se trata de uma livre interpretação, relativa ao sujeito, mas de um sistema universalmente identificável.

Dentre os procedimentos técnicos para elaboração dos gráficos, Monteiro, C, (2015, p. 70) destaca a decomposição de realidades anuais em variações diárias, selecionando realidades anuais contrastantes, em anos eleitos como “anos-padrão”. Zavattini e Boin (2013, p. 90) citam que são “anos-padrão” ou “períodos-padrão”, dependendo das finalidades da pesquisa. Sant’Anna Neto (2015, p. 50) descreve a escolha de períodos “padrão” do tipo anual, estacional, mensal e episódico, assim como, a importância da utilização de dados reais em lugar de valores médios e a utilização de cartas sinóticas de superfície como subsídio à identificação dos tipos de tempo. Em resumo,

Por meio da análise rítmica dos tipos de tempo, Monteiro (1962; 1969; 1971) propõe um estudo do clima pelos seus elementos integrados na unidade “tempo”, mostrando toda a variabilidade do clima em sucessão diária. O ritmo dessa sucessão depende basicamente da atuação dos fluxos atmosféricos, os quais, por sua vez, são determinados por centros de pressão, revelando assim, a gênese dos fenômenos climáticos. “Anos-padrão”, representando os diversos níveis de aproximação do ritmo “habitual” correlacionados aos anos de irregularidade rítmica, constituem a “estratégia de projeção temporal” (CARACRISTI, 2007, p. 15).

Segundo Ribeiro (2000), Monteiro (1971) abriu um esperançoso caminho para novas investigações, agregando o conhecimento sobre o comportamento atmosférico àqueles dos seres vivos, relacionadas ao entendimento das paisagens, aos impactos sócioambientais e tantos outros.

A análise rítmica na prática

Para aplicar a técnica de análise rítmica do clima, é necessário verificar a influência dos sistemas atmosféricos atuantes em determinada localidade no ritmo diário dos tipos de tempo e na variação dos elementos climáticos, analisados simultaneamente. A aplicação da técnica inicia pelo levantamento de dados climáticos e identificação das massas atuantes. Os dados são organizados e tabulados em softwares de planilhas eletrônicas, e posteriormente ilustrados na forma gráfica. Apesar de certa liberdade do pesquisador na escolha dos elementos a serem representados, normalmente a temperatura e a umidade relativa do ar, a precipitação, a direção e a velocidade do vento são elementos quase que obrigatórios, principalmente por serem básicos para a identificação dos sistemas atmosféricos atuantes.

Podem ser utilizados dados de uma base de dados existente (a partir de estações meteorológicas), ou levantados in loco (mas, para identificação do sistema atmosférico, são utilizados apenas dados das estações, pois teoricamente não sofrem influência de elementos locais, como pavimentação, conformação urbana etc.). Para identificação das massas de ar, além dos dados climáticos são necessárias informações visuais, tais como cartas sinóticas (cartas de pressão atmosférica ao nível do mar) e imagens de satélites meteorológicos (com visualização da atmosfera/nuvens), normalmente disponíveis de forma gratuita on line. Segundo Silva (2013, p. 87), com tais dados é possível identificar cada sistema atmosférico pela forma como os mesmos atuam na superfície terrestre, sendo “o vento o principal atributo observado para indicar quais sistemas estão atuando na localidade, através de sua direção”.

Pela necessidade de simultaneidade na visão dos elementos climáticos, sob a atuação de determinado sistema atmosférico, os gráficos normalmente são bem maiores que os tradicionais, exigindo dimensões cartográficas para sua apresentação. Tal formatação é necessária para o entendimento do ritmo e sua sucessão, o que não seria proporcionado caso houvesse uma “quebra” da ilustração. A apresentação assemelha-se a um híbrido entre um gráfico cartesiano e um cronograma (linha do tempo). Os dados são apresentados em eixos, com o tempo no eixo das abscissas (horizontal) e os elementos em estudo nas ordenadas (vertical). Há outras tentativas de representação, como a utilizada na recente dissertação de mestrado de Oliveira (2016), em forma de um gráfico circular, cujos setores são divididos por

elemento climático e os raios na escala diária, mas a representação por eixos ainda é a mais popularmente utilizada e de mais fácil entendimento.

Para elaboração dos gráficos, utilizam-se softwares específicos de computação gráfica vetorial, ou softwares de apresentação de planilhas, atualmente muito utilizados para elaboração de painéis em eventos científicos. Não há um modelo a ser seguido, apesar de já existirem

softwares específicos para a construção destes gráficos, desenvolvido por pesquisadores

brasileiros (BORSATO, 2006; BORSATO; BORSATO, 2008; BORSATO; BORSATO; HIERA, 2010).

A técnica de análise rítmica permite a inserção de vários elementos correlacionados ao ritmo climático, não só os dados climáticos universalmente conhecidos, dependendo do foco da pesquisa. A exemplo, a dissertação de mestrado de Silva (2013), que inseriu as fases fenológicas da soja, tendo em vista que seu objetivo foi entender a relação entre a gênese e a dinâmica climática e a produção desse grão na cidade de Pedro Afonso, TO.

No caso de estudos episódicos, os gráficos de análise rítmica podem ser reduzidos, avaliados de acordo com o período a ser analisado e o objeto de estudo. Como exemplo, Souza, L. (2010) apresenta gráfico de um episódio de primavera/verão estudado na cidade de Palmas, avaliando os episódios de chuva que provocaram aguaceiros e diversos impactos na cidade, no entanto, limitando no gráfico a representação da pluviosidade e dos sistemas atmosféricos atuantes, e incluindo a identificação de reportagens do evento nos jornais locais.

Antes mesmo de sistematizar a técnica, Monteiro já a utilizara em sua tese de doutorado, em que analisa a relação entre a frente polar atlântica e as chuvas de inverno na fachada sul- oriental do país (Sul e Sudeste) e revelou que, a sucessão dos tipos de tempo habituais e excepcionais é comandada pelos diferentes fluxos de invasão polar (contínuo, dominante, alternado, interrompido, fraco e nulo), o que determina a gênese da chuva na área em questão (MONTEIRO, 1969).

Diversos foram os estudos que deram desdobramento e reconhecimento à obra monteriana. No início do século atual, Zavattini (2004) realizou extensa investigação sobre as pesquisas na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e na Universidade de São Paulo (USP) com o paradigma rítmico, desde o início do século XX, evidenciando abrangência na qual se deu a sua prática, assim como sua repercussão espacial e temporal (ZAVATTINI, 2002; 2004). Nessa obra, Zavattini (2004) destaca o período entre 1971 e 2000, dentro do qual o próprio autor realizou sua tese de doutorado, em 1990, baseada no conceito genético do clima e na análise rítmica, que posteriormente foi adaptado à forma de livro em razão de concurso promovido pela editora da UNESP (ZAVATTINI, 2009). A sua

tese versa sobre as chuvas e as massas de ar atuantes no Estado de Mato Grosso do Sul, dando sequência às tentativas anteriores de regionalização e classificação climática, visando contribuir com a visão da dinâmica atmosférica sobre o Brasil Meridional.

De toda a produção levantada por Zavattini (2004), podem ser destacados Conti (1973)68, Tarifa (1975)69 e Ribeiro (1975)70, no Estado de São Paulo, todos dentro do período pioneiro, representando ainda o quanto ainda tinha por se fazer no campo da climatologia e da circulação atmosférica. Destaca-se também Sartori (1979)71 apud Zavattini (2004), trabalho aplicado à cidade de Santa Maria, RS, e considerado pioneiro nos estudos de clima urbano voltados apara o fenômeno da ilha de calor. Dentro da segunda fase da pesquisa de Zavattini (2004), além da sua própria tese de doutorado, já comentada, destaca-se também a pesquisa de Sant’Anna Neto (1990)72, que é indicada por Zavattini (2004) como obra de referência que integra o rol das que lidaram com o ritmo climático e com a análise rítmica.

Por seu grande reconhecimento à obra monteriana, Zavattini (2004) também orientou diversas pesquisas em pós-graduação com o paradigma do ritmo. Entre outros, não menos importantes, e integrantes da terceira fase do levantamento, pode-se citar a tese de doutorado de Boin (2000), também citada pelo próprio Monteiro (2015). A tese visou contribuir ao planejamento ambiental, a partir do entendimento das chuvas e erosões em uma região paulista, por meio dos sistemas atmosféricos atuantes (BOIN, 2000). Segundo Zavattini (2004), a obra é referência na condução da pesquisa por meio do paradigma do ritmo.

O paradigma continua a disseminar-se nos trabalhos mais recentes, como Souza (2003) e Barros (2006), ambos relacionando outros fenômenos à análise rítmica. O primeiro, preocupado com os riscos de movimentos de massa, deflagrados pela precipitação, procura a relação da ocorrência de escorregamentos com o entendimento do ritmo climático e da dinâmica pluvial na cidade de Juiz de Fora, MG. Para isso, o autor partiu da escala regional, passando à escala local, por intermédio da técnica de análise rítmica. Já Barros (2006) investigou a relação entre tipos de tempo e a incidência de doenças respiratórias no Distrito Federal, elaborando

68 CONTI, José Bueno. Circulação secundária e efeito orográfico na gênese das chuvas na região lesnordeste

paulista. 1973. Tese (Doutorado em Geografia Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.

69 TARIFA, José Roberto. Fluxos polares e as chuvas de primavera-verão no Estado de São Paulo (uma

análise quantitativa do processo genético). 1975. Tese (Doutorado em Geografia Física) – Universidade de São

Paulo, São Paulo, 1975.

70 RIBEIRO, Antonio Giacomini. O consumo de água em Bauru-SP: o tempo cronológico e o tempo meteorológico aplicados na elaboração de subsídios à previsão de demanda de água. 1975. Dissertação (Mestrado em Geografia Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1975.

71 SARTORI, Maria da Graça Barros. O clima de Santa Maria, RS: do regional ao urbano. 1979. Dissertação (Mestrado em Geografia Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1979.

72 SANT’ANNA NETO, João Lima. Ritmo climático e a gênese das chuvas na zona costeira paulista. 1990. Dissertação (Mestrado em Geografia Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.

gráficos de análise rítmica, que permitiram observar a variação diária do número de internações durante os períodos de outono e inverno dos anos de 2003, 2004 e 2005, verificando, ainda, quais foram as condições atmosféricas responsáveis pelo aumento do número de atendimentos por doenças respiratórias, assim como dos sistemas que originaram tais condições.

Muitos outros exemplos podem ser citados, orientados por diversos outros pesquisadores que se dedicam a sequenciar a obra monteriana, mas, segundo Zavattini (2002; 2004), a maioria das pesquisas é concentrada na porção centro-sul do país, principalmente no Estado de São Paulo, enquanto na região Norte há o maior vazio nos estudos do ritmo (ZAVATTINI, 2002; 2004). No Estado do Tocantins, apesar de poucos, já existem alguns trabalhos sob esse conceito sendo desenvolvidos, principalmente a partir de projeto de pesquisa em execução no Laboratório de Análises Geo-ambientais na UFT, e por programas de mestrado e doutorado nessa e em outras universidades. Exemplos como Souza, Gomes e Rocha (2014), Pinto (2013; 2017), Silva (2013), Souza (2016) e Gomes (2016), sobre aspectos do clima no Tocantins, e especificamente na cidade de Palmas, Souza, L. (2010) e Freitas (2015), têm sido desenvolvidos com os preceitos de Monteiro (1971).

Já citado anteriormente, em sua dissertação de mestrado, Silva (2013) estudou as variações no ritmo pluvial e a produção da soja na cidade de Pedro Afonso, TO, ou seja, numa dimensão mesoclimática. Já a dissertação de mestrado de Pinto (2013), apresentou uma análise acerca da distribuição espacial e temporal das chuvas no Estado do Tocantins e da participação dos sistemas atmosféricos na gênese desta, a partir da análise de anos-padrão de duas cidades do Tocantins, Peixe e Pedro Afonso. Na tese de doutorado deste mesmo autor, o estudo dos aspectos da gênese e dinâmica climática regional do estado, e mais detalhadamente a análise rítmica de anos-padrão das cidades de Peixe e Taguatinga, no Tocantins, e Posse, em Goiás, serviram como um dos subsídios à análise integrada entre a fragilidade ambiental e a vulnerabilidade social na bacia hidrográfica do rio Palma, no Tocantins (PINTO, 2017). Em seu trabalho de conclusão de curso de graduação, Gomes (2016) verificou a gênese e a dinâmica climática atuante no Tocantins e em seu entorno imediato, em cinco estações meteorológicas (Araguaína, Pedro Afonso e Porto Nacional, no Tocantins; Conceição do Araguaia, PA e Alto Parnaíba, MA).

Souza, Gomes e Rocha (2014), apresentaram a participação dos sistemas atmosféricos sobre o Estado do Tocantins, para o ano habitual de 2001, tomando como referência dados de sete estações climatológicas do INMET no Tocantins e entorno (Araguaína, Pedro Afonso, Peixe e Porto Nacional, no Tocantins; Conceição do Araguaia, PA; Alto Parnaíba, MA; e Posse, GO). Souza (2016) investigou a dinâmica atmosférica sobre o Estado do Tocantins, a partir de

nove estações meteorológicas localizadas em diferentes partes do estado e no seu entorno (além das sete já citadas em Souza, Gomes e Rocha (2014), incluem-se nesta Palmas, TO e Marabá, PA), com vistas a sua representação didática em perfis nos sentidos sul-norte e leste-oeste, mostrando os principais tipos de tempo sobre a região.

Na capital do estado, Souza, L. (2010), já citado, realizou uma análise preliminar acerca da gênese, do ritmo e das excepcionalidades climáticas na cidade de Palmas, numa escala microclimática, abordando episódios pluviais ocorridos na cidade de Palmas entre setembro de 2009 e março de 2010. Em sua dissertação de mestrado, Freitas (2015) realizou estudo com análise rítmica episódica e imagens termográficas, a partir de dados coletados in loco em sete pontos na cidade com termohigrômetros, e transectos móveis, acerca da temperatura do ar nas vias principais da cidade de Palmas, com o objetivo de relacionar a alteração do clima urbano e a formação das ilhas de calor com os tipos de tempo e a gênese climática.