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A percepção do Turismo local sob o olhar dos gestores, empreendedores e atores

6 RESULTADOS

6.3 A percepção do Turismo local sob o olhar dos gestores, empreendedores e atores

Para as análises a seguir, após as transcrições das entrevistas, foi preparado o

corpus8 utilizado no processamento computadorizado. É importante ressaltar que após minucioso estudo, para que não houvesse erros, os textos foram tratados, retirando expressões desnecessárias, organizando frases incompletas, sem perder o sentido dado pelas respostas dos entrevistados. Cópias originais das transcrições foram arquivadas juntamente com os áudios das entrevistas. É importante lembrar o pensamento de (Bardin, 2004; Minayo, 2008), que entenderam a análise de conteúdo, como um conjunto de técnicas, organizadas em fases, a saber: a pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados, inferência e interpretação.

Seguindo com as análises por meio da leitura do segmento de corpus ‘percepção dos sujeitos constitutivos’, foram anotadas as impressões gerais após a Classificação Hierárquica Descendente (CHD)9 por via do Método de Reinert10, de modo a fazer uma categorização por meio dos elementos identificados, visando confirmar as categorias de análise gerais ou descobrir outras. Veja-se a seguir, na Figura 11, o resultado dessa classificação.

8é um conjunto de textos construídos pelo pesquisador e que forma o objeto de análise.

9 A Classificação Hierárquica Descendente (CHD) consiste em calcular a frequência que uma palavra ocorre

no texto, relacionando a quantidade de ocorrências com as posições do texto em que cada palavra aparece. A partir deste cálculo, o software determina um indicador de frequência estatística conhecido como qui- quadrado (χ2). Quanto maior o valor do χ2 de uma palavra, mais representativa ela é dentro do discurso dos sujeitos entrevistados. Por fim, o software divide o corpus em tantas classes quantas forem as associações resultantes do cálculo do χ2 de cada item lexical. (CAMARGO; JUSTO, 2013b apud Aquino, 2015, pág. 52)

10O método de Reinert propõe uma classificação hierárquica descendente segundo o método descrito por

Reinert. Ele visa obter classes de segmentos de texto (ST) que, ao mesmo tempo, apresentam vocabulário semelhante entre si e vocabulário diferente das ST das outras classes. Esta análise é baseada na proximidade léxica e na ideia que palavras usadas em contexto similar estão associadas ao mesmo mundo léxico e são parte de mundos mentais específicos ou sistemas de representação (SALVIATI, 2017, pág. 46).

Figura 11: Resultado da Classificação pelo Método de Reinert: filograma

Fonte: Iramuteq 0.7 alpha 2.

Com os resultados gerados e mostrados em filograma, conforme Figura 11, foram identificadas quatro classes com as respectivas representatividades dentro dos discursos dos sujeitos entrevistados. Ao se observar os resultados, para melhor representar essas categorias, elaborou-se o quadro com as denominações utilizadas para indicar as categorias do segmento de corpus ‘percepção dos sujeitos constitutivos’.

Quadro 11: Denominações utilizadas para indicar as categorias do corpus percepção dos sujeitos constitutivos

Corpus percepção dos sujeitos constitutivos Classes do Filograma gerado

pelo software IRaMuTeQ - Figura 11

Categorias correspondentes

definidas pelo pesquisador Percentual

Classe 1 Papel do Estado 29,4%

Classe 2 Turismo e território 17,4%

Classe 3 Turismo de base comunitária 28%

Classe 4 Turismo e desenvolvimento 25,2%

Buscou-se mediante observação da frequência e representatividade das palavras de cada classe, relacionar com as categorias de análise feitas a priori na pesquisa, a saber: o papel do Estado para o desenvolvimento de políticas públicas do Turismo; Turismo e desenvolvimento local; Turismo e territórios como suporte das políticas públicas; Turismo de Base Comunitária e o papel das políticas públicas de Turismo para sustentabilidade ambiental.

Não se confirmou, no entanto, após análise feita, a última categoria citada, embora se saiba que ela está intrinsecamente conectada ao Turismo, sendo esta, um pilar comum e muito trabalhado nos programas voltados para o desenvolvimento do Turismo e, ainda, um elemento importante para a melhoria da qualidade de vida e da garantia do equilíbrio ambiental para localidades que precisam lidar com as mudanças advindas da atividade turística.

O segmento de corpus ‘percepção dos sujeitos constitutivos’ representa a exposição dos sujeitos entrevistados sobre as políticas públicas aplicadas no Município de Acaraú e a importância destas para o desenvolvimento local, com mudanças significativas em diversos aspectos.

A classe 1, chamada de “Papel do Estado”, foi responsável por 29,4% dos segmentos de texto. Os principais elementos (palavras) que se relacionaram a esta classe foram: trabalhar, gestão, jovem, reunião, conversar, condição, entre outros (Figura 11). O conteúdo da classe 1 trata principalmente do papel do Estado para planejamento das políticas públicas e organização desses espaços em que a atividade turística acontece. Os trechos a seguir ilustram esse contexto:

“A gente tem procurado trabalhar de maneira bem articulada para poder

desenvolver o Turismo. Não é fácil, a gente está começando agora. Existe também aqui na região do Extremo Oeste o fórum - Fortex.” (GESTOR 1)

[...] “com abertura de ligação de Fortaleza com Acaraú pela CE 085, que nós conhecemos como estruturante, que começou a facilitar a vida do povo da grandes cidades para Jericoacoara, que passou ser uma praia de referência internacional, começou a despontar no Acaraú da necessidade de se trabalhar o desenvolvimento turístico”.

(GESTOR 2)

O gestor 2, continua a descrever o papel da gestão para proteger as comunidades com suporte nas modificações advindas do desenvolvimento do Turismo na região e a conscientização das crianças e jovens sobra a importância dessa atividade:

“[...]então tem que fazer um trabalho que a gente consiga construir um muro de proteção social, [...] um muro que vai diminuir os grandes impactos. Mesmo sabendo, e temos consciência, que é um trabalho que não deve ser um trabalho da administração só, tem que ser um trabalho de governo para que ele tenha continuidade, porque se não fizermos isso...nós temos que trabalhar as criança, os jovens que vão ter que trabalhar, muito especialmente a criança fica lá na creche e está nos primeiros anos da escola para quando ele chegar na faixa de 12 anos para cima, ele já tem uma consciência da importância do Turismo para a região dele e o que é o Turismo e que é bom e o que pode ser melhor para nossa comunidade.”

Outra palavra que aparece na classe 1 é ‘gestão’. Nos segmentos de texto a seguir, gestão aparece de modo distinto: um dos entrevistados, se reporta à importância do desenvolvimento de políticas públicas de maneira macro, indo além de planejamentos internos e ações isoladas em curtos espaços de tempo. Enquanto isso, explicita a necessidade da melhoria da capacidade da gestão por meio das políticas públicas, sendo este um dos objetivos específicos do PRODETUR na sua segunda fase:

“Dentro de dez, doze anos, o Acaraú seja uma grande referência do Turismo, basta que a política de desenvolvimento do Turismo seja uma política de governo, não pode ter uma política de gestão.” (GESTOR 2)

“PRODETUR/NE II era mais voltado à melhoria da qualidade de vida da população residente nos Polos turísticos. Quanto aos objetivos específicos, o Programa, de um modo geral, buscava fornecer infraestrutura básica à população local, de forma a atrair investimentos turísticos privados, gerar emprego, renda e receitas públicas e também melhorar a capacidade de gestão dessas receitas por parte dos Estados e Municípios.” (GESTOR 3)

Desse modo, considerando a categoria de análise Papel do Estado para o desenvolvimento de políticas públicas, viu-se ressaltadas a importância da intervenção estatal para o desenvolvimento regional e para minimizar os impactos gerados pelo crescimento desordenado nas comunidades, bem como o papel legitimador das ações políticas e institucionais que asseguram o crescimento econômico local, a sustentabilidade e a proteção das comunidades. Bacelar (2003), ressalta a importância da atuação do Estado. Para a autora quanto mais o Estado se ausenta para abertura de outras instâncias, menor será sua atuação por meio de políticas públicas.

Continuando as análises sobre as classes apresentadas, a segunda, que detém 17,4% dos segmentos de texto, foi classificada como categoria Território e Turismo, por apresentar mais constantemente os elementos que privilegiam as determinações territoriais e elementos próprios das comunidades como barco, pescador, vila, cultural, entre outros.

Tratou-se anteriormente, ao se falar de cada uma dessas categorias, que a abordagem a respeito de território e Turismo está intrinsecamente ligada, também, às discussões sobre o papel do Estado e os debates acerca dos conflitos nos espaços onde o Turismo se instala, sobre as identidades e sentimentos de pertencimento dos seus moradores. Além disso, não há como desarticular o papel do Estado das discussões que permeiam os conceitos para o desenvolvimento local. Furtado (2002), reforça a ideia de que, para o desempenho de uma forte ação estatal que visa ao desenvolvimento, mesmo ante as adversidades, esse desempenho deve contar com a vontade coletiva. Para ele, é dessa vontade que se retira a força necessária e legitimadora para conquista das aspirações relacionadas ao desenvolvimento econômico. Nas palavras do autor,

O desenvolvimento econômico, nas condições adversas, dificilmente se fará sem uma atitude participativa das grandes massas da população. Toda autêntica política de desenvolvimento retira a sua força de um conjunto de juízos de valor que amalgamam os ideais de uma coletividade. E se uma coletividade não dispõe de órgãos políticos capacitados para interpretar suas legítimas aspirações, não está aparelhada para empreender as tarefas do desenvolvimento. Toda medida que se venha a tomar, no sentido de enfraquecer os governos como centros políticos capazes de interpretar as aspirações nacionais e aglutinar as populações em torno de ideais comuns, resultará na limitação das possibilidades de autêntico desenvolvimento na região (FURTADO, 2002, p.41).

Cuidou-se da relevância dessa relação de Estado e coletividade no item 3.4, reforçada mais uma vez pelo autor como essencial para o desenvolvimento local. Como tratado, no campo das políticas públicas de Turismo e suas implementações, apesar da necessidade apontada por Furtado (2002) do entrelaçamento entre Estado, políticas públicas e participação popular, existem coalizões entre os sujeitos que fazem parte desse processo e que são reverberadas pelas intenções de cada grupo, das modificações e dos sentimentos de pertencimento.

Veja-se a seguir o conjunto de trechos das entrevistas sobre que tipos de conflitos existem em Acaraú com uma visão de um empreendedor local e como os gestores tratam essas questões:

“apesar de ter disputa de terreno porque todos os nossos terrenos é da Marinha

mas às vezes aparece um outro dizendo que é dono do terreno aberto montou um restaurante mas não pode trabalhar porque não é daqui da comunidade de vez em quando tem algumas coisas assim mas fatos isolados.” (EMPREENDEDOR 2)

“É isso que estamos trabalhando para evitar conflitos entre as comunidades e o turista. Evitar que o nosso homem, o nosso munícipe seja explorado pelos turistas, estamos trabalhando.” (GESTOR 2)

“Temos tido notícias por aí que houve uma explosão do Turismo e expulsou nosso nativo do habitat dele, da cidade onde nasceu, ali onde ele pesca...Porque nós temos uma coisa muito boa...temos as nossas marisqueiras, então nós temos que ter uma visão especial para o meio ambiente para que não sejam dizimados nossos mangues que é fonte de recurso e é fonte de sobrevivência do povo.” (GESTOR 2)

Eu não diria um conflito, eu diria que as pessoas simplesmente deixam para lá, vai dar importância...” (REPRESENTANTE 1)

Aqui foram mostradas as visões de variados grupos para discussões sobre conflitos de modo a relacionar Estado, comunidade e proprietários. Como visto outrora, nas explanações acerca de cada categoria de análise, o Estado é agente das políticas que devem levar ao desenvolvimento, além de interventor dos conflitos gerados com a produção e transformação de espaços; a comunidade receptora preocupa-se localmente com a preservação do meio ambiente e dos territórios de seus moradores e proprietários dos meios de produção da atividade turística, que apresentam uma visão mais capitalista e uma preocupação com o desenvolvimento econômico. Nessas percepções, há algo incomum: é dos empreendedores que vem a preocupação sobre a posse dos espaços e territórios – pois esses pertencem ao Estado (Marinha).

Em Acaraú, os empreendedores, na sua maioria, são nativos, e, consequentemente têm todos os sentimentos da comunidade em geral. O gestor 2, também, demostra a preocupação com a exploração externa e da preservação das atividades que trazem sustento ao povo. Assim, essas percepções se encontram nas suas necessidades, pois ambos demonstram com situações e preocupações diferentes, a necessidades de políticas em cenários múltiplos que deem segurança quanto ao desenvolvimento regional sustentável e seguro para seus moradores.

Retomando a construção de nuvens para continuidade da análise de conteúdo, com o uso do software Iramuteq e o conjunto de perguntas realizadas para identificar essa

percepção dos sujeitos, identificou-se pela nuvem de palavras, que o item ‘Turismo’ detém a centralidade do corpus, seguido de ‘Acaraú’, ‘praia’, ‘Município’ e ‘trabalhar’ com proximidades na representação da nuvem. As palavras ‘desenvolvimento’ e ‘comunidade’ também têm destaque como demonstra a figura a seguir.

Figura 12: Segmento de corpus ‘percepção dos sujeitos constitutivos’.

Fonte: Iramuteq 0.7 alpha 2.

A palavra ‘trabalhar’ aparece para representar as falas dos gestores e dos representantes do Turismo sobre a necessidade de pelejar para o desenvolvimento do Turismo, mostrando a necessidade de mais políticas públicas especificamente em Acaraú, sendo este também um item, como já expresso, evidente na nuvem. Já a palavra desenvolvimento surge ao apontarem o Turismo com um fator responsável para o desenvolvimento local, além de ser este elemento sempre presente nos objetivos e ações do PRODETUR, apontado pelo gestor 3.

A seguir, traz-se a nuvem que representa o conhecimento desses sujeitos sobre as políticas e a participação destes, em fóruns para formulação de políticas públicas e gestão das atividades turísticas locais.

Para isso foi constituído o segmento de corpus ‘conhecimento sobre políticas públicas e participação’. Após o tratamento do corpus, teve-se como resultado a nuvem demonstrada na figura 13.

Figura 13: Segmento de corpus ‘conhecimento sobre políticas públicas e participação’.

Fonte: Iramuteq 0.7 alpha 2.

Na figura acima o elemento ‘não’ expressa o resultado do desconhecimento da população acerca das ações de políticas públicas de Turismo implantadas no Município, tanto no âmbito municipal, quanto federal. O resultado vai ao encontro das respostas dadas nos questionários aplicados, onde 73,5% dos participantes da pesquisa nunca ouviram falar na realização de fórum ou reuniões voltadas para a gestão de Turismo. Na nuvem, o elemento ‘Prodetur’ não aparece em destaque, confirmando, assim, o resultado dos questionários, onde apenas 8,8% dos entrevistados conhecem algum programa de desenvolvimento do Turismo no âmbito municipal e apenas 14,7% conhecem as ações implementadas do PRODETUR.

De acordo com as falas coletadas, por meio das entrevistas, com base no questionamento que se fez sobre o conhecimento das ações implementadas que fazem parte do programa de desenvolvimento do Turismo no Nordeste ou programas de desenvolvimento do Turismo no âmbito municipal, as respostas foram:

Gestor 1: “Não existe ação do PRODETUR, nem vínculo com o programa durante

Gestor 2: “Financiamento para o desenvolvimento da urbanização da praia, são

projetos que estão dentro da secretaria de Turismo do estado quanto do ministério né. O asfaltamento entre a comunidade de Curral Velho a praia da Arpoeiras, todos os benefícios que foram projetados federais e estaduais juntos, o Município só não tem recursos suficientes para isso se não tiver essa parceria.”

Gestor 3: “O PRODETUR/NE I deu início dotando a região de Caucaia a

Itapipoca de infraestruturas como rodovias (rodovia CE-085 Sol Poente) e saneamento em várias localidades e o PRODETUR/NE II deu continuidade a esse investimentos, melhorando os acessos viários até a extremidade do Polo Costa do Sol (desde Itapipoca até Viçosa do Ceará), além de ter investido em ações de urbanização de áreas turísticas, também saneamento (em Jericoacoara) e capacitação profissional e empresarial da cadeia turística no Polo.”

Representante 1: “Não conheço as ações implementadas que fazem parte do

programa de desenvolvimento do Turismo no Nordeste. Sei que tem muitas essas coisas, mas eu não estou muito envolvida com essas coisas, nem estou muito informada disso”.

Representante 2: “Foi realizado o nosso Centro de Educação Ambiental, isso

foram ações dessa organização Terramar envolvido com outras organização (sic) que surgiu esse centro que nós temos hoje. [...]Alguns programas essenciais nas comunidades assim, eu ainda não vi, esse desenvolvimento de Turismo relacionado, eles podem ter até planos, mas é somente planos, mas que ações concretas mesmo assim eu não vi ainda.”

Representante 3: “Eu posso dizer que tem pouco ou quase nada, quando eu falo

isso eu não estou querendo falar mal do poder público a gente tá falando porque a gente ver. A primeira vem pela estrada, o pouco acesso, difícil acesso para chegar aqui, é uma das dificuldades. E a outra, uma das outras é um pouco interesse do Poder público que a gente vê, embora tenha as promessas demoram muito e finda não acontecendo”.

Empreendedor 1: “Não conheço ações do Prodetur.” Empreendedor 2: “Não conheço.”

Empreendedor 3: “Do PRODETUR sim, tem a obra da praia, mas não obedeceu

a lei da natureza, fez uma coisa dentro d’água. Esse é no âmbito Federal e no âmbito municipal...acho que esse é do governo federal, estadual, municipal, acho que são os três juntos.”

Apesar do desconhecimento das ações do PRODETUR, 55,5% dos entrevistados citaram como principal fato, ação ou intervenção no Município, a construção da rodovia

CE 085, onde o Turismo passou a ter maior importância. Destes, apenas um demonstrou conhecimento de que a CE 085 foi obra da primeira fase do PRODETUR, fazendo parte do componente Transportes e Rodovias e abrindo caminhos para que os turistas chegassem a Jericoacoara e, consequentemente, facilitando o acesso a Acaraú.

Bruno Gabai, Gerente Executivo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste – ETENE e ex-coordenador do Prodetur/NE II, confirma, em entrevista realizada em 2019, que esse investimento em infraestrutura melhorou os acessos viários até a extremidade do Polo Costa do Sol.

Outras ações do Programa impactaram no desenvolvimento da região, muito embora, se constata que em Acaraú não houve resultados diretos do PRODETUR/NE I e II, pois segundo Gabai (2019), apesar de ser um Município integrante do Polo Costa do Sol, Acaraú não foi contemplado dentre os Municípios da Estratégia Turística do Estado (instrumento de planejamento) no PRODETUR/NE I, nem na Área de Planejamento (Municípios prioritários para investimento) do PRODETUR/NE II. Com suporte, porém, em ações realizadas em toda região, outros processos com vistas ao desenvolvimento do Turismo local foram realizados. No capítulo 7, procede-se a avaliação dessas políticas, com conhecimento dos principais investimentos na região, seus objetivos e como estas ações impactaram na melhoria da qualidade de vida das famílias residentes em Acaraú.