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A pesquisa-ação – exposição da intervenção formulada a partir dos objetivos

5 OBJETIVOS OBJETO DA PESQUISA 5.1 A pergunta da pesquisa

6.5 A pesquisa-ação – exposição da intervenção formulada a partir dos objetivos

6.5.1 Ação ou intervenção: a disciplina experimental optativa – Tópicos em Saúde Mental I e II

Etapa preliminar: obtenção do Termo de Consentimento Informado, dos alunos participantes e colaboradores, dos professores e dos pacientes entrevistados.

Processo de construção conjunta do conhecimento: - Programa teórico

- Seminários e Debates conjuntos

- Entrevistas dos pacientes: “A escuta diagnóstica” - Discussão dos Casos Clínicos

- Construção teórica do Diagnóstico Estrutural

- Aplicações e implicações do diagnóstico precoce em Saúde Mental na prática médica

Elaboração dos Textos Auxiliares para a Disciplina Experimental (vide anexos): - Por que a colheita da História de Vida

- Transferência e Superego - Redação do Caso Clínico “S.”

A Disciplina Experimental Optativa: Tópicos em Saúde Mental I e II - I – Teórica – Carga Horária Semestral: 15 hs. Créditos: 1. - II – Prática – Carga Horária Semestral: 15 hs. Créditos: 1.

Público-alvo: “grupos-de-dez” alunos do oitavo período do curso médico. Inserção na matriz curricular: módulo interdepartamental conjunto com a MGA e MGC (Departamentos de Clínica Médica e Pediatria), no bojo do Internato Básico em Atenção Primária, para o 8o. Período do curso médico.

- Primeira etapa: Centro de Saúde Santa Inês – oferecida no 2º. Semestre de 2004.

- Segunda etapa: Centro de Saúde Carmo-Sion – oferecida no 1º. Semestre de 2005.

Horários: a carga-horária das disciplinas I e II – Teórica e Prática – foram intercaladas, sendo dadas em semanas alternadas. Os horários foram agendados segundo a disponibilidade dos alunos e possibilidades da estrutura física nos Postos de Saúde.

6.5.2 Objetivos da disciplina 6.5.2.1 Objetivos gerais

Propiciar ao aluno contato direto com o paciente visando o diagnóstico precoce das Estruturas Clínicas através da Escuta Diagnóstica, dentro da práxis ensino-assistência e de forma integrada com o atendimento ambulatorial em Pediatria e Clínica Médica, desenvolvendo competências (cognitivas, habilidades e atitudes) para a aprendizagem da colheita da História de Vida como estratégia para a formulação de hipóteses diagnósticas precoces em Saúde Mental a nível da Atenção Primária e propiciando o desenvolvimento de crítica relativa à condução dos casos dentro do Sistema de Saúde, com uma mudança na concepção da prática médica acerca do atendimento ao paciente portador de sofrimento mental.

Após cursar esta disciplina, o aluno estaria habilitado para:

1. Portar-se, na entrevista do paciente para colheita da História de Vida, de forma a identificar e agir coerentemente com o conceito psicanalítico de Transferência, identificando o lugar e o papel do médico dentro da assimetria da relação médico-paciente.

2. Diagnosticar qualitativamente em Saúde Mental, através das técnicas de entrevista e análise da História de Vida do paciente para a formulação do diagnóstico Estrutural, com vistas ao estabelecimento de suspeitas diagnósticas precoces.

3. Definir conduta mais adequada ao caso em exame, segundo as Hipóteses Diagnósticas de Estrutura suspeitada a partir da colheita da História de Vida, desenvolvendo análise crítica acerca dos vários tipos de abordagens possíveis para as diferentes questões envolvidas na particularidade do caso.

4. Acompanhar o paciente enquanto seu futuro médico responsável, sendo capaz de elaborar diretrizes e regras de conduta ética na abordagem e manejo dos casos, sob o enfoque preventivo e especialmente no que se refere à prevenção do suicídio.

5. Encaminhar de maneira oportuna e adequada os pacientes que necessitarem de ajuda especializada, de modo a que estes não percam como sua referência básica o seu médico de origem, que deverá manter uma compreensão global da condução dos casos. Este deverá ser capaz de perceber o seu enfoque: seu lugar e seu papel no manejo do Caso Clínico, para a condução e continuidade no atendimento dos pacientes.

6.5.2.2 Objetivos específicos

Após o curso, o aluno deveria ser capaz de:

1. Desenvolver atitude crítica acerca dos conceitos de “Normal” e “Patológico” em Saúde Mental, referenciando-os aos contextos sócio-histórico-culturais.

2. Aprofundar o conceito de Representação Social do “Processo Saúde- Doença”, identificando os fatores biopsicossociais envolvidos na complexidade do Caso Clínico, em sua singularidade.

3. Desenvolver Habilidades nas Técnicas de Entrevistas em Saúde Mental, tais como: - tipos de perguntas; - como formular as questões abertas; - “momentos fecundos” da entrevista; - pontos de “virada.”

4. Discriminar as diferenças técnicas e limites metodológicos – objetivando-se um diagnóstico precoce em Saúde Mental- existentes na colheita de:

- HMA (História da Moléstia Atual) - Perfil Biopsicossocial

- HV (História de Vida).

5. Identificar os papéis e os lugares dos diferentes profissionais da equipe no atendimento global ao paciente portador de sofrimento mental, discriminando as responsabilidades e os limites de atuação dos médicos, no caso a caso.

6. Identificar o lugar e o papel do médico na assimetria da relação médico- paciente, segundo o conceito psicanalítico de “Transferência.”

7. Discutir critério éticos envolvidos nos processos de medicalização e no emprego de psicofármacos com relação a:

- Efeito placebo

- Aderência terapêutica

- Fenômenos psicossomáticos

8. Distinguir diferenças entre os diagnósticos em Saúde Mental feitos a partir de: - Critérios da Psiquiatria clássica;

- Critérios dos modernos Manuais Estatísticos de Classificação Diagnóstica em Psiquiatria;

- Diagnóstico qualitativo de estrutura clínica através da colheita da História de Vida.

9. Na entrevista do paciente, ser capaz de detectar os “momentos fecundos” e os pontos de “virada” que ensejam oportunidades para o diagnóstico precoce em Saúde Mental, especialmente com relação aos quadros depressivos.

10. Elaborar criticamente os conceitos de:

- Depressão Reativa ou Situacional (Transtornos de Ajustamento) - Depressão Psicogênica

- Depressão Endógena

- Depressões motivadas e imotivadas.

11. Aperfeiçoar a elaboração de Hipóteses Diagnósticas em Saúde Mental, ampliando-as em quantidade (suspeitas mais precoces) e qualidade.

12. Ser capaz de elaborar diretrizes e regras de conduta ética na abordagem e manejo dos quadros, sob o enfoque preventivo, especialmente as relativas à prevenção do suicídio.

6.5.3 Programa da disciplina 6.5.3.1 Módulo I – conteúdo teórico

Disciplina Optativa “Tópicos em Saúde Mental - Módulo I” Programa das Aulas teóricas:

- Exposição dos objetivos da disciplina; a questão da interdisciplinaridade e a ética; critérios de seleção dos pacientes para a “Escuta Diagnóstica”.

- Os conceitos de “Normal” e “Patológico” em Saúde Mental

- A história da Psiquiatria e as Modernas Classificações Diagnósticas Estatísticas

- Conceitos de “Entidade mórbida” e “Entidade nosológica”: sintomas, síndromes, patologias e critérios diagnósticos para classificação

- Conceitos clássicos de “Psicoses Funcionais” em Kraepelin - Conceitos modernos de “Transtornos do Humor”

- O “compreender” e o “explicar” em Jaspers

- Conceito de “Etiologia” em Psiquiatria: revisão dos conceitos de “Endógeno” e “Psicógeno”

- Introdução ao conceito de “Estruturas Clínicas”: o Complexo de Édipo e o Complexo de Castração em Lacan (Seminário V).

Textos Acessórios:

a) Freud (1969): “Observações sobre o amor de transferência” b) Winnicott (1993): “Aconselhando os pais”

Textos Auxiliares (elaborados pelo pesquisador): a) “A transferência e o superego”

b) “Por que a colheita da história de vida”

6.5.3.2 Módulo II – parte prática

Disciplina Optativa “Tópicos em Saúde Mental – Módulo II” GDs (Grupos de Discussão):

- Conceito de “Depressão”

- Critérios diagnósticos de Episódio Depressivo Maior - Conceitos de “Psicógeno”, “Reativo” ou “Situacional” - Conceito de Perfil Biopsicossocial

- Discussão acerca do papel do médico na Transferência - Discussões a partir dos Textos Acessórios e Auxiliares

- A constituição do sujeito psíquico

- Diretrizes para a colheita da História de Vida

- A pergunta “a mais”: “por quê?” Prevenção do suicídio - Possibilidades e limites de atuação do médico

Supervisões de Casos Clínicos atendidos pelos alunos no ambulatório:

Visando formular hipóteses diagnósticas de estrutura e selecionar os casos que poderiam servir como paradigma para as entrevistas de “Escuta Diagnóstica”.

“A escuta diagnóstica” – demonstração das técnicas de entrevistas:

Aos pacientes previamente selecionados foi proposta, pelos alunos que os haviam atendido, a realização da entrevista conjunta, feita por mim, na presença dos colegas do grupo de dez.

Além da obtenção prévia do Termo de Consentimento Informado, foi informado aos pacientes, imediatamente antes da entrevista, que sua participação era voluntária e que a qualquer momento da realização da entrevista poderiam interrompê-la, sem prejuízo na continuidade do seu atendimento naquele Centro de Saúde.

Discussões dos Casos Clínicos entrevistados conjuntamente

Visando identificar os fatores biopsicossociais envolvidos na complexidade do Caso Clínico, em sua singularidade, definindo as diferenças de objetivos entre a formulação do Perfil Biopsicossocial e a formulação de hipóteses diagnósticas de Estrutura, identificando as conseqüentes diferenças entre as técnicas de entrevista.

6.5.4 Objetivos de Aprendizagem e Metodologias de Avaliação COMPETÊNCIAS a serem desenvolvidas:

1- COGNITIVAS (C):

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