Observações:
O R tem-se mostrado cada vez mais autónomo nas sessões, procurando a interação com a colega. A R, à semelhança de sessões anteriores, tem vindo a autocontrolar os seus comportamentos mais impulsivos, mantendo-se mais atenta e focada nas tarefas (maior controlo tónico e emocional), fator que se repercute em termos de desempenho psicomotor.25’ As casas do jogo são definidas por arcos de quatro cores diferentes: amarelo, vermelho,
azul e verde. A cada cor corresponde um
fator psicomotor diferente:
-Amarelo: tonicidade;
-Vermelho: organização temporal; -Azul: coordenação motora global; -Verde: raciocínio lógico-matemático.
Os alunos deverão lançar um dado e avançar o número de casas correspondentes.
Consoante a cor da casa, a criança deverá escolher um cartão dessa cor.
Em cada cartão encontra-se descrita a tarefa a executar. Alguns exemplos:
-Amarelo: tonicidade - Imita a postura que está representada na imagem.
-Vermelho: organização temporal - Organiza
a história de acordo com a ordem temporal das rotinas diárias.
-Azul: coordenação motora global - Salta por
cima das cordas, com os dois pés, sem as pisares.
-Verde: raciocínio lógico-matemático - Onde
vês mais bolas? (cartão com dois conjuntos com a mesma quantidade de bolas, mas com diferente espaçamento entre elas)
-arcos -cartões com diferentes tarefas -Promover a capacidade de adequação da postura -Promover a capacidade de organização temporal -Potenciar a coordenação motora dos membros -Fomentar a capacidade de Raciocínio lógico- matemático -Potenciar o cumprimento de regras, cooperação e entreajuda. -Feedback verbal -Ajuda física -Reforço -Promoção do diálogo
A R aguardou pela sua vez de jogar, respeitando as regras e os tempos de espera. Quando solicitada, ajudou o colega e participou nas atividades a realizar em conjunto. De uma forma geral executou as tarefas com sucesso; sendo de destacar, apenas, a dificuldade apresentada em associar quantidade a número.
Relativamente ao R, no início do jogo foi necessária instrução verbal, de forma repetida, para que associasse e fizesse corresponder o número de pintas do dado e o número de casas a avançar. Após período de atenção mais focada, realizou a dinâmica de jogo sem dificuldades. Imitou os gestos e posturas corretamente.
Ambos apresentaram motivação para o jogo, mantendo- se bem-dispostos e participativos. Ao entrarem na dinâmica da tarefa foram cada vez mais autónomos, revelando sentido de iniciativa para continuar o jogo.
Jogo da Glória com o
Corpo
5’ Descalçar as meias e calçar os sapatos autonomamente.
Lavar as mãos no balneário, de forma regrada e com a supervisão da T.
-Banco
sueco -Promover autonomia a
-Fomentar o cumprimento de regras
-Feedback verbal
Foram autónomos nas tarefas propostas.
O estado de satisfação e bem-estar dos alunos foi visível (sorriso, procura de interação e diálogo).
Saída da Sessão
Sessão: 15 Local: Ginásio CERCICA Data: 10.fev.2014 (segunda-feira) Duração: 45’ Horário: 9:45/10:30 INTERVENÇÃO PSICOMOTORA em Grupo (grupo de jovens com DID) Estagiária: Ana Rita Pão Alvo
Tempo Total & Momentos da Sessão
Descrição da Tarefa Material Objetivos Gerais Estratégias Gerais Observações da Sessão / Reforços / Desempenho dos Clientes
5’
-Os jovens devem esperar pelas indicações de início da sessão, sentados no banco.
-Momento de diálogo inicial.
-Banco sueco -Potenciar o cumprimento de regras e rotinas de sessão -Reforço -Promoção do diálogo
Os jovens mantiveram-se calmos e sentados, aguardando pelas indicações. Não obstante, um dos elementos necessitou vários feedbacks verbais para permanecer no seu lugar, enquanto decorria o momento de diálogo inicial.
Os elementos que apresentam capacidade de expressão verbal não iniciam tópicos de conversa, tendo de ser utilizado o método de questionamento. Os restantes elementos respondem através de sinais não-verbais (e.g. sorrisos, acenos de cabeça).
Entrada na Sessão /
Diálogo Inicial
20’
Os clientes deverão realizar um circuito com as seguintes estações:
-Pegar numa bola, apenas com uma mão;
-Transportar a bola, caminhando sobre os bancos suecos dispostos lado a lado (um pé em cada banco); -No final do percurso, colocar a bola dentro do recipiente da mesma cor; -De seguida, pegar num cubo, com ambas as mãos;
-Passar por cima de 4 obstáculos de diferentes tamanhos e formas; -Empilhar os objetos transportados, dentro do arco da cor correspondente. -bolas pequenas de várias cores -bancos suecos -recipientes de várias cores -cubos de várias cores -steps -esponjas diversas -arcos de várias cores -Aumentar o tempo de permanência na atividade -Potenciar a capacidade de associação e de igualdade -Promover a capacidade de agilidade motora global -Demonstração -Instrução verbal simples e clara -Acompanhamento individualizado com instruções diretivas -Instrução e feedback associado ao nome do jovem em questão -Feedback verbal -Reforço
-Ajuda física (apenas quando necessário) – colaboração entre pares
-Repetição das tarefas -Arrumação do material
Todos os alunos cumpriram as instruções, cooperando na atividade. Foram observadas algumas dificuldades sobretudo em termos de equilíbrio e capacidade de dissociação dos MInf, sobretudo na passagem dos obstáculos, ao mesmo tempo que transportam os objetos (dificuldade no planeamento da ação e coordenação de movimentos).
Foi necessário feedback verbal constante para todos os elementos. O F e o G, com a repetição do circuito, foram necessitando de cada vez menos apoios e ajuda física, demonstrando noção de sequência das etapas da atividade. Boa capacidade de associação.
A AT apresentou bastantes dificuldades nos deslocamentos, caminhando apenas sobre um dos bancos suecos, necessitando de ajuda física constante. Não realizou associação de cores. O A devido aos seus comportamentos impulsivos e dificuldade de manter a atenção focada, necessitou de feedbacks verbais constantes e ajuda física. Com instruções dirigidas em cada etapa do percurso (e.g. iniciar após “1,2,3”) e um acompanhamento mais individualizado, apresentou-se menos impulsivo, tendo isto repercussões em termos da sua coordenação e agilidade.
Circuito Psicomotor
15’
Deitados sobre um colchão, na posição de decúbito dorsal, com música calma de fundo.
Os jovens deverão permitir a passagem de bolas com diferentes texturas e pesos pelas diferentes partes do seu corpo.
Ao longo da tarefa, deverão realizar inspirações e expirações profundas e controladas, de acordo com as indicações.
Após instrução verbal para o término da atividade, os jovens deverão levantar-se de calmamente. -música calma -colchão -bolas de diferentes texturas e pesos -Promover o estado de regulação tónica (retorno à calma) -Potenciar a diminuição do tónus muscular -Posicionamentos e ajuda física -Utilização de objetos mediadores (recurso a elementos concretos) -Variações no tom de voz e ritmo do discurso
Todos os elementos aderem a este momento da sessão, estando já dentro da dinâmica habitual utilizada. Aceitam a posição de decúbito.
A AT, à semelhança de sessões anteriores, apresentou movimentos estereotipados (e.g. contração constante das pernas e braços; puxar o cabelo, a camisola; colocar palmas da mão na boca) e algumas vocalizações. Através das estratégias utilizadas (principalmente os posicionamentos e a ajuda física) a jovem permaneceu na tarefa, cooperando. Aceitou a passagem dos objetos nas diferentes partes do corpo; apresentou particular sensibilidade na zona facial, aumentando as estereotipias. Não realiza qualquer tipo de regulação do controlo respiratório.
O A apresentou-se menos agitado comparativamente a sessões anteriores (permaneceu na posição de decúbito, sendo apenas necessários feedbacks verbais pontuais). A sua impulsividade é claramente menos evidente nesta fase da sessão. Adere bastante bem à passagem de bolas com diferentes características. Ao longo do tempo da atividade é percetível a diminuição do seu tónus (e.g. abandono das pernas). Não realiza qualquer tipo de regulação do controlo respiratório.
O G apresentou uma postura mais tranquila e um estado tónico mais disponível (permaneceu com os olhos fechados durante toda a tarefa, pernas estendidas, não tendo sido verificadas vocalizações ou movimentos estereotipados/autoagressivos observados noutras sessões). Realizou ciclos respiratórios controlados com instrução.
O F apresentou, tal como em sessões anteriores, motivação para a tarefa, cooperando. Permaneceu de olhos fechados e realizou ciclos respiratórios controlados com instrução e demonstração.
Retorno à calma
5’
-Todos os jovens devem ajudar na arrumação do material.
-Momento de diálogo final.
-Reforço - diálogo
Os jovens apresentaram-se calmos no momento final da sessão. Após indicação, ajudaram na arrumação do material, cooperando.
Saída da Sessão
Observações:A cliente P que revelou comportamento de rejeição pela atividade (exercício do step), demonstrando receio (chorou; quando questionada sobre quais as razões, demonstrou estar com medo). Após um acompanhamento mais individualizado, diálogo e feedback verbal, a aluna retomou a calma; posteriormente a tarefa foi demonstrada e a aluna voltou para o aparelho, realizando a tarefa até ao final. De acordo com a T a P já apresentara este tipo de comportamento em fases de intervenção anteriores; uma das razões por voltarem a ser verificados pode estar relacionado com a fraca assiduidade da aluna nas últimas semanas.
Sessão: 22 Local: Sala de Aparelhos - CERCICA Data: 27.mar.2014 (quinta-feira) Duração: 45’ Horário: 9:00/9:45 Educação Física Adaptada - Aparelhos (grupo jovens e adultos com DID) Estagiária: Ana Rita Pão Alvo
Tempo Total & Momentos da Sessão
Descrição da Tarefa Material Objetivos Gerais Estratégias Gerais Observações da Sessão / Reforços / Desempenho dos Clientes
5’
Dispostos em círculo, realizar o aquecimento/preparação para a sessão (e.g. pescoço/cabeça, membros superiores, cintura pélvica, membros inferiores), de acordo com as instruções.
-Promover a ativação geral das principais articulações a trabalhar durante a sessão -Demonstração -Feedback
Todos os elementos realizaram o aquecimento/ativação geral.
O elemento J realizou este momento da sessão sentada, devido às suas dificuldades de equilíbrio/mobilidade.
Ativação Geral
35’
Realizar trabalho no aparelho, com a velocidade/ resistência previamente estipulada, durante 15min.
Realizar um período de pausa de alguns minutos e retomar a tarefa, noutro aparelho indicado pela T (15min). (Nota: organização de acordo com grelha mensal planeada)
-aparelhos da sala -Potenciar a capacidade cardiovascular -Promover a força muscular -Promover a capacidade de permanência na tarefa -Instruções individuais e diretivas -Demonstração -Feedback verbal -Ajuda física -Reforço
A tarefa foi concretizada com sucesso pela maioria dos elementos. À semelhança de sessões anteriores, foi necessário o feedback verbal constante, no sentido da continuidade da tarefa e da diminuição dos momentos de pausa (dificuldades em manter o objetivo da tarefa). A destacar o elemento F que, comparativamente a sessões anteriores se apresentou mais participativo e menos agitado/instável.
Alguns dos elementos procuram o reforço positivo, através da tentativa de diálogo, várias vezes ao longo da sessão.
Circuito de Aparelhos
5’ Dispostos em círculo:
-efetuar inspirações nasais e expirações bucais, acompanhando com o movimento dos braços. -realizar os alongamentos das principais articulações e grupos musculares envolvidos no trabalho de aparelhos (pescoço/cabeça, membros superiores, cintura pélvica, membros inferiores), de acordo com as instruções da T. -Restaurar a amplitude do movimento e a mobilidade das estruturas envolvidas -Facilitar o relaxamento muscular -Instruções simples -Demonstração -Ajuda física -Feedback
Os alunos colocam-se em posição (espalhados pela sala – procura de formação parecida a um círculo, embora alguns apresentem algumas dificuldades de orientação espacial).
À semelhança da Ativação Geral, o elemento J realizou este momento da sessão sentada, devido às suas dificuldades de equilíbrio/mobilidade.
O recurso à demonstração e à linguagem mais clara e simplificada são estratégias positivas para o sucesso da tarefa.
Retorno à calma Alongamentos