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O processo de escolha da população-alvo e de definição da amostra constitui um dos núcleos metodológicos proeminentes de uma investigação (Almeida & Freire, 2008). Deste modo, a presente secção procura dar conta da população-alvo, abordando valências que se prendem com a sua delimitação e caracterização. Adicionalmente, descreve-se o processo de definição e constituição da amostra, assim como dos respetivos procedimentos de recolha de dados. Por último, procede-se à caracterização da amostra.

4.3.1. População-Alvo: Delimitação e Caracterização

A população-alvo selecionada para a implementação do nosso estudo empírico incide sobre as organizações que compõem a rede associativa empresarial da região centro de Portugal83. Este foco prende- se, na sua essência, com dois principais argumentos. Por um lado, atendeu-se ao objeto de estudo à volta do qual se conceptualizou, estruturou e operacionalizou a presente dissertação e que remete especificamente para as redes interorganizacionais, onde se integram conceptual e tipologicamente as redes de natureza associativa empresarial, potencialmente conducentes ao desenvolvimento do processo de partilha de conhecimento (e.g., Antonelli et al., 2008; Boschma & Ter Wal, 2007; Cappellin, 2007; Carlsson, 2001, 2003; Cardoso, 2007; Corno et al., 1999; Easterby-Smith et al., 2008; Inkpen & Tsang, 2005; Khamseh & Jolly, 2008; Meier, 2011; Petruzzelli et al., 2007; Phelps et al., 2012; Seufert et al., 1999; Wittmann et al., 2008). Como referiram alguns autores (e.g., McEvily & Marcus, 2005; McEvily & Zaheer, 1999; Reagans & McEvily, 2003), as redes associativas empresariais e regionais permitem o acesso a um amplo conjunto de contactos que expõe as organizações a novas ideias, conhecimento, informação e oportunidades. Por outro lado, a escolha da rede associativa empresarial da região centro como população-alvo encontra-se igualmente vinculada a critérios de tomada de decisão que remetem para potenciais facilidades de acesso, por parte dos investigadores, às organizações que a integram84. Procurou-se, assim, aumentar estrategicamente a probabilidade de eficácia e eficiência de todo o processo de recolha de dados, atendendo concretamente ao conjunto disponível de recursos financeiros e humanos.

Devido à escassez e diminuta integração de conhecimento da comunidade em geral acerca da realidade associativa empresarial, a presente secção procura caracterizar estas estruturas de forma relativamente aprofundada. Assim, a inclusão no presente trabalho de aspetos caracterizadores da rede associativa empresarial da região centro constitui uma valência fundamental para a construção de uma

83 Podemos considerar o conjunto total de redes associativas empresariais existente em território nacional como o universo de

estudo para a presente investigação, na medida em que representa o seu objeto de estudo. Desse universo, considera-se como população-alvo a rede associativa empresarial da região centro, a partir da qual, por sua vez, a presente amostra foi constituída.

84 Remetemos, neste âmbito, para o fator da proximidade geográfica, assim como para a utilização de uma rede de relações

interpessoais, de natureza formal e/ou informal, facilitadores do acesso à população-alvo de estudo, visando a constituição da amostra. O termo conveniência define o processo metodológico adotado (Almeida & Freire, 2008).

compreensão estruturante e integrativa acerca da população e realidade em estudo. Neste sentido, considera-se a abordagem de três principais pontos que procura ir de encontro ao objetivo previamente referido, especificamente a contextualização territorial da rede associativa empresarial em estudo, a sua definição e composição estrutural, assim como a delimitação da sua missão e respetivos objetivos. De referir que a construção destas linhas de caracterização foi elaborada mediante um processo de recolha de dados e informações, efetuado junto de fontes e documentos oficiais85, assim como de análise documental e de conteúdo.

Numa primeira instância, é importante atender à contextualização em território nacional da rede em estudo. Assim, esta assume uma abrangência geográfica que envolve seis distritos, especificamente Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu86. Considerando a distância (em quilómetros) a que se situam as cidades capitais de distrito, verifica-se que estas se encontram a uma distância mínima de 60.8 km (especificamente entre Aveiro e Coimbra) e a uma distância máxima de 238 km (especificamente entre Guarda e Leiria).

No que se refere à governança estrutural, a rede associativa empresarial em estudo define-se como uma estrutura formal, fechada e estruturada (e.g., Gulati, 1995; Inkpen & Tsang, 2005; Kilduff & Tsai, 2003; Provan & Kenis, 2008; Provan et al., 2007). A formalização e a delimitação clara das suas fronteiras são operacionalizadas e regulamentadas através de ligações de associativismo voluntário que implicam, por um lado, o dever de pagamento de cotas e, por outro, o direito de acesso ao estatuto de associado, traduzido num conjunto de vantagens e benefícios. Por sua vez, relativamente à estruturação, esta concretiza-se pela organização em três níveis institucionais, cujo organismo centralizador e agregador de toda a estrutura é representado pelo Conselho Empresarial do Centro – Câmara do Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC). Assim, para além deste organismo central, coexiste o nível representado por 39 associações empresariais, representantes dos sectores da indústria, do comércio e dos serviços e detentoras do estatuto de associadas junto do CEC/CCIC. Por último, encontra-se o nível representado pelas empresas, detentoras de um vínculo associativo com uma ou mais das referidas associações empresariais. Este nível é constituído por um número total que excede as 40.000 empresas.

Relativamente à missão da rede associativa empresarial, é importante afirmar que esta é definida e implementada pelos benefícios, vantagens e mais-valias passíveis de serem alcançados por parte das empresas associadas, procurando a fortificação sustentável e afirmação homogénea do tecido empresarial da região centro, assim como a reestruturação e consolidação das suas capacidades e competências. As empresas associadas não constituem, assim, apenas mais um nível institucional e integrativo da rede associativa empresarial em estudo, mas correspondem primordialmente à principal razão de existência desta mesma rede interorganizacional. Neste sentido, esta constitui um veículo de apoio para a concretização de

85 Reportamo-nos, neste âmbito, às reuniões e encontros formais com alguns dos elementos que integravam o órgão de direção

do Conselho Empresarial do Centro – Câmara do Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC), assim como ao conjunto de documentos oficiais recolhido.

86 De referir que a divisão geográfica das redes associativas empresariais em território nacional se encontra operacionalizada e

formalizada de acordo com o segundo nível da Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (i.e., NUTS II) que compreende a divisão em sete unidades territoriais, especificamente cinco regiões no Continente (i.e., Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) e as Regiões Autónomas (Regulamento Nº 1059/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho).

objetivos das empresas associadas através de uma articulação coletiva de forças e oportunidades, concretizada pela interação cooperativa entre CEC/CCIC, associações empresariais e empresas. No âmbito da sua ação coletiva, o papel de representante e protetor dos interesses socioeconómicos das empresas associadas e, concomitantemente, do tecido industrial da região centro, junto de diferentes atores, públicos e privados, regionais, nacionais e internacionais, deve ser igualmente assinalado, procurando por esta via a resolução de problemas relacionados com o desenvolvimento e progresso económico e social dos distritos que integra. Neste sentido, o fortalecimento contínuo da coesão e solidariedade territoriais, a promoção da identidade regional e o reforço do comprometimento constituem diretrizes de missão igualmente angulares para a afirmação do tecido empresarial da região abrangida.

Os objetivos orientadores das ações e intervenções da rede associativa empresarial são passíveis de delimitação formal através da consideração de duas principais valências, uma de natureza interna e outra externa. No que respeita à valência interna, esta define-se na abordagem de apoio a lacunas, problemas ou necessidades internas das empresas associadas, relativa a processos de gestão interna. Neste âmbito, destaca-se o apoio relevante em processos de formação profissional e respetivo desenvolvimento de competências por parte dos ativos das empresas associadas, especificamente no acesso a propostas de planos formativos, financiados ou não financiados, na implementação de diagnósticos de necessidades e, no período a que respeitou a recolha de dados desta investigação, no apoio a candidaturas ao Programa Operacional Potencial Humano (POPH)87. Também se inclui, neste domínio, o apoio a candidaturas de projetos de inovação e desenvolvimento, passíveis de ser financiados com fundos comunitários europeus, através, então, do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). O apoio jurídico, administrativo e financeiro constitui igualmente um pilar de ação e intervenção disponibilizado, assim como o suporte em aspetos que se prendem com a gestão da qualidade e a certificação de produtos e/ou serviços.

No que se refere à valência de natureza externa, esta traduz-se num conjunto de ações e intervenções que procura, junto das empresas associadas, o encorajamento para a criação, fomento e manutenção de parcerias construtivas, nacionais e internacionais, assim como a atração de capital financeiro de cariz igualmente nacional e internacional. Neste âmbito, encontra-se igualmente contemplado o papel de acompanhamento e incentivo ao processo de internacionalização com base na vigilância ativa de mercados, na participação em missões/feiras, workshops, seminários e conferências, na apresentação de produtos e/ou serviços das empresas associadas nos mercados externos, assim como no apoio e orientação na atividade e iniciação da exportação.

Atendendo à missão e objetivos à volta dos quais a rede associativa empresarial define e implementa as suas ações e intervenções, esta constitui-se como uma plataforma de interação social que faculta aos seus principais membros oportunidades para a construção de um diversificado conjunto de relações interorganizacionais. Por sua vez, estas são facilitadoras do envolvimento dos atores em processos e atividades de troca e partilha de recursos, onde o processo de partilha de conhecimento adquire (ou pode

87 O POPH constituiu o programa que concretizou a agenda temática do potencial humano, visando estimular o crescimento

sustentado da economia portuguesa através de um conjunto de eixos e diretrizes de desenvolvimento prioritários. Esta agenda inscreveu-se no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que enquadrou a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período 2007-2013.

adquirir) um papel de destaque (e.g., Antonelli et al., 2008; Boschma & Ter Wal, 2007; Cappellin, 2007; Corno et al., 1999; Easterby-Smith et al., 2008; Huppé & Creech, 2012; Inkpen & Tsang, 2005; Khamseh & Jolly, 2008; Meier, 2011; Petruzzelli et al., 2007; Phelps et al., 2012; Seufert et al., 1999; Wittman et al., 2008). Neste contexto, a relevância da organização do tecido empresarial português, especificamente a nível regional, em estruturas de rede não pode ser desvinculada do facto da sua composição maioritária se definir com empresas de micro e pequena dimensão (Instituto Nacional de Estatística, 201088). Por norma, este tipo de empresas enfrenta maiores limitações de recursos tangíveis e intangíveis, conducentes a incapacidades internas de resolução de problemas (e.g., Durst & Edvardsson, 2012; Gray, 2006; Egbu, Hari, & Renukappa, 2005; Huggins, 2009; Huggins et al., 2012; Wiig, 1997; Zeng et al., 2010), pelo que os benefícios retirados da sua integração em estruturas interorganizacionais assumem um valor instrumental acrescentado (Wittmann et al., 2008; Zeng et al., 2010). Neste âmbito, enfatizam-se especificamente as oportunidades para usufruir da partilha relevante, contínua e dinâmica de ideias e experiências com outros membros, potencialmente conducente ao desenvolvimento e criação de processos internos de melhoria e inovação (Ahuja, 2000; Balestrin & Verschoore, 2010; Boschma & Ter Wal, 2007; Corno et al., 1999; Gray, 2006; Hongli & Zhigao, 2010; Huggins & Johnston, 2009; Huggins et al., 2012; Inkpen, 1998a, 1998b; Kafentzis et al., 2003; Khamseh & Jolly, 2008; Kitaoka et al., 2011; Lambooy, 2004; Larsson et al., 1998; Mu et al., 2008; Napierala et al., 2005; Newell & Swan, 2000; Pardini et al., 2009; Peña, 2002; Powell, 1990; Seufert et al., 1999; Soekijad & Andriessen, 2003; Torfing, 2005; Von Krogh et al., 2000; Yahya & Goh, 2002).

4.3.2. Constituição da Amostra e Procedimentos de Recolha de Dados

O recurso da investigação a amostras constitui uma das valências práticas e metodológicas correntes, operacionalizado mediante a escolha e utilização de procedimentos de amostragem89 (Almeida & Freire, 2008). Assim, tal como referido previamente (cf. secção 4.2. do presente capítulo), o processo de constituição da amostra delimitou-se, primeiramente, com base no critério operacional de pertença das organizações à rede associativa empresarial da região centro, enquanto membros reconhecidos formalmente e internamente (i.e., associados). Na medida em que se atendeu a este critério específico, no qual se baseou a escolha prévia das organizações a serem inquiridas e que delimita a fronteira da rede em estudo (Koehly & Shivy, 1998; Knoke & Yang, 2008), foi adotado o método intencional de amostragem90 (Almeida & Freire, 2008). Considerando as orientações metodológicas subjacentes à análise de redes sociais, optou-se assim por

88 A referência reporta a dados que constam no relatório “Estudos sobre estatísticas estruturais das empresas 2008”, publicado e

divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística a 28 de Junho de 2010, tendo sido consultado em www.ine.pt.

89 Como referiu Miranda (1983), a inquirição a todos os indivíduos constitui um procedimento economicamente inviável,

estatisticamente desnecessário e humanamente impossível.

90 Segundo Almeida e Freire (2008), o método intencional de amostragem é um procedimento não probabilístico que tem

subjacente o pressuposto que determinado grupo de elementos a integrar numa amostra “representa particularmente bem determinado fenómeno, opinião ou comportamento e, por esse facto, são escolhidos para o seu estudo” (p. 124).

uma estratégia nominalista, mediante a qual a especificação da fronteira da rede em estudo é determinada a

priori, com base em requisitos legais e/ou formais91 (Laumann, Marsden, & Prensky, 1983).

No que se refere às etapas consequentes, conducentes à constituição da amostra final, é importante salientar que na presente investigação este processo se encontra intimamente vinculado ao objetivo de recolha de dados de rede. Deste modo, após a delimitação inicial, referida e explicitada no parágrafo anterior, esse processo foi construído com base em procedimentos metodológicos referentes à análise de redes sociais. Recorreu-se, assim, a uma estratégia de amostragem relacional (Knoke & Yang, 2008), baseada nos atores da rede, bem como nas suas nomeações de atores adicionais para inclusão. No âmbito desta abordagem relacional, foram aplicados procedimentos que se enquadram na amostragem por bola de neve92. A aplicação deste tipo de amostragem foi especificamente considerada aquando da recolha de dados relativa ao nível das empresas, na medida em que emergiram dificuldades no acesso a uma listagem completa onde constasse a identificação de todas as associadas93.

Em termos processuais, a constituição da amostra para a presente investigação envolveu três fases principais, correspondendo cada uma delas ao trabalho de campo efetuado junto de cada um dos níveis institucionais da rede associativa empresarial em estudo, especificamente CEC/CCIC, associações empresariais e empresas associadas.

A primeira fase envolveu a construção de uma parceria estratégica com o CEC/CCIC, que para além de ter assumido o compromisso de respondente, desempenhou um papel nuclear na ligação com as associações empresariais suas sócias, assim como também com as empresas associadas destas últimas94. O processo de conversação/negociação teve lugar ao longo da primeira quinzena de setembro de 2010, dando origem a um acordo mutuamente consensual95, selado pelo comprometimento e compromisso das partes

91 A especificação (ou delimitação) da fronteira relativa aos sistemas sociais em estudo constitui um dos aspetos centrais a ter em

consideração na recolha de dados de redes sociais, sendo a sua operacionalização levada a cabo através de regras de inclusão dos atores (Knoke & Yang, 2008; Laumann et al., 1983; Wasserman & Faust, 1994). Tal como referiram Wasserman e Faust (1994), uma rede, um sistema ou um grupo social “consiste num conjunto finito de atores que, por motivos conceptuais, teóricos ou empíricos, são considerados como um conjunto finito de indivíduos no qual são feitas as medidas de rede” (p. 19). Para além da estratégia nominalista, Laumann et al. (1983) referiram igualmente a estratégia que designaram de realista. Pela adoção desta última, os investigadores consideram as perceções subjetivas dos atores, definindo a fronteira como o limite conscienciosamente experienciado por todos ou pela maioria dos atores na rede.

92 No âmbito do procedimento metodológico adotado, a amostragem por bola de neve é baseada num conjunto de várias rondas

de nomeações, onde a primeira ajuda a determinar os potenciais respondentes da ronda seguinte, e assim sucessivamente. Tal como referiram Knoke e Yang (2008) e Wasserman e Faust (1994), o processo pode ser fechado por decisão dos investigadores ou pode continuar até ao momento em que poucas ou nenhumas nomeações adicionais surjam. De referir que, no âmbito da análise de redes sociais, este tipo de amostragem pode ser implementado com uma base totalmente aleatória, assim como com base num critério específico (Rogers & Kincaid, 1981). No contexto da presente investigação, tal como já referido previamente, o critério adotado recaiu sobre a pertença formal das organizações à rede associativa empresarial da região centro.

93 Tal como referiram Marsden (1990, 2002) e Wasserman e Faust (1994), na metodologia de análise de redes sociais, a

utilização da amostragem por bola de neve é especificamente útil quando a população não é clara no início, aspeto que se aplicou, no âmbito da presente investigação, ao nível das empresas integradas e membros da rede associativa empresarial da região centro. De referir que este mesmo obstáculo tem como causa subjacente o elevado número de empresas envolvidas. No que se refere aos dois outros níveis (CEC/CCIC e associações empresariais), essa questão não foi colocada, na medida em que a acessibilidade a uma listagem completa foi facilmente conseguida.

94 Na medida em que os dados a recolher e efetivamente recolhidos (especificamente no que se refere aos dados de rede)

envolviam não só a identificação do respondente, mas também a nomeação e identificação de outras entidades, considerou-se a construção de uma parceria estratégica com o organismo centralizador e agregador da rede associativa empresarial em estudo (i.e., CEC/CCIC) como um reforço de legitimidade e confiança em todo o processo.

95 Neste âmbito, como contrapartida do apoio e suporte institucional do CEC/CCIC, existiu, da parte da Investigadora, o

envolvidas. Este processo envolveu contactos quer pessoais (reuniões formais) quer por via eletrónica (e- mail e telefone) com elementos do topo estratégico, assim como com outros colaboradores do CEC/CCIC, igualmente disponíveis para colaborarem diretamente no processo. Como resultados do desenvolvimento desta primeira fase, foi possível o acesso a uma listagem completa e atualizada das associações empresariais, assim como a identificação de um conjunto de empresas associadas advindo das nomeações efetuadas pelo CEC/CCIC96. De referir que este último resultado foi concretizado mediante as respostas obtidas ao instrumento de medida aplicado, em versão papel (cf. Anexo A.1).

A segunda fase envolveu o contacto com o conjunto total de associações empresariais (N = 39), com início na segunda quinzena de dezembro de 2010. Neste âmbito, num primeiro momento, em envelope fechado, devidamente identificado e dirigido à Direção das associações empresariais, procedeu-se ao envio, por endereço postal, do ofício de pedido de colaboração, redigido e assinado pelo presidente da direção do CEC/CCIC (cf. Anexo B.1), do documento de apresentação da investigação, da equipa responsável e do enquadramento institucional (cf. Anexo B.2), bem como dos instrumentos de medida (cf. Anexo B.3). No sentido de se alcançar a participação da totalidade das associações empresariais, num segundo momento foram estabelecidos inúmeros contactos telefónicos e via endereço eletrónico. Através do desenvolvimento e conclusão desta fase, foi possível obter a colaboração e participação de um total de 29 associações empresariais. Adicionalmente, com base nas nomeações efetuadas pelas associações empresariais97, foi possível a identificação de um conjunto adicional de empresas associadas.

A partir das informações recolhidas nas fases descritas anteriormente, procedeu-se à construção de uma base de dados com as empresas associadas que foram alvo de nomeação, um total de 1163. Esta base foi complementada com informação adicional acerca dessas mesmas empresas, nomeadamente no que se refere a diferentes tipos de contactos (endereço postal e eletrónico, e contactos telefónicos), passíveis de serem utilizados na implementação da fase seguinte do processo de constituição da amostra. A recolha dessa informação ocorreu por recurso a websites que reúnem bases de dados de empresas portuguesas, de pesquisa e consulta gratuita98.

de resultados junto dos parceiros da rede associativa empresarial da região centro, já efetuada. Esses mesmos instrumentos de medida (Questionários A, cf. Anexo B.3 e Anexo C.3) não foram incluídos nos objetivos definidos e formalizados para a presente dissertação, pelo que não serão alvo de abordagem. O objetivo da sua construção remeteu para a elaboração de um diagnóstico avaliativo acerca da concretização da missão e objetivos organizacionais, bem como da imagem organizacional, considerando o olhar percetivo dos associados. Deste modo, relativamente ao CEC/CCIC foi pedida a colaboração das associações empresariais e relativamente a estas, a construção desse mesmo feedback partiu das perceções e opiniões das empresas associadas.

96 As nomeações reportam a empresas associadas com as quais o CEC/CCIC refere partilhar frequentemente conhecimento. 97 As nomeações reportam, em primeiro lugar, a empresas associadas com as quais as associações empresariais referem partilhar

frequentemente conhecimento. Adicionalmente, reportam igualmente a respostas conseguidas à questão de identificação de