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Práticas relativas à dignidade organizacional da UFPE e da Chesf, na percepção dos

Os 5 fatores de práticas relativas à dignidade organizacional percebidas pelos trabalhadores das duas organizações pesquisadas estão apresentados nas Tabelas 6(4) e 7(4) respectivamente, ordenados de forma decrescente quanto à média, e visualizados nos gráficos das Figuras 7(4) e 8(4).

Tabela 6(4) - Percepção dos trabalhadores da UFPE quanto às práticas relativas à dignidade organizacional

PRÁTICAS RELATIVAS À DIGNIDADE ORGANIZACIONAL (UFPE)

POSIÇÃO FATORES MÉDIA DP RESP

Não engana os stakeholders* 4,44 0,691 166 2º Respeita os direitos do empregado 3,50 0,763 165 3º Oferece produtos e atendimento de qualidade 3,06 0,858 166 4º Favorece o meio ambiente e social 2,94 0,911 163 5º Promove o desenvolvimento do empregado 2,88 0,827 163

* As notas foram invertidas, uma vez que as respostas originais mediriam práticas de não dignidade Elaborada pela Autora - Fonte: Dados da Pesquisa (Statsoft Statistica 8.0)

Figura 7(4) - Representação gráfica do ordenamento das percepções dos trabalhadores da UFPE quanto às práticas relativas à dignidade organizacional

* As notas foram invertidas, uma vez que as respostas originais mediriam práticas de não dignidade Elaborada pela Autora - Fonte: Dados da Pesquisa

Tabela 7(4) - Percepção dos trabalhadores da Chesf quanto às práticas relativas à dignidade organizacional PRÁTICAS RELATIVAS À DIGNIDADE ORGANIZACIONAL (CHESF)

POSIÇÃO FATORES MÉDIA DP RESP

Não engana os stakeholders* 4,59 0,556 788 2º Respeita os direitos do empregado 4,26 0,665 797 3º Oferece produtos e atendimento de qualidade 3,76 0,748 779 4º Favorece o meio ambiente e social 3,52 0,755 769 5º Promove o desenvolvimento do empregado 2,89 0,777 732 * As notas foram invertidas, uma vez que as respostas originais mediriam práticas de não dignidade

Elaborada pela Autora - Fonte: Dados da Pesquisa (Statsoft Statistica 8.0)

Figura 8 - Representação gráfica do ordenamento das percepções dos trabalhadores da Chesf quanto às práticas relativas à dignidade organizacional

* As notas foram invertidas, uma vez que as respostas originais mediriam práticas de não dignidade Elaborada pela Autora - Fonte: Dados da Pesquisa

A Tabela 8(4) apresenta a percepção do total de respondentes (Chesf + UFPE) quanto às práticas relativas à dignidade organizacional.

Tabela 8(4) - Percepção do total dos trabalhadores da Chesf e da UFPE quanto às práticas relativas à dignidade organizacional

PRÁTICAS RELATIVAS À DIGNIDADE ORGANIZACIONAL (CHESF + UFPE)

POSIÇÃO FATORES MÉDIA DP RESP

Não engana os stakeholders* 4,56 0,584 954 2º Respeita os direitos do empregado 4,13 0,741 962 3º Oferece produtos e atendimento de qualidade 3,64 0,812 945 4º Favorece o meio ambiente e social 3,42 0,815 932 5º Promove o desenvolvimento do empregado 2,88 0,786 895

* As notas foram invertidas, uma vez que as respostas originais mediriam práticas de não dignidade Elaborada pela Autora - Fonte: Dados da Pesquisa (Statsoft Statistica 8.0)

Verifica-se que, tanto na UFPE, quanto na Chesf, o ordenamento dos fatores foi o mesmo, o que indica que os trabalhadores das duas organizações percebem as mesmas práticas como mais ou menos presentes em cada organização.

As práticas que se mostraram mais presentes nas duas organizações foram aquelas pertencentes ao fator ‘Não engana os stakeholders’, que exprimem o cuidado das organizações em não tentar enganar o funcionário ou o cliente, não explorar os funcionários, nem tampouco sonegar os impostos devidos.

As práticas do fator ‘Respeita os direitos do empregado’ foram as que se mostraram, em seguida, as mais percebidas pelos funcionários como disseminadas nas duas organizações. Nelas, os trabalhadores percebem que existe uma preocupação destas organizações em pagar em dia seus trabalhadores e credores e respeitar as leis trabalhistas.

A terceira maior média foi obtida pelas práticas do fator ‘Oferece produtos e atendimento de qualidade’ o que representa a preocupação das organizações em oferecer bons produtos e serviços, respeitando o código de defesa do consumidor.

Esses três fatores acima apresentaram médias superiores a 3,00, ficando acima do meio da escala (3 – Concordo), o que significa que, em média, são práticas mais percebidas pelos trabalhadores .

A quarta média ocorreu nas práticas do fator ‘Favorece o meio ambiente e social’, que traduzem o que as organizações investem para preservar o meio ambiente e favorecer a sociedade. Nota-se, entretanto, que enquanto os trabalhadores da Chesf concordam, na média (3,52), que esta prática é uma característica presente na organização, não se pode afirmar que os trabalhadores da UFPE concordem, na média (2,94), com essa percepção.

Isto pode ter sido motivado pelo fato de, nas práticas ‘oferecer produtos e serviços bons para o meio ambiente’ e ‘investir no meio ambiente’, houve mais de 50% dos respondentes com notas ‘1’ (concordo nada) ou ‘2’ (concordo pouco), ou seja, são práticas percebidas como pouco presentes na organização.

Finalmente, as práticas que receberam a menor média foram as referentes ao fator ‘Promove o desenvolvimento do empregado’, que significa, principalmente, a preocupação das organizações em oferecer reconhecimento, autonomia, programas de carreira e oportunidades de desenvolvimento a seu pessoal (treinamento, avaliação de desempenho, promoção por mérito, trabalho em equipe). Neste fator, em ambas as organizações, as médias ficaram abaixo do meio da escala, portanto, essas práticas são percebidas pelos trabalhadores como menos utilizadas nas suas organizações.

Para Margolis (1997), as organizações são contextos para promover a dignidade do empregado, sendo necessário que a empresa ofereça ao trabalhador condições dignificantes como autonomia, respeito às contribuições e oportunidade para aprender e se desenvolver, promovendo assim, a dignidade desses indivíduos. O respeito às contribuições pode estar relacionado a uma das práticas do fator ‘Promove o desenvolvimento do empregado’, mediante as assertivas ‘possibilitar a participação dos empregados em processos de mudança’

e ‘possibilitar a participação dos empregados em processos de promoção’, as quais, quase 50% dos respondentes da UFPE percebem como menos disseminada.

Outras assertivas em que mais de 50% dos respondentes atribuíram notas ‘1’ ou ‘2’ foram ‘divulgar a avaliação dos funcionários’ e ‘promover trabalho em equipe’.

Na Chesf, as práticas ‘promover por mérito’ e ‘oferecer programas de carreira’ foram as em que apareceram mais de 50% de notas ‘1’ ou ‘2’, enquanto que ‘possibilitar a participação dos empregados em processos de promoção’ teve quase 50% de notas ‘1’ ou ‘2’.

Práticas organizacionais são as ações que ocorrem no dia-a-dia da organização ao longo do tempo, dando sentido de continuidade. Para Verbeke (2000, apud BEDANI, 2008) as práticas organizacionais seriam teorias em uso que representam os comportamentos e procedimentos típicos adotados pelos membros da organização.

Práticas relativas à dignidade organizacional podem ser entendidas como um subconjunto das práticas organizacionais, aquelas que são percebidas pelos empregados como relacionadas à dignidade da organização.

A partir de Verbeke, é possível pensar que as práticas do fator ‘Promove o desenvolvimento do empregado’ não estejam sendo percebidas pelos seus respondentes, por não se constituírem em práticas sistemáticas e cotidianas das organizações.A aprendizagem das práticas depende do engajamento das pessoas na execução das tarefas e da participação do grupo na solução dos problemas organizacionais (VERBEKE, 2000 apud BEDANI, 2008).

4.2 Valores

organizacionais

percebidos

pelos