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PRINCÍPIOS FÍSICOS APLICADOS À DINÂMICA DOS ACI-

No documento Resgate Veicular.pdf (páginas 47-52)

AUTOMOBILÍSTICOS

3. PRINCÍPIOS FÍSICOS APLICADOS À DINÂMICA DOS ACI-

3. PRINCÍPIOS FÍSICOS APLICADOS À DINÂMICA DOS ACI-

DENTES AUTOMOBILÍSTICOS

DENTES AUTOMOBILÍSTICOS

O

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CBMES

CBMES Resgate VeicularResgate Veicular

cos é baseado principalmente em princípios físicos, portanto

cos é baseado principalmente em princípios físicos, portanto

uma compreensão de determinados princípios da física é ne-

uma compreensão de determinados princípios da física é ne-

cessário.

cessário.

3.1 Lei da Inércia

3.1 Lei da Inércia

Esta

Esta lei lei determina determina que que um um corpo corpo parado parado permanecerápermanecerá

parado e um corpo em movimento permanecerá em movi-

parado e um corpo em movimento permanecerá em movi-

mento a menos que uma força externa atue sobre eles.

mento a menos que uma força externa atue sobre eles.

Desta forma, um veículo em movimento pára ao co-

Desta forma, um veículo em movimento pára ao co-

lidir em um poste porque uma força externa atua sobre ele,

lidir em um poste porque uma força externa atua sobre ele,

porém tudo que estiver dentro do veículo, incluindo os ocu-

porém tudo que estiver dentro do veículo, incluindo os ocu-

pantes, continuará em movimento até colidirem com algu-

pantes, continuará em movimento até colidirem com algu-

ma coisa, ou seja, até que uma força externa atue sobre eles.

ma coisa, ou seja, até que uma força externa atue sobre eles.

3.2 Lei da conservação da energia

3.2 Lei da conservação da energia

Esta

Esta lei lei determina determina que que uma uma determinada determinada quantidadequantidade

de energia não pode ser criada nem destruída, mas sim trans-

de energia não pode ser criada nem destruída, mas sim trans-

formada.

formada.

Assim,

Assim, por por exemplo, exemplo, quando quando um um veículo veículo está está em em mo-mo-

vimento ele possui uma certa quantidade de energia, que

vimento ele possui uma certa quantidade de energia, que

dominamos energia cinética. Quando ele pára, ao colidir com

dominamos energia cinética. Quando ele pára, ao colidir com

um muro de concreto, esta energia cinética nãodesaparece,

um muro de concreto, esta energia cinética nãodesaparece,

mais é transformada em outra forma de energia, principal-

mais é transformada em outra forma de energia, principal-

mente a energia mecânica que produz os danos na estrutura

mente a energia mecânica que produz os danos na estrutura

do veículo e as lesões nos seus ocupantes.

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CBMES

CBMES Resgate Veicular Resgate Veicular 3.3 Energia cinética

3.3 Energia cinética

Esta

Esta energia energia inerente inerente ao ao movimento movimento dos dos corpos corpos é é de-de-

nominada energia cinética, e constitui uma função da massa

nominada energia cinética, e constitui uma função da massa

e da velocidade do corpo considerado:

e da velocidade do corpo considerado:

Energia

Energia Cinética Cinética =1/2 =1/2 da da massa massa vezes vezes a a velocidade velocidade aoao

quadrado ou seja quadrado ou seja Ec= m x v2 Ec= m x v2 2 2 Se

Se zermos zermos alguns alguns cálculos cálculos vericaremos vericaremos que que a a velo-velo-

cidade é muito mais determinante no aumento da energia

cidade é muito mais determinante no aumento da energia

cinética do que a massa, assim podemos concluir que have-

cinética do que a massa, assim podemos concluir que have-

rá lesões muito maiores nos ocupantes em um acidente de

rá lesões muito maiores nos ocupantes em um acidente de

alta velocidade do que em um acidente de baixa velocidade,

alta velocidade do que em um acidente de baixa velocidade,

enquanto produz um efeito relativa

enquanto produz um efeito relativamente menor sobre as le-mente menor sobre as le-

sões que sofrerão.

sões que sofrerão.

3.4 Lei da Ação e reação

3.4 Lei da Ação e reação

Esta lei determina que a toda ação corresponde uma

Esta lei determina que a toda ação corresponde uma

reação, de mesma força, intensidade e direção, porém senti-

reação, de mesma força, intensidade e direção, porém senti-

do contrário.

do contrário.

Assim,

Assim, por por exemplo, exemplo, a a mesma mesma força força que que um um veículoveículo

aplica sobre um poste ao colidir com ele, é aplicada sobre o

aplica sobre um poste ao colidir com ele, é aplicada sobre o

veículo em mesma força, intensidade e direção.

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CBMES

CBMES Resgate VeicularResgate Veicular 3.5 Troca de energia

3.5 Troca de energia

A

A maneira maneira como como o o corpo corpo troca troca energia energia com com o o me-me-

canismo agressor é determinante na compreensão do me-

canismo agressor é determinante na compreensão do me-

canismo de trauma e na determinação das lesões poten-

canismo de trauma e na determinação das lesões poten-

cialmente

cialmente apresentadas pela apresentadas pela vítima e vítima e danos sofridos danos sofridos pelospelos

veículos.

veículos.

Em

Em traumas traumas fechados, fechados, as as lesões lesões são são produzidas produzidas pelapela

compreensão ou desaceleração dos tecidos, enquanto em

compreensão ou desaceleração dos tecidos, enquanto em

traumas penetrantes as lesões são produzidas pelo rompi-

traumas penetrantes as lesões são produzidas pelo rompi-

mento ou pela separação dos tecidos ao longo do caminho

mento ou pela separação dos tecidos ao longo do caminho

do objetivo penetrante.

do objetivo penetrante.

Os

Os dois dois tipos tipos de de trauma trauma criam criam cavidades cavidades temporáriastemporárias

e permanentes, forçando os tecidos a deslocarem-se para

e permanentes, forçando os tecidos a deslocarem-se para

fora de sua posição usual.

fora de sua posição usual.

A

A troca troca de de energia energia está está diretamente diretamente relacionada relacionada aa

dois fatores:

dois fatores:

3.5.1 Densidade

3.5.1 Densidade

Quanto

Quanto maior maior a a densidade densidade (medida (medida em em quantidadequantidade

de matérial por volume) maior a troca de energia.

de matérial por volume) maior a troca de energia.

Assim, por exemplo, a troca de energia é maior quan-

Assim, por exemplo, a troca de energia é maior quan-

do socamos uma parede de tijolo do que quando fazemos

do socamos uma parede de tijolo do que quando fazemos

em um travesseiro.

em um travesseiro.

Isto

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CBMES

CBMES Resgate Veicular Resgate Veicular

tecidos do corpo humano tem diferentes densidades, ze-

tecidos do corpo humano tem diferentes densidades, ze-

mos com que uma mesma quantidade de energia produza

mos com que uma mesma quantidade de energia produza

resultados diferentes dependendo da área atingida.

resultados diferentes dependendo da área atingida.

3.5.2 Superfície

3.5.2 Superfície

A

A quantidade quantidade de de energia energia trocada trocada depende depende tambémtambém

da área da superfície de contato pel

da área da superfície de contato pela a troca de energia é pro-a a troca de energia é pro-

cessada. Como sabemos, a pressão exercida sobre uma su-

cessada. Como sabemos, a pressão exercida sobre uma su-

perfície é inversamente proporcional à área. Portanto, quanto

perfície é inversamente proporcional à área. Portanto, quanto

menor a área, maior o efeito da troca de energia.

menor a área, maior o efeito da troca de energia.

Por

Por exemplo, exemplo, ao ao aplicarmos aplicarmos uma uma determinada determinada quan-quan-

tidade de força no corpo de uma vítima com uma raquete a

tidade de força no corpo de uma vítima com uma raquete a

troca de energia não será suciente para romper os tecidos e

troca de energia não será suciente para romper os tecidos e

fazer com que ele penetre o corpo, enquanto a mesma quan-

fazer com que ele penetre o corpo, enquanto a mesma quan-

tidade de força fará com que uma faca penetre o corpo da

tidade de força fará com que uma faca penetre o corpo da

vítima.

vítima.

Observando

Observando a a evolução evolução tecnológica tecnológica ocorrida ocorrida nos nos últi-últi-

mos 15 anos na indústria automobilística, poderemos consta

mos 15 anos na indústria automobilística, poderemos consta--

tar o quanto mudou a característica da densidade e superfície

tar o quanto mudou a característica da densidade e superfície

das estruturas internas do veículo, principalmente quanto ao

das estruturas internas do veículo, principalmente quanto ao

painel. Com formas arredondadas sem “contos vivos” e com

painel. Com formas arredondadas sem “contos vivos” e com

material menos densos, aumenta-se à área da superfície de

material menos densos, aumenta-se à área da superfície de

contato que, aliada a uma densidade menor implicará em

contato que, aliada a uma densidade menor implicará em

uma menor transferência de energia para a vítima.

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CBMES

CBMES Resgate VeicularResgate Veicular

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