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Procedimentos de análise e tratamento de dados

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4. PROCEDIMENTOS

4.1 Procedimentos de análise e tratamento de dados

Do ponto de vista específico da pesquisa, os objetivos propostos foram alcançados com a utilização dos instrumentos descritos, na seguinte conformidade:

1) Os dados necessários para a carcterização sócio-demográfica do grupo de policiais participantes do programa e integrantes do grupo pesquisado foram retirados da ficha de cadastro. A caracterização foi feita por meio da análise descritiva das variáveis por nível hierárquico, sexo, faixa etária, estado civil ou situação conjugal, nível de escolaridade, tempo de serviço, local de residência e local de trabalho, número de ocorrências e taxa anual de ocorrências graves, esta resultante da divisão do número de ocorrências graves pelo tempo de serviço em anos, com a freqüência relativa de ocorrência de cada uma das modalidades.

2) A identificação do nível de agressividade reacional do grupo antes e depois do programa foi feita com a utilização do PMK, observando-se a classificação descrita na tabela 5. Com base nessa tabela, foi considerada a freqüência das respostas agressivas reacionais na zona de normalidade e fora dela e, ainda, a intensidade e o sentido dos desvios de cada uma delas, observando-se a seguinte equivalência:

a) FR/0: nenhum traçado com desvio fora da zona de normalidade (agressividade normal);

b) FR/1: até dois traçados com desvios fora da zona de normalidade (agressividade eventual/oscilante);

c) FR/2: três ou mais traçados com desvios fora da zona de normalidade (agressividade efetiva/predominante).

- Intensidade dos desvios:

a) IR/0: nenhum traçado com desvio fora da zona de normalidade; b) IR/1: traçado(s) com desvio(s) apenas no 2º. D.P. (entre 5 e 8 tetrons);

c) IR/2: traçados com desvios nos 2º. e 3º. D.P. sendo a predominância no 2º. D.P. (entre 05 e 12 tetrons);

d) IR/3: traçados com o mesmo número de desvio(s) no 2º. e no 3º. D.P. (entre 05 e 12 tetrons);

e) IR/4: traçados com desvios nos 2º e 3º. D.P. sendo a predominância no 3º. D.P. (entre 5 e 12 tetrons);

f) IR/5: traçados com desvios apenas no 3º. D.P. (entre 9 e 12 tetrons);

- Sentido dos desvios:

a) SR/0: nenhum traçado com desvio fora da zona de normalidade; b) SR/1: traçados com desvios positivos, indicando hétero- agressividade;

c) SR/2: traçados com desvios negativos, indicando auto- agressividade;

d) SR/3: traçados com o mesmo número de desvios positivos e negativos;

e) SR/4: traçados com desvios positivos e negativos, sendo a predominância dos positivos;

predominância dos negativos.

3) A verificação da modificação da resposta agressiva reacional individual, após o programa de apoio, em relação àquela apresentada antes dessa intervenção, foi feita por meio da comparação dos dados obtidos na segunda aplicação do PMK com os obtidos na primeira aplicação, levando em conta a freqüência das respostas, a intensidade e o sentido dos desvios na forma descrita anteriormente e classificando a segunda resposta em cinco categorias, de acordo com os seguintes critérios:

a) Resposta agressiva reacional ampliada: quando houve, no segundo exame, aumento da freqüência de respostas agressivas fora da zona de normalidade, com aumento ou manutenção da intensidade dessas respostas ou quando houve manutenção da freqüência, com aumento da intensidade;

b) Resposta agressiva reacional reduzida: quando houve, no segundo exame, diminuição da freqüência de respostas agressivas fora da zona de normalidade, com diminuição ou manutenção da intensidade ou quando houve manutenção da freqüência, com diminuição da intensidade;

c) Resposta agressiva reacional inalterada: quando houve, no segundo exame, reprodução dos resultados do primeiro exame, quanto à freqüência de respostas, intensidade e sentido dos desvios, desde que fora da zona de normalidade;

d) Resposta agressiva reacional estável: quando houve, no segundo exame, oscilações dentro da zona de normalidade;

e) Resposta agressiva reacional instável: quando houve, no segundo exame, oscilação contrária de freqüência e intensidade ou quando houve modificação do sentido predominante da agressividade (de auto para hétero ou vice-versa).

4) Para a definição do perfil dos integrantes de cada uma das categorias, foram utilizados os dados da ficha de cadastro relativos a nível hierárquico, sexo, faixa etária, estado civil ou situação conjugal, nível de escolaridade, tempo de serviço, local de residência, local de trabalho, número de ocorrências e taxa anual de ocorrências graves. O perfil foi definido para

variáveis. Os resultados de cada categoria foram comparados com os resultados das demais categorias geradas, sendo também efetuada a análise estatística de cada variável em cada categoria com a finalidade de identificar e caracterizar possíveis relações entre a variável considerada e o tipo de oscilação de resposta.

5) Para a realização de estudo clínico de 01 caso de cada categoria, foram utilizados os dados levantados por meio do PMK, do Teste Palográfico, do CPS, da ficha de cadastro e da entrevista realizada ao início do programa. Foram escolhidos para o estudo clínico os policiais com perfil mais próximo ao definido para a categoria;

6) A análise estatística dos dados do estudo quantitativo foi desenvolvida da seguinte forma:

a) A caracterização sócio-demográfica da amostra estudada, como forma de revelar o perfil individual de cada variável, foi feita por meio de gráficos e técnicas apropriadas. Para as variáveis contínuas (idade, tempo de serviço e taxa anual de ocorrências), foram utilizados gráficos de boxplot, histograma com alisamento pelo método de Kernel e gráfico de quantil-quantil. O gráfico de boxplot ressaltou a medida de centralidade das variáveis e caracterizou a sua dispersão. O histograma com alisamento pelo método de Kernel caracterizou graficamente a distribuição de probabilidade dos dados, enquanto o gráfico de quantil-quantil permitiu comparar a distribuição dos dados em relação à distribuição normal. Já para as variáveis discretas (sexo, situação conjugal, nível hierárquico, nível de escolaridade, local de residência, local de trabalho e número de ocorrências), foram utilizados gráficos de barras. Foi utilizado, ainda, o diagrama de dispersão para analisar conjuntamente a taxa anual de ocorrências e o número de ocorrências;

b) Para comparar o nível de agressividade do grupo antes e depois do programa, levando em conta a intensidade do desvio com qualquer freqüência de resposta e sem considerar o sentido do desvio, foi utilizado teste de proporções para duas distribuições multinomiais;

c) A análise das variáveis em cada categoria de resposta agressiva reacional, por seu turno, foi feita de forma descritiva e de forma inferencial. Do ponto de vista descritivo, as variáveis contínuas foram analisadas por meio de

de cada nível em cada categoria de oscilação de resposta. Do ponto de vista inferencial, foi utilizado o teste exato de Fisher, para verificar quais variáveis categóricas exerceram algum tipo de influência sobre a variável de interesse oscilação de resposta. Utilizou-se, também, o teste t-Student para a mesma verificação no que diz respeito às variáveis contínuas;

d) Finalmente, para comparar o estudo atual com outro feito pelo autor, no ano de 1996, foi utilizado teste de proporções para duas distribuições multinomiais.

7) Como suporte ao tratamento estatístico dos dados, foram utilizados os textos de Morettin e Bussab (2004) e Magalhães e Lima (2002). Para a representação gráfica, foi utilizado o programa R de R Development Core Team (2005).

III – RESULTADOS

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