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PROCEDIMENTOS E ETAPAS DA COLETA DE DADOS

Bloco 2: Dados da formação inicial; cursos realizados na área; período e oferecimento; Bloco 3: Dados da atuação enquanto profissional de apoio: escola onde atuava; quantidade de

2.6 PROCEDIMENTOS E ETAPAS DA COLETA DE DADOS

➢ Quantidade de profissionais de apoio na rede;

➢ Perfil dos profissionais de apoio;

➢ Identificação e comprovação da necessidade do profissional em sala; ➢ Público-alvo atendido;

➢ Supervisão dos profissionais de apoio;

➢ Discrepância entre função atribuída e função exercida; ➢ Legislação municipal dos profissionais de apoio; ➢ Desafios e facilidades da prática deste profissional; ➢ Formação continuada;

➢ Serviços de apoio oferecidos pelo município;

➢ Opinião sobre a presença do profissional na sala de aula

Para coletar os dados nos encontros do grupo focal e entrevistas individuais foram necessários gravadores, câmeras filmadora, papel, lápis e relógio.

2.6 PROCEDIMENTOS E ETAPAS DA COLETA DE DADOS

Procedimentos Éticos

Esta pesquisa foi pautada nos princípios do Conselho Nacional de Saúde em relação às Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (Resolução 466/2012), sendo submetida e aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)6. Além disso, todos os participantes consentiram com a realização da

pesquisa, assinando os termos de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE D e E). Todas as etapas da pesquisa só foram realizadas após as assinaturas dos termos.

Etapa inicial

Em cada cidade houve necessidade de uma abordagem inicial diferente, respeitando a demanda e burocracia de cada uma. No município de Lince o percurso processual de coleta foi invertido, inicialmente foi realizado o grupo focal com profissionais de apoio que tinham

6 Cf. Anexo A.

interesse sem nenhum tipo de intermediação da Secretaria de Educação, sendo o contato direto com as profissionais que se disponibilizaram a participar, mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

No município Sexto Elemento, o contato foi inicialmente com a pessoa do setor de pesquisa e estágio da Secretaria de Educação, através de e-mail, sendo necessário enviar o projeto de pesquisa e o documento de autorização. O passo seguinte foi uma conversa pessoalmente solicitada pelo setor para a pesquisa ser autorizada e após a conversa o documento foi enviado para a Secretaria de Educação para assinatura, ocorreram com sucesso às etapas.

Na cidade das Flores, o contato foi telefônico com a gestora de Educação Especial, foi marcada uma reunião para apresentar o projeto para ser passado para a Secretaria de Educação. Após a apresentação do projeto o documento foi enviado para a secretaria responsável e em seguida assinado e autorizada a realização da pesquisa com os profissionais de apoio do município.

No município de Santa Clara e Chico Lopes, o contato inicial foi por meio do envio do projeto de pesquisa pelos Correios para a prefeitura e em seguida por contato telefônico. A aprovação da pesquisa foi respondida por uma carta assinada pela responsável e enviada a universidade.

Procedimentos de Coleta de Dados

Após a autorização de realização da pesquisa, o primeiro contato nas cidades baianas foi diretamente com as gestoras de Educação Especial, as quais orientaram as possíveis escolas para a realização da pesquisa que, segundo elas, seguiram um critério de facilidade de localização, com exceção da Lince, onde os profissionais de apoio foram chamadas de forma aleatórias para participar em data sugerida pela pesquisadora. Nas cidades do estado de São Paulo, Santa Clara foi, pela facilidade de acesso, uma das regiões em que a pesquisa foi realizada de forma aleatória em uma única diretoria regional da cidade que estava acontecendo uma formação, assim como ocorreu em Chico Lopes, no momento de formação foram retirados alguns profissionais de forma aleatória.

Realização dos Grupos focais I

Os grupos focais foram realizados com os profissionais de apoio de cada cidade, seguindo o roteiro elaborado. Vale destacar que no município de Lince, conforme justificado anteriormente, aconteceu de forma diferente, com apenas cinco participantes, o que foi permitido pela mediadora, devido esse grupo focal inicialmente ser considerado como grupo piloto. Dessa forma, foi realizado com um participante a menos e com a participação de uma profissional de apoio de uma escola particular, os dados não seriam validados na pesquisa, mas, devido a riqueza e diferenciação dos demais, foi considerando dentro do contexto, diferente dos outros, o que possibilitou a discussão de mais uma visão e discussão entre particular e público, que, porém, não é o foco da pesquisa, apenas informações adicionadas no debate.

No grupo focal, cada participante teve o momento de fala, sendo respeitados três minutos para cada um, com inscrição prévia de cada participante. Foi mediado pela pesquisadora na leitura do roteiro e fomento das discussões, porém sem intervenções que pudessem interferir. Todos os grupos foram filmados e gravados através de câmeras e gravadores.

Os grupos focais realizados contaram com a participação de uma voluntária para ajuda na posição da câmera, troca de pilhas, organização do material, entre outros ajustes que necessitaram de suporte. Tiveram a duração de uma hora a uma hora e meia e se constituíram em um momento de grande importância para a coleta de dados, assim como para a atuação dos profissionais de apoio, pois foi relatado pela maioria, que eles não possuíam este momento de escuta e discussão sobre a própria prática.

Na cidade de Lince, tal procedimento foi realizado após o horário de trabalho, na biblioteca da cidade, e cada profissional de apoio se responsabilizou por sua ida e volta. Na Sexto Elemento, foi realizado em uma das escolas onde trabalhavam os profissionais de apoio e a pesquisadora pegou as outras participantes em suas escolas, sendo aproveitado o dia de paralisação no município, no qual elas estavam na escola, porém sem os alunos. No município de Flores, a gestora da escola, liberou os profissionais durante o horário de trabalho, pois entendeu a importância da pesquisa e fez alguns remanejamentos.

Na cidade Santa Clara, assim como na Chico Lopes, estava acontecendo formação continuada com os profissionais de apoio, no qual os profissionais escolhidos de forma aleatória foram por livre e espontânea vontade para sala ao lado participar do grupo focal, entendido por eles, como também um momento de formação.

Entrevistas com representantes da Educação Especial

Para a realização das entrevistas, os contatos foram realizados diretamente com as gestoras da Educação Especial para agendamento do encontro. As entrevistas foram realizadas presencialmente, de forma individual, gravadas e depois transcritas. Nesses casos, apenas com o gravador, por ser apenas um participante, com exceção do município de Chico Lopes, no qual, por motivos de saúde, a gestora não pode comparecer a data marcada para entrevista, assim, a conversa foi realizada por Skype e registrada por um gravador. A escolha da entrevista semiestruturada possibilitou uma ampliação e flexibilização na discussão, com temas surgidos que não estavam previamente apontados, enriquecendo os dados trazidos pelas gestoras.

2.7 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram transcritos por ordem da coleta de dados realizada em cada cidade. A transcrição foi feita através do fone de ouvido no computador, pela pesquisadora, a qual digitou todos os detalhes, seguindo os cuidados e orientações oferecidas por Manzini (2012). Esse autor destaca a importância da transcrição ser realizada pelo próprio pesquisador, dada a importância da transcrição além do escutado, valorizando também a interpretação das expressões faciais, os desvios de olhares, as mensagens corporais entre outras informações importantes para análise que ultrapassam a fala. Afirma também o cuidado em escutar várias vezes o mesmo trecho a fim de obter uma transcrição mais fiel possível.

Em seguida, foi iniciada a análise de dados, aqui divididas em três etapas. A primeira foi de organização dos dados, a segunda, de refinamento dos dados e, por fim, a interpretação. Segundo Santos (2016), a análise de dados de uma pesquisa qualitativa é laboriosa necessitando de dedicação total do pesquisador para compreender e interpretar a realidade investigada de forma crítica. Com o objetivo de adiantar, facilitar e enriquecer a análise em sua totalidade, foi utilizado o software ATLAS.ti para dar suporte na análise os dados qualitativos.

A pesquisa qualitativa necessita de dedicação e tempo para análise, assim como para o refinamento dos dados e, nesse contexto, Santos (2016) comenta que as técnicas utilizadas para as pesquisas qualitativas geralmente são por meio de procedimentos