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3. MÉTODO

3.1. MODELOS DEA

3.1.1. Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos são os delineamentos, que possuem um importante papel na pesquisa científica no sentido de articular planos e estruturas a fim de obter respostas para os problemas de estudo (BEUREN 2012, p. 76).

Para delinear a pesquisa Beuren (2012) aborda os métodos aplicáveis a esta área do conhecimento, divididos em: pesquisa quanto aos objetivos, pesquisa quanto aos procedimentos e a pesquisa quanto à abordagem do problema.

Quanto aos objetivos, esta pesquisa apresenta-se como descritiva, pois registra, analisa e interpreta determinados fatos e acontecimentos do ambiente sem que haja interferência do pesquisador (ANDRADE, 2002). Diehhl e Tatim (2004) relatam que a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de certo fenômeno e o estabelecimento de relação entre variáveis. Gil (2010), afirma que a pesquisa descritiva tem como característica significativa à utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Deste modo, considerando que o presente estudo relaciona as universidades federais brasileiras analisadas em eficientes ou ineficientes com os recursos disponíveis, e tendo em vista que os dados serão observados, registrados e analisados sem interferências do pesquisador, este trabalho caracteriza-se como descritivo.

Quanto aos procedimentos, o presente trabalho se caracteriza como pesquisa bibliográfica, no qual é a base para construção teórica brasileiras. De acordo com Medeiros (2012), a técnica de pesquisa bibliográfica emerge o autor em informações sobre o assunto a ser estudado. Fachin (2001) relata que é sustentação essencial para conduzir o leitor a um assunto escolhido com as informações coletadas para o desempenho da pesquisa. Lakatos e Marconi (2007) explicam que a pesquisa bibliográfica é composta por materiais que já foram publicados em relação ao tema de estudo. Beuren et. al (2012) afirmam que os documentos são considerados como fontes secundárias, cujos dados já sofreram algum tratamento, como, por

exemplo, teses, dissertações, monografias, artigos, livros, revistas ou boletins de jornais, conforme exposto no capítulo 2 deste trabalho.

Em se tratando de dados e como técnica de pesquisa documental, foram coletados em documentos já publicados e disponíveis para consulta nos sites credenciados: Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), Tesouro Nacional (FINBRA), Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (INEP), Conjunto de Dados Abertos da CAPES e Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (Portal da Transparência) no período de 2004 a 2016.

Para Gil (2010) a pesquisa documental é muito semelhante com a pesquisa bibliográfica, diferenciando-se pela natureza das fontes utilizadas. Conforme Beuren et al. (2012), as pesquisas documentais são informações coletadas que ainda não sofreram quaisquer tratamentos. Medeiros (2012) relata que compreende o levantamento de documentos nos quais ainda não foram utilizados como base de pesquisa, e podem também serem encontrados em arquivos públicos.

Quanto a abordagem do problema, a pesquisa define-se como quantitativa, pois serve- se de instrumentos estatísticos na coleta e tratamentos dos dados, cuja análise permite a inferência necessária para se responder à questão formulada.

A pesquisa quantitativa utiliza-se de instrumentos estatísticos na coleta e tratamento dos dados, de modo a garantir a exatidão dos resultados e, consequentemente, vir a proporcionar maior margem de segurança nas análises e interpretações da população ou universo da pesquisa (BEUREN, 2012).

Todavia, o presente trabalho apresenta a população composta de 63 universidades federais brasileiras dividida por regiões, conforme apêndice A. Em se tratando de amostra é definida por Beuren (2012) como parte específica da população, que atende determinado critério ou regra, não confrontante com esta.

Entretanto, adotou-se como critério de seleção amostral: a) fundação da universidade federal brasileira;

b) dados completos sobre as variáveis no período de 2004 a 2016, conforme a disponibilidade dos dados na base já citados acima.

Em se tratando de mensuração da eficiência das universidades, utilizou-se a Análise Envoltória de Dados (DEA). Desse modo, em relação à abordagem do problema, a tipologia utilizada no presente trabalho é classificada como quantitativa.

Como as universidades federais brasileiras possuem vários cursos de graduação, o quadro 9 apresenta variáveis de inputs e outputs para o modelo de eficiência das Universidades nos cursos de graduação:

Variáveis de inputs e outputs para o modelo de eficiência das Universidades Federais nos cursos de graduação

Tipo Variável Descrição Período Fonte

Input 1 Receita repassada as

universidades Receita repassada 2004 a 2016

Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União/FINBRA Input 2 Alunos matriculados Alunos matriculados 2004 a 2016 INEP

Input 3 Número de docentes Docentes ativos 2004 a 2016 INEP Input 4 Número de

funcionários Funcionários ativos 2004 a 2016 INEP Input 5 Número de cursos Cursos disponíveis 2004 a 2016 INEP Output 1 Alunos concluintes Alunos concluintes na universidade 2004 a 2016 INEP Fonte: Elaborado pela autora a partir da base de dados da base de dados pesquisada.

Dyson et al. (2001, p. 248-252) relatam que um ponto básico a ser observado ao escolher o modelo é a escolha das variáveis, ou seja, número de inputs e de outputs, correlação entre as variáveis, combinação de medidas de volume com índices e escala de medida das variáveis. Sendo assim, a quantidade de inputs e outputs deve estar em conformidade com o que se pretende mensurar, isto é, deve existir consistência nos objetivos e medida de desempenho do centro de responsabilidade sob análise.

O modelo DEA permite a inclusão de fatores indiscriminadamente. Entretanto, quanto maior o número de inputs e outputs menor será o poder de discriminação da análise de eficiência. A regra básica sugerida por Dyson et al. para alcançar um nível razoável de discriminação é o número de DMU’s, ou seja, ser pelo menos 2 (m x s), em que (m x s) é o produto do número de inputs e o número outputs.

Neste trabalho em específico, será de 2 (5 x 1) = 10 para os cursos de graduação representado por 47 universidades federais, mesmo após ocorrer o tratamento dos dados apontados acima, este critério foi atendido para o ensino superior a ser estudado.

Após a coleta dos dados e tratamento dos dados, foram organizados no software Microsoft Excel® e, também será utilizado a matriz de regressão e correlação das variáveis para identificar visualmente se as variáveis envolvidas no estudo se relacionam entre si.

Dyson et al. (2001, p. 249) mencionam que eliminar um input da análise por ter alta correlação com outro input pode impactar, significativamente, os escores de eficiência, o mesmo ocorrendo com os outputs. Portanto, a análise de correlação dever ser usada com cuidado na determinação de eliminação de fatores do modelo.

Posteriormente à matriz de correlação e regressão, os dados foram calculados no software estatístico SIAD v.3.0 no modelo CCR (CRS) com orientação output, com a finalidade de maximizar as saídas. Por fim, em análise de resultados, será averiguado a eficiência das universidades federais brasileiras na aplicação dos recursos em educação superior, destacando os benchmarks, elaborando rankings de eficiência e estabelecendo metas de melhoria, com o intuito de auxiliar o gestor público na tomada de decisão.