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A transparência da informação sobre gastos públicos é um elemento crucial na melhoria da eficiência da gestão pública, por condicionar os gastos à capacidade de arrecadação de tributos, tendo sido introduzido para isso, limites de gastos, despesas e graus de endividamento.

propensa à discricionariedade das autoridades, pelo fato de não ter o grau de rigidez. Refere-se a pessoal, benefícios previdenciários, vinculações legais e juros da dívida pública.

13 as pessoas físicas ou jurídicas (de direito público ou privado) poderão optar parcelamento de débitos de tributos

e contribuições pelo Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), atendidos aos dispositivos da MP nº 783/2017 e IN RFB nº 1.711/2017

Lubambo (2006), Borges et al. (2013) e Costa et al. (2015) afirmam que aspectos da eficiência (da gestão pública) estão associados ao gasto público. A tendência de crescimento do gasto público tem sido constatada há muito tempo.

A adoção de um planejamento público bem estruturado é uma das etapas que as entidades públicas devem desenvolver para que se obtenha uma boa qualidade nos gastos e para se consiga a implantação efetiva das políticas públicas.

Oliveira, Perez Jr e Silva (2013, p. 4) “conceituam planejamento como um processo desenvolvido para a obtenção de uma situação futura capaz de ser eficiente, eficaz e efetivo concentrando seus esforços e recursos pela empresa”. Sendo assim, o processo de planejamento circunda um modo de pensar e envolver questionamentos sobre o que elaborar, como, quando, quanto, para quem, por quem e onde.

O propósito do planejamento pode ser definido como a expansão de processos, técnicos e atitudes administrativas, proporcionando uma situação viável na avaliação de implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais. Estes objetivos facilitam a tomada de decisão de modo mais coerente, ágil, eficaz e eficiente (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2013).

Apenas planejar bem não significa garantia de qualidade nos gastos públicos, pois os órgãos públicos podem planejar bem e executar mal. Mas se o planejamento for elaborado de forma incorreta, mesmo que um município possuísse excelência nos processos administrativos bem como na execução de políticas, o atingimento da eficiência não seria natural.

A eficiência está relacionada à maneira pela qual um sistema utiliza os recursos disponíveis, com objetivo de otimizar seus resultados. É um critério econômico que mostra a capacidade administrativa de produzir o máximo de resultados com o mínimo de recursos possíveis (BELLONI, 2000).

Garantir qualidade e eficiência é uma das preocupações recentes da política educacional do país. Quando se trata da melhoria da qualidade do ensino público relacionado a sua eficiência, o investimento deverá ser concluído com o menor custo possível e gerar o máximo de benefícios para a sociedade (CHAVES, 2007).

Segundo Boueri, Rocha e Rodopoulos (2015), uma das formas para melhorar o gasto público é começar a avaliá-lo pelos seus resultados, pois, monitorando-os, é possível obter um parâmetro para cobrar a melhoria da qualidade no gasto público.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2015), a melhoria da qualidade do gasto público permitiria que as demandas sociais por serviços públicos pudessem

ser supridas de modo que não haja crescimento na carga tributária, uma vez que são altas, porém deveriam ser melhor gerenciadas pelo administrador público.

Deste modo, completa Kassai (2002), avaliação de desempenho é interligada à verificação do cumprimento das ações pelos administradores de modo a buscar e identificar como tais ações afetam os resultados.

Em diversos contextos políticos, sociais e econômicos é de suma importância conhecer com precisão o montante de recursos disponíveis e também os recursos que são utilizados em todas as áreas. Entretanto, a dimensão do gasto denota o dispêndio de recursos orçamentários e financeiros nos diversos setores de atuação governamental, grau de importância a cada área social da ação estatal e seus ajustes (CASTRO, 2009).

A importância de analisar os impactos dos programas sociais públicos, a fim de obter maior eficiência e impacto dos recursos nele investidos é, de acordo com Castanhar e Costa (2003, p. 971):

A avaliação sistemática, contínua e eficaz desses programas pode ser um instrumento fundamental para se alcançar melhores resultados e proporcionar uma melhor utilização e controle dos recursos nele aplicados, além de fornecer aos formuladores de políticas sociais e aos gestores de programas dados importantes para o desenho de políticas mais consistentes e para a gestão pública mais eficaz.

Diniz, Macedo e Corrar (2012) relatam que se faz necessário que os gestores público direcionem elementos sólidos e consistentes que possibilitam uma boa avaliação financeira das suas entidades, de maneira a permitir boa orientação nas suas decisões, especialmente quanto à forma de alocação dos recursos públicos.

Na visão de Costa (2011, p. 3) “a alocação racional dos recursos públicos corresponde a um dos meios para que a gestão pública alcance a eficiência técnica e econômica. Infere-se que a adequada utilização dos recursos públicos é dever da gestão pública municipal enquanto agente do desenvolvimento local”. Já para Silva et al. (2010, p. 2), a alocação de recursos na atuação do governo objetiva “a oferta de bens e serviços necessários à população e que não são providos pelo sistema privado, devido à sua inviabilidade econômica”. Os referidos autores esclarecem que:

Essas funções econômicas do Estado, são distributiva, estabilizadora e alocativa, o qual destinam-se a corrigir ou reduzir as divergência no âmbito da sociedade e seus segmentos. É indispensável destacar que a parte significativa das políticas públicas tem como efeito redutor a otimização dos recursos, uma vez que os critérios de sua distribuição para demandas, via de regra superiores à oferta, determinam a efetividade da ação do estado

Assim sendo, Moraes e Araújo (2012, p. 3) relatam que o tamanho do Estado talvez seja mais bem mensurado se medido por meio do gasto público, no entanto, tem-se a alternativa de

fazê-lo através de suas modalidades de financiamento. Uma importante evolução no sistema público foi o surgimento da Lei de responsabilidade fiscal surgida no ano 2000, em que prioriza a transparência de informações, acesso a informação e maior eficiência na distribuição dos gastos, o que de certa forma veio para reduzir os índices de corrupção e promoção do desenvolvimento econômico.

Nesse sentido, Santolin, Jayme Jr e Reis (2009) contata que a análise da LRF mostra que, sua concepção não deveria dominar dispositivos que originassem níveis ótimos de gastos realizados nos municípios. O ponto básico da LRF é o de regulamentar e controlar a execução orçamentária para evitar excessos por parte de bases governistas quanto à utilização inapropriada de recursos públicos na administração local.

Os gastos públicos e o crescimento também já foram explorados em alguns estudos no Brasil, dentre eles os de Araujo, Monteiro e Cavalcante (2010) e Silva (2012). Esse último tratou da relação entre as variáveis com dados em painel para os municípios paraibanos entre 2000 e 2008. O autor concluiu que os gastos com segurança pública, assistência, e Administração e Planejamento não apresentam relação com o produto, enquanto que as despesas com habitação e urbanismo apresentaram impacto negativo sobre o produto. Os gastos com o legislativo apresentam relação positiva, e as despesas com educação têm baixa elasticidade-produto, influenciando de forma modesta o crescimento econômico.

Quando se trata especificamente da educação, a Carta Magna (CF 1988) define no Art. 205, que é de direito de todos e dever do Estado e da família. Reafirma esse direito no Art. 208, quando declara que o deverL do Estado será efetivado mediante a garantia de “ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria”. Certamente o acesso ao ensino faz parte do processo de educação dos indivíduos, trata-se de um direito constitucional do ser humano no qual deverá ser garantido.

No entanto, o tópico seguir demonstra como é a educação pública e como ocorrem seus gastos.