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Data da entrevista – 20 de Novembro de 2008 Duração da entrevista – 56 min 18 seg

Entrevistador – E Entrevistada – A1

E – Esta entrevista está inserida no mestrado que estou a fazer que tem a ver com a ética

e deontologia na profissão docente, nomeadamente com a reflexão e discussão de dilemas éticos como estratégia de formação. Neste sentido, decidi trabalhar com educadores. Queria começar por dizer-lhe que as informações são anónimas e confidenciais. Qualquer dúvida que vá tendo, esclarecemos. Começava por perguntar- lhe quantos anos de serviço tem, a sua idade…

A1 – Tenho 36 anos e tenho 11 anos de serviço. Vinculei no último concurso, de 2005-

2006.

E – A sua formação inicial é em…?

A1 – Eu sou educadora de infância. A formação inicial foi o bacharelato em educação

pré-escolar e depois fiz o complemento na Universidade Aberta. Agora já não sei qual foi a área… Tem a ver com Cidadania, mas não sei precisar a área, já. Mas pronto, inicialmente fiz o bacharelato e depois fiz o complemento.

E – Agora entrando mais no tema da ética. Na sua opinião, que finalidades e que

funções tem a sua profissão de educadora?

A1 – É assim, a minha profissão de educadora além de… Para além do objectivo do

pré-escolar em termos da aprendizagem dos alunos é o de é de desenvolver as competências… Eles devem adquirir competências para depois no 1.º ciclo, depois de adquiridas poderem ter uma aprendizagem melhor. Também acho que o pré-escolar é muito importante na formação pessoal da criança que se vai tornar, futuramente, um cidadão. Mas às vezes acho que há um choque entre o que vem de casa, a educação das crianças e aquilo que nós tentamos às vezes transmitir, os valores que nós tentamos transmitir às crianças. E acho que às vezes a própria criança não percebe o que é

importante. Porque se calhar há determinados comportamentos em casa e depois na escola têm que ter outros. E porque é que em casa ele pode fazer algumas coisas de uma forma e no jardim se calhar dizemos que deve ser feita de outra maneira, se calhar isso faz um bocado de confusão à criança.

E – E acha que essas suas preocupações, as funções que enumerou para a educação de

infância são transversais a outros níveis de ensino ou há funções específicas para este nível de ensino?

A1 – Eu acho que em Portugal há dificuldade em os vários graus de ensino… É assim

eu acho que o ensino em Portugal está separado. As pessoas têm a ideia de que o pré- escolar… que o jardim-de-infância é um espaço onde as crianças brincam, passam o tempo e que a função do educador é mais de entreter e de guarda do que propriamente outra função de formação da criança ou de outro qualquer objectivo da educação de infância. E depois eu acho que é assim… Estava a perguntar-me em termos de…

E – Da transversalidade das funções aos vários ciclos de ensino.

A1 – Eu acho que em relação a isso o 1.º ciclo não entende muito bem o que é que o

pré-escolar faz e depois chega-se ao 2.º ciclo e acho que também não…

E – Então acha que há uma descontinuidade entre os vários ciclos de ensino.

A1 – Há. A tendência caminhar-se para que haja uma continuidade. Quer-se chegar lá

mas não se consegue porque acho que entre os próprios profissionais não há… E acho que isso devia partir dos próprios profissionais, não é? Um reconhecimento. Eu acho que os profissionais não se reconhecem uns aos outros e à medida que os níveis de ensino vão aumentando, acho que os profissionais acham que são sempre superiores, que o de baixo é sempre inferior e acho que nesse sentido não há continuidade.

E – Então talvez possamos relacionar isso com um comportamento ético. A profissão de

professor e de educador, enfim, é marcadamente ética, não é? Então, em que domínios da sua profissão é que acha que a dimensão ética se manifesta no dia-a-dia, na relação com os alunos, com os pais, com a família…

A1 – Hum… Não estou a perceber…

E – A profissão que exerce quer na transmissão de valores como dizia agora, no cuidado

com as crianças, na relação com os pais e nesse sentido estes são já alguns dos domínios em que a sua profissão se manifesta eticamente. Primeiro pergunto-lhe em que outros domínios é que acha que uma função ética do professor se manifesta na relação com os alunos, com a família, com outros educadores, como ainda agora falava… Pelo que percebo do seu discurso sente aí algum isolamento…

A1 – Eu acho que há um isolamento e que acho que o papel do educador é muito

importante no sentido também da transmissão de valores, porque as crianças muito pequenas aprendem por modelos, nós somos sempre um modelo para a criança e somos para o bem e para o mal, pronto. Acho que temos que ter um bocado de cuidado. E depois também… Eu não sei se em termos depois… Mesmo a nossa formação, quando nós saímos dos cursos, não sei se em termos de ética saímos bem preparados. Eu acho que nós às vezes também não saímos bem preparados…

E – Então aproveito o para perguntar-lhe: a A1 teve na formação inicial, na sua

formação em educação de infância, teve formação ética especificamente?

A1 – Não.

E – E acha que houve alguma abordagem à ética de forma transversal?

A1 – Nós focámos mais foi uma coisa muito… foi quase proforma, aquilo que tinha que

ser… Mas acho que se devia falar mais. Acho que há assuntos que se calhar se deviam falar mais. Por exemplo, eu acho que o meu curso em termos de… para eu me poder dedicar na minha profissão, se calhar não dá muitos conhecimentos, se calhar perde-se um bocado, entre aspas, não é perder porque, pronto, nunca se perde, mas… Às vezes abordamos assuntos… Tínhamos determinadas disciplinas que depois na prática não aplicamos e acho que é um bocado para currículo, para o curso ter determinado… E acho que falta, por exemplo, tivemos psicologia do desenvolvimento da criança, acho que devíamos ter uma disciplina que se calhar nos permitisse falar mais sobre a relação

com o outro, porque depois nós relacionamo-nos muito com os pais… Acho que os cursos têm algumas falhas nesse sentido.

E – E as necessidades que vê da integração de uma formação ética na formação inicial

ia mais no sentido de ajudar, para ter conhecimentos de como se relacionar com o outro.

A1 – Isso é relativo, não é? Porque são as relações humanas… Se calhar devíamos ter

mais formação. Há determinadas coisas… Acho que é com a experiência que nós vamos adquirindo determinados conhecimentos que vamos aplicando no dia-a-dia, mas às vezes há determinadas coisas que podiam ter sido ditas na formação. Por exemplo, em relação aos pais, não é? Às vezes os pais perguntam-nos determinadas coisas sobre os filhos e nós, pelo que eu percebi ao longo do tempo, não devemos ser tão sinceras em relação ao que achamos da criança em termos de comportamento, temos que ter muito cuidado, temos que saber lidar. Com a experiência é que nós chegamos lá e acho que no curso, no final do curso ou durante o curso, deviam-nos alertar que há determinados comportamentos que devemos ter para haver uma boa relação, para…

E – Para não criar conflitos com a família?

A1 – Isso.

E – E na formação contínua, a A1 já procurou ou já frequentou alguma formação na

área da ética?

A1 – Não.

E – E se frequentasse uma formação na área da ética que, pelo que percebo do seu

discurso acha importante mesmo que fosse…

A1 – Sabe que é assim: eu acho que às vezes fala-se em ética mas acho que não

percebemos muito bem o que é a ética, não é?

A1 – A ética. É assim, a ética tem se calhar a ver com os valores de respeito, de

considerar o outro em termos éticos, por exemplo, de salvaguardar… O professor deve ter o cuidado de salvaguardar os interesses da criança, de salvaguardar os interesse da própria família e muitas vezes caímos no erro de fazer comentários que eticamente não estão correctos, que não devíamos fazer e fazemos. Acho que as pessoas às vezes confundem um bocado, que não sabem muito bem o que é a ética.

E – E se frequentasse uma formação na área da ética, que objectivos pessoais a levariam

a frequentar essa formação?

A1 – Os objectivos pessoais...

E – O que é que a levaria a frequentar uma formação nessa área?

A1 – Todas as formações que eu fosse fazer agora era para me aperfeiçoar em termos

profissionais.

E – E como é que acha que deveria ser essa formação? Que estratégias acha que

deveriam ser utilizadas? Em pequenos grupos, em grandes grupos… Uma formação tipo curso que tem um carácter mais transmissivo, uma oficina, um círculo de estudos…

A1 – Eu acho que às vezes as oficinas funcionam melhor do que às vezes só o curso.

Porque eu acho que é com a prática que nós aprendemos, nas situações mesmo, conhecendo situações ou experimentando situações, acho que era mais importante em oficinas e as pessoas terem que experimentar do que ser só uma formação de… Porque é assim, eu acho que às vezes nós temos um bocado medo de nos expormos. Por exemplo, às vezes para falarmos em público… Mas se nós tivermos que enfrentar essas situações, progressivamente, vamos perder o medo e acho que se calhar se nós tivéssemos mais oficinas que nos permitissem podermos praticar… Por mais receio que tivéssemos, se calhar, acho que… Pronto, não sei…

E – Hum, hum… Melhor do que se fosse só com um carácter quase unilateral, do

A1 – Sabe que… Eu acho que nós não temos uma sociedade da partilha, nós não temos

uma sociedade em que se saiba partilhar e que se saiba trabalhar em grupo. Nós somos muito individualistas. Nós quando fazemos trabalhos de grupo o que é que acontece? Um trabalha e os outros… Eu acho que não há [partilha] e acho que em termos de ensino, em Portugal podia funcionar mais em… Não ser só o professor a ter o papel de transmitir os conhecimentos, mas também de serem as próprias crianças a ajudarem-se umas às outras para perceberem que podem ser ajudadas e ajudar e mesmo uma criança que saiba mais do que a outra perceber que a outra não sabe e que pode aprender com ela. E aí está a partilha e o trabalhar em grupo que eu acho que são coisas que acho que não sabemos trabalhar.

E – Então vou aproveitar esses dois valores ou princípios, a partilha e o trabalho de

grupo, para lhe perguntar que outros valores tem a A1 na sua conduta ética? Que valores é que tenta para além destes que estejam presentes na sua conduta?

A1 – Por exemplo, os miúdos, hoje em dia, são pouco tolerantes uns com os outros. Ou

seja, nós somos muito tolerantes com as crianças, porque permitimos determinados comportamentos, mas essa tolerância não é mais saudável porque nós somos permissivos com determinadas coisas que têm a ver com a tolerância, mas a tolerância em aceitar o outro como diferente, acho que essa capacidade ainda não temos. Eu tento sempre fazer com que as crianças sejam mais tolerantes umas com as outras, mais compreensivas, sobretudo, acho que devem ser educadas, que eu acho que hoje em dia há muita falta de educação, não é? Há muita falta de educação, há falta de respeito, valores que estão muito fragilizados e cada vez há menos valores.

E – Essa também é uma das funções do educador e do professor: transmitir esses

valores, embora haja também aquela descontinuidade de que a A1 falava há pouco entre a escola e a família.

A1 – Há. Por exemplo, os miúdos no jardim de infância, eles funcionam muito pelas

rotinas, pronto, mas é assim, pela minha experiência, se formos fazer um comboio a determinado local os miúdos no pré-escolar normalmente vão dois a dois, nos recreios quando têm lixo metem-no no caixote do lixo, há uma série de regras que eles têm, mas depois… Nós no jardim trabalhamos com escolas do 1.º ciclo e às vezes o que eu noto é

que os miúdos no 1.º ciclo deitam o lixo no chão, já não deitam no caixote do lixo, já não fazem uma fila como faziam no jardim. Pronto, e acho que há um trabalho que se faz no pré-escolar e depois chega-se ao 1.º ciclo e, porque os professores também são obrigados a cumprir currículos e têm que dar a matéria e ali acho que se perde um bocado… Eu acho que depois há um interesse muito grande, que caracteriza o nosso ensino, um interesse em transmitir só os conhecimentos ou o saber e acho que os valores ficam de parte. Não sei. Posso estar errada, mas é análise que eu faço daquilo que tenho observado.

E – E esses valores são os que acha importantes na relação com os alunos, não é? E na

relação…

A1 – Assim como eu acho que há uma falta de… Em termos de relação interpessoais

entre os próprios colegas, também…

E – E que valores é que a A1 tem para si quando está na relação com os seus colegas ou

quais são esses que diz que estão em falta?

A1 – Eu acho que são esses que eu estava a dizer. No caso da partilha. Porque, por

exemplo, acho que não tem mal nenhum os colegas trocarem ideias e às vezes nota-se que às vezes as pessoas têm um bocado de dificuldade e não mostram tudo. Pronto, ou porque se sentem inseguras no trabalho e aquilo é uma mais valia porque ela tem e a outra não tem. Pronto, acho que é um bocado isso. É assim, eu também vivo num mundo que é só de mulheres e a natureza feminina é também um bocado… Pronto, acho que às vezes também há um bocado falta de partilha. Não sei, mas isso até mesmo nos próprios grupos nota-se que há os grupinhos…

E – E na relação com os pais?

A1 – Na relação com os pais… Trabalhar com os pais é um bocado complicado, temos

que saber muito bem lidar com os pais. Não sei, sinceramente com os pais… Até hoje não tenho tido chatices com pais nenhuns, tenho tido uma boa relação. É assim, se calhar… Isso também tem a ver como as pessoas são e eu não sei se… Também tem a ver com a capacidade que as pessoas têm de ser colocar no lugar do outro, no papel de

um pai e percebê-lo… Eu não sou mãe, não sei dizer o que é que uma mãe sente, mas se calhar posso pensar ou supor o que é que eu sentiria se fosse mãe e tentar se calhar pôr- me no papel dos pais e se calhar tentar que as coisas fiquem equilibradas para não entrar em confronto.

E – Em relação a sistemas maiores, à escola, à sociedade, ao sistema educativo, que

valores é que orientam a sua acção educativa. Para além desses da partilha, do trabalho de grupo, da tolerância…

A1 – Pronto, o respeito… Não sei… É assim, como é que eu hei-de explicar. Em termos

do trajecto profissional, eu não tenho tido… eu sou educadora há 11 anos, mas eu não estou com um grupo de crianças sempre há 11 anos. Eu comecei na intervenção precoce que era um trabalho mais direccionado para crianças com deficiência e aí também tive um trabalho muito importante com as famílias. Depois trabalhei com bebés em que também se tem um papel importante com as famílias, porque aí o papel é que tem mesmo que… A minha grande preocupação quando trabalhava com bebés era que os bebés se sentissem bem e felizes, porque a partir do momento em que eles se sentem bem, seguros, auto-confiantes, têm um melhor desenvolvimento e eu queria que os pais sentissem que os bebés ficavam em segurança. Depois tenho andado assim também, como eu digo, a tapar uns buracos, durante dois anos não tive grupo e, pronto, se calhar às vezes também tenho um bocado de dificuldade em tentar, pronto…

E – Vamos separar aqui dois princípios, dois valores: o bem do aluno e a justiça no

ensino. O bem do aluno, o bem-estar dele já a A1 referiu várias vezes. Se lhe perguntar qual é a sua concepção de bem do aluno, o que é que a A1 me diz.

A1 – Eu acho que em Portugal as crianças não são respeitadas. É assim, fala-se muito

agora do Magalhães e o que é certo é que há muitas escolas que não têm aquecimento, que não têm as condições mínimas e se calhar estarmos a pedir a uma criança que tenha um rendimento escolar quando ela tem que aquecer o corpo porque está com frio, que se calhar não tem a mesma capacidade de pensar que uma criança que está confortável, quente. Acho que as crianças ainda não têm as melhores condições, não têm as condições básicas, se calhar, que são o conforto, o terem espaços agradáveis (que muitas vezes não são, são frios, são cinzentos). Por exemplo, as questões dos prolongamentos

agora que às vezes são em condições que é de guarda. Por exemplo, os prolongamentos às vezes são feitos no sítio do refeitório, não é? Nós na hora da refeição pedimos à criança para ela comer em paz e sossego, mais calma, mas ela mais tarde vais saltar, vai gritar, vai brincar ali e eu não posso estar a pedir a uma criança… E nesse sentido, nesse espaço… Eu acho que deviam ser dadas algumas coisas primeiro às crianças… É certo que a criança hoje em dia tem a Internet, a informática e a escola tem que se adaptar à evolução da sociedade e a esse ritmo todo, mas há coisas que ainda não foram resolvidas e eu acho que… E nesse sentido eu acho que as crianças não são muito bem tratadas e acho que pronto…

E – Então acha que o bem da criança passa por ter um ambiente agradável.

A1 – Acho que sim. É muito complicado… Eu já fui criança, toda a gente foi criança,

todos nós gostávamos de estar em casa, todos nós gostávamos de brincar. Agora é assim, há locais onde se pede a uma criança que esteja desde as 7 da manhã às 7 da noite no mesmo espaço, a crianças muito pequenas que, no meu caso, têm 3/4 anos e que às vezes até deviam dormir porque são crianças muito pequenas e não têm espaços para dormir… Ou seja, está-se a pedir à criança um esforço… Porque se nós trabalhamos 8 horas e ficamos cansados, uma criança que está das 7h da manhã às 7h da noite… Eu não estou a dizer que não tenha que ser, porque os pais têm que trabalhar e as crianças têm que ficar em algum local, mas eu não sei se elas têm as melhores condições. Muitas vezes não têm, eu também não estou a dizer que tudo é mau e que todos os espaços são maus, mas é assim, pelas experiências por que eu já tenho passado, realmente eu acho que aí a criança não está a ser respeitada, acho que não há respeito pelas crianças. Porque é assim: se a criança não é respeitada desde cedo depois também não tem capacidade para respeitar os outros, não é? Pronto, acho que é um bocado isso.

E – Então, as condições físicas do local onde a criança fica a maior parte do tempo do

seu dia…

A1 – Pronto, eu acredito que há locais bons, mas também há locais que não têm boas

condições e está-se a pedir muito à criança. E depois é assim: as crianças não têm capacidade de atenção, capacidade de concentração e estão-lhes sempre a pedir, a pedir, a pedir e não lhes dão nada em troca.

E – Portanto, o bem deles passa também pela relação que estabelecem com o outro.

A1 – Passa, passa. Se calhar, podiam usufruir mais das piscinas municipais, usufruir de

outro tipo de serviços que a comunidade podia prestar e muitas vezes estão só enfiados em espaços… Mas isto acontece porque é a nossa cultura. Se nós tivéssemos uns pais mais exigentes e com outro tipo de formação, se calhar… Porque nós não somos pessoas muito exigentes. Porque é assim se eu sou uma pessoa exigente o suficiente, eu já sou uma pessoa que é muito exigente, já não sou muito normal. Mas nós não somos exigentes pela qualidade e acho que nesse sentido os pais também não são muito exigentes. Não importa muito se a criança está feliz ou não, naquele momento importa apenas que a criança esteja segura.

E – É importante que a criança se sinta feliz e segura…

A1 – Uma criança, um ser humano tem que se sentir seguro e feliz para depois poder ter

um bom desenvolvimento, Porque é assim se eu sou uma criança infeliz, se sou uma criança com uma auto-estima muito baixa, eu vou dificuldades de aprendizagem futuramente. Porque se eu tenho uma auto-estima baixa, eu vou-me sentir insegura tanto com os outros, como na relação com a aprendizagem, vou ter medo, vou ter medo de errar porque não me quero expor e se não me quero expor, então por vezes eu até tenho