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PREPARAÇÃO ANTECIPADA

Esta ação diz respeito ao que o professor deve saber sobre o vídeo antes de exibi-lo a turma, quais decisões deve tomar, como conduzir uma ação que venha a estimular o processo criativo nos estudantes. Sobretudo conferir se toda infraestrutura existe para que as atividades se desenvolvam em perfeita ordem: acústica, eletricidade, equipamentos funcionando, material de apoio.

ANTES DA PROJEÇÃO DO VÍDEO

Introduzir um determinado assunto pode ter dois caminhos, ou até mesmo vários, dois deles, o professor deve apresentar o conteúdo, neste caso não deve se prolongar fazendo, deixa que os estudantes observem as questões de façam suas inferências a posteriori. É um erro grosseiro falar mais do vídeo do que o próprio vídeo.

Outro aspecto é a expectativa criada em torno do vídeo, tanto por parte do professor quanto por parte do estudante. Cabe ao professor a preparação antecipada das ações, o que significa saber qual o ritmo de movimento do vídeo, dessa forma prepara os estudantes para uma ação não frustrante.

Assim como o computador, ou outra tecnologia que tenha um investimento financeiro, seja por parte do governo ou de qualquer entidade, pensa-se no custo benefício desta ação. No caso do

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te quadro leva em consideração as questões centrais do que traz a obra de Ferrés (1996), pode se notar que algumas das propostas metodológicas já são realizadas pelos professores de modo geral. Nos quadros 3 e 4 são compostos de nossas anotações quanto a leitura da obra, sendo apenas as classificações da primeira coluna, tal qual propõe o autor, além da última célula.

A PROJEÇÃO DO VÍDEO30

vídeo o que se vê são adaptações caseiras a uma necessária infraestrutura mínima para atender a Ergonomia Pedagógica, ou seja, de forma que o ângulo de visão, a postura, e outros fatores não incidam de forma negativa a apropriação da informação. É importantíssimo que o professor permaneça na sala de aula, a expressão dos estudantes frente a determinado trecho do vídeo pode contribuir para uma análise. Ao sair da sala ou desviar sua atenção para qualquer outro ponto durante o processo do vídeo significa uma ruptura da ação pedagógica. Outro fato é a narrativa do professor durante a exibição, o vídeo já é justaposição de áudio e vídeo por isso audiovisual, não precisa de um segundo narrador. O professor deve ter feito todas as suas observações quando do momento da preparação antecipada. Além disso, deve-se evitar tomar nota na frente do estudante, ou seja, mostrar em suas anotações no quadro suas impressões, isso pode tirar o fator surpresa do vídeo. A postura do professor neste momento deve ser a de atenção, observação com sua visão periférica das atitudes de seus estudantes, ao mesmo tempo deve manter-se como se estivesse assistindo ao vídeo pela primeira vez.

A P Ó S A P RO J E ÇÃ O DO V ÍDE O Comunicação espontânea

Este momento tem tudo haver com a proposta inicial para o vídeo, com qual propósito foi introduzido tal artefato na ação didática. Normalmente se deve contar uma história infantil às crianças pelo simples fato do prazer, da alegria. Podemos perceber que ao contar a história sempre chama-se a atenção aos sentimentos das personagens, em seguida as razões, a moral da história. Ferrés (1996) propõe justamente essa disposição. Pois a peça audiovisual traz consigo elementos da sensibilidade, do afetivo transmitido subliminarmente. Aqui vale apena anotar as observações dos estudantes no quadro.

Avaliação das contribuições

Nesta etapa o professor deve perceber quais aspectos foram destacados em sua análise a priori e quais surgiram a posteriori, realizando confrontações com as opiniões dos estudantes, pondo em xeque as certezas, tanto dele quanto dos estudantes. Normalmente se faz um silêncio que também, como afirma Ferrés (1996), dá uma dica para o professor de como o vídeo foi visto, possibilitando assim uma tomada de decisão e estratégia.

Reflexão crítica

Partindo do diálogo “informal”, o professor deve de forma afetiva ampliar o campo conceitual da ação, dando vazão aos enlaces do conhecimento cientifico que é a sua finalidade, mas pondo em questão a necessidade de se tomar como ponto de partida a elaboração do afetivo até a análise critica do que se quer com o vídeo.

Pesquisa final e recapitulação

Como a natureza do vídeo é transmitir uma informação, que muitas vezes não se apresentam completa, superficial, elementar, básica, cabe ao professor fomentar a necessidade de ampliação em outras formas de apresentação do que se propôs com o vídeo. Na verdade é o uso do vídeo como um motivador para.

Outras formas de utilização

O professor pode certamente ampliar as considerações de etapas após as considerações finais do vídeo, o que se propõe por Ferrés (1996), é uma postura de trabalho que segue as considerações técnica e tecnológica para o uso didático do vídeo em sala de aula.

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Ferrés toma algumas ilustrações para fazer um exemplo de como deve ser adequado o ambiente para a exibição do vídeo na escola.

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

Chuva de palavras, fotolinguagem, entrevista com um especialista, gravação de pesquisa de opinião pública, manipulação, de objetos, palavras-chave, título ou frase-chave, resumo objetivo, recontar a história em grupo, desenho livre, desenho em quadrinhos, escrever uma carta, comunicação em dupla, interpretação em dupla, expressão corporal, cartazes e trabalho em grupo, fotografia, do ambiente, elaboração de um dossiê, variação no programa, criação de um novo programa, comparação com os meios de comunicação de massa, tribunal e julgamento, criação de moral, colagem,

videoapoio, avaliação escrita, disco-fórum, philipps 66,

contribuições e rejeições, mosaicos de atividades, caça ao tesouro, primeira exibição muda, interrupção da exibição, exibição invertida, exibição enganosa, confrontação de classificações, exibição privada.

Durante o processo para usar ou não o vídeo em sala de aula, Ferrés indica que o professor leve em consideração as seguintes questões:

Adequação do programa aos objetivos procurados. Validade dos objetivos.

Inexistência de qualquer outro meio ou programa que realiza a mesma função com maior eficácia e ou com menor custo econômico.

Aproveitamento das possibilidades específicas do meio.

Adequação às circunstâncias do contexto escolar no qual se pensa utilizar.

Nível suficiente de qualidade técnica e expressivas formulações didáticas adequadas do tema.

O autor amplia as discussões quanto ao uso adequado do vídeo, que não deve ficar apenas a cargo do professor tal verificação. Ao se introduzir um novo artefato no ecossistema da escola é importante sua adequação e, sobretudo a formação para a utilização deste artefato de forma que ele seja significativamente incorporado ao sistema de trabalho.

Apresentamos em seguida as ilustrações de Gay-Lord (1972 apud FERRÉS, 1996, p 75-77), em que podemos perceber a preocupação ergonômica quanto ao tratamento técnico dado ao aspecto de infra-estrutura do local aonde se destinam as atividades com o vídeo e tecnológicas tomando o ponto da pedagogia e suas intenções didáticas.

Explicitar o rigor ergonômico aplicado na intenção do uso do vídeo em sala de aula, em especial quando aplicado às crianças e adolescentes, estas figuras fazem parte da etapa de projeção do vídeo descrita no quadro 5:

Para uma adequada recepção das imagens deve ser atendida uma série de aspectos relativos a distâncias máximas e mínimas dos alunos em relação ao televisor, assim como também aos ângulos máximos de visão horizontal e vertical. Os dados correspondem a James H. Gay-Lord, em seu livro

Televisión educativa (México, Trillas 1972)(FERRÉS, 1996, p.

75).

É relevante destacar que a obra de Ferrés (1996) já não se encontra com frequência nas livrarias, no entanto a maioria dos estudos realizados no final dos anos 90 faz referência às descrições e recomendações para o uso do vídeo, além das considerações de Moran (1995).