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QUADRO 15 PROCEDIMENTOS DA ATIVIDADE EM SALA DE AULA COM O USO DO VÍDEO PLANEJADO PELAS PROFESSORAS

PLANO DE AULA DA MALHA DA GEOMETRIA

Atividade de observação que os estudantes devem realizar antes de assistir o episódio;

Analisasse os objetos, figuras, imagens, foto, e a própria sala na perspectiva da regularidade das formas.

Com uma tabela no quadro as professoras pretendiam anotar as observações e relações que os estudantes fariam em relação com os objetos entregues e o que viram no vídeo.

Tendo em vista o que escreveram elas pretendiam descrever o vídeo e seus elementos relacionando com os materiais entregues em sala. Posterior a essa discussão iriam entregar os sólidos geométricos.

Pedir que os estudantes em dupla discutissem as questões apresentadas

Distribuição dos papeis com malha e sem malha aos estudantes que estando em dupla receberia, um o papel com malha, já o outro sem malha. Tendo como parâmetro as orientações dispostas no episódio.

Após a atividade pedir que os estudantes peguem seus trabalho e mostrem um para o outro numa tentativa de imaginar que figura estaria inscrita na produção.

O quadro 14 e o quadro 15 se completam, pois apesar de não terem detalhado o quadro 14 por meio da escrita, durante a filmagem conseguimos compor o quadro 15, tendo em vista as falas e explicações que elas apresentaram como ação para cada um dos objetivos. Feito esta explicação de seus objetivos, perguntamos qual a posição que o vídeo ocuparia em sua atividade. Como não conheciam os documentos os documentos de Moran (1995) e Ferrés (1996), de imediato não souberam responder, entregamos a elas o documento chamado “O VÍDEO E A TV NA EDUCAÇÃO” com textos de Moran (2006) e organizado por Perrotti, onde estão descritos os mesmo quadros, mas por uma questão de referência física preferimos usar e também enviar para as professoras.

À medida que íamos lendo o quadro 1 de Moran (1995), as professora riam ao se identificar com o roteiro do autor, além de atentamente, tentar perceber em que situação seria colocada sua proposta. Após a leitura do documento de Moran (1995) as professora solicitam imediatamente o documento, para fazer uma apropriação literária.

Pedimos que elas colaborassem na leitura coletiva e fossem analisando as situações que eram apresentadas por Moran (1995) Diante do que foi exposto elas resolveram não dizer aos estudantes do que se tratava e disseram que o vídeo era fundamentação para a execução da atividade. A professora “B” relata que nunca imaginou que houvesse tantas observações quanto ao uso do vídeo em sala de aula. Compreenderam que o lugar do vídeo em sua atividade seria o de sensibilização e também de conteúdo e que deveriam desenvolver está ação no sétimo ano.

Apesar dos vários eventos, que em ambas as escolas estavam ocorrendo, semana de avaliação, feira de conhecimento, entre outras, marcamos as datas para o acompanhamento da atividade planejada em dias diferentes, de forma que pudéssemos gravar em vídeo para posteriormente analisar a ação. Assim para nós o vídeo serviria como uma documentação e para elas como um espelho de suas ações.

Esta atividade durou aproximadamente três horas, tendo ocorrido no horário da manhã. As professoras receberam todo material por e-mail, inclusive os materiais informativos sobre mestrado, pois perceberam que precisavam se apropriar muito mais das questões, que só a ação acadêmica poderia lhe

fornecer subsídios teóricos necessários à mudança de concepção e de postura pedagógica.

8ª etapa52 Observação da ação planejada tendo como parâmetro os documentos da 7ª etapa. Professoras A

A atividade planejada na 7ª etapa foi então realizada pela professora “A” numa turma do 7º ano. Na turma havia vinte e quatro estudantes. Desta vez não havia barulho extra, ou seja, os reparos do telhado já haviam terminado, mas o barulho “normal” da escola continuava.

A professora “A” estava realizando uma articulação com as atividades anteriores, chamava todos os estudantes, como de costume, ao quadro branco para corrigir a tarefa de casa, o assunto era MMC e MDC nas frações.

Desta vez não observamos dificuldades no processo de instalação da TV e do DVD player na sala, um funcionário providenciou toda a instalação. A atividade teve inicio ainda na primeira aula. Como combinando com a professora “B” a atividade deveria ser em aulas geminadas. Diferente da outra turma, onde a professora fez a primeira atividade com o vídeo, essa turma era muito inquieta, havia um grupo de estudantes, no final da turma não parava de conversar. A sala parecia ter as mesmas dimensões das demais turmas, no entanto, apresentava algumas características especificas quanto a acústica, neta sala a parede lateral direita por onde adentra-se não chegava até o telhado, ficando a sala aberta ao som externo.

O posicionamento da TV e do DVD player continuava igual, numa linha horizontal a visão do todos os estudantes. A professora começou a escrever suas observações no quadro branco, também respeitando o acordo realizado. A professora posicionou-se do lado esquerdo da sala como mostra na fotografia 7, muito atenta ao que ocorria na sala e também no episódio, o que demonstrava já uma preocupação no aspecto didático descrito por Ferrés (1996). Além disso ela ainda buscou as informações que havia separado no livro didático. Na segunda parte do “Vamos fazer” um dos estudantes disse:

52Esta atividade não pode mais contar com a participação da professora “B”, tendo em vista

motivos pessoais, continuamos com a colaboração da professora “A”, lamentando a perca de uma colaboração inestimável que poderia ter feito deste momento algo mais rico.

“É isso que a gente vai fazer? (...) é a teia do homem- aranha”.(ESTUDANTE A, 2010)

Apesar do barulho externo e interno da sala de aula a professora deu as seguintes orientações:

“Na outra turma eu dei apenas papel quadriculado, mas como eu combinei com a outra professora, aqui algumas pessoas vão receber papel ofício e outras vão receber papel quadriculado” (PROFESSORA A, 2010)

Em seguida a professora distribuiu os papeis e o lápis hidrocor, em quanto ela distribuía, alguns dos estudantes resolveram por conta própria trocar as folhas. Quanto as orientações ela pediu que os estudantes seguissem o que havia sido proposto no vídeo, e saiu orientando banca a banca estimulando sempre o processo. Notamos que apesar das professoras terem pensado a atividade em dupla e isso, pensando numa atitude de comparação.