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PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

QUANTIDADE DE EXEMPLARES DAS EDIÇÕES TABAJARA EM ACERVOS DE INSTITUIÇÕES

INSTITUIÇÃO / ACERVO

LIVROS PUBLICADOS PELAS EDIÇÕES TABAJARA DIVERSOS TÍTULOS COLEÇÃO GURI TOTAL DE LIVROS

Sistema de Bibliotecas da Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul - PUC-RS 20 - 20

Delfos (Espaço de Documentação e Memória Cultural) – Pontifícia

Universidade Católica - PUC-RS 19 01 20

Projeto Memória da Cartilha - Faculdade de Educação (Faced)/

Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS 16 01 17

Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Campinas –

Unicamp 16 - 16

Centro de Estudos e Investigações em História da Educação –

Ceihe / Centro de Documentação - Cedoc (PPGE/FaE/UFPel) 12 01 13 Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio de Janeiro –

UFRJ 10 - 10

Sistema de Bibliotecas da Universidade do Estado de Santa

Catarina - Udesc 08 - 08

Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Pelotas - UFPel 08 - 08

Repositório Institucional da Universidade Federal de Santa Catarina

- UFSC (agrega exemplares de várias instituições) 08 - 08

Sistema de Bibliotecas da Pontifícia Universidade Católica do

Paraná - PUC-PR 07 - 07

Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná - UFPR 04 - 04

Sistema de Bibliotecas da Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo - PUC-SP 02 - 02

Sistema de Bibliotecas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro - PUC-Rio 02 - 02

Laboratório de Ensino de História – LEH (PPGH/ICH/UFPel) - - -

TOTAL GERAL 575 77 652

Fonte: Dados da autora (2018).

Considerando os dados expostos na Tabela 08, acima, verifica-se que o acervo de livro didáticos do Hisales aparece com o segundo maior número de exemplares, entre os casos que se destacam pela quantidade de publicações da Editora Tabajara, na relação das 22 instituições consultadas. Entretanto, é interessante destacar que, no caso do Hisales, os 95 exemplares de livros didáticos estão reunidos em um mesmo local e em um mesmo acervo, diferentemente do Sistema de Bibliotecas da UFRGS, que consta com o terceiro maior registro, mas que reúne a catalogação dos 92 exemplares localizados em diferentes bibliotecas setoriais da universidade, sendo que a maioria deles está na Biblioteca da Faculdade de Educação - Faced. A Biblioteca Nacional, cuja sede está no Rio de Janeiro, é o local onde pode ser encontrada a maior quantidade de publicações das Edições Tabajara, 177 exemplares, como esperado, por ser a instituição depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil.

Com relação à quantidade de exemplares da Coleção Guri, especificamente, nota- se, também na Tabela 08, que o acervo do Hisales, com 26 exemplares, se destaca em relação aos das demais instituições e é o que mais reúne livros, seguido dos registros do Sistema de Bibliotecas da UFRGS, com 20 exemplares, e o da Biblioteca Nacional, com 12 exemplares. Além disso, os dados mostram que apenas 09 das 22 instituições da listagem contêm exemplares da referida coleção didática. O número total de livros didáticos da Tabajara localizados, pela somatória de todos os acervos é de 652 exemplares, sendo que destes, 575 são de títulos diversos e 77 são referentes aos livros que integram a Coleção

Guri. Este último número equivale a 11,8% do total de livros da Tabajara que foram localizados

entre todos os acervos consultados, o que aparentemente parece ser uma amostra de baixo índice em relação aos demais 88,2% dos exemplares. Porém, para uma análise comparativa de maior aprofundamento entre esses percentuais, seria indispensável fazer também o levantamento das quantidades dos demais exemplares encontrados nos acervos listados, o que não foi feito, no âmbito desta pesquisa.

Conforme dito anteriormente, a contagem das publicações encontradas nas instituições e seus respectivos acervos foi realizada de uma forma geral, incluindo os exemplares repetidos e, além do mais, não teve o objetivo de quantificar exclusivamente os livros didáticos para os anos iniciais, pela falta de dados nessa primeira averiguação mais genérica, embora se saiba que a maior parte dos casos sejam voltados à educação, uma vez que era a produção predominante das Edições Tabajara. Entretanto, quanto aos 95 exemplares localizados no Hisales, garante-se que são todos de coleções didáticas destinadas aos anos iniciais, de cartilhas e pré-livros a livros didáticos de 5º ano e Admissão ao Ginásio. Quanto aos volumes da Revista de Ensino/RS, que também foi editada pela Tabajara (informações no decorrer do texto), estes não foram incluídos na contagem, tanto os do Hisales como os identificados nos acervos das demais instituições consultadas.

A identificação desses exemplares, mesmo sendo apenas por seus registros de catalogação acessados de outras instituições, por aspectos gerais, revelou dados importantes para essa pesquisa, inclusive alguns surpreendentes, como foi o caso da identificação de um autor pelotense, bastante reconhecido, incluído na história das Edições Tabajara. Trata-se de Mozart Victor Russomano (1922-2010)49, que publicou um livro pela Tabajara, no ano de 1950,

em Porto Alegre/RS50.

49 Mozart Victor Russomano era Doutor em Direito do Trabalho, foi jurista e professor universitário das faculdades

de Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Brasília. Também foi ministro e presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Publicou muitas obras, quase todas na área de Direito, entre elas a publicada pela Tabajara.

50 A obra se intitula O empregado e o empregador no direito brasileiro e está entre as mais antigas nas listagens

analisadas dos acervos em geral, tendo sido encontrada em vários deles. Porém, este livro foi reeditado por outras editoras, posteriormente.

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e) Levantamento bibliográfico

Por ser essa uma pesquisa que trata de investigar dados relacionados tanto ao campo da educação como ao campo de artes e design gráfico, é necessário que haja um entrecruzamento dos estudos das áreas envolvidas, obtendo-se assim fundamentos teórico- práticos mais consistentes para subsidiar este trabalho. Para isso, no levantamento bibliográfico foram utilizadas as referências de autores e pesquisadores que contribuem com as temáticas envolvidas no processo de investigação.

Entre as áreas temáticas, de estudos e autores elencados na revisão de literatura para o estudo, estão os seguintes, classificados em 06 principais grupos, sendo que alguns desses, de acordo com os critérios adotados na investigação foram descartados de uma leitura mais aprofundada no decorrer da pesquisa, mas foram mantidos nessa relação, para fins de conhecimento dos pares:

• Estudos de livros:

Roger Chartier (ordenamento do livro; livro como suporte; produção, circulação e apropriação); Robert Darnton (circuito da comunicação); Maria Celeste Mira, Laurence Hallewell (história do livro);

• Estudos de livros didáticos, de alfabetização e cartilhas:

Alain Choppin, Antonio Augusto Batista, Kazumi Munakata, Marisa Lajolo, Circe Bittencourt (conceitos, características e história); Isabel Frade, Francisca Maciel, Eliane Peres, Celia Abicalil Belmiro (pesquisas e análises diversas); Maria de Lourdes Nosella e Ana Lucia de Faria (ideologia);

• Estudos de história e memória:

Peter Burke, Sandra Pesavento (história cultural); Jacques Le Goff, Pierre Nora, Carlo Ginzburg, Michel de Certeau (história e memória); Eliane Lopes, Ana Maria Galvão, Clarice Nunes (história da educação); Eni Samara, Ismênia Tupy, Tânia Regina Luca, Carlos de Carvalho, José Araújo, Wenceslau Neto (história da educação, fontes e metodologia);

• Estudos de design gráfico:

Philip Meggs, Richard Hollis (história do design no mundo); Chico Homem de Melo, Rafael Cardoso (história do design no Brasil); Oscar Salinas, Anna Calvera (design e história), Ellen Lupton, Jennifer Phillips, Milton Ribeiro, Wucius Wong (teorias de fundamentos da linguagem gráfica e planejamento visual gráfico); Maria Isabel Faria e Maria da Graça Pericão; Richard Hendel (design do livro); André Villas-Boas, Lorenzo Baer, Antonio Collaro, Amaury Fernandes (produção gráfica); Luiz Antonio Coelho, Alexandre Farbiarz,

Jackeline Farbiarz (design do livro, design da informação e design na leitura); Ian Noble, Russel Bestley (pesquisa visual); Mário de Camargo, Bamber Gascoigne (gráfica, imprensa, impressos e indústria);

• Estudos de imagens:

Donis Dondis, Rudolf Arnheim (fundamentos da linguagem visual); Jacques Aumont, Martine Joly, Regis Debray, Justo Villafañe (conceitos, classificação e análise de imagens); Lucia Santaella, Sean Hall, Sandra Ramalho e Oliveira (semiótica); Etienne Samain (antropologia da imagem); Lucia Góes, Jakson de Alencar, Graça Ramos (imagem e ilustração infantil); Peter Hunt (crítica, teoria e literatura infantil); Alan Powers, Sophie Van der Linden, Maria Nikolajeva, Carole Scott, Martin Salisbury, Morag Styles, Paula Ramos (livro ilustrado); Ana Maria Mauad, Maria E. L. Borges (fotografia); Erwin Panofsky, W. J. Thomas Mitchell e Peter Burke (iconologia e iconografia);

• Estudos de imagens e educação:

Gabriela Cruder, Ana Maria Badanelli Rubio, Rafael Valls Montés, Eulàlia Colledellmont Pujadas, Maria Núria Padrós Tuneu, Cosme Jesús Gómez, Ana María López Martínez e outros (imagem nos livros didáticos); Agustín Escolano Benito, Maria del Mar del Pozo Andrés, Carmen Sanchidrián Blanco, Inés Dussel, Karim Priem, Antonio Nóvoa e outros (imagem na história da educação).

A partir desses referenciais prévios de autores e pesquisadores e suas respectivas temáticas, foram adotados no trabalho aqueles mais adequados para que o desenvolvimento da pesquisa pudesse ser eficiente e com suficiente embasamento teórico.

f) Exploração de fontes documentais

Foram consultadas algumas fontes documentais, relevantes para a pesquisa, pela sua contribuição com identificação de dados não localizados através da análise dos livros didáticos que integram o corpus de pesquisa, e pensando-se também nos objetivos da investigação. Neste sentido, a análise documental pode se constituir numa técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema (LÜDKE; ANDRÉ, 1986). Para Cellard (2008), o pesquisador interessado em empreender uma pesquisa documental deve esgotar todas as pistas capazes de fornecer informações relevantes. Nesse mesmo sentido, Lopes & Galvão (2001) também defendem a importância de averiguação de outras fontes, que podem contribuir para o rigor da pesquisa. Segundo as autoras,

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[...] quanto mais o pesquisador for capaz de associar as informações que aparecem (e aparecem porque ele faz as perguntas) nas diversas fontes com que trabalha com estudos já realizados sobre o tema, com teorias que estudou, com outros documentos que não necessariamente faziam parte do seu corpus documental original etc., mais condições tem ele de autentificar, com rigor, o conhecimento que construiu e aproximar-se da verdade - sempre incompleta - que busca (LOPES; GALVÃO, 2001, p. 44).

Ainda de acordo com o tema de investimento na investigação de variadas fontes para o desenvolvimento de uma pesquisa, Lopes & Galvão (2001) defendem que:

[...] quanto mais se dispuser de uma pluralidade de documentos, mais possibilidades se têm de melhor explorá-los, compreendê-los e produzir conhecimento sobre o tema de pesquisa. Cada fonte, cada documento, tem um valor relativo estabelecido a partir da possibilidade de coerência com os outros, conforme o trabalho a que é submetido, e das relações (em maior número possível) que o pesquisador consegue estabelecer com informações trazidas por outros estudos sobre o tema, sobre a metodologia e teoria da História (LOPES; GALVÃO, 2001, p. 93).

Ao tratar-se especificamente de livros didáticos, devem ser mencionados também os estudos de Maciel & Frade (2003), que ressaltam a importância da investigação de outros materiais que podem contribuir na pesquisa, considerando-se que:

A análise do livro didático ou livros utilizados com destinação escolar permite uma série de abordagens, que podem ser relacionadas aos processos de sua produção, à análise do suporte impresso como fonte e como objeto e, finalmente, à recuperação das práticas advindas de seu uso. Esses elementos também indicam que, metodologicamente, o estudo específico desse material deve ser relacionado a outros documentos e práticas, sob pena de se realizarem análises superficiais ou ingênuas. Assim é preciso também verificar programas de ensino, instruções, debates publicados, cadernos, outros materiais destinados ao público no período, mesmo aqueles de circulação externa à escola, para compreender outras motivações políticas, econômicas, pedagógicas, religiosas, entre outras, que determinaram a sua produção (MACIEL; FRADE, 2003, p. 29).

Em concordância com os referidos autores, os esforços na busca de informações pertinentes para a investigação incluíram entre as fontes documentais os seguintes impressos: a) publicações periódicas - Revista do Ensino/RS (de 1939 a 1994 – 330 exemplares)51 e Revista Cacique (de 1956 a 1958 - 18 exemplares)52; b) publicações de

legislações, comunicados oficiais e institucionais, programas e afins - Boletim do Centro de Pesquisas e Orientação Educacional/RS - CPOE/RS (de 1947 a 1960 – 9 exemplares)53,

Comunicados do CPOE/RS (reunidos pelo G. E. Cassiano do Nascimento, de 1942 a 1956 –

51 Mais informações sobre essa publicação constam no capítulo 03. Foram consultados todos os exemplares

disponíveis, mas que não coincidem com a totalidade de volumes publicados.

52 Mais informações sobre essa publicação constam no capítulo 04. Foram consultados todos os exemplares

disponíveis fisicamente no acervo do Hisales, mas esse número não coincide com a totalidade de volumes publicados da revista. Além disso, foram consultados os 109 exemplares digitalizados e disponíveis no site do Repositório Institucional da UFSC, a partir do acervo original sob guarda do Cedoc/UFPel (essas versões digitalizadas não são completas, pois contêm apenas a capa, a página com os dados editoriais e aquelas em que apareça utilização de matemática).

53 Essa publicação do CPOE contém as orientações, pesquisas, legislação, bibliografia, provas escolares,

produzidas por esta instituição. Não foram encontrados todos os volumes e, entre aqueles consultados, alguns estão incompletos, em versões fotocopiadas.

volume único encadernado com todos os ofícios) e Programas Experimentais de áreas variadas (Ciências Naturais; Estudos Sociais; Linguagem – Leitura; Linguagem – Gramática Funcional; Linguagem – Ortografia / Expressão oral / Expressão escrita; Matemática; Atividades artísticas; Música e canto orfeônico), publicados pela Editora Tabajara (de 1962 a 1967 – 13 exemplares)54.

No processo de busca por quaisquer tipos de informações e orientações que que contribuíssem com a pesquisa, foram consultados os sites de algumas instituições ou de empresas que contêm bancos de dados e acervos virtuais com pesquisas, documentações e arquivos, o que facilita para os pesquisadores sob certos aspectos, em função da distância e da dificuldade de deslocamentos frequentes. Por esses sites foram buscadas informações sobre a Editora Tabajara, sobre a Coleção Guri e sobre os profissionais envolvidos na sua produção. São eles, em ordem alfabética: Acervo Folha; Acervo Veja; Arquivo Geral e Histórico do Inep; Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho; Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS); Arquivo Nacional - Ministério da Justiça; Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Apers); Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf); Biblioteca Nacional Digital – Acervo Digital; Biblioteca Nacional Digital – Hemeroteca Digital; Biblioteca Nacional; Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul; Busca Oficial; Cadastro Nacional dos Advogados (CNA); Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da FGV (CPDoc/FGV); Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag); Conselho Estadual de Educação/RS (Ceed); Conselho Nacional de Arquivos (Conarq - Ministério da Justiça - Arquivo Nacional); Conselho Nacional de Educação (CNE);Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer/RS); Diário do Senado Federal – Publicação e Documentação; Diário Oficial – Estado do Rio Grande do Sul; E-Diário Oficial; E-DOU; Falecidos no Brasil; Fundação Biblioteca Nacional; Imprensa Nacional – Casa Civil da Presidência da República; Google; Imprensa Oficial; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); JusBrasil - Informação jurídica brasileira; JusTotal – Diários Oficiais; Ministério da Educação (MEC); Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo; Portal Brasil (Agregador de conteúdos dos ministérios e secretarias do governo federal); Programa de Estudos e Documentação Educação Sociedade, da UFRJ (Proedes); Radar Oficial – Diários Oficiais e Processos; Repositório Institucional da UFSC; Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul; Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul (SEC/RS); Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (SOP/RS); Secretaria de Planejamento,

54 Todos esses materiais pertencem ao acervo complementar do Hisales e estão disponíveis em versões originais

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Governança e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul (SPGG/RS); Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (Siga, da Administração Pública Federal - Ministério da Justiça - Arquivo Nacional); Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), entre outros. Também devem ser incluídos nesse montante as 21 instituições relacionadas na Tabela 08, apresentada anteriormente, que não foram aqui indicadas.

Entre as inúmeras buscas realizadas pelos sites acima, na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional também foi possível acessar o acervo de alguns jornais e revistas do Rio Grande do Sul, publicados entre 1940 e 1980 (mesmo período do acervo de livros didáticos produzidos no estado, do Hisales). A partir de um filtro de informações, foi feito um rastreamento detalhado da expressão “Tabajara” nos seguintes periódicos: A Alvorada:

periódico noticioso, literário e crítico; A Época: jornal da mocidade em prol das aspirações coletivas; Cinegrama; Diário de Notícias; Jornal do Dia; Jornal do Estado; Letras: livros, rádio, artes; O Momento; O Progresso: pensamento e ação por uma vida melhor.

Nessas pesquisas, em geral, é importante considerar várias possibilidades de filtros e de palavras-chave para busca de registros, o que implicou em um tempo muito maior dedicado à essas coletas e muita atenção para averiguação dos dados. Por exemplo, no caso da Tabajara, foram feitas buscas por expressões como: “Tabajara”, “Livraria Tabajara”, “Editora Tabajara”, “Ed. Tabajara”, Edições “Tabajara”, “Tabajara Edições”, “Tabajara Editora”, pois dependendo do site, nem sempre ele localiza o termo desejado e os resultados encontrados variam.

Ao procurar-se pelos profissionais da Tabajara, assim como os diretamente vinculados à produção da Coleção Guri, houve muita dificuldade e, por consequência, um tempo maior do que o previsto dispendido nessas buscas, diante das variações encontradas nos nomes, seja pelas alterações de letras – modificadas, acrescidas ou retiradas, por cadastros diferentes, de sobrenomes simplificados ou completos, de sobrenomes de solteiro e de casado, de abreviações de alguns sobrenomes e de outros não, pela escrita errada de alguma parte do nome, etc. Foram muitos os casos em que um mesmo profissional aparece identificado de distintas formas nas buscas, sem considerar as variações impressas nos próprios livros didáticos, o que requer muita paciência no processo.

Um exemplo imprevisto, e de certa forma surpreendente pelo local de origem, bastante conceituado (cuja identificação será mantida em sigilo), foi o caso do nome de uma das autoras dos livros didáticos, que apareceu com quatro variações - “Flávia”, “Flavia”, “Flévia” e “Flávio” - em diferentes livros da mesma coleção, o que impedia a localização de todos ao mesmo tempo nos resultados, pela busca apenas por “Flávia”, uma das autoras da

Coleção Guri. Chegou-se a esses erros (provavelmente de digitação) ao procurar-se também

pelos títulos das obras da autora. Isso ressalta ainda mais a importância do trabalho de catalogação de qualquer tipo de acervo, que deve ser minucioso, cuidadoso e detalhado, pois

uma letra mal colocada pode modificar drasticamente os resultados de uma investigação e tornar o trabalho do pesquisador mais árduo, quando se percebe que isso está acontecendo. Situações de variações nas pesquisas também aconteceram com o nome da Coleção

Guri, que ora aparece com a expressão “Guri” em avulso, ora com Cartilha ou Livro, ora como

Coleção. Diante de tantas alterações nos resultados, todas as possibilidades de busca devem ser esgotadas pelo pesquisador e, por isso, tais questões, como as recém exemplificadas, entre outras tantas, acabaram alterando bastante a previsão inicial de tempo a ser transcorrido para busca dos dados.

Além disso, foi feito contato via e-mail com algumas instituições, que não apresentam muitos dados disponíveis online e/ou que possuem acervo ou arquivo físico, para verificação de possíveis materiais úteis para a investigação. Cabe registrar que em muitos desses contatos, quando respondidos, não houve resultados favoráveis à pesquisa. Os locais consultados por e-mail foram (em ordem alfabética): Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho; Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS); Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Apers); Biblioteca Nacional do Brasil (BN); Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul; Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag); Coordenadoria Regional de Educação do Estado do Rio Grande do Sul 03 - Estrela (3ª CRE/RS); Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer/RS); Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (Epahc - Prefeitura Municipal de Porto Alegre); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae); Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS); Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs); Museu de Comunicação Hipólito José da Costa; Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul (SPGG/RS); entre outros. Também foram trocados e-mails com pessoas, entre profissionais diversos, contatos familiares e conhecidos indicados, no desenvolvimento da pesquisa.

É importante registrar que, em algumas situações, em busca pelo acervo online, as informações eram diferentes das que foram recebidas via e-mail e enviadas por funcionários