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A Questão do Transporte Urbano

No documento A cidade e o idoso (páginas 83-97)

5 A CIDADE PARA O IDOSO: PROJETO E DIMENSIONAMENTO

5.1.2 A Questão do Transporte Urbano

Márcio Pochmann (2011), presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), afirmou que em função do envelhecimento da população brasileira, as maiores transformações estruturais a serem efetuadas no Brasil nos próximos anos serão do setor de transporte no sentido de atender a um grande contingente populacional com dificuldades de locomoção. Edifícios públicos e privados e espaços urbanos, estarão a exigir os mesmos cuidados. No Brasil, 2/3 do orçamento familiar é gasto com alimentação e transporte.

Ao se falar em Mobilidade Urbana são imperiosas algumas considerações sobre o transporte urbano de massa. A discussão é travada entre os que defendem o transporte de

superfície (vias exclusivas para ônibus simples, articulado ou bi-articulado, VLT) ou a alternativa do metrô.

1. O ideal é transformar o ônibus em metrô. Tira-se de 25 a 30% dos carros da rua. 2. O ônibus comum transporta 1,0 passageiro por m² de rua.

3. O ônibus em canaleta exclusiva transporta 2,0 passageiros por m² de rua 4. O ônibus articulado transporta 2,5 passageiros por m² de rua.

5. O ônibus bi-articulado transporta 4,0 passageiros por m² de rua.

6. Resolver o problema na superfície (máximo de 1.50m de altura) é melhor. 7. Resolver o problema com o metrô implica em se trabalhar no mínimo a 20.00 m de profundidade. Gera-se muitos problemas de acessibilidade e segurança individual.

8. O ônibus consegue uma velocidade de 2km por minuto. 9. O metrô consegue uma velocidade de 1km por minuto.

10. Caso o passageiro pague antes melhora o fluxo. O fundamental no transporte é não esperar. (LERNER, 2003).

A principal dificuldade para o acesso de passageiros idosos e com alguma dificuldade de locomoção aos veículos é a altura dos degraus (Figura 36). Medidas foram tomadas (rampas acopladas aos veículos, plataformas etc.). Entretanto, o problema está em que os empresários do setor montam seus ônibus em chassis de caminhões, mais altos e mais duros, para aproveitar o desconto de 50% no custo e no imposto cobrado ao setor. É urgente uma modificação nesta legislação para que chassis efetivamente projetados para veículos de transporte urbano voltem a ser utilizados.

Figura 36 – Problema de acessibilidade para pessoa da 3ª idade

Fonte: Foletto (2005, p.22).

Outro problema urgente a ser resolvido diz respeito à exigência de que condutores (motoristas) de ônibus obedeçam aos pedidos de paradas para embarcar pessoas idosas. Em

geral, o pedido é atendido, mas constatam-se maus tratos representados por repreensões, freiadas bruscas, embarque do idoso com o ônibus em movimento, entre outras formas.

Também falta uma política de informações e comunicação visual para o idoso, em particular, e a população, em geral, onde se verificando-se a existência de paradas descobertas, e a falta de letreiros indicando horários e roteiros.

Não por acaso, uma das exigências da Federação Internacional de Futebol (FIFA), para a realização da Copa do Mundo em 2014 no Brasil, foi a de proceder a uma grande intervenção e melhoria nos aspectos de mobilidade urbana. Natal/RN foi a mais exigida neste quesito.

A Revista ProTeste, da Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores, realizou pesquisa em maio de 2010, com o objetivo de investigar situações relacionadas ao transporte em diferentes linhas de ônibus do Rio de Janeiro, especialmente no que se refere ao cumprimento da lei de gratuidade para idosos. Foram convidadas pessoas com mais de 65 anos de idade para testar o serviço e avaliá-lo.

Ao final da etapa de coleta, foi realizada entrevista com cada pesquisador a fim de explorar a fundo as suas experiências. Foram realizadas também gravações em vídeo em Copacabana, bairro que concentra a maior população de pessoas com mais de 65 anos do país, afim de captar relatos e cenas de idosos em situações reais de uso do transporte público por ônibus. Foram investigadas 23 linhas de diferentes empresas, sendo que todas trafegam por Copacabana e três intermunicipais. Eis o resultado:

1. O ônibus parou na primeira vez que o idoso fez sinal? Sim (91,5%); Não: (8,5%) 2. Dos que ficaram na parada, quantas vezes foi preciso fazer o sinal para embarcar? 1 vez (55,6%); 2 vezes (38,9%); 3 vezes (5,65).

3. O idoso conseguiu a gratuidade ao embarcar? Sim (91,5%); Não (8,5%). (IDOSOS, 2010).

No Rio de Janeiro, existe um cartão magnético, o RioCard, fornecido pela prefeitura municipal, que garante o passe livre aos idosos. Um inconveniente de viajar sem o cartão, porém, não teve solução, segundo a pesquisa: mesmo após ter o direito de gratuidade aceito, mais da metade dos idosos não pôde passar pela roleta. Eles precisavam subir pela porta de embarque para mostrar o documento e, então, descer e subir de novo, agora pela porta de desembarque. Para um idoso, especialmente se ele tiver dificuldade de locomoção, essa ginástica não é nada saudável.

Com relação aos assentos preferenciais, em ônibus intermunicipais, a maior concentração é na parte da frente dos veículos – o que facilita o acesso dos idosos. Já nos

ônibus municipais, em geral esses assentos ficam distribuídos mais para o meio ou logo após a roleta. Em alguns veículos eles não foram localizados, embora a maioria (91,4%) os tenha e sinalize claramente. Em média, cada ônibus avaliado possui entre três e quatro assentos para idosos.

Algumas empresas não aceitaram o RioCard (8,5%). Entre todos os segmentos de ônibus pesquisados, os com ar condicionado são os que, em maior proporção, não cedem gratuidade aos idosos (20,5%). Em alguns veículos, porém, o idoso sem o RioCard em vez de não seguir viagem ou ter que preencher uma ficha, foi solicitado a apresentar seu documento a uma câmera para, só então, embarcar.

Os pesquisadores concluíram que ser idoso e andar de ônibus no Rio de Janeiro é “[...]

ter que superar o desrespeito e a falta de paciência por parte de motoristas, trocadores e

usuários” (IDOSOS, 2010). Um dos pontos negativos citados foi o de que os motoristas não

esperam os idosos sentar para seguir viagem, em geral provocando quedas. Outro aspecto apontado é que, muitas vezes, eles param os veículos no meio da rua, em vez de encostar próximo à calçada, para embarque e desembarque. Em outros casos foram tratados com desrespeito e até com galhofas. Mas essa situação não foi observada só com funcionários das empresas. Outros passageiros também, muitas vezes, foram poucos gentis, segundo os relatos, principalmente em relação a ceder os assentos preferenciais. Foram constatados casos em que havia idosos viajando em pé, enquanto não idosos ocupavam suas cadeiras.

De uma forma geral, os problemas relatados acima existem, em maior ou menor proporcionalidade em todas as cidades brasileiras, muitas vezes por falta de uma fiscalização adequada.

Os quadros apresentados a seguir (Quadros 6 a 15) indicam a forma como deve ser planejado e dimensionado o espaço urbano a partir dos Tipos de Deficiências, das Normas de Acessibilidade Espacial, das Pesquisas de Campo e da NBR 9050. A configuração dos Quadros, revisados e ampliados, apoiou-se também no trabalho da arquiteta Vanessa Goulart Dornelles, da Universidade Federal de Santa Catarina: Acessibilidade para Idosos em áreas

Públicas de Lazer (2006). São parâmetros a serem utilizados de uma forma geral, em espaços

públicos como calçadas (passeios públicos), parques, praças, praias, entre outros. Evidentemente, necessitarão de alguns ajustes ou adaptações em função da topografia e da cultura dos locais onde serão implantados.

Os materiais para execução dos equipamentos devem ser os mais resistentes possíveis, evitando-se ao máximo a prática de reposição (equipamentos danificados por uso ou depredações) ou manutenção onerosa.

A municipalidade deve adotar uma prática de padronização dos equipamentos e materiais de acabamento, facilitando a reposição, quando necessária, e criando uma identidade visual que caracterize as ações da administração.

Este Quadro (Quadro 6), básico para aplicação dos subsequentes, aqui apresentados, indica os principais problemas que afetam a vida de pedestres em geral nas grandes cidades do mundo e as medidas mitagadoras para atenuá-los, principalmente levando-se em consideração pessoas com algum tipo de deficiência ou portadoras de mobilidade reduzida. É, ao lado da NBR, um roteiro muito rico para ser aplicado em desenho urbano e arquitetura.

Quadro 6 – Análise-Síntese do Ambiente29

Mobiliário/Infraestrutura Urbana Observações Critérios de Acessibilidade

Áreas de Alongamento Evitar barras acima 1.70m por não serem

alcançadas por todos Deve permitir o uso para diferentes pessoas Áreas para apresentações Dotá-las de pontos com áreas de sombra.

Presença de bancos ou apoios para platéia em áreas de apresentação de espetáculos com facilidade de uso.

Bancos Com encostos e próximo às áreas de circulação

A forma da implantação conforme seu uso. Critérios de Ergonomia.

Canteiros Elevados Mínimo 10cm de altura. Evitar mobiliário

próximo. Deve servir como informe visual e piso tátil Escadarias Devem possuir patamares para descanso. Deve contribuir com o deslocamento sem

atrapalhar o fluxo. Lixeiras Lixeiras de concreto evitam mais as

depredações

Material que facilite manutenção. Deve haver simplicidade na abertura. Importante a altura.

Mesa de Jogos Devem permitir a aproximação de cadeiras de rodas.

As áreas de estar e jogos devem permitir a aproximação de cadeiras de rodas. Passeios

Os passeios sem pisos-guia obrigam as pessoas com deficiência visual a usar meios- fio e edificações como referência

Deve ter informação tátil para facilitar orientação e informação.

Pérgulas Equipamento referencial principalmente se associado com algum tipo de vegetação.

Possibilita o uso confortável dos espaços de estar.

Pisos

Evitar paralelepípedos. Evitar cores escuras pois podem sugerir, para deficientes visuais, a presença de buracos. Caso sejam desnivelados causam desconforto em cadeirantes.

Devem ser nivelados, estáveis e antiderrapantes.

Piso Podotáteis Devem ter continuidade em toda extensão

dos passeios. Servem para pessoas com restrições visuais. Pistas de Ciclismo e de Caminhadas

Devem ser bem separadas com desníveis e vegetação para evitar invasão dos ciclistas em áreas de caminhadas.

Usar diferentes tipos de pisos.

Placas de Publicidade Evitá-las nos passeios Quando existentes devem ter altura mínima de 2.20m Placas Informativas Superior a 1.00m facilita a leitura. Cuidado com a altura das placas.

Rampas

Inclinações de acordo com a NBR 9050. Evitar marcações horizontais pois podem ser confundidas com degraus.

A forma de sinalização dos desníveis, em rampas ou escadarias, interfere no deslocamento. Conforme a inclinação da rampa o deslocamento pode ser prejudicado. Relógio Solar e Biruta Servem com atrativos e pontos de

orientação.

Dotá-los de uma boa altura para servirem de referenciais.

Semáforo para Pedestres Quando a via é larga é difícil a sua

identificação. Auxilia no Deslocamento. Telefone Público A Cor verde musgo é a que mais facilita na

identificação.

Usar de diferentes alturas para que possa ser, também, utilizado por cadeirantes. Não implantá-los nos passeios.

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Quadros revisados e ampliados a partir de: DORNELES, Vanessa Goulart. Acessibilidade para Idosos em

Áreas Livres Públicas de Lazer. 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). – Universidade

Travessia de vias veiculares

Devem ser perpendiculares aos passeios. Possuir informação tátil. Evitar obstáculos como valas.

Deve possuir piso tátil. Deve haver nivelamento entre a rua e o passeio. Deve haver rebaixamento de guias

Vasos de Plantas No mínimo com 60cm de altura. Evitar que sejam da mesma cor do piso. Vegetação.

Evitar muitas espécies juntas pois podem sugerir sujeira. Evitar uma única espécie, pois sugere monotonia. 03 espécies é o ideal.

Cor, odor, auxiliam na orientação. Vendedores Ambulantes O número deve ser disciplinado. Causam barulho e o barulho prejudica a

comunicação.

Fonte: Ronald Lima de Góis (2012).

Quadro 7 – Limitação quanto à orientação e informação.30

Atividades/ Restrição Restrição Física Ambiente Recomendado

Normas Brasileiras

NBR 905 Proposta de Intervenção

Enxergar com clareza objetos e ambientes como planos verticais, mobiliário e obstáculos no passeio. Problemas no Sistema Sensorial Visual Ambientes bem iluminados com cores contrastantes p/ diferentes elementos c/ campos de visão livre.

Item 4.5. Dispõe sobre parâmetros visuais e exemplifica os ângulos de alcance visual de uma pessoa em pé ou em cadeiras de rodas. Evitar obstáculos visuais entre 0,79m e 1.93m

Uso de iluminação ou cores contrastantes na lateral ou no chão, marcando e delimitando os espaços e circulações. Presença de iluminação superior, marcando os obstáculos que não puderam ser excluídos. Utilizar cores no mobiliário diferente do piso.

Perceber limites dos

caminhos Idem. Caminhos delimitados, de forma bem definida, com cores diferentes.

Item 5.14. Dispõe sobre sinalização tátil no piso. Este tipo de piso ajuda c/ a marcação dos limites dos caminhos por apresentar textura e cores contrastantes com o piso predominante.

Usar iluminação embutida no piso ou na extremidade inferior dos planos verticais associados ao uso de cores contrastantes.

Distinguir desníveis com mesma cor do passeio. Idem

Desnível com cor diferente do passeio.

Item 5.13. Dispões sobre sinalização visual de degraus, inicio e fim de rampas e escadas, recomendando a implantação de uma sinalização visual contrastante com o do acabamento nas bordas dos degraus e nas extremidades de escadas e rampas.

Degraus e desníveis com texturas e cores diferentes das dos passeios. Iluminação nos espelhos dos degraus ou nas guias de balizamento.

Diferenciar cores claras e tons pastéis. Idem

Associação de uma cor clara com outra forte ou de fortes entre si

A norma não fala sobre esta restrição.

Utilizar cores diferenciadas preferencialmente acentuando contrastes em planos diferentes.

Ler ou compreender

placas de sinalização. Idem

Placas legíveis, com fontes grandes e forte contraste entre letras e fundo.

Item 5.5. Dispõe sobre sinalização visual, indicando contraste de cores mais adequadas: Preto x Amarelo. Branco x Verde. Branco x Vermelho, conforme a distância, sentido do

movimento, elevadores, escadas e sanitários etc.

Utilizar sinalização de diferentes formas (vertical x horizontal), relevo em “braille” para idosos com deficiência visual. Pictogramas táteis, explicando o movimento e organização espaciais. Dificuldade em entender símbolos informativos Problemas no Sistema Sensorial Visual e Psicocognitivo Usar pictogramas figuras e textos

Item 5.5.2. Dispõe sobre visibilidade da sinalização indicando os contrastes entre textos, figura e fundos. Item 5.5.4. Dispõe sobre a dimensão de letras e números. Item 5.5.5. Dispõe sobre dimensões de figuras.

Associação de diferentes formas de informações: Sinais visuais e sonoros. Sinalização com informações repetitivas com símbolos, figuras e texto, podendo estar em relevo para facilitar os deficientes visuais. Símbolos internacionais para evitar duplos sentidos. 2 idiomas para turistas. Localizar Fonte Sonora

de Informações

Problemas no Sistema

Informações sonoras em

Item 5.7. Dispõe sobre sinalização sonora indicando

Associação de sinais luminícos e textuais aos sinais sonoros.

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Quadros revisados e ampliados a partir de: DORNELES, Vanessa Goulart. Acessibilidade para Idosos em

Áreas Livres Públicas de Lazer. 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). – Universidade

Sensorial Auditivo

locais de pouco ruído

que esta deve estar associada a uma sinalização visual. Perceber sinais sonoros

de alta frequência. Idem

Informações sonoras de baixa frequência

Idem Utilizar sinais com diferentes frequência com 2 sinais sonoros.

Dificuldade em lembrar fatos e lugares Problemas no Sistema Cognitivo Usos referenciais

no espaço urbano Nada consta na Norma

Utilizar vegetação ou elementos marcantes no espaço para facilitar a orientação. Uso de elementos com água (chafarizes e espelhos d’água). Vegetação pode ter cor diferente ou odor marcante como o jasmim. Diminuição da atenção e concentração Idem Espaços e elementos de design simples Idem

O mobiliário e elementos devem ter uso fácil e intuitivo e ter um design simples com elementos de fácil percepção. Usar cores para definir ambientes e funções diferentes.

Fonte: Ronald Lima de Góis (2012).

Quadro 831– Limitação quanto ao Deslocamento32.

Atividade/Restrição Restrição Física Ambiente Recomendado

Normas Brasileiras

NBR 9050 Proposta de Intervenção

Andar em rampas ou escadas sem patamares

Problemas no Sistema Cardiovascular ou Pulmonar Rampas e Escadas com patamares de Descanso

Item 6.6.5. Dispõe sobre patamares para escadas. Um patamar para, no mínimo, para cada 3.2m de desnível (20 degraus de 16cm). E sempre que houver mudança de direção. Sua largura deve ser igual aos lances de escada e nunca inferior a 1.20m.

Implantação de patamares de descanso com largura maior que circulação, permitindo descanso sem atrapalhar o fluxo. Pode haver bancos e outros mobiliários no patamar. Atravessar ruas rapidamente Idem Faixas de segurança e semáforo para pedestres de acordo com a velocidade de caminhada de um idoso

Item 6.10.9. Dispõe sobre faixa de travessia para pedestres determinando a largura (L) das faixas de acordo o fluxo (F) de pedestres, segundo a seguinte equação: L = F/25 > 4 Item 6.10.10. Dispõe sobre faixas elevadas que devem ser utilizadas em travessias com fluxos superiores a 500 pedestres/hora e fluxo de veículos inferior a 100 veículos/hora ou ainda quando a largura da via for inferior a 6.00m.

Item 6.10.11. Dispõe sobre rebaixamento de calçadas para travessia de pedestres onde a inclinação máxima da rampa deve ser igual a 8,33%. Item 6.11. Dispõe sobre passarelas de pedestres. Podendo ser rampa, escada ou elevador.

Utilização de passarelas superiores.. Faixas de pedestres elevadas e presença de sonorização antes das faixas de travessia, auxiliando na diminuição da velocidade de veículos.

Nas faixas de circulação de pedestres pode haver um estrangulamento da via de veículos, diminuindo a distância a ser percorrida. Em vias veiculares muito longas deve ser previsto áreas de descanso intermediárias. Bancos, Iluminação e lixeiras. Caminhar Longos Percursos Fadiga e Problemas no Sistema cardiovascular e pulmonar Área de Estar ao longo dos passeios

Nada consta na Norma

Presença de áreas de estar e descanso ao longo dos percursos com disposição de bancos Transpor Desníveis (escadas ou degraus altos) Problemas no sistema músculo esquelético ou Degraus com altura de espelhos entre 16 e 18cm

Item 6.6.3 – Dispõe sobre dimensionamento de escadas fixas estabelecendo que a altura

Recomenda-se rampas ao lado de escadas permitindo a escolha do usuário.

31 Este quadro é fundamental para orientar o desenho urbano no que diz respeito a passeios públicos (calçadas,

rampas etc.) e dotar as vias de tráfego de medidas mitigadoras de humanização do espaço público.

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Quadros revisados e ampliados a partir de: DORNELES, Vanessa Goulart. Acessibilidade para Idosos em

Áreas Livres Públicas de Lazer. 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). – Universidade

cardiovascular (e) e a largura (p) devem estar de acordo com a fórmula: 0,63m<p+2e<0,65 sendo que 0,28m<p<0,32 e 0,16<e< 0,18m

Desvio do mobiliário que provocam riscos de queda ao caminhar Problemas no Sistema Músculo- esquelético, Cardiovascular e Sensorial do Equilíbrio Área de circulação livre de obstáculos.

Item 9.4 – Dispõe sobre assentos fixos em espaços urbanos, garantindo uma faixa livre de circulação de no mínimo 1.20m. (Ver detalhe: Desenho 1).

Área de estar, jogos ou práticas esportivas fora da área de circulação ou marcadas com pisos de cor e textura diferenciadas. Circulação com iluminação superior e inferior quando for o caso.

Transpor desníveis vazados (grade ou tela ou sem espelho). Problemas no Sistema Sensorial de equilíbrio músculo- esquelético que dificultam a articulação dos joelhos, provocando tropeços Escadas e degraus com espelhos fechados e com material maciço.

Item 6.6.1 – Dispõe sobre as características de pisos e espelhos de escadas e degraus, impedindo que as mesmas sejam vazadas em rotas acessíveis

Utilizar espelhos fechados marcados visualmente. Guarda corpos (fechados lateralmente por vidro/alvenaria) e corrimãos em duas alturas. Andar em superfícies irregulares (buracos, britas ou seixos) Problemas no Sistema Sensorial de Equilíbrio. Caminhos e pisos bem regulares e firmes

Item 6.1.1. – Dispõe sobre pisos estabelecendo que devem ter uma superfície regular, firme, estável e antiderrapante. Não devem provocar trepidação em equipamentos sobre rodas.

Os pisos devem ser contínuos, sem espaço entre as pedras para evitar quedas. Presença de corrimãos e guarda-corpos em duas alturas nas circulações.

Andar em superfícies inclinadas transversalmente Idem Caminhos e superfícies sem inclinações transversais.

Item 6.1.1. – Dispõe sobre pisos estabelecendo que a inclinação transversal máxima em pisos internos é de 2% e em pisos externos 3%. (Ver detalhe: Desenho 2).

Utilizar inclinação para escoamento de água com um mínimo de 1%

Caminhos com percursos muito sinuosos Idem

Caminhos com poucas curvas subsequentes, preferencialmente retilíneas.

Item 6.5.9. – Dispõe sobre rampas em curvas, permitindo um raio interno mínimo de 3.00m

Caminhos retos, com poucas curvas. Cruzamentos entre circulações preferencialmente em ângulos retos e de fácil visualização.

Desenho 1 – Passeio com recuo para banco e espaço para cadeirante.

Fonte: Ronald Lima de Góis (2012).

Desenho 2 – Circulação em desnível para idosos e ciclistas.

Quadro 933– Limitação quanto ao Uso34.

Atividade/Restrição Restrição Física Ambiente Recomendado Normas Brasileiras NBR 9050 Proposta de Intervenção Alcançar objetos ou dispositivos instalados fora de alcance Diminuição da Estatura do Alcance Prateleiras e dispositivos instalados entre 0,4m e 1,4m

Item 4.6 – Dispõe sobre sobre alcance manual, estabelece alturas

No documento A cidade e o idoso (páginas 83-97)