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A RECUSA DO INFANTIL POLIMÓRFICO NAS FUNDAÇÕES DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO

No documento http://www.conpdl.com.br/anais5conpdl (páginas 102-109)

Autor: Felippe Figueiredo Lattanzio

A RECUSA DO INFANTIL POLIMÓRFICO NAS FUNDAÇÕES DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Uma pergunta fi nal cabe: nada pode ser feito, então, se, como quer Laplanche (2015c) há sempre um elemento sexual na violência? Ao contrário, muito pode ser feito. Pensando na cultura como apoio à tradução, é também necessário admitir que as formas culturais de traduzir o pulsional não implicam, necessariamente, em passagem ao ato.

Imagino uma sociedade em que mais direitos sociais sejam conquistados e, por consequência, haja mais equanimidade de gêneros. Essa sociedade oferecerá alternativas menos avessas à fl exibilidade e à alteridade para as traduções individuais. Nessa sociedade, o humano poderá constituir-se tomando como enquadre novas relações de gênero, que confi guram novas possibilidades de ocupar-se o lugar das origens por outros gêneros, não só aqueles que se assumem no espectro das feminilidades.

Isoladamente, esta resposta, num elogio otimista às chances de extrairmos sempre o melhor de nossos paradoxos, levaria a crer que entendo toda a transformação dever passar-se no plano cultural e que a psicanálise, na clínica, não teria nada para contribuir. Tampouco isso é verdade. Ao lado do direito e das artes (como a literatura) – esses dois campos que oferecem novos esquemas tradutores –,

103 à psicanálise cabe a permanente tarefa de desconstruir, de analisar as confi gurações que se mostram insufi cientes, solipsistas, demasiadamente autocentradas, derivando em patologia. Desconstrução e reconstrução mutuamente se implicam, a fi m de que o psiquismo adulto suporte mais e melhor a parcialidade polimórfi ca da infância, podendo, com isso, ao invés de matar a mulher (ou quem dela se aproxime), fazer, a partir dos enigmas gerados no primeiro tempo, poesia com que se canta o pisar no coração de uma mulher (e o saber que lhe é subsequente) não como agressão, mas como uma praze- rosa conquista, em que a ambivalência pulsional (da ligação e do desligamento) não inibe, reprime ou enrijece o prazer, o humor, a diversão, a beleza que há entre seduzir e se deixar apaixonar, naquilo que outro poeta chamou “nossa velha infância”.

REFERÊNCIAS

Butler, J. (2014). Seduction, gender and the drive. In J. Fletcher, N. Ray (Orgs.). Seductions and Enigmas: Laplanche, Theory,

Culture (pp.118-133). London: Lawrence & Wishart.

César, C. (1995). “Mulher eu sei”, Aos Vivos. São Paulo: Velas. 1 cd. Faixa 10 (3:06).

Freud, S. (1972). Sexualidade feminina. In J. Strachey (Ed.). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas completas de S.

Freud (Vol. 21, pp.257-279). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1931).

Freud, S. (1972). Três ensaios sobre a sexualidade. In J. Strachey (Ed.). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas

completas de S. Freud (Vol. 7, pp. 123-250). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1905).

Laplanche, J. (1988). A pulsão de morte na teoria da pulsão sexual. In A. Green. et al. (Orgs.). A pulsão de morte (pp. 11-28). São Paulo: Escuta.

Laplanche, J. (2015a). O gênero, o sexo e o Sexual. In J. Laplanche. Sexual (pp. 154-189). Porto Alegre: Dublinense. Laplanche, J. (2015b). Pulsão e instinto. In J. Laplanche. Sexual (pp.27-43). Porto Alegre: Dublinense.

Laplanche, J. (2015c). Sexual. Porto Alegre: Dublinense.

Lattanzio, F. (2011). O lugar do gênero na psicanálise. Da metapsicologia às novas formas de subjetivação (Dissertação de mestrado em Psicologia. Pós-graduação em Psicologia da UFMG). Recuperado de http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/ handle/1843/VCSA-8J9G7E

Timo, A. L. R. (2015). Honra se lava com sangue... sangue de mulher. In F.R.R. Belo (Org.). Os ciúmes dos homens (pp. 9-24). Petrópolis, RJ: KBR.

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O PROBLEMA

DO BINARISMO

EM “A GAROTA

DINAMARQUESA”

Autora: Giovana Leão Caixeta Teixeira

Discente do curso de Psicologia do Centro Universitário de Patos de Minas.

Autora: Raquel Goncalves da Fonseca

Correspondente da Escola Brasileira de Psicanálise de Minas Gerais (EBP-MG) e docente do curso de Psicologia do Centro Universitário de Patos de Minas.

RESUMO

O presente trabalho pertence ao eixo temático “O problema do binarismo”, inscrito no campo da psicanálise. Logo, buscar-se-á localizar a implicação da não-existência do binário homem ou mulher para a teoria psicanalítica. Assim, a partir do exposto, faremos uma análise de Lili Elbe – transexual quebv g viveu na Dinamarca e que foi mais uma vez encarnada no fi lme “A garota dinamarquesa”. Neste trabalho, apresentamos a transexualidade não como a negação da castração, mas sim como a não identifi cação com o órgão sexual com o qual se nasceu. Apesar deste estudo dimensionar a transexualidade para além do binarismo, verifi ca-se como as articulações de ordem inconsciente perante o real do sexual, por parte de Lili, estão localizadas no terreno mulher ou homem, órgão sexual masculino ou feminino e, consequentemente, ocupação profi ssional masculina versus passividade feminina.

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O fi lme “A garota dinamarquesa”, aqui inscrito como obra a ser analisada, faz uma releitura da estória de Lili Elbe – transexual que viveu na Dinamarca na primeira metade do século XX e um dos primeiros casos submetidos à uma cirurgia genital. Antes de ser Lili, Einar, que trabalhava como pintor, parece fi xado em transpor em telas uma paisagem de sua terra natal, a qual remete à sua infância. Em certo momento, quando sua esposa, Gerda, lhe diz que a imagem pode o sugar para dentro dela, Einar diz não ter perigo e relata ser, ele próprio, o pântano – aqui vislumbrado como signifi cante – da imagem. Há algo pelo o que ele procura, que o instiga – a problemática do sexual, da escolha objetal e o posicionamento do sujeito do inconsciente diante destas questões.

Para a psicanálise, o corpo sobre o qual se fala é o pulsional, não puramente biológico. A partir desta leitura, também a sexualidade não está estritamente ligada à biologia. A leitura psicanalítica inscreve a sexualidade como perversa e polimorfa – ela está sustentada nas zonas erógenas do corpo: boca, pele, ânus, olhos, ouvido e olfato.

Na obra lacaniana, o sentido sexual é dado pelo signifi cante, pelas representações que as desco- bertas sexuais e o contato que o corpo erógeno e pulsional passam a ter com o Outro. A partir desta leitura, a questão de gênero é inerente à posição de gozo do sujeito, ultrapassando-se a questão norma- tiva do sexual (Santana, 2015). De acordo com Jeferson Machado Pinto (2009), Freud demonstrou que o sexual é o real impossível, de se mostrar e demarcar. Aqui, a anatomia tropeça e o sujeito do incons- ciente surge – não se trata de órgãos biológicos, mas sim da sexuação do ser. Em outro estudo, Ribeiro e Belo (2016) apontam o caráter transicional do gênero e também a não existência de identidade de gênero e, tampouco, sexualidade inatas:

Tanto Ferenczi quanto Butler nos ajudam a pensar no caráter transicional do gênero, na medida em que um complexo jogo de identifi cações projetivas entra em ação. A identidade de gênero não é garantida pelo corpo e não tem fundamentos naturais. Ao contrário: os corpos (o próprio e os dos outros) são usados nesse jogo identifi catório de tal forma a tornar possíveis vivências intoleráveis”. (Ribeiro & Belo, 2016).

De acordo com Stella Jimenez (2014), a psicanálise possibilita o vislumbre da não-existência de uma articulação/complementariedade/oposição entre o masculino e o feminino, mas uma assimetria entre um e outro. Logo, depreende-se de tal exposição que sempre resta algo além que ultrapassa a escolha consciente da posição sexual no encontro com o Outro.

Desta maneira, pretende-se, com este trabalho, verifi car de que forma Einar se encontra com/se torna Lili. O objetivo deste trabalho é o de elucidar, bem como o de problematizar, como a questão da transexualidade trans-cende o binarismo sexual. Logo, a pertinência da realização da apresentação deste

106 estudo se inscreve na importância de o mesmo elucidar questões contemporâneas sobre a sexualidade através da elaboração de uma leitura psicanalítica apoiada em obra fílmica sobre a temática aqui introduzida.

DESENVOLVIMENTO

Comumente, os transgêneros são vistos como aqueles que vivenciam uma estranheza em relação aos seus próprios corpos – estranheza essa que os fazem não se reconhecer na matéria em que habitam. Algo está além da anatomia imposta pela genética. Tal falta de reconhecimento, dada por vezes até mesmo na primeira infância, será reconhecida e ressignifi cada a posteriori: recusa-se o gênero como sexo anatômico. A psicanálise surge, então, com o discurso em que aspectos relacionados aos gêneros masculino e feminino estão intrinsecamente ligados à cultura. Em relação à infl uência cultural nas questões de gênero, Santana (2015) escreve:

Na contemporaneidade, a refl exão sobre a diversidade sexual se dá dentro de um contexto polí- tico-social que tem a sua origem nos movimentos libertários dos anos 70, na denominada Revo- lução Sexual. Nos anos 80, surge nos Estados Unidos a Teoria Queer, fortemente infl uenciada pela obra de Michel Foucault, que interroga o capitalismo na sua face mais perversa, o controle da singularidade dos corpos. A dimensão queer se constitui, portanto, em uma estratégia polí- tica, a mais radical, para fazer frente à política conservadora e refratária ao reconhecimento e à inclusão da diversidade sexual. (Santana, 2015, p. 3).

Desta maneira, reconhece-se a importância que questões subjetivas (processos inconscientes, sexuação do ser e posição do desejo), bem como sociais (conjuntura econômica, política, científi ca e cultural), tem em relação à forma com que os sujeitos encarnam e encaram seus corpos e gêneros.

Einar, contemporâneo de Freud, vivenciou um período da história bastante rígido e tradiciona- lista, no qual uma família deveria ser expressamente formada por um marido (provedor), uma esposa (submissa) e os frutos desta relação (fi lhos). Todavia, Einar e Gerda estavam inseridos em um ciclo de boemia e de intelectuais com pensamentos e ideais à frente de seus tempos. Nesse cenário, a psicaná- lise surgia e a teoria do inconsciente e da pulsão eram bombardeadas por críticas.

Apesar da maior liberdade do ciclo de pessoas com o qual convivia, Einar, após se reconhecer como Lili, abandona a arte para, em suas palavras, deixar o passado – Einar – para trás e se tornar uma mulher. Essa passagem acontece quando Gerda, sua esposa, que também era pintora, questiona Lili sobre sua vida artística, ao passo que esta responde: “– Quero ser uma mulher, não uma pintora”.

Gerda produzia retratos de modelos. Todavia, a partir deste dizer de Lili, compreende-se como o trabalho estava vinculado a uma posição masculina e não feminina. O próprio Einar reconhecia como Gerda, desde que se encontraram, tomava iniciativa das investidas sexuais, deixando-o corado. Sabe-se que a existência de completude entre masculino e feminino se faz nula do ponto de vista psicanalítico. Todavia, a relação entre Gerda e Einar buscava por uma sincronia – sintonia esta que foi gradativamente mudada pela identifi cação de Lili com o gênero feminino.

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Gerda percorrera um caminho sublimatório ao passar a retratar a imagem de Lili. Antes, suas obras eram extremamente mal aceitas pela crítica. Quando a mesma passa a encarar a beleza do corpo ainda travestido de Einar e a retratá-lo, suas telas passam a ser aclamadas e, justamente nesse caminho, ela descobre que a brincadeira proposta ao marido não mais seria apenas uma simulação. De certa forma, ela assume o papel daquele que antes fazia sucesso e passa a ocupar com maior frequência o espaço público, ao passo que Lili se dedica a fi car em casa.

Einar e Lili passaram pelo processo de sexuação, o qual se dá a partir de tramas inconscientes. De acordo com Santana (2015), a sexuação não pressupõe simplesmente a assunção do próprio sexo e a aceitação do sexo do outro. A inventividade de si e do próprio sexo implica em um modo de gozar. A identifi cação da criança, de acordo com a autora supracitada, não é com o sexo biológico propriamente dito, mas sim com o gênero masculino-feminino. Para a criança, o gozo acontece de maneira difusa e multiforme – o que levou Freud (1980) a considerá-la como perverso-polimorfa. Não se tem uma defi nição clara quanto à sexualidade e, quando esta se presentifi ca na adolescência, se faz de maneira confl ituosa. (Santana, 2015).

CONCLUSÃO

Ao nascer, a criança – em posição passiva –, é colocada enquanto pertencente a este ou àquele gênero. Lili foi nomeada Einar e identifi cada como pertencente ao gênero masculino. Na infância já demonstrava desejo de se vestir com apetrechos ditos femininos e por seu amigo Hans. O distancia- mento entre os desejos infantis e a vida adulta era encurtado em tela: naquele espaço, o pântano poderia vir à tona.

A posição passiva da criança que é designada como pertencente ao gênero masculino ou femi- nino, assim como o caráter invasivo dessa designação por parte do adulto, deixa as portas bem abertas para se pensar a potencialidade pulsional da implantação do que fatalmente se tornará uma identidade. Uma vez mais, insistimos que trata-se aqui de pensar, prioritariamente, na identifi cação por e, só depois, na identifi cação a. Primeiro, a criança é identifi cada pelo adulto como menino ou menina, por exemplo. Só depois, identifi cada ao adulto do mesmo gênero, a criança começa o interminável (e compulsivo) trabalho de tradução pulsional nos termos desses códigos”. (Ribeiro & Belo, 2016).

Para os autores supracitados, o gênero, além de uma parte importante, é ainda em grande medida organizadora da identidade. A partir do exposto, conclui-se que Lili Elbe, personagem do fi lme “A garota dinamarquesa”, encarnou uma posição de opostos frente à problemática do binarismo. Mais do que sustentar uma posição de existência dos opostos homem ou mulher, abandonou a profi ssão por acreditar que a partir de então seria uma mulher.

De acordo com Santana (2015),

Mesmo na vertente do binarismo, ser homem ou mulher é uma questão de posição assumida pelo ser falante, e é a posição de gozo do sujeito que irá defi nir a sua posição sexuada, o seu modo

108 de subjetivar o sexo, podendo bascular nessas posições de forma inconsciente ou mesmo fazendo semblante. A posição de gozo que advém do encontro contingente do corpo com a linguagem, e que provoca um acontecimento de corpo, está posta para todo ser falante antes mesmo da conformação de sua estrutura. (Santana, 2015, p. 4).

Sabemos que diante do enigma do ser sexuado é preciso responder com um certo grau de invenção, pois o que é ser homem ou mulher não se pode escrever. Nossa trans acreditou na biologia: sua aposta foi a de sustentar no corpo biológico a condição de mulher. Todavia, acreditou que sendo mulher não poderia ser pintora. Aqui, temos de lembrar que o fi lme trata de um tempo em que a mulher era vista como um ser passivo por natureza. Em relação à passividade historicamente vinculada à mulher, Ribeiro e Belo (2016) apontam:

A identifi cação pode ser considerada uma das bases libidinais da política. A clínica psicanalítica, nesse sentido, pode ser vista como um dispositivo político que pode auxiliar na produção de traduções menos disruptivas e violentas da passividade originária e das identifi cações daí decor- rentes: as que protegem contra certos desejos e as que nos defendem de outros. Destacamos que boa parte desse trabalho passa por desconstruir essa tradução rígida entre feminilidade e passividade. (Ribeiro & Belo, 2016).

Destarte, ainda que aqui trabalhamos a partir da leitura de um fi lme romantizado, e não a partir da estória real de Lili Elbe, enfatizamos a importância de desvincularmos a correlação entre passividade e o gênero feminino – com o qual nossa personagem se identifi cou. Como discutido no V Congresso Nacional de Psicanálise, Direito e Literatura, a problemática do binarismo não passa pela extinção do binômio masculino ou feminino. Por outro lado, ela poderá ser matizada. Assim, acreditamos e aqui apostamos que ao se submeter a intervenções cirúrgicas de mudança de sexo, as/os transexuais poderão continuar exercendo seus papéis – profi ssionais ou de quaisquer outras ordens –, sem que estes possam ser vislumbrados como pertencentes aos gêneros masculino ou feminino.

REFERÊNCIAS

Freud, S. (1980). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In J. Strachey (Ed.). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas

Completas de Sigmund Freud (Jayme Salomão, Trad., Vol. 7, pp. 121-252), Imago: Rio de Janeiro.

Hooper T. (Diretor). (2015). A garota dinamarquesa. Focus Features.

Jimenez, S. (2014). No cinema com Lacan: Os fi lmes que nos ensinam sobre os conceitos e a topologia lacaniana. Ponteio, 1. Ed. Pinto, J.M. (2009). Uma política de pesquisa para a psicanálise. CliniCAPS, (7). Recuperado de http://www.clinicaps.com.br/ clinicaps_revista_07_art_02.html

Ribeiro, P.C.C., & Belo, F.R.R. (2016). Narcisismo, gênero e sexualidade: Aproximações entre Lichtenstein, Ferenczi, Laplanche e Butler. In J. Birman, L. Fulgêncio, D. Kuppermann, E. Cunha (2016). Amar a si mesmo e amar o outro: narcisismo e sexualidade

na psicanálise contemporânea. (pp. 113-127). São Paulo: Zagodoni.

Santana, V.L.V. (2015). A solidão do UM – Transexualidade e psicose. Opção Lacaniana Online, 6(17). Recuperado de h ttp:// www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_17/A_solidao_do_Um.pdf

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AS VIOLÊNCIAS

CONTRA A MULHER

E O REMORSO DA

PSICANÁLISE

Autora: Izabela Dias Velludo Roman

Psicóloga clínica, mestra e doutoranda em Estudos Psicanalíticos pela UFMG. Atua também como psicóloga e pesquisadora do Projeto CAVAS/UFMG no atendimento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.

RESUMO

Constatamos que, algumas vezes, o discurso da justiça se assemelha ao discurso perverso

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