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DISCIPLINAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS: DESVELANDO O UNIVERSO SIMBÓLICO DOS LICENCIANDOS

ELEMENTO DISSONANTE ASPECTOS

3.4 REGIÃO 4: ASPECTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA FORMAÇÃO

Composta pelas palavras planejamento, projeto político-pedagógico, metodologia, prática, organização, importância e exigente, a quarta região, nomeada por Aspectos didático-pedagógicos da formação, reflete itens que, segundo as explanações dos licenciandos, resultam dos estudos e das aprendizagens proporcionados pelo conjunto das disciplinas então em evidência na investigação. Tal definição condiz também com a terceira categoria identificada na análise de conteúdo, quando os temas levantados a partir das justificativas dos participantes e as bases contextuais a eles vinculados retratam igualmente um conjunto desses aspectos, motivo pelo qual a referida categoria recebeu o mesmo título atribuído à região ora discutida.

Em relação a isto, é válido considerar que apesar das disciplinas didático-pedagógicas terem como ênfase um conjunto de abordagens bem mais amplas quando relacionadas à formação docente, permeadas por questões éticas, políticas e filosóficas centradas no ideal do “para que fazer”, logo, que ultrapassam imensuravelmente a situação pontual dos aspectos técnicos e específicos vinculados à prática e detidos ao “como fazer”, não podemos negar que esses aspectos constituem também parte daquele conjunto e, apesar de não compreenderem unicamente o sentido a ser adotado pela formação pedagógica, nela se integram, assumindo um papel de significativa relevância também para a constituição profissional. Desse modo, atentando para o fato de que em outros momentos e locais da projeção – e da análise como um todo – encontram-se termos que nos permitem reflexões de naturezas diversas no que tange ao papel das disciplinas didático-pedagógicas na formação inicial dos docentes, percebemos na região então interpretada um foco mais centrado nesses aspectos do fazer, compreendidos como aprendizagens igualmente resultantes dos estudos de tais disciplinas e de relevância expressiva também para o sentido mais efetivamente prático da profissão.

Nessa compreensão, voltando-nos para a mencionada região em análise, deparamo-nos com os itens planejamento e prática em localizações bastante aproximadas, evidenciando o entendimento dos licenciandos quando discorrem sobre a relevância de aprender a fazer um planejamento e as considerações a serem assumidas na construção e execução deste,

incluindo-se nisto a seleção do conteúdo a ser ministrado, a turma a quem se destina, as condições de trabalho, os instrumentos didáticos disponíveis, a motivação a ser despertada e os fins a que se volta. Além disso, os reflexos desse documento na prática enquanto sinônimo de maior segurança, servindo como instrumento de avaliação quanto à correspondência entre os resultados e os objetivos previstos pelo docente, algo constatado em expressões como:

Nesse grupo eu separei o que essas disciplinas vão me ensinar: a ter metodologias de ensino, de prática, né? A saber como planejar uma aula, como desenvolver uma aula, ter um planejamento pra que a coisa dê mais certo, né? O ensino em si. Ela irá me ajudar. Então... como eu percebo se os meus alunos estão aprendendo ou não aquilo que eu estou trabalhando com eles, que eu estou construindo aquele conhecimento com eles. Aí aparece também a interatividade de eu ali como professora e eles como alunos, que eu não posso chegar lá e repassar, repassar conteúdos e não interagir com eles... permitir que eles também construam, participem. É isso, elas ensinam essa compreensão que a gente precisa ter da prática, de coisas mesmo da profissão (P3F-Biologia).

Ah, pensar nessas disciplinas já é pensar na prática, né? A prática profissional, não é? A questão da metodologia... como você vai trabalhar dentro da sala de aula, o planejamento que você deve fazer diariamente pra conseguir estabelecer... alcançar os objetivos, não é? A questão do ensino, o método... a forma de ensino que você vai fazer dentro da sala de aula, o que vai considerar, os alunos... e tudo mais. A didática... enfim... (P11M- Matemática).

No intuito de perceber as disciplinas didático-pedagógicas como aquelas que orientam a prática profissional e que definem especificidades presentes nessa prática, a metodologia destaca-se como item de grande evidência, por sintetizar a ideia de que é por meio dessas disciplinas que se compreende o significado da motivação e do uso de metodologias distintas que possam favorecer a participação e a aprendizagem dos alunos. Nas falas – conforme já ilustrado em momentos anteriores desta produção – os licenciandos insinuam uma comparação entre as demais disciplinas do curso e aquelas componentes do núcleo didático- pedagógico, referindo-se a estas como responsáveis por grande variação metodológica, o que torna a aula mais interessante, participativa e propícia à apreensão do conteúdo em pauta.

É nesse direcionamento que se destaca também o termo organização, quando se conclui que para a estruturação de procedimentos metodológicos diversos, a elaboração de um planejamento coerente com a realidade em que o mesmo será desenvolvido e a efetivação de uma prática correspondente com o que se espera de um bom professor, torna-se essencial o sentido da organização, da preparação detalhada e sistemática das ações, a fim de que os

resultados constituam ou superem os ideais a eles sobrepostos. A organização aparece, assim, como uma característica necessária à ação docente, capaz de garantir maiores condições de trabalho e melhores efeitos sobre essa ação.

A respeito das palavras metodologia e organização foi possível ouvirmos pronunciamentos do tipo:

Essas disciplinas ensinam também sobre a metodologia, né? Que é bem comum a gente dizer assim: “– ah, esse professor não tem metodologia”. A gente até brincava lá na sala de aula sobre isso. Porque a gente aprende que a metodologia é a base pra gente trabalhar aquele determinado conhecimento com o aluno, né? Ela ajuda na forma de aprender. Então a gente ficava observando... fazendo comparação... falando, assim, dos professores que não tinham essa metodologia com a gente mesmo, né? (P6F-Informática). Em relação à metodologia, né? Bom, metodologia pra mim envolve organização, não é? Então se você planeja sua aula, metodologia vai existir. Então você tem que se organizar pra que a aula aconteça, né? E dentro dessa metodologia, sem dúvida, tem que haver uma interatividade. Então você faz interatividade não só com a sua disciplina, mas envolvendo as outras disciplinas no momento em que você tá elaborando uma aula. Isso é importante. Então eu acho que organização é fundamental dentro da metodologia, né? (P5F-Espanhol).

Em conformidade com uma afirmação de Tardif (2010, p. 44) quando diz que “[...] saber alguma coisa não é mais suficiente, é preciso também saber ensinar”, encontramos na fala dos licenciandos uma emancipação à ideia de que para a ação do professor já não bastam o instrumental do trabalho docente e o domínio do conteúdo a ser ministrado. Pelas falas, a compreensão desse ensino extrapola a preocupação com a prática, estendendo-se para a relação professor-aluno, para a metodologia a ser adotada, para os objetivos e finalidades a serem traçados para o alcance da aprendizagem dos alunos, para a satisfação com as proposições das aulas e de suas formas de organização, sobretudo, para que os resultados advindos de tudo isto alcancem expressividade, propiciem autonomia na construção de conhecimentos e capacidade de reflexão, ponderação e discussão das diferentes vivências e produções realizadas.

Não obstante, um dado que merece atenção nesse entendimento é o de que essa compreensão resulta das proposições e dos conhecimentos concernentes às disciplinas didático-pedagógicas, ou seja, os pronunciamentos demonstram ser o estudo dessas

disciplinas o âmbito das descobertas sobre as distintas especificidades do trabalho do professor, o que confirma a ancoragem da representação social então identificada.

Mostra-se importante observarmos, no entanto, que se esse fato, por um lado, destaca motivos de satisfação, em virtude da função cumprida pelas referidas disciplinas ao despertar nos licenciandos uma significativa compreensão do trabalho docente; por outro, evidencia uma preocupação ao anunciar indícios de que nas disciplinas específicas da área do curso pouca atenção é dada à formação pedagógica do profissional, ficando estas restritas, ainda, unicamente aos seus respectivos conteúdos particulares, ainda que ambas as aprendizagens possam – e devam – ocorrer simultânea e articuladamente.

Tratando desse contexto, vale retratarmos o trabalho de pesquisa desenvolvido por Queiroz (2011) com professores formadores dos cursos de licenciatura da Universidade Federal do Piauí – UFPI – campus Ministro Petrônio Portella, localizado em Teresina-PI. Tendo como objeto de estudo a representação social de formação de professores, a autora realizou a investigação junto a cento e trinta e quatro (134) profissionais da referida instituição considerando, separadamente, os componentes do que se define como o grupo da dimensão pedagógica e aqueles da dimensão específica. Através das justificativas dos participantes, os resultados apontaram a referida representação social objetivada, de acordo com tais grupos, nas imagens da formação pedagógica e do conhecimento, respectivamente, reafirmando-se, com isto, uma expressiva distinção sobre o que se entende por formação docente. Enquanto para o primeiro grupo essa formação coaduna com o domínio dos variados aspectos que explicam a educação em seus diferentes âmbitos, logo, um direcionamento mais pedagógico, devendo-se primar pelo domínio dos muitos saberes e fazeres que correspondem à docência; o segundo, atrelado à notória separação existente entre ensino e pesquisa no meio acadêmico, com preponderância desta sobre aquele, detém-se na defesa do conhecimento, da possessão científica do saber, do conteúdo da área, como base à representação constituída.

Em função dos objetivos e aportes teóricos assumidos na mencionada pesquisa, os resultados nos alertam para o fato de que tais entendimentos decorrem não apenas de posicionamentos e opções assumidas pelos professores formadores em seus fazeres, mas de toda uma estrutura sociocultural vivenciada e incorporada pelos mesmos ao longo das experiências de vida, cujos reflexos preponderam em suas maneiras de sentir, pensar e agir sobre as mais distintas situações, incluindo-se nisso as escolhas, práticas e relações profissionais.

Percebemos, a partir disso, que a divisão antes anunciada em nossa análise, e que ainda se faz presente no âmbito acadêmico da formação docente nas distintas instituições, não

se encontra vinculada unicamente à constituição curricular dos cursos, às diretrizes que os legislam ou às perspectivas pessoais dos professores formadores, mas a todo um conjunto de fatores que envolvem tanto as questões estruturais dos cursos quanto as relações estabelecidas nos próprios e diferentes processos constitutivos desses profissionais, o que se reflete em suas definições por uma postura mais pedagógica ou de natureza específica e singular à área do curso de atuação.

Nessa realidade, precisamos lembrar, no entanto, que os cursos de licenciatura voltam- se à formação dos futuros docentes e independente dos vieses que resultaram na separação ora evidente entre as bases constituintes desses cursos, novos parâmetros necessitam ser construídos a fim de que outros contornos possam configurar um cenário mais consistente e articulado, inclusive, com maiores respaldos para a prática profissional. De acordo com Ghedin, Leite e Almeida (2008), torna-se necessário que as agências formadoras de professores percebam e saibam lidar com a complexidade da formação e da atuação dos mesmos, considerando que além do conhecimento da disciplina que irá lecionar, eles precisam compreender e assegurar-se da importância e do desafio inerentes aos processos de ensino e de aprendizagem, bem como dos princípios em relação ao caráter ético da atividade docente. No entendimento dos autores, esses são saberes imprescindíveis ao professor, apesar de ainda se apresentarem como conhecimentos novos tanto para as instituições quanto para os profissionais que atuam nessa formação.

Nesse decurso, apesar de determinadas condições dissociativas ainda se mostrarem presentes entre as áreas componentes do contexto formativo ao qual nos voltamos, uma representação social sobre as disciplinas didático-pedagógicas ali foi identificada, denotando que, apesar dessa situação, os estudantes pensam, dialogam e compartilham ideias acerca das disciplinas por eles estudadas e das funções a elas atribuídas nessa formação, o que, no caso daquelas didático-pedagógicas, centra-se na apreensão de que ensinam a ser professor... um bom professor.

Tratar dessa realidade nos remete, então, ao conceito de sociedade pensante, definido por Moscovici (2009) na perspectiva psicossociológica que permeia a teoria das representações sociais. De acordo com o autor, nessa sociedade, os indivíduos e grupos não se posicionam apenas como receptores passivos de informações, mas pensam por si próprios, produzem e comunicam continuamente suas representações e soluções às questões que eles mesmos apresentam. Desse modo, eles “analisam, comentam, formulam ‘filosofias’ espontâneas, não oficiais, que têm impacto decisivo em suas relações sociais, em suas

escolhas [...] etc. Os acontecimentos, as ciências e as ideologias apenas lhes fornecem o alimento para o pensamento” (p. 45).

Nesse cenário, observamos que os licenciandos aí se localizam, posto que na vivência dos conhecimentos científicos que abrangem sua formação, eles constroem seus próprios pensamentos, comunicando e interagindo ideias formuladas a partir desses conhecimentos, mas também numa relação com as vivências e situações que os abrangem em suas cotidianidades, permeadas por opiniões, discursos, conversas, lembranças, enfim, práticas outras que lhes permitem construções particulares a ele e ao grupo de compartilhamento, derivando-se disso o significado que atribuem às disciplinas didático-pedagógicas componentes do processo formativo ao qual se encontram inseridos.

Em virtude disso, essas disciplinas não se constituem unicamente em construtos teóricos, científicos, que visam localizar e explicar o fenômeno educativo enquanto embasamento às atividades profissionais a serem desencadeadas por esses futuros professores; são, para esses licenciandos, disciplinas que, além da teoria, têm a função de fazer entender como devem se comportar os docentes, que características e domínios estes precisam apresentar em suas práticas, como devem agir com seus alunos, o que necessitam dispor em suas ações, dentre outros aspectos que as especificam como responsáveis pela configuração do profissional pensado, imaginado, idealizado mediante a simbologia e os pensamentos que vão tomando forma ao longo dos estudos. Ainda que não seja este o resultado alcançado, a representação construída pelos referidos estudantes centra-se na expectativa de, ao final das abordagens didático-pedagógicas vivenciadas no curso, uma aprendizagem consistente sobre o fazer docente esteja constituída, capaz de orientá-los e de lhes garantir um diferencial nas futuras ações profissionais.

Na perspectiva da sociedade pensante, Moscovici (2009) evidencia ainda a distinção entre os universos consensual e reificado. Segundo ele, no primeiro, “a sociedade é vista como um grupo de pessoas que são iguais e livres, cada um com possibilidade de falar em nome do grupo ou sob seu auspício” (p. 50). Nenhum dos indivíduos apresenta capacidades específicas ou superiores aos demais, sendo todos capazes de adquirir as competências que lhes sejam requeridas segundo as circunstâncias. Desse modo, cada um pode agir tanto como um amador responsável quanto como um observador curioso mediante os temas e abordagens em discussão, podendo expressar suas teorias e as respostas que possuem para os diferentes problemas, algo que se evidencia nos mais variados locais públicos de conversas, comunicação e interação (MOSCOVICI, 2009).

No tocante ao universo reificado, “a sociedade é vista como um sistema de diferentes papéis e classes, cujos membros são desiguais. Somente a competência adquirida determina seu grau de participação de acordo com o mérito” (p.51). Nesse sentido, os membros não são autorizados a representar ou falar em nome dessa sociedade, posto que a troca de papéis ou a capacidade de ocupar o lugar do outro figuram maneiras de adquirir competência ou de se isolar, de ser diferente. Estabelecem-se aí os confrontos, em vista de um sistema com organizações preestabelecidas, cada uma com regras e regulamentos próprios. Demarcam-se comportamentos, linguagens e informações apropriadas para as distintas abordagens e circunstâncias57.

Em vista dessa realidade, mostra-se evidente que enquanto a ciência, com suas leis, teorias e fórmulas, retrata-se no universo reificado, as representações sociais são, por natureza, produto do universo consensual. Não distante dessa constatação, porém, Moscovici (2009, p. 60) alerta-nos para o fato de que

Ao contrário do que se acreditava no século passado, longe de serem um antídoto contra as representações sociais e as ideologias, as ciências na verdade, geram, agora, tais representações. [...] na medida em que as teorias, informações e acontecimentos se multiplicam, os mundos devem ser duplicados e reproduzidos a um nível mais imediato e acessível, através da aquisição de uma forma e energia próprias. Com outras palavras, são transferidos a um mundo consensual, circunscrito e re-apresentado58. A ciência era antes baseada no senso comum e fazia o senso comum menos comum; mas agora senso comum é a ciência tornada comum.

É nessa interpretação da ciência pelo senso comum que localizamos, portanto, a representação social de disciplinas didático-pedagógicas dos licenciandos do IFRN na condição antes anunciada da ancoragem, quando estes conseguem categorizar tais disciplinas na ideia de que elas ensinam a ser professor e para isso utilizam como aportes os conhecimentos vivenciados no estudo formal das mesmas, as bases conceituais e teóricas que constituem esse estudo; e objetivam sob a imagem do bom professor, aludindo tanto às definições já dominadas sobre esse profissional mediante a condição de alunos quanto às aprendizagens advindas da própria formação, cujas orientações propiciam a identificação de características e comportamentos tidos como relevantes ao desempenho da profissão.

57

Op. cit., idem.

58

Essa constatação nos permite enveredar pelos dois temas relacionados à terceira categoria identificada na análise de conteúdo, intitulados por: As disciplinas didático- pedagógicas como aportes da formação docente e A relevância das disciplinas didático- pedagógicas para o fazer docente. Nas justificativas atribuídas a ambos, os participantes reafirmam sempre a importância de tais disciplinas seja para o próprio processo de formação, no caso do primeiro tema, como para a ação na docência, no que tange ao segundo. Novamente os discursos remetem-se tanto ao que esses participantes já conhecem sobre a formação e a prática docente a partir dos pensamentos e ideias dominados, compartilhados nas conversas, comunicações diversas realizadas no convívio social com o grupo, quanto aos conhecimentos singulares advindos do universo acadêmico, referindo-se a termos específicos e explicações que competem a esse universo – como poderemos perceber nas falas que ilustrarão cada um dos temas nas explanações a seguir.

Em relação à primeira abordagem, as explicações registram a importância das aprendizagens advindas das disciplinas didático-pedagógicas ao longo da formação inicial, considerando-se que o desconhecimento de muitos dos aspectos concernentes ao trabalho docente acaba sendo suprimido mediante as descobertas teóricas e práticas impulsionadas por essas disciplinas nesse processo formativo. Os estudantes insistem na defesa antes mencionada sobre a relevância da educação formal e, nesse ínterim, do acesso sistemático ao conteúdo e às orientações profissionais decorrentes dos estudos didático-pedagógicos. A este respeito, apresentam posicionamentos como:

Pra tudo na vida você tem que ter ética e essas disciplinas ensinam você a fazer as coisas de uma forma mais correta e não ficar burlando as coisas. A formação do docente, já que elas já são pra isso, pra formar melhor os docentes. Se não, não existiria... só pagaria Matemática, não existia... elas nos ensinam tudo sobre o ensino. Nos ensinam a organizar as coisas, como o plano de aula... também a organização de toda a estrutura da educação que também vale pra aprendizagem. Temos o conhecimento que nós não tínhamos, como o PPP, por exemplo. A competência que você tem que ter. O domínio da matéria, o domínio de tudo, não só da matéria, mas também do que tá por trás, como o aluno... você paga Psicologia, você tem o domínio de outras coisas que vai te ajudar a entender os alunos. Por que a pessoa tá triste? Por que tá agindo de formas diferentes? O que eu preciso fazer pra melhorar a aprendizagem?... essas coisas. Então tudo isso é importante o professor saber e a gente aprende nessas matérias, né? (P9M-Matemática).

Eu acho que essas disciplinas..., principalmente na licenciatura, faz um diferencial, sem dúvida. Então é importante porque você adquire o conhecimento maior de como atuar, porque muitas vezes você começa a atuar sem ter estudado essas disciplinas e quando você passa a estudar, então, muita coisa se abre na sua mente e você começa a enxergar de outra